Qual não foi minha surpresa quando olhei pela janela para ver quem me chamava às quatro horas da manhã, e vi a mim mesmo ,de braços cruzados, me olhando sem paciência.

— E então - ele disse -, vai abrir o portão ou vai me deixar esperando que nem um mané aqui fora?

Eu pisquei e me afastei da janela, sem reação. Definitivamente aquele era eu, só que uns vinte anos mais novo. Mas alguma coisas estava muito errada, porque eu não me lembrava de usar uma espada presa na cintura e nem de sair por ai com armaduras de ouro por cima da roupa, quando era adolescente.

Quando eu cheguei sem ação ao portão, quase tive um treco quando vi versões da minha esposa e da minha cunhada esperando em frente da casa do vizinho. Ambas estavam com armaduras e roupas parecidas com a do meu eu mais jovem, e pareciam muito cansadas. Decidi não perguntar nada, apenas as deixei entrar.

A história que eles me contaram era absurda, mas só o fato de estarem ali desafiava a lógica, então, resolvi ouvir até o fim. Sonhos com monstros inimagináveis despertam algo que estava adormecido na Deb, e em uma busca por significado e entendimento, misturados à ameaças reais de seres que fizeram juramentos de sangue de captura-la viva com o objetivo de ser sacrificada, levou aqueles três em direção às intrigas do Império Ômega, a união dos reinos de Olimpo, Asgard e Egito em outra dimensão: Etherion.

Depois do que ouvi, digo para que reconsidere o que você sabe sobre deuses, semideuses e monstros. A Filha do Tempo e os Elementos Perdidos surpreenderá você.