Eric não acreditava que Sookie estava grávida, mesmo com o resultado nas mãos.

- Eu não acredito Sookie! Como você pôde fazer isso comigo?

- O que? Você pirou Eric?

- Agora você… carrega uma criança dentro de você! - o vampiro a olhava com nojo.

- Hey, não fale assim! Você já foi humano um dia! Foi assim que você nasceu!

- Eu… eu não consigo mais nem tocar em você.

- Então me dá os exames e vai embora!

Ele entregou, desceu os degraus da frente da casa lentamente de cabeça baixa, se virou, olhou para Sookie e sumiu rapidamente. No Fangtasia, ele entrou e foi direto para o seu escritório, Pam foi atrás.

- Pelo jeito não deu certo! - disse a vampira.

- Você não vai acreditar, Pam.

- O que?

- A Sookie está grávida!

- Sério?! Que dó, vai estragar aquele corpinho.

- Pam! Você não entendeu? Já era, acabou!

- Ué, adota o bastardo! Quando chegar numa boa idade, é só transformá-lo ou transforma-la, em vampiro! Já que você gosta tanto da fada!

- Eu não vou fazer isso! Aquele caçador! Ah se eu soubesse, teria matado ele naquela noite!

- Aí que a garçonete não ia querer te ver nem queimado!

- Eu não sei mais o que fazer! Eu até tinha esperanças, mas agora, não dá mais.

- Hum… eu imagino como será o gosto do sangue dessa criança quando nascer!

- PAM!

- Ah tá, você está estranho mesmo!  Vamos, tem milhares de fangbangers doidas para te entregar o pescoço, claro que nenhuma vai ter o mesmo gosto do sangue da fada, mas é melhor do que nada!

- Não, não estou no clima.

Pam deu um suspiro tedioso e saiu da sala. Eric não se conformava, sentiu seus olhos se encherem de lágrimas de sangue, mas se segurou, ele era Eric Northman, xerife da área 5, não ia chorar por causa de uma mulher, mesmo que ela fosse a mais especial de todas. Em casa, Sookie segurava o celular. Queria ligar para Dean ou até mesmo mandar uma mensagem, mas ela sabia que ele não ia atender. Tara chegou e encontrou a amiga cabisbaixa sentada no sofá.

- Então Sook, chegaram os resultados?

- Sim.

- E aí? O que você tem?

- Eu estou grávida.

- Fala sério! É verdade mesmo?!

- É sim, pode olhar.

Tara viu os resultados e logo depois abraçou a amiga.

- E agora? Vai contar para o Dean?

- Eu quero, mas acho que não vou conseguir falar com ele. Aposto que ele até mudou o número do celular.

- Mas que palhaçada viu!

- Não fale assim, Tara! Ele tem os motivos dele. Bom, agora eu preciso contar para o Jason, vou ligar para ele.

Em poucos minutos, Jason chegou todo preocupado.

- Você está doente, Sook???

- Não, estou bem saudável.

- O que é então?

- Eu estou grávida.

- O que?! De quem?!

- Como assim "de quem" ?

- Não me diga que você vai ter um bebê vampiro!

- Jason! Deixa de ser burro! - disse Tara dando um tapa na cabeça dele.

- Vampiros não tem filhos e faz tempo que eu não… não.. você sabe, com o Eric. O bebê é do Dean - explicou Sookie.

- Ah, que alívio! A gente precisa contar para ele!

- Calma , Jason! Deixa que eu resolvo isso.

- Bom, mesmo se o Dean não voltar, eu, a Tara e aposto que todo mundo do Merlotte's, vai te ajudar! 

- Obrigada, meu irmão!

Os irmãos se abraçaram emocionados. No outro dia, quando o Merlotte's estava mais vazio, Sookie chamou Arlene, Terry, Sam, Jessica, Lafayette e Holly, para contar a novidade.

- Então gente, eu vou ter um bebê. 

As reações foram diversas. Terry, Holly e Jessica adoraram, Sam e Lafayette ficaram surpresos e Arlene reagiu mal.

- Ai meu Deus, ela vai ter um bebê com presas! Como ela vai amamentar a criança?!

Tara que estava no bar, não acreditou na reação da garçonete ruiva.

- Outra com a cabeça do Jason! O bebê é do Dean, sua tapada! E só para avisar, vampiros não tem bebês! 

- Ah bom! Então meus parabéns, querida! - disse ela abraçando Sookie.

Todos a abraçaram e a parabenizaram, mas ela sabia que todos estavam pensando, "coitada, vai ter um filho sem o pai por perto".

Os dias, as semanas e os meses foram passando. Sookie estava no quinto mês de gestação. Acompanhada de Jason e Tara, ela foi fazer um ultra-som para saber o sexo do bebê. Deitada na cama, o médico perguntou:

- Tem alguma preferência?

- Não, nascendo saudável e normal, já está bom.

- Já pensou nos nomes?

- Eu pensei em Alice se for menina e… Dean se for menino.

Jason e Tara olharam com dó para ela.

- Então, diga '"olá" para o pequeno Dean! - disse o médico virando a tela.

- É menino? - perguntou Jason.

- Como você é lerdo! - disse Tara.

- Sim, é um menino! E pelo que eu estou vendo, perfeito e saudável!

Todos ficaram emocionados e algumas lágrimas rolaram.  Naquela semana, a futura mãe resolveu começar a montar o quarto e o enxoval do bebê, era simples, mas muito fofo. Tudo estava indo bem, quando ela percebeu que todos os dias após o trabalho, dois homens estranhos estavam sempre por perto. Uma noite ela resolveu que ia tirar satisfações, mas os dois homens não apareceram. Uma semana se passou e nenhum sinal, pelo menos ela ficou mais tranqüila. Se despediu dos colegas de trabalho e entrou no carro. No meio do caminho o carro parou do nada.

- Ah não! Eu não acredito, viu!

Saiu do carro, levantou o capô, deu uma olhada só por olhar mesmo, não entendia de mecânica.

- Vou ligar para o Jason.

Pegou o celular na bolsa mas ele não ligava.

- Ué! Eu carreguei ele ontem! Que raiva! Bom meu filho, parece que a sua mãe vai ter que ir andando com essa barriga mesmo! Devagar a gente chega lá!

Assim que ela fechou o carro e começou a andar, os homens estranhos apareceram.

- Quer ajuda moça? - um deles perguntou.

- Não obrigada, eu vou andando mesmo! - disse Sookie andando mais rápido.

- Hey, pra quê a pressa? - perguntou o outro a segurando pelo braço.

- Melhor você me largar! 

- A gente sabe de quem é esse bebê.

- Hã? Do que você está falando? - perguntou ela assustada.

Na hora os olhos dos dois ficaram pretos.

- Droga! Vocês são demônios!

Sookie tentou sair correndo, mas um deles a segurou por trás.

- Mais um Winchester no mundo? Não, não mesmo! - disse o que não estava segurando-a.

- Eu não sei do que você está falando moço, por favor, me deixe em paz!

- Você sabe sim! Esse bebê é do Dean Winchester! Tem umas "pessoas" lá embaixo que querem este bebê vivo, mas tem outras que não! E eu faço parte delas!

Na hora, o demônio pegou uma faca e enfiou na barriga de Sookie.

- Nããão! - gritou ela.

O outro demônio largou a garçonete que caiu no chão. Os dois sumiram na noite.  Caída no meio da estrada, Sookie chorava e pedia ajuda, mas estava fraca e sua voz saía baixa.

- Meu bebê, por favor… alguém me ajude.