Quando eu era pequena, ouvia as inúmeras lendas sobre como a guerra nos destruiu e construiu ao mesmo tempo; sobre como, naquele momento, a vilania caíra para dar lugar aos novos heróis. Minha mãe diz que heroísmo ou ato não heroico é algo que está apenas nos olhos daquele que o vê: são pontos de vista. Os elfos reconhecem Lughtar como seu herói e rei eterno, as fadas aceitam Azula como aquela que as guiou até a vitória e os Magos clamam Eika a cada segundo... mas e nós? Os humanos são escravizados e as crianças treinadas para servir no castelo; os homens mais fortes erguem construções, as mulheres mais bonitas servem aos homens e aqueles que de alguma forma não se encaixam precisam viver fugindo. O problema é que cansei de fugir e de ficar nas sombras das árvores me escondendo, apenas esperando que não me encontrem. O problema é que a partir do momento em que cruzei o caminho de um dragão, soube que ainda havia esperança para mim. Para nós. Para todos. Quando pequena, ouvia histórias de todos os tipos, mas resolvi que agora é o momento de fazer parte delas.

Quando uma janela não é uma janela? Essa pergunta insistente é algo que estava destinada a ser de Saulo e somente dele, mas se há ou não uma resposta correta, somente o rapaz poderia dizer.