Looking Forward escrita por Calixto


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

'Fuinalmente alguem como eu,alguem que podera me ajudar com minhas duvidas antes que eu enlouqueça"

para um melhor acompanhamento da historia, leia ouvindo
http://www.youtube.com/watch?v=ke8ZSi80j_0&feature=related



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Estacionei em frente a entrada da praça, o sol já estava se pondo.Me sentia muito nervosa, a cada segundo que se aproximava meu corpo tremia, criei coragem e sai do carro. A praça estava deserta, a não ser por um grupinho de garotos sentados em frente ao playground fumando e bebendo, tentei não chamar atenção para mim, coloquei o capuz de minha blusa sobre a cabeça e andei até uma das arvores que pudesse não me deixar muito a vista.

A noite chegou tão rápida e despercebida, o frio gélido fazia meu corpo tremer.Talvez eu devesse ir embora, talvez ela nem viesse, talvez ela nem exista.O primeiro passo que dei rumo a minha ida, tive um visão de alguém chegando, não vi rosto nem nada, apenas um ser todo enrolado  em um manto preto, a mesma perna que havia dado um passo volta novamente para traz, então fiquei esperando aquele alguém aparecer.Olhei para todos os lados, mas só via o grupo de garotos fazendo bagunça nos brinquedos. O céu estava escuro, o único barulho que vinha a meus ouvidos eram as risadas dos garotos , fechei os olhos, respirei fundo e repeti a mim mesma que eu não estava com medo, até uma voz sussurrar por trás de meus ouvidos.

-Olá Sarah – Uma doce e aguda que passou como um sussurro por mim e me fez tremer – Sabia que viria.

Quando me virei La estava ela,a misteriosa  mulher do telefone. Era uma senhora baixinha com um rosto tão agradável como sua voz, tinha os cabelos todo cinza que estavam presos com um coque e cobertos pela manta que caia sobre o resto de seu corpo. Ela devia ter por volta de um metro e sessenta, não aparentava mais de setenta anos.

-Olá.

-Sou Eleonor – ela estende a mão para mim, quando a aperto uma sensação muito forte passa por mim, uma sensação agradável que me dava certeza de que podia confiar nela, e ela também teve essa sensação, pude ver pelo seu sorriso gracioso.- acho que você sabe que pode confiar em mim, bem vamos para um lugar mais calmo, daqui a pouco aqueles jovens estarão embriagados, e não será bom para duas moças como nós estarmos presentes quando isso acontecer.

-Claro

Fiquei olhando aquela pequena mulher entrar em meu carro, era tão meiga, tão graciosa e tão confiante em si mesma.Fiquei esperando sua  sugestão de um lugar para irmos, então ela disse:

-Bem minha casa fica a poucas quadras daqui, podemos ir até La.

-tudo bem.

Ela me guiava para onde eu devia seguir.Eu estava  meio sem graça ao lado dela, mas também com muita ansiedade, talvez a única pessoa que pudesse me ajudar com minhas visões estava bem aqui.

Estacionamos ao lado de uma pequena casinha, que mais parecia um chalé, ela não me disse nada apenas saiu do carro com intuído de que eu a seguisse, e foi o que fiz, sem dizer uma palavra fui andando logo atrás dela.Comecei a reparar em volta, não havia muitas casas por ali, talvez ela gostasse  de sossego .Ela abriu o portão e andamos um bocado até a porta, a pequena casa era rodeada de um belo jardim com arvores e pequenos anõezinhos espalhados por todo canto, ‘gostaria de saber onde estava a branca de neve ?’.

-entre querida.

A casa era linda, cada móvel ali dentro parecia ter muitos anos,relíquias, mas todos muito bem preservados, era um lugar aconchegante.

-sente-se – o primeiro co modo da casa era a cozinha, sentei – me ao lado da mesinha de jantar – gostaria de uma café?Uma água?

-Agu... – antes que eu pudesse falar ela já estava enchendo um copo com água pra mim. – Bem, então você também é uma ...

-vidente – ela me entrega o copo – sim, como você. – ela se senta no outro lado da mesa, ficando a minha frente.

Eleonor estava olhando pela janela, onde se da para ver as estrelas, havia um pequeno sorriso em seus lábios,aquilo transmitia uma tranqüilidade, como tudo que ela dizia soava num tom calmo,como se ela nunca ficasse brava ou triste, apenas calma e doce.

-Não se preocupe -  ela ainda olhava pela janela – eu limpo depois. – não tive certeza se ela falava comigo, então comecei.

-Bem e como isso funciona? Você  também fica maluca com isso? E por eu?- quando me daí conta as perguntas já estavam saindo em disparadas de minha boca – por que comigo? – agora a pergunta já não era mais a mim mesma, mas para ela, no desespero de ela pudesse me responder, de que ela devia me responder. - por quê?

Ela virou lentamente sue rosto para poder me olhar, ela ainda permanecia com aquele sorriso meigo.

-Querida muitos porquês não tem uma resposta clara, isso é um dom.

-Dom? Se é um dom por que não pude salvar meu irmão.

O sorriso agora havia sido substituído por um ar tristonho, e após alguns instantes ele prosseguiu.

-Ver o futuro pode ser muito atormetedor, como foi para você saber seu irmão iria sofrer um acidente, e só te restou a esperança de que aquilo devia ser mudado.

-É isso que estou dizendo, se posso ver porque não mudar?

Levei um susto quando algo pulou em meu colo, o copo que estava em minha mão cai no chão espalhando o que restava de água nele,era um gato preto com manchas brancas que estava agora me fuzilando com seus olhos amarelos.

-Desculpe, eu não o vi... ele pulou...

-Niguel saia daí – ele pula salta do meu colo e vai em direção ao outro cômodo – não se preocupe limpo isso num estante, quando não se tem família arrumamos bichinho para nos fazer companhia.

-É... Claro. 

-Querida – enquanto ela passava um pano no chão ela continuava – o fato de você não ter impedido o acidente não significa que você não possa mudar o futuro, muitas vezes as coisas devem acontecer por algum  motivo – me lembrei  quando Matt me disse a mesma coisa – mas quando você olha para o futuro você já o esta mudando de alguma maneira – ela já estava de volta a sua cadeira, eu apenas ouvia o que ela tinha a dizer – as coisas agora não vão fazer muito sentido para você, mas farão um dia, você só não deve deixar isso dominar sua mente, com esse dom o carma é maior.

-Você diz dom? mas porque temos isto?

-Deus da a cada pessoa um dom diferente- sua voz ainda era calma ao dizer cada palavra, aquilo me deixava sem jeito, pois eu apenas jogava perguntas sobre ela - dons que temos o dever de usa- los para algo maior, como o dom da amizade que lhe da forças para ajudar um amigo, o dom da empatia que lhe permite entender o seu próximo, tomar a dor deles como se fosse a sua.

-Mas por que ver o futuro?

-Um dom maior, um dever maior.A bíblia mesmo mostra muitos videntes, melhor dizendo muitos ‘profetas’, que sabiam  de coisas que ainda iam acontecer.Durante anos pessoas foram descobrindo que o dom de ver o futuro Foi lhe concedido, muitos chamam isso de dons paranormais, muitos acham que isto é maldição e isso permite que elas apenas destruíssem a si mesmas, sendo que deviam ver que são pessoas com um dom extraordinário, tanto eu como você como seu pai recebemos essa divindade.

-Meu pai?


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Notas finais do capítulo

obrigado por estarem acompanhando a historia e estarem comentando
espero que estejam gostando.



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