Strike! escrita por Lirio_de_Maio


Capítulo 4
Capítulo 3 - Analisando o terreno


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas... nesse capítulo só tem PV do Ed, e vcs ficarão sabendo um pouquinho mais sobre a história da Bella. Tá curtinho, mas acho que vão gostar.Bjs!



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CAPÍTULO III

Edward entrou no quarto da concentração, que dividia com Emmett, tirou a camisa e jogou-a em cima da cama. De acordo com os termos de seu contrato, tinha direito a acomodações particulares, mas gostava da companhia do amigo. Emmett fazia com que ele se lembrasse de seus familiares, e as lembranças de casa lhe eram muito importantes.

Só que, no presente momento, ele não estava nem um pouco interessado na família. Sua mente estava totalmente voltada para os olhos castanhos mais maravilhosos que já vira na vida. Que mulher, Deus do céu! Que cabelos! Que rosto! Que corpo! A vontade de tocá-la era tanta, mas tanta, que, num determinado momento da entrevista, quase mandara tudo às favas e a agarrara ali mesmo, naquele bar, na frente de todo mundo.

E, apesar de toda a sua agressividade, podia quase jurar que a tal da Bella Swan havia sentido a mesma vontade.

Uma coisa era certa: a eletricidade que havia em volta deles era tão grande que por pouco não provocara um incêndio no local.

Sentou-se na beirada da cama, com os braços cruzados. Olhava para a frente, mas não enxergava nada. Sua mente voava longe. A única coisa que ouvia vagamente era o ruído de água caindo. Emmett devia estar no chuveiro.

Era difícil alguma mulher ocupar seu pensamento durante tanto tempo. Que coisa estranha! Aquilo nunca havia lhe acontecido antes. Mas também jamais encontrara tamanha beldade na frente. Não era só a beleza dela que lhe chamava a atenção. Era muito mais que aquilo. A moça possuía uma mistura de sensualidade, doçura, inocência e agressividade, capaz de tirar o sono de qualquer cristão.

Apanhou o travesseiro, abraçou-o e sorriu. Pelo jeito como falara, Bella não tinha a mínima intenção de vê-lo outra vez.

Só que, para ele, as coisas eram completamente diferentes. Fazia questão absoluta de tornar a vê-la. Não só aquilo, aliás. Fazia questão de tomá-la nos braços e lhe dar um longo beijo...

Aquilo não deixava de ser muito engraçado. As mulheres da cidade inteira estavam loucas por ele. A garota que lhe pedira um autógrafo no bar, por exemplo. Era só dar um assobio e ela já estaria deitada em sua cama. Aliás, havia uma fila de mulheres ávidas para passarem a noite a seu lado. Tudo o que precisaria fazer era escolher a mais bonita delas.

Então, por que tamanha fixação por Bella, que o tratara com tanto desprezo?

Não podia se queixar. Desde seus quinze anos de idade, quando sua voz começara a engrossar, as garotas vinham caindo em cima dele como moscas num pote de mel. E anos depois, quando se transformara num herói nacional, as coisas, só aumentaram de intensidade.

— Casanova é fichinha perto de você — Emmett havia comentado, quando a loira oxigenada de jeans apertado se afastara, com seu autógrafo assinado no lugar desejado. — A garota só faltou se sentar no seu colo!

Só que não era exatamente naquela loira em que ele estava pensando.

— Emmett, me fale dela — ele pedira, colocando um punhado de amendoins na boca. — Qual é a sua história?

Emmett franzira à testa.

— A história de quem? Da loira? Mas eu nem a conheço!

— Da loira não, seu burro! De Bella Swan! Daquela morena maravilhosa!

Emm recostara-se na cadeira e dera um sorriso, as lembranças voltaram-lhe à mente.

— Bella foi criada pelo pai.

— Pelo pai? A mãe dela morreu?

— Não. Abandonou o marido e a filha quando a pobrezinha tinha apenas oito anos de idade. Acho que deve ter se cansado de ficar em casa, sozinha, enquanto o grande Swan viajava pelo país, defendendo o time. Bem, um belo dia, o pobre sujeito chegou em casa e deu de cara com a filha aos prantos. A mulher tinha deixado um bilhete em cima da mesa da cozinha, informando-o de que estava partindo. Depois disso, ele e Bella se uniram mais do que nunca, ficando totalmente dependentes um do outro.

— Você já era amigo deles nessa época?

— Já. Eu estava começando a jogar profissionalmente, quando a desgraça aconteceu. Pobre Charlie. Ele ficou arrasado. Acho que gostava de verdade da mulher.

— E Bella?

— Ficou mais arrasada ainda. Já pensou que horror para uma criança de oito anos ficar sem a mãe, sem mais nem menos?

— Pobrezinha...

— Pois é. Bem, depois disso, Charlie passou a levar a menina para tudo que era canto. Contratou até um professor particular para acompanhá-los durante a temporada de jogos. Ele estava determinado a não deixar que ela se sentisse abandonada pela mãe e pelo pai. Acho que, o que o que ele queria mesmo era compensar o erro de Renee.

— Renee?

— A mulher dele.

— Ela voltou a dar o ar da graça?

— Não. Um dia, alguns anos depois, ela mandou um cartão de Natal, dizendo que finalmente tinha encontrado a felicidade e pedindo para que ele a perdoasse, se pudesse.

— E ele perdoou?

— O coitado queimou o cartão.

— Pobre Swan... Como deve ter sofrido. Mas me diga uma coisa. Até quando Bella acompanhou o pai?

— Até entrar na faculdade. Depois disso, passava as férias inteiras com ele. Acredite no que eu lhe digo, cara. A garota idolatrava o pai. Apesar de ter morrido, Charlie ainda é o grande herói, o grande ídolo da vida dela.

Edward acreditava naquilo. E agora, abraçando o travesseiro, compreendia que tinha o fantasma do Campeão Swan para exorcizar, se quisesse tocar fundo na alma da moça.

Sorriu e tirou o fone do gancho. Caçar fantasmas até que estava em moda, ultimamente. Desligou depressa, ao perceber que o chuveiro fora desligado. E, pensando bem, um telefonema só não seria suficiente para aquilo que tinha em mente.


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Notas finais do capítulo

Agradecendo mais uma vez a todas vcs que deixaram reviews e mesmo que não deixaram, mas lêem a fic. Bjs!