O Recomeço escrita por Lost Satellite


Capítulo 14
Encrencados


Notas iniciais do capítulo

Ola, desculpem a demora... é que andei ocupada, pois estou escrevendo uma nova fic que em breve postarei.. Bom chega de enrolação né... Então aqui está o novo capitulo!

PS: Boa Leitura.



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“Eu avisei.” Foi tudo o que pronunciou. O silencio mutuo de todos era desconfortável, mas ninguém ousaria a falar. Foi então que Neville explodiu em uma gargalhada escandalosa. Ele ria feito um maníaco.

 

“Do que é que você está rindo Longbottom?” Draco perguntou sem entender qual era a graça.

 

 

  

Neville nada respondeu, ele arfava de tanto rir, chegou a quase cair da cadeira. Os outros o encaravam surpresos.

 

 

“Ah!... É que...” Mais um acesso de gargalhadas. “Eu tenho crise... de riso... quando estou... nervoso...” Ele gargalhava com gosto.

 

“E depois eu é que sou estranha.” Luna dizia enquanto lançava um sorriso divertido para Rony.

 

“É bem, não é a mesma coisa.” Rony lhe respondeu. Todos agora riam da própria situação.

 

“Vocês já pararam pra ver a gravidade da nossa situação.” Agora era Gina que falava como se ela mesma não acreditasse. “Mamãe vai nos matar.” Ela mesma ria.

 

“Meus pais vão me deserdar com certeza.” Draco entrava na conversa novamente, rindo também.

 

“Vamos pegar uma detenção muito longa.” Rony calculava quanto tempo poderiam pegar.

 

“Isso se voltarmos a Hogwarts.” Harry os encarou carrancudo agora.

 

“Talvez a gente vá pra Azkaban, sabe nunca achei que poderia um dia acabar assim. Trágico.” Luna divagava ainda se divertindo com a situação deles.

 

Eles agora estavam todos quietos, com exceção de Neville que ainda tinha uns risinhos, de minuto em minuto. O silêncio se estendeu. Alguns minutos depois que pareceram horas, a porta da sala se abriu. Kingsley Shacklebolt entrou calmamente na sala, os observando. Ele apoiou as mãos sobre a mesa, e encarou a superfície de madeira da mesa, alguns segundos depois, ele voltou o rosto para os garotos sentados em um longo banco. Sua boca abriu-se, mas tornou-se a fechar novamente, ele parecia hesitar com o que ia falar, até que finalmente emitiu um pigarro.

 

“Eu custei a acreditar quando meu assistente veio até mim, e me disse que Harry Potter e alguns garotos de Hogwarts invadiram o ST Mungus, atacaram o chefe do medi-bruxos, usaram a maldição Impérios em uma senhora, roubaram uma paciente, atacaram alguns seguranças, destruíram o átrio do hospital.” Ele respirava fundo para não perder o controle. “ Sem contar que fugiram de Hogwarts em um carro enfeitiçado, e invadiram o hospital com ele, o ministério teve que apagar a memória de cinco trouxas que viram um carro desaparecendo na parede de uma loja abandonada. E prestar esclarecimentos sobre uma explosão no mesmo prédio o que indicava um possível ataque terrorista em Londres.” Ele novamente respirou fundo. “Eu realmente quero uma ótima explicação para isso tudo, e sinceramente espero a verdade.” Ele agora encarava a todos.

 

“Foi tudo minha culpa.” Harry tomou a frente. “Não podíamos deixar que matassem a Hermione, por isso resolvemos intervir.”

 

“A culpa é minha.” Draco resolveu tentar explicar. “Agimos de forma inadequada, eu sei, cometemos muito erros, mas conseguimos salva-la.”

 

“Sabem que legalmente vocês agiram muito mal. Não tinham o direito de infringir a opção da família.” Ele mantinha ainda uma expressão serena, mas então ele logo abriu um enorme sorriso. “Fico aliviado em saber que chegaram a tempo.”

 

“Foi por pouco.” Rony suspirava de alivio.

 

“Mas mesmo assim eu realmente não sei o que fazer com vocês.” Ele agora tinha certa preocupação no olhar. “Entendam a minha situação, como Ministro devo puni-los, mas como punir Harry Potter e seus amigos?! Logo a imprensa saberá o que aconteceu, se eu puni-los a sociedade não vai gostar, e seu não punir eles também não vão gostar.”

 

“É mesmo um belo problema.” Neville comentou analisando os fatos. “Se quiser minha opinião, você deve nos punir sim, mas você podia pegar leve. Assim demonstraria ordem.”

 

“Não sei mesmo o que vou dizer muito menos o que quero fazer com vocês.”

 

Todos estavam agora em silêncio analisando mais uma vez a situação. Draco divagou um pouco.

 

“Ministro, como ela está? Digo a Granger como ela está?”

 

“Está bem, pelo que me disseram ela está fazendo alguns exames, os medi-bruxos não conseguem entender como é que ela simplesmente acordou. Você poderia nos dizer, já estava com ela no momento.” Ele agora estava curioso.

 

Draco hesitou por um momento antes de falar, nem mesmo ele tinha certeza. Por isso queria falar com ela, para ter respostas. Todos olhavam para ele, ele foi o único que estava com ela no exato momento.

 

“Bem... eu não me lembro, pois estava tentando me defender de uma pessoa.”

 

“Quem?” Perguntou o Ministro querendo mais detalhes sobre o caso.

 

Draco sabia exatamente quem, mas não podia dizer não naquele momento. Ele tinha suas próprias suspeitas.

 

“Eu não me lembro do rosto.” Ele omitiu a informação, sentindo-se desconfortável, com todos os olhares dirigidos a ele.

 

“Bom, eu tenho que ir agora.” Ele caminhou até aporta e quando segurou a maçaneta, virou-se pra eles e com um sorriso irônico disse. “A Diretora Minerva, vem buscá-los.” Ele deu uma gargalhada divertida e saiu dali.

 

Aquelas palavras os assustaram, não sabiam o que esperar da diretora, mas sabia que tão logo ver-se-iam livres das consequências de suas confusões. Eles engoliram a seco qualquer palavra que poderiam dizer um para os outros.

 

No St Mungus, havia uma enorme agitação, bruxos iam de um lado para o outro, precisavam concertar toda aquela bagunça e desordem. Drº Montgomery tentava fugir de alguns jornalistas que apareceram ali. Uma bruxa pequena, de aparência zombeteira, lhe perguntava:

 

“Foram comensais da morte que atacaram o hospital?”

 

Essa pergunta causou alvoroço entre os repórteres, que perguntavam todos ao  mesmo tempo:

 

“É verdade que O Eleito estava envolvido na batalha do St Mungus?”

 

“O que o senhor tem a dizer sobre o atentado sofrido por muitos pacientes aqui?

 

“Quanto feridos e mortos tivemos nessa batalha?”

 

Eram tantas perguntas descabidas que o bruxo não tinha nem coragem para abrir a boca e responder, foi então que um bruxo do ministério apareceu e mandou todos para fora dali.

 

“Todos para fora já! O Ministério irá divulgar uma nota para a imprensa ainda hoje. Não temos nada a declarar agora.” Era um bruxo mal encarado, que fora encarregado de dispersar os jornalistas.

 

“Drº Montgomery.” O bruxo chamou indo ao encontro do medi-bruxo que estava virando em um corredor.

 

“Sim?” O senhor parou no corredor.

 

“Pediram para avisá-lo, a senhorita do quarto 305 está tendo uma crise nervosa.” Dizendo isso o bruxo do Ministério se retirou, enquanto o medi-bruxo ia ver o que havia acontecido com a paciente. Ele caminhou por alguns estantes até chegar à porta do quarto 305. Antes mesmo de entrar ele ouviu uma voz descontrolada gritar.

 

“EU EXIJO QUE ME DEIXEM SAIR DAQUI!” Sim, a tão comportada senhorita Hermione Granger, berrava a todo pulmão, recusando-se a tomar uma poção que a enfermeira lhe oferecia.

 

Seus olhos saltaram da orbita assim que viu o medi-bruxo carrancudo parado no batente da porta a observando.

 

“Drº. Montgomery, ela insiste em não querer tomar a poção.” A enfermeira tinha um olhar de fúria e indignação. Enquanto Hermione estava sentada na cama, com os braços cruzados, de forma que parecia uma criança birrenta recusando o tratamento da enfermeira.

 

O Drº. Com uma pose de vovô, foi até a garota de modo que se sentou na beirada da cama, ela o observava ainda fazendo bico.

 

“Senhorita Granger, por que você não quer tomar a poção?” Ele perguntou a ela como se estivesse falando com uma garotinha de cinco anos. Ela revirou os olhos pelo tom que ele usava ao falar com ela, observando o teto do quarto, ela detalhou sua superfície de gesso branco, a textura fria que ela tinha, desde os pequenos riscos de tinta, até as linhas onde o teto passava a ser parede. O momento de silêncio estendeu-se enquanto Hermione fazia sua analise, esquecendo-se por completo do senhor sentado ali tão perto dela. Ela apenas caiu da sua nuvem de pensamentos, quando ele gentilmente pigarreou para chamar a sua atenção. “Por que a senhorita não começa conversando comigo sobre o que você está sentindo?” Ele a olhou curioso, ao notar a reação estranha da garota.

 

Hermione abriu a boca, e em seguida tornou a fechá-la, aquilo parecia que iria ser uma longa conversa.

 

“Eu quero ir embora daqui.” Ela respondeu choramingando e ao mesmo tempo suplicante.

 

“Senhorita Granger, me contaram que é muito inteligente, sendo assim, sabe muito bem que não posso deixá-la ir agora. Você acabou de acordar de um trauma muito sério, precisa se recuperar.” Ele mantinha agora um olhar penoso para a garota, que o olhava com uma cara de poucos amigos, conforme ele ia falando com ela.

 

“Eu estou bem. Quero ir embora, tenho que voltar a Hogwarts, Merlin! Este ano tem os N.I.E.M.s, tenho que me preparar, estudar, meus amigos...” A voz da garota mostrava que estava à beira de mais um colapso nervoso.

 

“Calma, calma...” Ele dizia enquanto a garota logo começava a chorar desesperada.

 

“E tem os trabalhos, as tarefas, meu cargo de monitora...” Ela chorava mais, se é que isso ainda era possível, a impressão que se tinha era que ela iria arrancar os cabelos a qualquer momento.

 

“Vamos, controle-se, vai dar tudo certo.” Ele afagava os cabelos da paciente tentando acalmá-la enquanto a enfermeira voltava ao quarto com uma nova poção calmante entregando-a para o medi-bruxo. “ Aqui, vamos tome.” Ele gentilmente oferecia a poção. Ela estendeu uma mão tremula que pegou a poção e bebericou. Fazendo uma cara de nojo, a bebida tinha uma aparência feia, e seu gosto também. Com muitos esforços ela bebeu tudo, e em seguida caiu no sono.

 

“Senhora Wendy, poderia, por favor, avisar a Drª Webber assim que a paciente acordar, eu preciso que ela faça um acompanhamento com ela.” A enfermeira assentiu retirando-se do quarto. O Drº. Por um momento respirou aliviado e também se retirou do quarto.

 

“EU NÃO ACREDITO! COMO É QUE VIOLARAM TANTAS REGRAS, EM TÃO POUCO TEMPO! RONY WEASLEY, COMO OUSA DIRIGIR AQUELA MAQUINA MALUCA DO SEU PAI E AINDA POR CIMA LEVAR TANTOS JOVENS COM VOCÊ, INCLUINDO SUA IRMÃ!” A senhora Weasley estava na sala junto com a professora McGonagall, ela estava vermelha até as orelhas, ela cedeu um pequeno sorriso a todos e em seguida tornou a  dar outro sermão. “Queridos fico feliz que tenham salvado a Hermione, mas mesmo assim... ISSO FOI UMA COMPLETA LOUCURA!”. Seu tom de voz estava elevado, elevado demais. Qualquer um que passasse no corredor ao lado de fora assustar-se-ia com os gritos.

 

“Molly, eu sei que você precisa chamar a atenção deles, mas é que eu preciso retornar ao castelo, e preciso levar esses alunos.” McGonagall finalmente se pronunciou, para a sorte de todos, foram salvos pela diretora, ou não.

 

“Ah sim diretora, pode levá-los.” Molly virou-se para encarar a diretora solidaria, e voltando-se para os filhos agora. “Aguardem uma coruja minha queridos.” Um tom de ameaça pairava sobre aquelas palavras da matriarca Weasley.

 

McGonagall mantinha um olhar de seriedade para eles. Molly deu um pequeno suspiro, e se retirou da sala.

 

“Todos prontos?!” McGonagall esperou que concordassem. Neville olhou para os lados, coçou a cabeça e finalmente falou.

 

“Ainda não devolveram nossas varinhas.” A diretora virou-se para ele e com a voz mais seca que pode respondeu.

 

“Estão todas comigo.” Ela abriu a portas dando sinal para que todos a seguissem, no corredor alguns curiosos do Ministério ficavam observando todos e cochichando.

 

Alguns minutos depois estavam todos no escritório da Direção em Hogwarts.

 

A diretora estava um pouco rubra pelo sermão que acabava de passar aos alunos.

 

“Estamos entendidos?” Ela perguntou antes que todos fossem dispensados para seus dormitórios.

 

Alguns resmungaram e outros apenas concordaram com a cabeça, e assim saíram cada um para sua respectiva sala comunal. A diretora esperou até ficar sozinha para falar a si mesma:

 

“Graças a Merlin, eles conseguiram.” Ela deu um pequeno saltinho, e uma exclamação. “Iupiii.” A diretora agora tinha um sorriso que ia de uma orelha a outra.

 

Zabini andava de um lado para o outro, sua ligeira irritação em não saber o que estava acontecendo com o plano maluco de todos era frustrante. Sua parte do plano havia dado errado, pois assim que eles atravessaram os terrenos de Hogwarts à diretora ficou sabendo da fuga. Ao longo do dia ela tentou arrancar alguma explicação dele, mas como ele mesmo não tinha nenhuma informação, tudo o que lhe restou seria esperar.

 

Draco entrou pelo salão com uma expressão de alivio.

 

“Merlin! Draco o que aconteceu?!” Ele perguntava em um tom elevado.

 

“Conseguimos Blaise. Conseguimos.” Draco tinha um pequeno sorriso, era o máximo que ele conseguia.

 

“Que bom. Quais as conseqüências dessa loucura?”

 

“Ainda não sei, o Ministro vai avaliar, mas a McGonagall deixou bem claro que se continuar em Hogwarts teremos detenção pelo resto do ano.” Blaise gargalhava vendo a expressão de descrença de seu amigo.

 

“Que sacanagem uma detenção!” Os dois gargalhavam sozinhos na sala.

 

 

Uma semana passou-se, o ministro não os mandou para Azkaban para alivio de todos, como pena eles teriam que fazer alguns serviços comunitários assim que terminassem os estudos, todos os dias eles cumpriam detenção, todos separados.

 

“ANDA LOGO!” Blaise gritava para Draco, pois naquela manhã de segunda feira eles haviam perdido à hora e chegariam atrasados na aula de poções. Eles corriam em direção as masmorras, Draco subitamente parou de correr. “O que foi?! Estamos atrasados Draco, não é hora para dar uma paradinha!”

 

“Droga esqueci meu livro, vai indo que eu já vou, já estamos atrasados mesmo.” Ele deu as costas para o amigo e saiu em disparada de volta para o dormitório. Ele passava correndo em frente à sala de DCAT, quando a porta repentinamente se abriu, e ele chocou-se com tanta velocidade na porta que caiu de costas, sentindo um liquido quente escorrer do seu nariz. Ele sentou-se no chão segurando o nariz que sangrava. Pronto para proferir alguns xingamentos,

 

“Mais que droga, por que você...” Suas palavras morreram em sua boca quando ele olhou para cima e viu a pessoa que abriu a porta.


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Notas finais do capítulo

Ola (Novamente.) Então o capitulo ta meio enchimento de linguiça né, malz aí... Quero a gradecer a todos os leitores fiéis a fic, sem vocês ela não seria o que hoje é. Os comentarios de vocês são de grande satisfação para mim, fico muito feliz em saber que vocês além de lerem a historia também comentam... (Mega feliz!)

Bj's a todos, até pra vocês queridos invisiveis....