Suspiro Fatal escrita por Elisabeth Ronchesi


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Devido a festas de fim de ano, problemas familiares e escola o capitulo demorou a ser publicado, mas espero que apreciem o mesmo.
Neste capitulo cada simples fato, servirá de porta para um novo destino dos personagens. Esse é o capitulo que "fará o leque se abrir".
Boa leitura a todos.
Rukki



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Dois meses depois


  A crise em Sidney está em níveis catastróficos, médicos e cientistas se aliam em uma busca de uma possível cura para este novo vírus letal. As únicas recomendações dadas pelos especialistas é tomar 3 banhos diários e usar máscaras de tecido sintético. Famílias se distanciam com medo de serem infectadas por esse temível vírus e nos continuamos a perguntar: até quando esta crise irá durar?
 Voltamos aos estúdios com você, Josh.



  Angeline desligava a televisão, suspirando ainda com a notícia dada no telejornal. Sua máscara era diferenciada devido a seu problema de saúde. Seu médico lhe indicara uma especial para o tratamento que vem fazendo há algum tempo. Tirava seu celular do bolso da calça e discava rapidamente para um celular atualmente conhecido.
- Alô, Henry? Sou eu, Angeline.
- Diga Angeline. Seja rápida porque eu estou ocupado.
- Podemos nos encontrar novamente? Quero saber como anda as coisas.
  Silêncio. O homem não sabia o que dizer, pois era muito cedo e este nem havia se levantado para ir à delegacia.
- Não será possível - disse bruscamente. - Prometi a Telma que passaria o dia inteiro com ela na cama. Ontem foi bom demais para acabar hoje de manhã com a sua ligação.
  A mulher permanecia em silêncio, respirava fundo e tentara segurar suas lágrimas. Não permitiria que aquelas palavras lhe deixassem mal, ou pelo menos tentaria.
- Desculpe-me Henry. Não queria atrapalhar o momento de vocês. Peça perdão a Telma por mim. Eu não... te ligarei mais.
- Isso é bom. Assim não atrapalhará o meu relacionamento com uma mulher de verdade.
- Mulher de verdade era o que você dizia quando estava entre minhas pernas.
  O homem enrolado aos lençóis dirigia o olhar para o telefone de suas mãos, que agora permanecia mudo. Em seguida, percebera que a mulher do outro lado da linha havia desligado na sua cara. Telma perguntava quem era no telefone, enquanto acariciava seu peito másculo.
- Novamente Angeline, me implorando por atenção.
  A mulher dos cabelos acobreados parava de acariciar o peito nu de seu parceiro e o encarava incrédulo.
- Aquela biscate ainda corre atrás de ti?
- Sempre - pigarreou. - Desde que eu prometi ajudar com a morte de seu marido, ela anda confundindo as coisas.
- Eu quero você longe dessa vadia! - Telma vociferava.
- Não se preocupe. Eu amo outra mulher.
  Henry puxava o corpo nu da mulher com quem dividia a mesma cama e lhe desferia um beijo ardente, cobrindo seus corpos com um lençol de seda branca.

  A garota caminhava pelas ruas de Sidney desorientada, apenas caminhando sem prestar atenção para onde iria ou se alguém a seguia. Ao que deu por si, as lágrimas já lhe fugiam, não sabendo dizer a quanto tempo andava. Sabia apenas que estava na rua da delegacia, por acaso. A imagem de Scott lhe vinha em mente, fazendo-a andar menos rápido. O caso de seu desaparecimento fora arquivado pelo mesmo homem que havia lhe prometido ajuda. Como sempre, Henry não havia cumprido sua promessa e o que restava era apenas dúvidas e dor.
  Há algum tempo o fato de ter sido apenas um brinquedo para os outros, agora era claro e parecia lhe nocautear bem no peito. Sua dor era tamanha que acelerou o passo fazendo-a trombar com alguém maior que si, recuando por isso.
- Tome cuidado moça. Não ande descontraída assim.
- Desculpe-me senhor.
 O homem alto lhe olhava torto.
- Senhor? Desde quando eu sou senhor, Angeline? Não está me reconhecendo?
  A mulher levantava os olhos úmidos na direção do rapaz que lhe dirigia a palavra. Forçando o olhar, pode distinguir a face do ser. Era apenas James Kadence, o novo delegado daquele local que lhe trazia tantas lembranças. O ruivo a observava com certa agonia, pois em seu país era imperdoável um rapaz que fizesse uma dama chorar. Visivelmente, Angeline não poderia estar nesse estado por outro motivo.
  Ele segurava-lhe na mão e a puxava contra sua vontade, convidando em tom simples e casual para tomarem um café numa padaria próxima. Angeline apenas o seguia calado, de forma que aceitava o convite.

  Henry deixara Telma a dormir em seu apartamento, estava no caminho para a delegacia quando passou em frente ao café que se localizava na rua da delegacia. Entrava no estabelecimento e ia diretamente a Rosane, uma garçonete caucasiana de um metro e meio aproximadamente, com os cabelos cor de ébano presos a um coque alto.
- Rosa, eu quero o de sempre, mas com uma dose maior de cafeína. A manhã de hoje foi desgastante.

- Fez serão primo?

  A menina o olhava admirada.

- Não sua tonta inocente, a Telma passou o a noite em casa.

- Safado, quando não esta sendo ignorante esta saindo com umazinha por ai.

- Hunf. Apenas faça pelo que é paga e me traga o café.

  Ele a olhava com certa raiva, mas compreendia a desconfiança, até aquele dia, ela o via apenas brincando com as mulheres.

  Seu olhar corria pelo estabelecimento, até visualizar um conhecido casal. A moça que lhe telefonava pela manhã e seu novo chefe. Indignado com a mulher estar tão feliz com outro homem foi até o local onde a mesa dos dois estava. Andava calmamente até parar ao lado de James, onde lançava um olhar direto a Angeline.

- Vejo que já esta melhor senhora... Então, agora que tem um boneco para afogar de amor... Vai parar de me atrapalhar agora?!

  Henry falava sinicamente e de modo ofensivo, fazendo com que a aurea de tristeza de Angeline fosse perceptível ao seu acompanhante.

- V-vá embora, Henry.

- Bom dia Delegado Kadence, como esta essa manhã? - Disse, ignorando-a.

- Vou bem policial, vou bem...

  Kadence lembrava-se perfeitamente que o nome do policial ao seu lado era Henry, mas pelo modo como esse havia tratado sua companhia, não fazia gosto em prosseguir com o assunto.

- Não vão me convidar para a mesa de vocês?

- Porque não vai embora?

  Ela falava numa voz fraca e falha como se tenta-se segurar suas lágrimas. Ela olhava para cima e a feição de James parecia irritada.

- Desculpe-me se estou atrapalhando vocês.

- Não esta não senhor, é que estou aqui relembrando o meu amigo, Scott. Disse que farei o possível para ajudá-la a encontrá-lo. Você era o encarregado pelo caso, certo? Vejo que fracassou então arquivou o caso, por isso reabrirei e ajudarei ela. Darei minha palavra de homem e não desistirei como muitos que fazem por ai. - James direcionava o olhar para a moça na mesma mesma, sorrindo. - Pode contar comigo Angeline.

  Ele esticara sua mão por cima da mesa, e a deixava lá, até que ela a segurou e deu um sorriso.

- Obrigada James, você me ajudará e muito.

  O homem ficara de pé com o seu orgulho ferido olhando a cena para ele patética, então Rosa caminhava até estes.

- Primo, seu café!

  Ele pegara e saia porta-fora, não se despedindo de ninguém, apenas deixou dez dólares na mesa e saiu.


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Notas finais do capítulo

Todo escritor necessita saber se seu trabalho agrada por isso peço a vocês os Reviews do capitulo.