Cebolas e Coelhadas em Hinata escrita por aranhajaponesa


Capítulo 1
Uma cebola verde em Hinata




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Meia-noite, Hinata, Japão.

Mais uma vez nosso intrépido herói de olhos agigantados e óculos cafonas, escorrega ao sair de seu ofurô, atravessa um corredor inteiro com a bunda deslizando sobe o piso de madeira recém-encerado, bate em três pilastras, arrebenta uma porta corrediça e dá de cara com uma ruiva que estava começando a se despir.

- Keitaro, seu imbecil! – e Naru dá uma porrada no rosto do nosso herói. Com a inércia, ele abre um novo buraco no piso do quarto e vai parar no quarto do kanrinin, obviamente com a cara toda inchada.

Meio-dia, Bairro do Limoeiro, São Paulo, Brasil.

Nosso outro intrépido herói, de camisa verde, shortinho e cinco fios de cabelo extremamente pontiagudos, foi pego em flagrante dando nós em um coelhinho de pelúcia azul.

- Cebolinha, seu imbecil! – e Mônica dá uma coelhada no nosso amiguinho troca-letras. A coelhada foi de cima para baixo, logo Cebolinha atravessou toda a crosta terrestre, e...

Meia-noite e três minutos, Hinata-sou...

Um estrondo fortíssimo acorda todos os moradores do dormitório.

- Era só o que faltava, mais um terremoto... – reclamou Sarah MacDougal, que já havia esquecido que é norte-americana do estado da Califórnia. Onde também está sobre uma falha geográfica...

- Terremoto? Socorro! – Shinobu, correndo de lá para cá, agitando os braços freneticamente.

- Ara, ara... Que aconteceu? – Mutsumi, tranqüila como sempre.

- É o apocalipse. Estou pronta, kami-sama. – Motoko, com a sua vestimenta de samurai, certa que aquilo era realmente o final do mundo...

- Apocalipse? Isso é gostoso? – Kaolla Suu, comendo uma banana e com uma carinha inocente.

- Acorda, Keitaro, seu imbecil! Acorda! Estou com medo... Vá ver o que está sendo derrubado lá fora! – Naru, chacoalhando o pobre coitado que ainda estava desmaiado...

E uma tampa de um bueiro é aberta ao lado da linha de bondes que circula naquela região. E do bueiro sai um forte cheiro de cebola...

- Ai... Polcalia, a Mônica tem que maneilar mais nas coelhadas... Nem sei onde fui palar! Nossa, que casas englaçadas... Fui palar no Bailo da Libeldade?

- Nossa, quem será ele?
- Será que é alienígena?

- Será que ele é da terra da Kaolla?

- Que balato! Eu fui palar mesmo na Libeldade! Inclusive, eles estão falando em japonês! Oba, estou mais ou menos pelto de casa! Ei, pessoal, qual ônibus eu pego pala voltar ao bailo do Limoeilo? – disse Cebolinha.

- O que ele disse? Kaolla, isso é a língua de Moru Moru? – perguntou Mitsune, com a carinha de raposa e uma garrafa de saquê nas mãos.

- Não... Eu não entendi nada do que ele disse!

- Que garotinho engraçado! Ele não fala a letra "R" ! Será que é chinês? – perguntou Naru.

- Não, não tem olhos puxados... – disse Keitaro, sem qualquer galo na cabeça.

- A língua que ele fala parece espanhol – disse Sarah. – Mas é um pouquinho diferente.

- Ninguém aqui fala poltuguês? – desesperou-se Cebolinha. – Oi, eu sou o Cebolinha, molo no bailo do Limoeilo, na Zona Nolte de São Paulo, Blasil...

- São Paulo? Keitaro, lembra-se daquele time de futebol que veio duas vezes no Estádio Nacional de Tóquio disputar a Toyota Cup? – perguntou Naru.

- Vagamente... Ah, era um time brasileiro, né?
- E depois, no ano passado, veio um time de verde jogar aqui e perdeu do Manchester United... Era da mesma cidade!

- Então o garotinho é brasileiro! Kaolla, cadê o Multi-Tradutor Extra Plus Tabajara que você encomendou do Paraguai?

- Nháaa... Está aqui! E o tradutor traduz também o tamagonês, pode servir como "wok" para fazer yakissoba e pega TV a Cabo!

Kaolla ligou a máquina e, como por um passe de mágica, Cebolinha conseguiu entender o japonês dos personagens de Love Hina e os personagens de Love Hina entenderam o português de Cebolinha.

- Então eu estou em Tóquio?

- Isso mesmo, garotinho... – disse Shinobu.

- Como é que você veio parar aqui? – perguntou Haruka.

- Não sei, eu estava dando nós no coelhinho da golducha da Mônica, quando ela apaleceu, me deu uma coelhada e eu vim palar aqui...

- Gorducha, Mônica... Ei! – levantou-se Keitaro. – Acho que já vi isso em algum lugar!

E Keitaro Urashima correu para seu quarto. Mergulhando em sua coleção absurda de gibis.

- Bom, agola eu sei que estou em Tóquio, do outlo lado do mundo e não sei como voltar pala casa. Quem são vocês?

Naru, a protagonista do mangá, começou a fazer as apresentações.

- Eu sou Naru Narusegawa, tenho 19 anos, estudo na Universidade de Tóquio... Aquela de cabelo azul é a Shinobu, e como pode perceber, ela é doce, meiga e uma bela cozinheira, ao contrário de mim... A loirinha do seu tamanho é a Sarah, norte-americana... Aquela de cabelão preto e cara de brava é a Motoko... Mas cuidado, invés de coelhadas, ela fatia os outros com sua espada!

"Como se a Mônica fosse meiga e delicada..."

-... Aquela de cabelo curtinho é a Mitsune, conhecida como Kitsune, a Raposa. É a minha melhor amiga.

- Eu sou a Haruka, tia do Keitaro... Trabalho na casa de chá aqui do lado. A outra loirinha é a Kaolla, estudante de intercâmbio... Ela sempre inventa armas de destruição em massa e inutilitários e vive com fome!

"Nossa, uma mistula de Flanjinha, Cascão e Magali!"

- Ara, ara! E eu sou a Mutsumi! Adoro melancias!

"Já vi que não vou sentir falta da Magali..."

Ao mesmo tempo, no bairro do Limoeiro...

- Cebolinha! Cebolinha! Onde você está? Me desculpa pela coelhada... Mas você mereceu!

- Falando sozinha, Mônica? – perguntou Magali, comendo uma suculenta melancia.


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