Aquela casa estava um tédio, sozinha... Nada de bom passava na TV,eu havia descido para o andar de baixo,mas o que acontecia na verdade era... NADA.E o pior é que nada conseguia tirar aquele garoto da minha cabeça...

Eu poderia estar ao lado do meu escritor favorito, na viajem da minha vida que mesmo assim ele ainda estaria ali,martelando na minha cabecinha.

Eu havia ligado meu noteboock,e vi uma luzinha piscando na barra de tarefas me chamando,eu sabia que era o LordBoy,e que ele queria fala comigo,mas como eu falaria com ele?

Com o coração aos pulos abri a mensagem, esta escrito assim:

–Minha linda você esta ai?

–sim. Respondi.

–O que aconteceu com você ontem?

–O que aconteceu comigo?Perguntei colocando uma carinha de furiosa.-você não apareceu,fora que queridinho eu sabia que aquela idéia de..."Quando eu olhar para você,você saberá quem eu sou sou".Fala serio Lordboy,porque não cria coragem e me fala seu nome?

Assim que apertei o enter para enviar a mensagem quis quebra o computador,e esquecer toda aquela historia.

Ele demorou mais do que o de costume e aqueles minutos para mim pareceram uma eternidade,ate que ele retornou:

–Você estava linda...com aquele vestido beje,com flores desenhadas...seu cabelo parecia dançar com o vento quando andava...vi você tomar vários refrescos...

–O que quer de mim?Perguntei logo desistindo de tudo.

–Eu quero que você se apaixone por quem sou na realidade,não um amor virtual.

Na hora em que li aquilo, senti algo que não pude mais descrever.

–É melhor a gente não se falar mais lordBoy,é melhor deixarmos tudo isso de lado,não vai dar certo...Não pode dar certo.

Sem esperar que ele respondesse sai do chat,eu precisava voltar para a realidade,voltar par a minha vida pacata,mas como fazer isso se você estava afim de duas pessoas?

Lagrimas começaram a escorre pelo meu rosto,de ódio,de raiva por não ter o controle de nada mais,muito menos do meu coração.

A campainha tocou,Levantei-me com dificuldade,eu estava mais quente que antes e minha cabeça não parava de doer.Meus passos se tornaram mais lentos tornando a caminhada ate a porta uma tortura,demorei tanto que tocaram a campainha novamente,tentei dizer:

–Já vai! Mas quem disse que eu consegui.

Respirando fundo consegui chegar,e quando abri a porta,sim lá estava ele,lindo com aquele boné que ele amava e os olhos castanhos a me admirar,e um leve sorriso se formar em seus lábios pronto para dizer mais alguma idiotice,pude perceber que a camisa dele era azul,e ele estava com uma bermuda de praia,meu lábios sussurram:

–Scott...então tudo ao meu redor escureceu e pude sentir minhas pernas bambearem ficando impossível ficar de pé,ate que não mais consegui e desmaiei.

**********

Ouvia vozes,e parecia que eu estava em um lugar estranho.

Comecei a abrir meus olhos, mas a claridade era tão forte que esse ato exigiu um pouco de mim, Tentei me levantar,mas pude, senti que algo estava sobre minhas mãos.Sentia-me um pouco fraca.

Assim que consegui abri os olhos pude ver o quarto de um hospital,olhei ao redor e não vi ninguém...Olhei para as minhas mãos,e havia um pequeno urso nela,com um recadinho no pescoço,escrito:

–Espero que melhore logo.

O que estava acontecendo ali?Será que eu havia sido abduzida por alienígenas,ou...me prenderam para fazer testes?

Havia aparelhos ligados em mim, retirei alguns...Fala serio eu estava quase parecendo uma múmia.

Vi a Porta se abrir:

–Mãe?Perguntei pasma a vendo entrar com uma lata de suco e uma pequena vasilha na mão.

–Jovana o que esta fazendo?

Ela perguntou naquele famoso tom maternal e repreensivo, colocou os fios de volta.

–Tentando entender o que a senhora esta fazendo aqui. Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Ela olhou para mim e ficou calada, eu já sabia o que aquilo significava:

–Jovana,agora não é hora de brincadeiras.Disse junto com ela,pois já conhecia o discurso.

–Assim que fique sabendo que você passou mal,eu vim é claro,não posso deixar minha única filha sozinha.

Dizendo isso ela me deu uma abraço que quase me sufocou, se não fosse os aparelhos...Pensei.

Minha garganta estava melhor,e não mais sentia meu corpo doer,nem febre... o Que será que aconteceu?Pensei ainda quase sendo esganada pela minha mãe.

–Tá legal mãe,já sentir seu amor,agora se quiser que sua filha sobreviva, tem que dá um espaço a ela.Eu falei a afastando um pouco de mim.

–Desculpe. Ela disse envergonhada.

–Tudo bem. Apenas respondi,sei que ela me ama.-Cida já voltou das compras?

–Compras?Quem compras?Parecia que minha mãe não sabia do que eu estava falando.

–As compras,elas foi com a Camilla e os meninos...Disse tentando fazê-la se lembra.

–Há não querida, isso foi a dois dias atrás.

–O que?Perguntei em pânico. -Dois dias?

–É...tem dois dias que você esta internada Jovana.Minha mãe olhava pra mim com uma cara preocupada...Será que eu estava com amnésia?Me perguntei.

–Você desmaiou,e um ótimo rapaz te trouxe e depois nos avisou,ele passou todos esses dias aqui.Trouxe ate um lanche para ele.

Não,não podia ser...Scott havia passado dois dias ao lado da minha cama...cuidando de mim?Era muita viajem.

–O nome dele é Scott não é?Ela me perguntou.

–Sim.Respondi secamente.

Nessa hora vi Camilla entrar,minha amiga,companheira,miguxa do meu coração que entendi minha cabecinha confusa e pirada,é eu realmente precisava dela.