A Brilhante Forma do Amor escrita por fdar86


Capítulo 12
Cap 12 - Transferência de Responsabilidade




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Asuna decidira conversar com Setsuna sobre Konoka.
Não gostava de vê-la tão triste.

– Setsuna-san

– A-asuna-san - disse, nervosa. Não era o momento de conversar com ninguém, ainda mais sobre o possível assunto que seria discutido.

– Sobre Konoka, eu...

– Não posso falar agora - interrompera bruscamente

Setsuna virou-se para sair, se adiantando no caminho inverso ao que estava fazendo, mas uma Asuna irritada, pegou ela pelo braço, e a encarara séria:

– Dá pra você me ouvir ou está difícil?

– É que...

– Setsuna-san! - ao ouvir seu nome em um grito agudo e estressado, decidira lhe dar atenção.

– Está bem, diga.

– Vamos para um lugar quieto, não quero ser perturbada.


As duas foram para o quarto de Setsuna. Lá Asuna sabia que não haveriam quaisquer interrupções. Sentaram na cama da espadachim, e enquanto Setsuna pensava em como fugir do olhar mortal que Asuna lhe dirigia, a outra pensava em como dizer o que queria sem parecer muito agressiva [se é que seria possível].

– Olha, Setsuna-san. Eu sei que você ama Konoka-chan.

Setsuna se ruboriza em um susto. Como Asuna poderia saber. Ela sempre escondera tão bem... Até hoje Konoka nunca... "Será que ela também sabe?" Por um minuto, Setsuna imaginou algo que a deixou feliz. Se Konoka soubesse do seu sentimento, e por isso tivesse a beijado, isso significaria que ela também poderia sentir algo pela espadachim.

Mas ao mesmo tempo, Setsuna sentira-se triste por lembrar que a ligação delas era algo mais forte que a vida, e isso poderia estar confundindo-a. Nunca poderia acreditar na veracidade de seu sentimento.

– Eu vi vocês... no banheiro...

Setsuna voltou a virar um tomate, e procurara apenas um lugar onde enterrar sua cabeça, embora Asuna não a deixasse fugir, segurando seu rosto enquanto dizia:

– Eu sei que você ama Konoka-chan.

– O que você quer me dizer? Por favor, diga e saia. - Setsuna arranjou forças e coragem para contrariar Asuna. Sempre respeitara a ruiva, por causa de seu temperamento explosivo, mas naquele momento estava muito cansada, não conseguiria aturar Asuna.

– Konoka-chan me pediu ajuda.

– Para que? - disse Setsuna, pálida, imaginando a bomba que viria pela frente.

– Ela me contou do beijo de vocês...

Setsuna voltara a se avermelhar violentamente. Não podia acreditar que Konoka já estaria contando para Asuna o que teria lhe feito. E o pior de tudo, precisaria agora ouvir o que Asuna tinha a dizer, e falar sobre o que menos gostaria de falar e pensar agora.

– Ela gosta de você.

Essa declaração até a deixaria contente, se não fosse o acúmulo de declarações ditas nesse mesmo minuto. Setsuna não aguentava mais a interferência do seu amor, no desempenho de sua missão. Ela estaria atrapalhando a vida de Konoka, interferindo em suas emoções. Precisava ficar longe dela.

– Asuna-san, eu vou precisar de você.

Asuna se assustara.
Logo imaginara algo ruim.

– Diga.

– Eu vou precisar ficar um tempo longe... reorganizar minha vida, e colocar minha cabeça no lugar... sei que Konoka-chan estará segura com você. Depois de mim, você é a pessoa que mais gosta dela aqui, e que tem mais meios de protegê-la.

Asuna escutara cada palavra com atenção.
Percebera a sinceridade no olhar de Setsuna, e imaginara o quanto Konoka ficaria devastada com tal notícia...

– Mas... e Konoka-chan?

– Não conte nada a ela... Por favor. Eu direi a ela que vou fazer uma viagem de reconhecimento, e que conversaremos sobre a nossa relação quando voltar. Tenho certeza que ela ficará feliz, apenas em saber que não deixei de falar com ela.

– Isso é verdade, mas...

As duas ficaram em silêncio.
Asuna começara a perceber algumas incoerências na explicação de Setsuna.
Algo dentro de si mesma disse que ela não pretendia mais voltar...

– Você não pretende voltar né?

Setsuna a olhou.
Talvez fosse melhor Asuna saber a verdade...
Mas talvez fosse melhor não.
Decidiu pela mentira.

– Claro que sim, só preciso refletir sobre meus sentimentos.

Asuna fingiu acreditar em sua palavra, mas algo dentro de si ainda determinava o quanto Setsuna estava mentindo naquela conversa, tentando manipulá-la.

E a seguir? Não saberia mais o que dizer.
Setsuna percebera, e finalizou a conversa:

– Por favor, cuida dela por mim, enquanto eu estiver fora. Ela, mais do que nunca, precisará de você.


Asuna saíra do quarto de Setsuna ciente de sua responsabilidade recém transferida.

A partir de agora a vida de sua melhor amiga Konoko estava em suas mãos. Sentira pela primeira vez, o 'peso' que Setsuna sempre carregou, que sempre quis carregar, mesmo quando criança... por vontade própria... por amor.

Não entendia como o amor de Setsuna pudesse ser tão infinito e incondicional, e ao mesmo tempo tão burro, a ponto de jogar fora momentos tão preciosos ao lado de alguém como Konoka.


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