P.o.v. Ashley

Eu fui arrancado do sonho porque do nada a Serena parou o carro com tudo!

Estávamos em uma garagem normal e só havia a gente ali.

- Chegamos. – Serena cantarolou. – Do Acampamento Meio-Sangue até Los Angeles em geral leva 17 horas. Com Serena Paula Waldorf Linton no volante vocês chegarem em. *olha o relógio* 7 horas e 45 minutos!

- Em que velocidade nos estávamos? – Luxa perguntou.

- 300 quilômetros por hora. Atravessamos todos os sinais. E enquanto vocês dormiam saltei quatro ônibus, sete carros, e nove motos. A propósito Nico e Ashley as multas vão ir para vocês. – Serena disse com toda naturalidade.

- COMO É?! – Nico perguntou revoltado – E ONDE ESTAMOS?!

- Na casa de praia da Luxa. Obrigado por deixar o controle comigo. – respondeu.

- Mas... Como... – eu fiquei tipo “W.T. F?!”. Quer dizer sabe-se lá qual vai ser o preço!

- Quem quer ir ao McDonald’s? – Serena perguntou enquanto saia do carro.

- Eu! – Luxa falou toda animada. – Mas, antes vamos trocar de roupa e tomar um banho.

Então ela deu uma chave para cada um de nós e entregou nossas mochilas.

Não demorei muito no banho e me enrolei na toalha deixando o vapor do banheiro encher o quarto.

Eu tinha fechado a porta. Mas, devia a ter trancado.

Nico entrou no meu quarto. Usando só a toalha ao redor da cintura.

- Ah... Oi... Desculpa... Empresta-me o seu xampu? No meu banheiro não tem e eu esqueci de trazer. – ele falou corando.

Eu tinha que responder alguma coisa. Devia. Só que... POXA! Sabe o tanquinho do Taylor Lautner e do Kellan Lutz? Junta os dois e multiplica por cinco que você tem o do Nico!

- Claro... – falei corada. Fui até o chuveiro e ele me seguiu. Peguei o xampu na prateleira... SÓ QUE, PORÉM, TODAVIA, eu escorreguei.

Então Nico me segurou.

A cena consistia em: Um banheiro com a porta fechada. Cheio de vapor. Eu, só de toalha encostada na parede do chuveiro. Nico me segurando contra a parede só de toalha. Com nossos rostos a uns cinco centímetros um do outro.

Olhei Nico dentro dos olhos. Se você olhasse de longe você poderia dizer que eram completamente negros. Mas, se aproximando dava para ver diversos feixes coloridos. Havia azuis, verdes, roxos, cinzas e marrons. Parecia não ter fim.

Nico segurava meu olhar. A mão dele que segurava o meu braço desceu até a minha cintura. A outra subiu e segurou o meu queixo. Minhas costas estavam encostadas na parede. Ele colou nossos corpos e começou a se aproximar. Fechei os olhos. E...

ANTES QUE PUDESSEMOS NOS BEIJAR, A BENDITA PORTA ABRE!

- ASH! DÁ PARA... – abri os olhos e vi a Luxa já vestida com seu jeans e camiseta rosa-claro com gatinho branco estampado na ponta esquerda, e de All Star nos encarando. – Opa! Estou interrompendo algo? – ela falou de um jeito malicioso.

Eu queria responder:

SIM ESTÁ!

Só que o Nico falou primeiro.

- Não. Só estava pegando um xampu, já que no meu banheiro não tinha. Ashley escorregou. Eu só estava a impedindo de cair. – ele disse frio. Pegou o xampu na prateleira e saiu.

Luxa virou para mim e murmurou:

- Sinto muito. – e saiu, fechando a porta.

Respirei fundo. Vesti-me usando minhas roupas favoritas. Meu velho jeans Levi’s e minha camiseta velha. Toda preta e escrita em Rosa: “The Power is Mine! Destiny is Mine! Life is mine! And Above All...; The Boy is Mine!” Coloquei meus tênis brancos. Escovei meu cabelo bem rápido e estava saindo do quarto quando o Nico entrou. Ele usava uma calça jeans escura, uma camiseta blusa verde-escuro listrada e uma jaqueta preta com uma medalhinha no braço. Entrou e fechou a porta me prendendo contra a parede.

- Eu não gosto de ser interrompido. – ele sussurrou e colou nossos lábios. Fechei os olhos de imediato.

Choques elétricos percorriam o meu corpo. Senti a língua dele pedindo passagem e a cedi timidamente. As mãos dele estavam na minha cintura e as minhas no cabelo dele.

Ele se desgrudou de mim. Estávamos os dois ofegantes. Eu ia abrir a boca para dizer algo quando ele falou antes:

- Segredo. Total é absoluto. – me deu um leve selinho e saiu do meu quarto.

Isso. Foi. Algo. Que. Eu. Não. Sei. Descrever.

Desci as escadas e vi todos já prontos.

Gregor usava um jeans escuro, camiseta de botões vermelha e uma jaqueta preta com um tênis preto.

Nanda usava jeans normais, um suéter de cashmere verde-musgo e um All Star.

Serena... Bem ela sim tinha estilo. Usava um All Star lilás. Jeans no tom certo de azul. A blusa azul-clara, e uma jaqueta violeta e ainda uma boina xadrez branca e preto.

- Vamos? – perguntei sorrindo.

P.o.v Traidor.

Todos ainda estavam no banho então decidi me arrumar logo para poder tentar falar com o “Chefe”. Essa poderia ser umas das poucas chances de fazê-lo. Tomei meu banho e pus uma roupa qualquer e fui para fora. Procurei um lugar bem escondido e antes que eu pudesse fazer alguma coisa aquela voz veio a minha mente de novo. Eu na verdade nem sabia por que eu estava fazendo isso!

Bom, parece que está tudo de acordo com os planos. - “Ele” me interrompeu antes que eu pudesse pensar coisas que não agrada a ele. É sempre assim, mas é ate bom por que ele acabava me lembrando o quanto eu odeio aquela heróinazinha e seus amiguinhos! Sabe nada contra, mas sei lá. Eu tenho que pensar no meu pai. 

- Olha, até agora sim, mas, a profecia fala de um traidor e agora eu já não sei mais, e se eles...

Eles não vão descobrir. – Sempre me interrompendo. – Eles sabem que há um traidor, mas nem desconfiam que seja você.

- Já que você diz mestre.

Agora precisamos pensar em algo mais importante.

- Como o que?

A armadilha... A armadilha...

- Ah sim!

Já está tudo certo? Sabe onde é certo?

- Sim, meu senhor.

O momento já está bem próximo! Mas, acho que enquanto ainda não chega que tal uma distraçãozinha? Vocês vão comer certo? Então vou mandar um desafio para eles. Você já sabe o que fazer.

- Sei meu senhor.

É isso.

- Até breve, Milord.

***

Tudo bem, acalme-se! Você consegue. Não é a coisa mais difícil de fazer. Relaxe!

Você os leva para a armadilha. Você desaparece. Depois você...

- Quem? Quem esta ai? – DROGA! Sai correndo sem fazer barulho. Ninguém podia me ver ali.

Voltei para o meu quarto e quando entrei depois de alguns minutos alguém bateu na porta.

- Vamos? – a amante de emos falou sorrindo.

- Claro. – respondi.

Fomos andando já que o McDonald’s ficava descendo duas ruas.

- O que vão querer? – a vendedora perguntou toda feliz quando chegamos ao balcão.

- Batatas grandes e seis cocas. – a Ashley respondeu.

Todos eles me irritavam tanto!

Paciência, minha jovem. Logo eu, você e mais alguns poucos teremos nossa recompensa. – a voz de meu mestre disse em minha mente.

Sentamos conversando. Eu odiava cada um deles. Eu realmente esperava que Hades não tivesse no Mundo Inferior, se não ia melar o plano.

Respirei fundo e dei um gole na minha coca. Eu não gostava tanto assim dessa idéia de acabar com eles. Afinal, eles eram realmente gentis. Mas... Era pelo meu pai! Meu pai...

Se eles soubessem o que os esperava. Não ririam. Bom, prepare-se estou mandando os monstros.

Parecia que o emo e a heróinazinha estavam em um clima. Ótimo. Além de Percy e Annabeth eu teria que suportar Ashley e Nico. Se os primeiros eram Percabeth os segundos seriam o que? Nashley? Até que não ficou ruim...

O que será que o meu Milord mandaria para matá-los?

Minha pergunta foi rapidamente respondida. O lugar que estava vazio, a armadilha. Pensei. Logo estávamos cercados. Vejamos, temos uma Quimera. Uma Hidra. Um Minotauro. Um Ciclope. Um Cão Infernal e TRÊS Fúrias, que logo nos cercaram.

P.o.v. Serena

W.T.F.? Como assim? Tipo a um segundo atrás nós estávamos sentados comendo de boa e agora do nada chega uma cambada de monstros? Tipo assim o McDonalds virou ponto de encontros deles?

- Iaí Qui?! Rola um Mc hoje?

- A Claro né Mino!

AFFEE! Ninguém merece!

Bom, o fato é que estávamos cercados!

-FUDEU! – escutei Nico falar aos fundos.

- Um traidor se revelara quando os guiar a uma grande armadilha fazendo o grande vilão voltar à vida. – Ash resmungou aos fundos.

- Ah... Ash?

- Sim?

- Não sei se você percebeu, MAS PRECISAMOS DE AJUDA AQUI. – eu gritei, pois bem estávamos todos lutando e ela parada pensando sei lá em que! 

Levantei-me e minha capa, e meu arco e flechas apareceram.

- Gregor! – chamei o garoto – Faz a sua espada aparecer e vai acabar com o Minotauro.

Ele assentiu e apertou a pulseira que ele usava. Uma espada metade bronze celestial e metade ouro puro apareceu. – Luxa! O Ciclope é seu! – a minha querida amiga e fez aparecer seu arco e flecha. – Nico! Cuida do Cão Infernal! – o moleque pegou a adaga de Ferro Estíngio e foi atrás do cão. – Ashley! Hidra! – Ashley já tinha sua espada nas mãos foi atrás do bicho de sete cabeças. – Nanda! A Quimera! – a garota foi sem vontade nenhuma enfrentar os monstros. Comecei a gritar para as Fúrias – HEY! SUAS BESTAS! QUAL DE VOCÊS TEM AS ASINHAS AQUI?

Elas ficaram furiosas. Comecei a voar rua acima com elas atrás de mim. A cidade estava estranhamente vazia. Eu não tinha como lançar uma flecha. Se eu parasse matava uma e duas me pegavam.

A coisa tava boa para o meu lado! – pensei irônica.

Senti uma mão pegajosa pegar no meu tornozelo.

- MORRA MEIO-SANGUE! – a Fúria disse me atirando no asfalto. Arranhei-me rolando nele.

Respirei ofegante me preparando para enfrentar os Três piores monstros. Sozinha.

Preparei uma flecha de baixo das chibatadas que elas me atiravam. Consegui acabar com uma. Vamos lá. Mais duas. Senti um dos chicotes se enrolando no meu joelho e me jogando no chão. Elas se aproximavam de mim com aquelas caras de “Eu vou matar você!”. E isso eu vou morrer. Do nada uma flecha branca passou por cima da minha cabeça matando a feiosa dois e afastando a outra. Um garoto pulo na minha frente. Ele usava um jeans em um tom claro de azul. Usava uma camisa pólo branca com os botões abertos. Tênis Nike cinza claro. Tinha os cabelos cacheados e loiro-dourados.  Estava com um arco branco e matou a outra Fúria. Ele se virou para mim com um sorriso preocupado. Ele tinha os olhos mais azuis que o próprio céu.

- Você está bem? – ele perguntou com uma voz de veludo se aproximando de mim.

Corei por algum motivo, meu coração batia descompassadamente e minhas mãos suavam. O que estava acontecendo comigo?

- Só um pouco dolorida... – gaguejei.

- Desculpe. Onde está minha educação? – ele disse se aproximando de mim. – Anthony. Anthony James Archibald. Filho de Eros.