Tudo estava tão escuro.

O padre começou desesperadamente a olhar para todos os lados.

Havia alguma coisa estranha acontecendo ali.

O Homem de 39 anos pegou um castiçal do altar que estava perto de si e acendeu com o fósforo que carregava dentro das vestes.

Estranho a igreja estar tão escura.

Estranho aquele cheiro no ar.

Ele foi andando em direção ao corredor central, estava certo que ouvira um barulho.

Parecia que o chão estava grudento.

Ele iluminou o chão com o castiçal.

Havia uma poça de sangue ali.

Apavorado ele começou a procurar da onde vinha aquele sangue.

Até que ele achou.

Próximo a porta de entrada, havia um corpo de uma mulher.

O Padre deixou o castiçal cai no chão.

-Alice? – perguntou ele inutilmente chegando próximo ao corpo da mulher.

Era uma mulher bonita, aparentava ter no máximo 35 anos, seus olhos verdes estava olhando para o céu, como se estivesse pedindo uma ultima prece em vão.

Seu corpo todo lacerado e ensangüentado já estava meio frio, e havia um borrão preto na palma de sua mão direita.

- Alice!!- Gritou o padre deitando em cima dela.

Lágrimas caiam abundantemente de seus olhos, e o homem esbravejava de tanto chorar e gritar.

Como ele amava aquela mulher.

Ela havia ensinado a ele um novo significado da palavra amor.

Uma fumaça começou a subir pelo ar, e quando ele olhou para trás, tudo havia sido destruído por um fogo ardente e impiedoso.

Ele iria morrer ali.

Mais ele não estava ligando para isso.

Não havia mais nada para ele querer lutar.

Tudo o que ele tinha, tinha sido destruído ali.

Perto de si, havia uma mensagem escrita na parede em preto que agora estava iluminada.

“Está na hora de confessar os seus pecados.”

E assim ele fez, antes das chamas chegassem perto de seu corpo e de sua amada.