O resultado de um dia rejeitando comida... E a conseqüência? Ficar meia hora no soro. Meia hora que pareciam muito mais!

-Está tudo bem, não é mesmo, moço?- O médico disse.

-Eu pensei que estava...- Disse, na maior carinha de inocente.

-Ficar sem comer em estado de recuperação é estar bem? Acha mesmo?- Fiquei calado e com aquela agulha enfiada no meu braço por mais meia hora.

Depois simplesmente agradeci, me levantei (berrando de dor no braço por dentro, mas deixa quieto), Scooter me deu meu casaco e eu o vesti e saí da sala.

Alguns seguranças se puseram á minha frente na porta, quando eu iria sair do hospital, e a abriram.

Ouvi berros, gritos, e tudo mais, e só olhei para frente, com o olhar perdido no céu, em transe.

-Está tudo bem? - Scooter disse, me tirando de transe.

-An, está...- Respondi, dando um passo a frente. A "travessia", como Ryan, meu melhor amigo em Stratford, começou a chamar as minhas passagens com corredor de isolamento pelas ruas, não foi tão complicada, o único problema era a minha claustrofobia.

Comecei a não conseguir respirar muito bem no meio do caminho, com os repórteres berrando: 

-Justin, Justin, o quê você diria para seus pais agora?

-Justin, aqui! Como você está agora?

-Bieber, Bieber! O que você vai fazer agora?

E era com respostas mínimas que eu respondia cada pergunta:

-Que eu amo eles... Mal... Recomeçar...

Até que chegou num ponto crítico onde eu não me aguentava sozinho de pé, então me apoiei no braço de Scooter.

Os flashes aumentaram e começaram a deixar minha visão turva (essa é uma prova de que ser famoso ás vezes não é legal...), e eu comecei a ficar zonzo.