P.o.v. Nico

Fui para o meu Chalé pensando na noite que tive com Ash...

Cheguei me troquei e fiquei olhando para o meu quarto, pensando na hora em que ela estava aqui... E com essa ótima lembrança adormeci...

Acordei no dia seguinte bem cedo...

E me dirigi a Arena para esperar o Capture a Bandeira começar. Eu estava sentado lá vendo alguns campistas lutarem até que de repente a Ash chega toda feliz... Acho que estava animada com o jogo...

- Oi – Ela disse

- Oi...

- Tudo bem?

- Ah... Tudo sim...

- E ai?

- E ai o que? – Perguntei desconfiado...

- O que devo fazer nesse tal de Capture a Bandeira...

- Hum... Tente ficar perto de mim e não ser ferida.

- Ah... Tudo bem!

Ao falar isso Quíron chamou todos e deu a partida. O plano de Annabeth era simples... Eu e Ash íamos viajar pelas sombras para o território inimigo, íamos pegar a bandeira e voltar. Era simples.

Mas, como eu sou um azarado... Segurei Ash pelo braço e corremos um pouco para podermos viajar pelas sombras... Mas, eu não vi que estávamos sendo seguidos, então na hora que sumi nas sombras um filho de Hefesto segurou em Ash e ele “pegou carona” na nossa pequena viagem. Só teve um probleminha... O IDIOTA FINCOU A FACA DELE EM MIM! Então eu não entendi muito bem o que aconteceu... Eu sei que a gente caiu um tombo feio no meio da floresta. E desde isso eu não me lembro de nada.

P.o.v. Asheley

Eu não entendi muito bem o que aconteceu. Eu só vi um filho de Hefesto ficando sua faca na barriga de Nico, e senti um tombo feio. Quando consegui abrir os olhos Nico estava caído no chão cheio de sangue e desacordado. Quando o vi naquele estado meu coração falhou a batida eu fiquei gelada e não conseguia me mexer. Senti um aperto enorme no peito, o que iria fazer? Nico estava caído ao meu lado em um estado horrível... Ele... Ele... Ele estava morrendo. Assim que essa frase veio a minha mente ai sim que o desespero tomou conta de mim. Eu comecei a chorar desesperada, a gritar por ajuda, mas não tinha ninguém ali. Pelo jeito eu tinha ficado descordada por um bom tempo e o canalha do filho de Hefesto já tinha se mandado... Opa! Eu tinha desmaiado por um bom tempo... Então isso significa que Nico estava ali sangrando por um bom tempo também. Eu não podia acreditar... Nico ia morrer se eu não fizesse alguma coisa. Mas, eu não podia fazer nada. Eu não sabia o que fazer. Eu nem ao menos sabia quem era o meu pai. E foi nesse momento que e tive a brilhante idéia de orar para meu pai. Mesmo não sabendo quem ele era acho que ele iria me escutar. Ai meus deuses me ajudem pensei. Pai se estiver me ouvindo... Por favor, me ajude... Eu não quero perder o Nico... Por favor, me ajude. Ajude-me a salvar o Nico... Ajude-me a curá-lo. Quando pensei isso por reflexo passei a mão no machucado em sua barriga de leve e algo estava acontecendo. Podia ouvir Quíron se aproximar... Mas nem liguei o que eu queria era o Nico vivo e eu precisava me concentrar para isso. Usei todas minhas forçar para me concentrar no pensamento de salvar o Nico. E... Estava... Estava... Funcionando? Sim... Estava... Por onde eu passava mão o sangue ficava limpo e começava a se formar uma pequena cicatriz no lugar do corte. Quando terminei agradeci meu pai... Quem quer que ele fosse e me virei... Vi Quíron e outros campistas me olharem com caras de surpresos. Quíron estava boquiaberto. Na hora que ia abrir a boca para começar a falar... Um galho começou a se levantar e flutuar na minha direção e ao seu redor se enroscava uma cobra. Quando me dei conta percebi o que estava acontecendo. Mas... O que aquele bastão com uma cobra enroscada significava? Quem era meu pai afinal? Nunca tinha visto aquele “símbolo”. E parece que todos estavam o quão confuso quanto eu... Menos Quíron que ao invés de estar confuso por não saber o que aquilo significava parecia estar confuso por outro motivo completamente diferente.

E então só ouvi Annbeth dizer gaguejando;

- Na - não pode se-ser. Quíron... Isso é o que estou pen-pensando?

- Sim, minha jovem. – Respondeu Quíron calmamente.

- Mas... – Annabeth ia falar, mas eu a interrompi.

-Quíron? – Perguntei. – O que esta acontecendo?

- Minha cara... – Disse Quíron calmamente. - Você é Ashley Humphrey. Filha de Asclépio, o Deus da Medicina e da Cura.

***

Bom... Não me lembro de nada depois que Quíron disse que eu era filha de Asclépio. Acho que devo ter desmaiado. Pois acordei em uma maca e ao meu lado me observando estava Nico. Nossa... Isso é muito estranho. Eu nem sabia que Asclépio existia... E agora descubro que ele é meu pai. Aff. Mas pelo menos, ele me ajudou a salvar Nico. É pode ser uma vantagem em uma guerra ser filha do Deus da Cura. Nico... Será que ele melhorou.

- Nico... – Eu disse acordando...

- Ash... Ai Meus Deuses... Você esta bem?

- Acho que estou bem sim... Só um pouco cansada...

- Ash... O que aconteceu? Quíron me falou que você me salvou... E aquele filho de Hefesto... Ele me paga... E...

- Calma. Nico. – Eu o interrompi... Ele estava ficando muito nervoso.

- Ta... Mas... Você me salvou. E ainda descobriu quem é seu pai... E...

- Nico. Você fala muito sabia? – Eu falei um pouco rindo.

- E... Que... Eu fiquei preocupado... – Ele disse corando. – Quíron falou que depois de me salvar você desmaiou e...

- Nico... Está falando muito de novo...

- Desculpe... – Ele disse vermelho. E eu cai na gargalhada. Logo depois Grover entrou pela porta.

- Ash? Você esta bem?

- Estou bem melhor Grover.

- A... Bom saber... Bom... Quíron esta chamando vocês dois na Casa Grande.

- Por quê?

- Bom... Parece... Que a alguma coisa errada. Muito errada. Mas será melhor Quíron explicar para vocês. Vamos.

Nico meu ajudou a me levantar, e eu fui escorada nele.

Chegamos à casa Grande. Lá estava o responsável por cada chalé. Mas só conheci Percy e Annabeth. Estava também Quíron... Rachel e... E... O Senhor D? Bom... Agora eu me assustei... Se ele estava ali é por que a coisa tava feia mesmo...

- Olá... – Disse Quíron. – Se sente melhor querida?

- Estou melhor – Eu disse já me sentando. – Mas, o que aconteceu?

- Bom... Digamos... Que tem alguma coisa errada.

- Como assim?

- Ashley... É Asclépio... Você não pode ser filha dele... – Ele disse meio nervoso.

- Por? – Eu perguntei.

- Ashley... Asclépio está morto. Zeus o matou tempos atrás. – Annabeth disse

- O que? – Eu disse incrédula. – Como assim? EU SOU FILHA DE ASCLÉPIO... - eu estava começando a ficar nervosa e elevar a voz. – O bastão com a cobra... E eu CUREI  O NICO.

- Eu sei Ash – Mas...

- Mas nada... – Uma luz vinha da porta... E quando ela cessou...

- Apolo? – Perguntou Percy.

- Sim.

Uau... Nunca pensei que Apolo fosse tão... Tão... Tão... GOSTOSO... Ai alguém me segura!  MORRI.

Foco menina!

- A que veio Apolo? – Perguntou Sr. D entediado...

- Bom... Percebi que estava havendo um mal entendido por aqui... E resolvi esclarecer as coisas... – Ele disse com um sorriso travesso na cara... Nossa... Apolo era o Adolescente/Deus MAIS GATO QUE EU JÁ VI NA VIDA!

- O que sabe sobre isso Apolo? – Perguntou Quíron...

- Bom vou explicar da forma mais rápida... Eu não achei justo Zeus ter matado meu filho daquela forma...  Então... Eu fiz um trato com Hades... E de vez em quando Hades deixa meu filho sair do Mundo Inferior e “dar uma volta”. Só que em umas dessa voltas... Parece que meu filho se apaixonou... E taram... Ashley nasceu! 

Bom... Vou resumir como foi depois disso:

Ashley: O_O

Nico: O_O

Annabeth: O_O

Percy: O_O

Quíron: O_O

 Cri cri...

 - Fascinante! - Disse Sr. D. quebrando o silencio.. Nunca tinha visto ele tão entediado antes...

- Apolo... Você... Faz idéia do que você fez?

- Sim... Eu sei que foi errado... Mas... Ele era meu filho poxa...

Nesse momento um barulho enorme ecoou no céu... E vimos à imagem de um raio pela janela.

- Então... – Eu disse.

- Então... Minha querida... Você é filha de Asclépio. O Deus da Cura e da Medicina.

- Bom... – Disse Sr. D...

- Agora eu já vou indo... Tenho muito que fazer... E... Ash... Mesmo seu pai estando no Elísio... Não quer dizer que ele não vá escutar suas orações a ele. Ao contrario disso... Ele esta sempre de olho em você, e te ama muito.

A única coisa que eu pude fazer foi sorrir.

- Ah... Já ia me esquecendo... Seu pai me mandou te dar isso...

Ele esticou a mão para mim e me entregou um colar com um pingente de um bastão com uma cobra enrolada.

- Toda vez que você estiver em perigo ele se transformará em uma arma. Dependendo da situação ela se tornara uma espada ou um arco e flecha...

- Obrigado. – Eu disse observando meu novo presente.

- Não é a mim que você deve agradecer querida. Talvez o garoto ai – ele apontou para o Nico – Possa te ajudar... – Ele disse com um meio sorriso... - Bom... Até mais netinha. – Ao dizer isso ele piscou pra mim e desapareceu.