Apocalipse escrita por Razi


Capítulo 24
Ex-líder


Notas iniciais do capítulo

Hei
Deixando o primeiro cap. da reta final, acho que com esse terão ideia de quem é que eles estão ressuscitando.



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As igrejas de todo o mundo estavam lotadas de pessoas que rezavam fervorosas, pedindo que os protegessem dos Escolhidos que destruíam tudo por onde passavam, eliminando todos os pecadores.

No Vaticano as coisas não estavam diferentes, praticamente todas as igrejas, capelas e afins estavam lotadas. Principalmente na praça de São Pedro que reunia mais pessoas do que qualquer outro lugar, o papa Constancio VIII orava rente aos fieis enquanto que dentro da Basílica de São Pedro ocorria uma missa onde já ocorria a entrega da hóstia aos católicos que ali se encontravam.

Nem sequer notavam o estranho que cobria a cabeça com um capuz negro que acompanhava a capa que usava.

Ele recitava coisas em uma linha estranha, como se pedisse proteção ou coisa parecida.

Até que alguém o cutuca, fazendo-o se voltar para ele.

-Não irá comungar? – indaga a idosa que o olhava curiosa

Ele assenti e murmura um obrigado a mulher enquanto se levantava.

-In nomine Patris et spiritus. (Em nome do pai e do espírito) – recita o bispo erguendo um cálice acima de sua cabeça enquanto um homem recebia a hóstia –Accipiat corpus Christi in Christo. (Recebam o corpo de Cristo em Cristo).

O estranho entra na fila para recebimento da hóstia enquanto o bispo ainda continuava a recitar uma prece e as pessoas recebiam a hóstia.

-Sit vobiscum (Que ele esteja convosco) – diz ele ao segundo em que o estranho fica a sua frente. – Corpus Christi (O corpo de Cristo).

O homem recebi a hóstia ao tempo em que ele deixa o capuz cair de sua cabeça revelando suas expressões angelicais. O estranho levanta a cabeça e deixa suas asas ficarem a amostra. Causando espanto em todos que ali estavam.

Seu cabelo esvoaça quando a porta se abri deixando que Ivor entrasse na igreja com uma postura desconfortável.

-Alden – ele chama o anjo – Vamos resolver logo isso.

Ele volta-se para o demônio com uma expressão seria antes de voltar para o bispo que recuava aos poucos e as pessoas já começavam a sair da Basílica.

Ivor estala os dedos fechando a porta, assim prendendo todos que ali estavam.

Á metros de distancia dali, Victorine encaminhava por uma outra igreja com seu livro aberto e recitava palavras ao segundo em que as coisas em seu redor começavam a levitar. Ela ergue seu olhar para dentro da igreja completamente lotada de pessoas que recuavam diante de sua presença aterradora.

A bruxa deixava amostra suas tatuagens enquanto continuava a recitar cada vez mais alto os feitiços que queria.

As coisas que estavam ao seu redor levitam mais uma vez, ela deixa um sorriso brotar em seus lábios.

-Game super (Game over) – diz a bruxa ao segundo que as laminas que a cercavam e tudo mais era lançada contra a massa humana que recuava para dentro da nave.

Enquanto isso, Ethel encontrava na Praça de São Pedro sobre uma das colunas que a circundava. Via as pessoas começarem a ficar preocupadas com a ação repentina de tirar o papa dali tal como a porta da Basílica tinha sido fechada bruscamente depois que o rapaz vestido de negro entrara.

Seus olhos continuavam opacos enquanto ouvia cada palavra que os humanos diziam, murmuravam uns para os outros, sentindo que algo de errado estava acontecendo.

Sequer notavam que a situação deles era pior do que imaginam, estavam no lugar errado, na hora errada.

O deus passa a mão no cabelo antes de olhar para cima vendo que Belzebu já se movia para a Basílica.

-Então é agora – suspira ele enquanto ergue-se novamente

Como deus sabia como as coisas iriam acabar bem antes de terem começando.

Belzebu estava ali para trazer de volta o ex-lider dos querubins celeste, o demônio do assassinato e da blasfêmia.

O braço direito de Lúcifer.

Ethel dá um na direção da Basílica.

Poderia evitar que o futuro fosse como previra, poderia tornar as coisas diferentes.

Mais o que isso acarretaria?

Com um suspiro decide descer rumo a Basílica. Pousa em meio às pessoas que estavam na praça que o olham surpresas enquanto ele ajeita sua camisa meio entreaberta caminhando para a Basílica, com um movimento rápido abri a porta com estrondo o que vê o deixa petrificado na entrada.

Ivor encontrava-se preso no alto de uma parede, na mesma forma que Cristo fora crucificado, o sangue manchava toda a parede enquanto não parava de escorrer dos ferimentos provenientes do corpo de Ivor que parecia estar desacordado.

Um demônio estava sagrando? Como?

Ethel deixa seu olhar recair sobre Belzebu e Alden que tentava se libertar mais parecia que não tinha forças, estava ficando cada vez mais pálido enquanto o sangue descia de um corte em sua testa. O deus então percebi o símbolo de sangue em que eles estavam em cima.

Belzebu nota a presença de Ethel deixa um sorriso escapar de seus lábios enquanto solta Alden que cai no chão tentando recuperar o ar que fugia de seus pulmões.

-Chegou tarde se quer impedir – comunica o governante deixando seu olhar recair em Alden que tentava se levantar

O demônio revira os olhos enquanto suas mãos o agarram novamente, fazendo-o ficar com os braços estendidos e olhando para teto da Basílica. Alden ouvi Belzebu falar algo que quando entendeu já era tarde demais, seu corpo queimava como se mil laminas aquecidas estivessem o perfurando todo.

Não agüentando a dor grita de maneira quase suplicante, tenta se libertar das mãos fortes que o prendiam ali, mas suas forças estavam se esvaindo numa velocidade impressionante, senti o sangue desce ainda mais de seu ferimento na cabeça.

Não entendia direito porque estava sangrando, porque estava tão fraco.

Não sabia a razão disso.

Apenas um demônio poderia fazer matar um anjo ou alguém de sua própria raça.

Agora não entendia porque ele estava fazendo aquilo. Não estavam se ajudando?

Novamente seu corpo queima fazendo com que perdesse a linha de raciocínio que tinha e logo depois compreende tudo. Como se estivesse na sua frente o tempo todo. Debate-se novamente procurando sua voz para alertar Ivor do que estava acontecendo, mas não possui nenhum resultado ficando apenas sentindo a queimação correr seu corpo e o fazer ficar inconsciente.

Solta um grito de desespero misturado com tristeza e logo depois a escuridão o toma por completo.

Belzebu ainda retem sua mão por mais alguns segundos no pescoço de Alden, antes de certificar que tudo tinha acabado. Ethel mantinha-se encostado num dos assentos parecendo alheio á tudo que acontecia naquele instante.

Ivor crucificado, seu sangue descia ainda pela parede a tingindo completamente de vermelho rubro, Alden jazia sobre o circulo imóvel, nada nele se mexia enquanto Belzebu sussurra apressadamente palavras que entravam em seu ouvido sem dar qualquer chance para entendimento.

Poderia estar evitando que ele trouxesse o braço-direito de Lúcifer a vida, mas do que iria adiantar?

Além do que se ousasse fazer isso estaria quebrando lei de todos os deuses.

Não interfira no futuro.

O deus suspira quando volta seu olhar para Alden e Belzebu, surpreende-se ao ver que não era mais Alden que ali estava e sim outra pessoa que se levantava com uma expressão assustadora no rosto que o deixara paralisado.

Baalberith enfim tinha ressuscitado.

O querubim volta seu olhar para Ethel e caminha até ele.

-Quanto tempo Ethel – diz ele numa voz sussurrante que penetra nos ouvidos do deus causando uma dor incomoda – Ah, ainda continua sensível como me lembro.

-Como pode me conhecer? – pergunta o deus levando as mãos aos ouvidos sentindo que sangue escorria-se delas.

-Quem te deu tudo que tem agora? – respondi Baalberith – Não acha que iria ser deus se não houvesse quem para te fazer assim.

-Impossível – discorda Ethel meio desnorteado – Anjos não podem interferir em nossos assuntos.

-Você antes de qualquer coisa foi um querubim, Ethel – diz o anjo sussurrando em seu ouvido – Se tornou deus porque eu quis que se tornasse, queria-o longe de mim para que não atrapalhasse meus planos com Lúcifer.

-O que está dizendo? – pergunta o deus surpreso

-É apenas por esse motivo que é deus, Ethel – respondi Baalberith – Nenhum mais.

O deus é tomado de uma fúria súbita e empurra o anjo de contra a parede do altar, mas este limita-se a ficar a sua frente sem sequer toca a parede.

Belzebu senta-se cruzando as pernas.

Iria ser uma batalha interessante.

Ethel avança contra Baalberith que desvia-se para o lado, no segundo seguinte agarra-o pega gola da camisa fazendo-o ir de contra o chão. O anjo coloca seu joelho sobre o tórax do deus e em seguida com sua mão esquerda atravessa o peito do deus que solta um grito de agonia que ecoa por toda a Basílica repleta de corpos humanos.

Ethel leva sua mão ao pescoço de Baalberith, apertando-o com toda a força que possuía. O anjo quase nem nota o esforço do deus que definhava a sua frente.

Ele então o ergue, o jogando de contra os assentos.

Baalberith limpa o sangue que ficara em sua bochecha e erguendo seu braço direito até formar um ângulo de 30º aparece sua espada com a qual matava todos os pecadores e demônios que aparecia na sua frente. Ele a gira em sua mão antes de se aproximar de Ethel que já se erguia com a camisa ensopada de sangue.

-Você já foi melhor – sussurra o anjo enquanto fica á poucos passos do deus

Ethel revira os olhos e junta as duas mãos. Baalberith para sentindo o chão em baixo de si tremer, recua um pouco a tempo de evitar ser perfurado pelas estacas de gelo que apareceram.

O anjo trinca os dentes, ao que parecia Ethel ainda tinha forças para dar certo trabalho.

Sem perda de tempo ele avança para cima de Ethel que recua um pouco gira o braço fazendo com que uma estaca torne-se mais alta bloqueando Baalberith que a corta um segundo e depois crava sua espada no peito de Ethel novamente que desaba nos assentos com o anjo em cima de si cravando ainda mais sua espada em seu peito.

Ele sufoca o grito enquanto Baalberith retira sua espada.

Logo o sangue do deus toma conta de tudo ao seu redor. O anjo limpa sua espada enquanto vê a agonia tomar conta do rosto de Ethel.

Sentia jubiloso com aquela morte, mas não tinha tempo para apreciar muito.

-Onde está os outros? – pergunta o anjo se voltando para Belzebu

-Logo estarão com você – respondi o governante se levantando

-Existe mais alguém com eles? – indaga Baalberith fazendo sua espada desaparecer novamente

-Uma bruxa, Victorine – diz Belzebu.

-Vamos atrás dela então – conclui o anjo saindo da Basílica

Belzebu olha para Ivor e depois para Ethel que mantinha-se desacordado.

Esperou demais daqueles dois. 

Baalberith



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Notas finais do capítulo

Mudei o estilo da prece na hora da hóstia, pelo simples fato de achar melhor assim.
Já sobre o braço-direito de Lucifer e sua luta, relaxem que as coisas se acertam ou não.
Proximo cap. apenas na terça-feira, até lá.
o/



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