Amor, Calibre 45 escrita por LastOrder, Luciss_M


Capítulo 18
BONÛS - Times like these


Notas iniciais do capítulo

Capitulo baseado na música "Times Like these" da bando FOO fighters.^^
Partes em negrito: Letra de musica.
LINK:http://www.youtube.com/watch?v=rhzmNRtIp8k&ob=av3e



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Já fazia mais de uma semana que estavam no hospital de Nova York, Miguel havia sido operado no instante em que chegara a ambulância, Tessa ainda podia se lembrar de toda a cena, o sangue, os tubos, os enfermeiros correndo contra o tempo... “ Você não pode entrar agora, desculpe.”  E como ela poderia argumentar contra aquilo? Apenas o viu ser levado para detrás das portas da sala de emergência.

- Tessa? – Sentiu alguém sacudir seu ombro tirando-a de suas lembranças- Ei, Tessa?

Ela piscou duas vezes antes de encontrar os olhos do irmão.

- Oi.

- Você estava sonhando acordada de novo. Te chamei várias vezes. – Sorriu. – Tome, te trouxe um café.

Balançou a cabeça como forma de agradecimento e levou o copo até a boca, bebericando.

Não tinha certeza o que teria sido dela sem Oliver. Quando saiu do estado de choque inicial, ele foi a primeira pessoa em quem pensou em pedir ajuda. “ Tessa o que houve sua voz está estranha? Onde você está?!”. Veio desde a Califórnia só para ver o que estava acontecendo.

- Acho que você devia ir para o hotel um pouco. – Disse de repente – Você está dormindo aqui há uma semana Tessa. Estou ficando preocupado com você.

- Eu estou ótima, não precisa se preocupar comigo.

Oliver suspirou pesadamente.

- Escute, ele vai ficar bem, o próprio médico disse que já não corre mais risco de vida.

- Ele está em coma induzido, na UTI.

- Não quer dizer que vai piorar.

- Quer dizer que pode. – Ele ia abrir a boca para retrucar mais alguma coisa, mas foi cortado. – Oliver, você me ajudou muito. Acho que devia voltar para a universidade logo.

Levantou-se abruptamente, ato que assustou Thereza, ações tão emotivas não eram típicas do seu irmão.

- Sabe Thereza, acho que está na hora de você parar de tentar ser forte sozinha. – E a encarou nos olhos. – Existem pessoas que se preocupam com você. Está na hora de aprender a viver de novo.

E então saiu pelo corredor indo em direção à entrada principal.

Tessa se voltou para o café, tão escuro que conseguia ver seu próprio reflexo... Aprender a viver? Isso era possível?

Flash Back on

A pequena menina acordou com a chuva batendo forte contra sua janela, eram três horas da manhã. Tentou voltar a dormir, mas não conseguiu. Outro ruído alto se misturava a chuva e tornava o ato de dormir ainda mais difícil.

Levantou-se e foi até a janela averiguar o que estava acontecendo.

- Não... Não! – Disse para si mesma. E saiu correndo em direção a entrada da casa tipicamente britânica.

Era impossível, ele prometera que não iria embora, que não os deixaria de novo... Então por quê?? Por quê?

- Pai! PAI!

Gritou passando pela mãe que, em vão, tentara segura-la. O homem alto de cabelos louros parou de repente e deu as costas para o jipe cor verde musgo que o levaria para sua próxima missão.

- Pai! – Tessa agarrou com força as pernas do homem fardado sem perceber a atenção que chamava para a cena. – Por favor, você prometeu que não iria mais. Não vai embora de novo, por...

- Thereza! – A voz grave cortou o choro da menina. O silêncio era até palpável no ar. – Você percebe o tamanho da vergonha que está me fazendo passar? - O poder da desaprovação daquela voz fez com que Tessa ficasse sem palavras. Ele não lhe dirigiu sequer o olhar.

- Venha filha. – Carmem pegou a criança nos braços e se dirigiu para dentro de casa.

- Se você ser alguém... – Disse novamente, fazendo com que mãe e filha parassem no batente da porta. – Seja forte. Apenas os fortes sobrevivem. E aqueles que cumprem seu dever, são fortes. – E entrou no automóvel sem olhar para trás.

“Eu... Eu sou uma estrada de mão única
Sou uma estrada que leva pra longe
E segue você de volta pra casa”

O vento soprava frio e a chuva caia fria também. A grama se era encoberta com aquela camada impiedosa de neve... Também fria.

Tessa segurou ainda mais firme a mão do irmão quando viu o rosto da mãe... Ela queria chorar, mas não na frente deles, não na frente de todos eles.

- Senhora Cook? – Um homem com a farda cheia de medalhas veio até a mulher e crianças. – Aceite minhas mais sinceras condolências. Seu marido era um de nossos melhores tenentes e realmente amava seu país... Morreu com honra.

- Obrigada, General.

 O senhor fez uma leve reverencia para Carmem e depois se afastou.

Uma tropa de soldados fardados formou duas filas paralelas, no espaço entre elas, passou um caixão de mogno coberto pela bandeira do Reino Unido carregado por outros quatro soldados. Ao comando do general, as fileiras levantaram suas espadas formando uma espécie de telhado de prata.

Tessa olhou de lado na direção da mãe. Era a primeira vez que a havia visto chorar.

“Eu... Eu sou um poste aceso
Sou uma luz branca ofuscante
Piscando sem parar”

O diretor do colégio levantou o rosto da papelada que analisava para ver quem havia interrompido mais uma vez seu dia de trabalho; um suspiro cansado saiu involuntariamente quando viu quem era... De novo.

- Pode ir Ingrid. – Disse à secretária. Que saiu em seguida e deixou a adolescente de dezesseis anos em pé atrás de uma das poltronas.

Cabelos compridos loiros presos numa longa trança, blusa de alguma banda que ele desconhecia, “All star” vermelho, e aquela caixa enorme de guitarra que estranhamente sempre parecia maior do que a garota que a levava.

- E ai, Will?

Ela era sempre a responsável por perturbar sua paz.

- Já disse para não me chamar de “Will” Thereza, é Sr. Russel para você.

- Nossa! Quanto formalismo. – Revirou os olhos. – Não vai me convidar para sentar?

- Não está aqui para brincar, menina! Não aguento mais te ver mais na minha sala por causa dessas brigas estúpidas! Quer me deixar louco é??! – O diretor ficou tão vermelho que Thereza achou que ele fosse começar a passar mal bem ali.

- Ei, calma, calma. – Pegou um maço de folhas e começou a abanar. – Sabe que ficar muito estressado não vai fazer bem para sua pressão alta.

Ele respirou fundo e limpou o suor da testa com um lencinho.

- Que seja. – Disse mais calmo. – Sente-se.

Tessa sentou-se colocando a caixa da guitarra apoiada na cadeira ao lado.

- Agora me diga, por que você mandou Tom Phillips e Allen Morgan para a enfermaria?

- Bem... – Coçou a cabeça como se tivesse dificuldade de se lembrar. – Acho que foi por que eles me chamaram de baixinha maluca ou coisa assim.

- Só por isso?! – Ela balançou a cabeça, completamente calma. O diretor respirou fundo, novamente. – Certo, Thereza. Eu sei que você deve estar passando por uma fase tumultuosa na sua vida, especialmente com o novo casamento da sua mãe, mas você tem que saber controlar melhor suas emoções.

- Você sabe que isso não tem a menor lógica certo? Por que eu tenho que mudar se são os outros que me incomodam?! E por que o fato de eu me defender significa que eu tenho problemas na família??!

- Não foi isso que eu quis dizer... – Tentou se defender do súbito ataque.

- Eu sei o que quis dizer. – Levantou-se e pôs o instrumento nas costas. – Se me der licença, preciso ir agora.

E saiu sem problemas pela porta.

Continuou andando pelo corredor vazio da escola, o sinal já havia tocado há algum tempo.

- Ei, Tessa! – Virou na direção do som.

- Ei, Oliver – Sorriu de volta indo em sua direção. – Terminou o trabalho do grupo de ciências?

- Aham, vamos para casa?

Ela concordou com a cabeça e ambos se dirigiram para a entrada da escola. A casa ficava perto o suficiente da escola para poderem ir a pé sem maiores problemas.

- E então quanto tempo vai ficar na detenção desta vez? – Oliver perguntou quando terminara de explicar sobre o que havia feito no grupo hoje.

- Nenhum único dia, acredita?

- Como você conseguiu isso?

Tessa sorriu de lado.

- Eu tenho meus truques.

“Em tempos assim, você aprende a viver de novo
Em tempos assim, você se entrega e entrega de novo”

O clima daqui não era nada comparado ao clima de Londres. O sol era forte demais, quente demais, impiedoso demais.

Era simplesmente difícil para um londrino se adaptar ao clima agitado e febril de Los Angeles, ainda mais quando o londrino em questão era Tessa.

Sua mãe Carmem, seu irmão Oliver, e seu padrasto Mark, já se haviam adaptado bem depois da segunda semana. Para ela era mais difícil se adaptar a mudanças assim. Já viviam ali há cerca de três meses e ainda sentia que iria carbonizar se saísse debaixo daquele terrível sol.

O sol.

Era tão... Tão...

Tessa estava pensando nisso quando voltava para casa do seu emprego de meio período, numa lanchonete. Desceu do ônibus com a caixa da guitarra pendurada nas costas, agora só teria que caminhar poucas quadras até chegar à sua casa. Seria tudo tão fácil se não estivesse debaixo daquele terrível sol.

Começou sua caminhada passando pelas lojas, pensando no sol... Aquele terrível sol de Los Angeles.

E parou quando algo chamou sua atenção.

Numa das lojas, por detrás da vitrine, lá estava ele; Moderno, lindo, veloz, brilhante, com ar condicionado e tração nas quatro rodas... E amarelo.

Esse detalhe era impossível não notar já que não havia nenhum outro carro daquela cor na loja. Era único...

Como o sol que insistia em fritar sua cabeça todo santo dia.

- Ei moço! – Chamou assim que entrou na loja. – Quanto está aquele carro amarelo ali?

- Ahm? O Porshe, você diz?

- Sim, sim.

- Bem...

O queixo de Thereza caiu e toda sua alegria foi para o espaço. Ao que parecia o preço do carro também era tão grande quanto aquele maldito sol.

“Em tempos assim, você aprende a amar de novo
Tempos assim vivem se repetindo”

Não tinha certeza do por que estava ali em Chicago.

- Atenção, vocês novatos... – Disse o oficial mais velho na frente deles.

Queria uma vida mais emocionante, por isso não iria para a faculdade com seu irmão... Havia vendido a guitarra há alguns meses quando concluíra o ensino médio para poder terminar de comprar seu tão amado carro, então não queria montar nenhuma banda de novo.

- Lembrem-se de apenas três coisas...

Então a única coisa que lhe restava era... Olhou para o enorme centro de treinamento, onde só havia conseguido entrar depois de passar por um árduo processo seletivo.

- Treinem, treinem e treinem. E quem sabe, no final do ano, os melhores entre vocês serão encaminhados para um agente...

Mas tinha certeza de uma coisa, não estava ali por causa do seu pai, não isso nunca... Não colocaria a família abaixo de qualquer coisa, muito menos disso. Ela seria alguém melhor.

- E se tornarão novos membros da FBI.

...

Era o seu segundo mês, a tarde chuvosa no centro de treinamento.

Tessa observou seu reflexo no espelho do banheiro antes de pegar uma faca afiada e cortar um grande maço de cabelo molhado. Aquele que antes descia até a base das suas costas agora mal cobria seus ombros.

Jogou as madeixas no cesto ao lado e guardou a faca. Tinha que terminar de fazer o que fazia antes.

A chuva e a lama novamente se misturaram ao seu corpo, ela estremeceu um pouco quando um vento mais frio passou, tentou não pensar nisso. Era hoje que escalaria aquele muro, nem ou sairia do FBI naquele mesmo dia.

Tentou duas, três, quatro vezes.  Sempre sendo levada ao chão pela força da gravidade... Como odiava aquilo! Tirou a arma presa à cintura e descontou sua raiva no muro escorregadio. Como se aquilo fosse resolver qualquer coisa.

Ajoelhou-se e socou o chão lamoso com força. Em momentos assim não tinha certeza se estava fazendo a coisa certa. Era tão difícil não ter algo pelo que lutar.

Mas não podia ser fraca. Não desta vez.

Ergueu a cabeça segurou a faca com uma das mãos e na outra, um estilete, para poder se apoiar em alguma coisa na subida. Afundou, ambas armas no muro e usando a força dos braços escalou o muro e descansou sobre ele sentindo as gostas de chuva lavarem o seu suor.

“Eu... Eu sou um novo dia nascendo
Sou um novo céu
Pra sustentar as estrelas de hoje à noite”

- Quando o meu agente vai chegar? – Perguntou impaciente.

O seu, agora antigo, treinador olhou para ela e suspirou pesadamente.

- Escute Cook, o agente Thompsom é um dos nossos melhores. É bom que você o...

- Respeite e considere que ele pode tirar seu distintivo e arma. – Imitou em tom debochado a voz do treinador. – Você acha que eu não sei disso ainda?

- Então aja como se soubesse. Ainda não acredito que me obrigaram a te promover, você é a mais inconseqüente de todos os novatos.

Tessa deu de ombros.

- Mas sou a melhor deles.

A porta da sala se abriu antes que pudessem continuar a discussão.

- Desculpem pela demora, desculpem. – Disse um homem grisalho vestido com um terno bege e uma gravata estampada ridícula.

- Sem problemas, agente Thompson.

Tessa arqueou as sobrancelhas, aquilo só podia ser brincadeira, segurou uma risada inutilmente.

- Aham, serio? Você é o tal agente? O tal. – Riu descaradamente na frente dos dois superiores. – Realmente amigo precisam te dar umas aulas de como se vestir por que olha... Você destrói nossa integridade com essa gravatinha florida.

Os dois arquearam as sobrancelhas incrédulos, Gary olhou para seu amigo.

- Ela é Thereza Cook?

O homem balançou a cabeça e se virou para ir embora.

- Se precisar de mim não peça ajuda. – E bateu a porta. Tessa continuava rindo sozinha.

Gary suspirou fundo. Ele estava velho demais para isso.

- Agente Cook! – Bradou alto.

Tessa parou de rir e o encarou séria.

- Venha, vamos dar uma volta. – E foi saindo pela porta.

- Para onde vamos?

- Vou te mostrar o que agentes de verdade fazem, ao invés de ficarem rindo da cara de seus companheiros.

- Não vamos para a loja de rosquinhas, certo?

- E para onde mais nós iríamos? – Respondeu sério.

“Eu... Eu estou um pouco dividido
Devo ficar ou fugir pra longe
E deixar tudo isso pra trás?”

Ela correu mais do que nunca havia corrido em toda sua vida, sua mãe e irmão gritavam atrás dela para que parasse, mas era em vão. Quando entrara no carro já estava a cento e vinte por hora indo para lugar nenhum.

Parou o carro perto de um lago na cidade e desceu.

Sentou-se no chão, afundou o rosto entre os joelhos para que não sentisse as lágrimas escorrendo pelo seu rosto... Odiava chorar.

Mas mais do isso odiava sofrer, odiava ver gente indo embora, especialmente quando iam para nunca mais voltar.

Primeiro seu pai, e agora seu padrasto... Por que parecia que todos que amava estavam querendo se afastar dela? Havia algum problema? Estava fadada à solidão?

- Tessa?

Enxugou o rosto rapidamente.

- Como você me achou aqui?

Gary sentou-se ao seu lado e jogou uma pedrinha no lago.

- Intuição de agente.

Ela poderia ter rido disso, Gary tinha a intuição de uma toupeira em dia de sol.

- Eu sinto muito pelo que aconteceu, disseram que ele passou mal por causa do assalto...

- E o coração não agüentou. Eu sei.

O silêncio se instalou por alguns minutos.

- Sabe Thereza, é por isso que nós trabalhamos.

Ela levantou o rosto para olhar para o amigo.

- O que quer dizer?

- Pessoas que sofrem acabam fazendo outras pessoas sofrerem e estas, por suas vez, procuram causar mais sofrimento, é como um alivio para a alma. Nós tentamos quebrar esse ciclo.  – Ele olhou para Tessa e sorriu. – Por isso não podemos nos deixar levar pelo sofrimento, entende?

Tessa sorriu também e concordou com a cabeça.

- Ótimo, vamos voltar. Tome. – Lhe entregou um óculos escuro Ray-Ban clássico. – Não vai querer que te vejam com essa cara inchada, não é?

Em tempos assim, você aprende a viver de novo
Em tempos assim, você se entrega e entrega de novo”

- Thereza! Saia daí agora! – Podia ouvir a voz severa de Gary pelo comunicador enquanto corria pelos cômodos da casa em chamas.

- Eu não posso tenho que pegar uma coisa!

- Esqueça as provas, Thereza! Saia dessa casa agora!

Ela pulou por sobre umas chamas que bloqueavam a passagem e caiu no assoalho de madeira da sala. Sentiu a ardência de uma possível queimadura no braço.

Havia ouvido um ruído estranho de choro subindo as escadas. E foi o que fez.

No quarto uma criança chorava encostada entre a cama e a parede tentando se esconder da cena horripilante.

- Ei, eu vou ajudar você, venha. – Disse pegando-a no colo. – Não se preocupe sua mãe já está salva, aquele homem mau não vai mais machucar vocês.

E então foi em direção a porta, que já fora destruída pelo fogo. Tessa deu alguns passos para trás e correu em direção à janela.  Já havia um colchão de ar esperando para que eles pulassem.

- Pule logo, menina! – Gritou Gary no seu ouvido.

Tessa não pensou duas vezes e pulou.

“Em tempos assim, você aprende a amar de novo”

Sentaram-se à mesa da lanchonete que, segundo Gary, vendia as melhores rosquinhas de Chicago. Tessa depois de dois anos trabalhando com o agente, podia ver por que ele estava meio... Gordinho.

- Não faça essa cara emburrada.

Ela não desfez o bico, apenas tirou os óculos escuros para poder fuzilá-lo com o olhar.

- Por que você não me deixa mais trabalhar?

- Quando eu não te deixei trabalhar, menina louca? – Perguntou calmamente levando uma rosquinha à boca.

- Hoje, por exemplo, quando estávamos investigando aquele caso sem pistas e você me arrastou para cá.

Gary a encarou sério.

- Tessa, a vida de um agente não é só o FBI, entenda isso.

- Eu entendo isso!!!

- Então por que não relaxa e come uma rosquinha em paz?

Ela cruzou os braços irritadíssima e mordeu uma rosquinha.

- Está ficando obcecada com esses casos, Tessa. – Disse depois de um tempo. – Isso não vai fazer bem para você.

- Não diga besteiras, Thompsom.

- Então prove-me que estou errado.

Ela deu de ombros e se levantou.

- Vou pra casa.

Entrou no seu carro e foi para a central do FBI, sentou-se na sua mesa e abriu a pasta com o novo caso que estava investigando.

A morte de Maristella Bolevuc, atriz. Havia tido um ataque do coração sendo que gozava de uma excelente saúde. Nenhuma erva estranha havia sido detectada na sua autopsia.

Era obviamente mais um crime sem pistas.

Como o do senador e o da jornalista.

Tessa jogou a pasta sobre a mesa. Estressada, irritada, nervosa. Foi até a janela e olhou para as pessoas que caminhavam na rua. Era o dever dela garantir que o sofrimento não causasse o caos na vida daquelas pessoas.

Fechou os olhos e sentiu os últimos raios do sol tocarem a sua pele.

“Tempos assim vivem se repetindo”

Flash Back off

Tessa despertou dos seus pensamentos e jogou o café para um lado.

- Oliver! Oliver espere! – Gritou correndo para conseguir alcançá-lo a tempo.

Ele parou e a encarou, ficou surpreso ao ver lagrimas em seus olhos.

- Me desculpe, por favor, não vá embora eu preciso de você. – Chorou abraçando-o com força.

- Ei, acalma-se pequena. – Retribuiu o abraço. – Sabe que não vou embora assim tão fácil. – Sorriu.

Tessa se afastou para poder encará-lo.

- Tem certeza que ele vai ficar bem?

- Está duvidando da palavra do melhor aluno da sala? – Fez-se de indignado. Ela riu um pouco daquilo. – Vem, vamos. Eu te pago uma comida descente desta vez.

Ela concordou e ambos saíram pela porta da frente.


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Notas finais do capítulo

Ultimo cap bonus!
hehe
bjs