Fome. Ah, a fome. Num vampiro, a mistura disso com sede. Seria sacanagem se misturar aos humanos e ainda se alimentar deles, reconheço. Mas isso poderia acontecer de vez em quando.

Enfim, fui a recepção peguei o endereço de um hospital com banco de sangue e lá fui.

Olhe, vampiro que não peca é um nerd fantasiado.

...

O Hospital estava escuro. Poucos no local, pacientes dormindo.

Só faltava achar a porcaria do banco de sangue.

Ah, não. O cheiro era forte. Mas eu tinha força. Já havia controlado isso. Afinal, eram tantos anos...

....

Banco de sangue! Graças a Hécate! Ah, tantos saquinhos amontoados, tao saborosos. Hmm. Peguei aos montes, enfiei na minha bolsa e saí correndo.

- Ei! Você ai! - Uma enfermeira me avistou do outro lado do corredor.

Corri com mais press. Tentei não acelerar demais. Foi fatal, ela saberia que eu nao estava fazendo nada de bom ali.

- Vou chamar a Polícia. - Merda! Primeiras horas e já estaria na Polícia.

Ela acionou o alarme e pude houvir inquietações daqueles que tentavam repousar na madrugada.

Não tinha chance. Lembrei de um lema. "Ou corre ou morre". No meu caso seria ou corria ou seria presa, se passando por uma humana louca que roubava doações de sangue, provavelmente na cabeça desse povo, eu ia fazer algum tipo de ritual gótico. Acelerei. Muito.

Dei o fora dali e corri para o hotel. Subi as escadas com pressa. Com muita sorte as câmeras do hospital não veriam nada.

Eram quase três da manhã. Me alimentei um pouco. Era tão bom. Uma sensação indiscritível.

As guardei no guarda-roupa que havia no quarto, dentro de uma mochila o resto dos saquinhos de sangue.

Eu precisava dormir. Na tarde do dia seguinte, deveria ligar para Sophie. O ciclo devia continuar.