O Recomeço escrita por Lost Satellite


Capítulo 11
Para Amores Impossíveis, existe o Tempo.


Notas iniciais do capítulo

Olá.

Obrigada pelo apoio de todos. =D

Capitulo Dedicado a todos vocês que tem acompanhado a fic.

PS: Boa Leitura.



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Hermione sentiu, o calor prencher sua alma, sentiu arder a mão onde ele lhe tocava, sim ela tinha alguém que a fizesse ter razões para viver, razões que ela própria desconhecida, ela tinha ele, Draco Malfoy, era quem segurava sua mão naquele momento dificil. Ao se transportar para junto de seu corpo, ela teve certeza, certeza de que iria viver.

 

***

 

“Draco estou aqui.” Ela sussurrou em seu ouvido. Draco que segurava sua mão, ouviu e não podia acreditar. “Estou aqui com você. Pode me ouvir?”

 

“Hermione, onde, como, por que?” Ele observava seu corpo, que não se mexia estava do mesmo jeito de quando entrará ali.

 

“Estou aqui, sou um fantasma.”

 

“Você morreu?” Ele não esperava isso, esperava que ela acoradasse.

 

“Não, mas morrerei se não sair daqui.”

“Então saia logo, não podemos pensar nessa possibilidade de você morrer.”

 

“Eu quero sair, mas eu não consigo, não sozinha.”

 

“Então eu vou lhe ajudar. Diga-me como. Eu vou traze-la de volta. Farei o que for preciso.” Ele dizia convicto.

 

“Eu não sei como, é mais dificil do que parece, eu preciso encontrar uma razão verdadeira para voltar.”

 

“Razões? Você tem sua familia, seus amigos. Isso não é o bastante?”

 

“Sim, mas não é o suficiente, tem que ser algo pela qual vale a pena lutar, algo pela qual vale a pena viver.”

 

“Volte por amor, esse não é o sentimento mais intenso, verdadeiro e puro, um sentimento pelo qual vale a pena lutar, vencer, viver?”

 

“É bem mais facil em teoria, eu não faço a menor ideia de qual é a minha razão. Sinto que ela está proxima, praticamente atirada em minha cara, mas não vejo, não encontro.”

 

 

“Você precisa.”

 

“Eu sei.”

 

“Então tente.”

 

“Estou, mas por favor, você é o unico que pode me sentir, entender, não me abonde Draco.”

 

“Eu não a abandonarei, estou aqui com você, eu estarei até o fim, estarei esperando por você.”

 

“Falando assim chega a parecer que você realmente se importa.”

 

“Não fale assim, eu realmente me importo, se não por qual outro motivo eu estaria qui, segurando sua mão e conversando com um espirito que eu se quer posso ver? Eu me importo com você.”

 

A porta do quarto se abriu lentamente e a senhora Granger entrou.

 

“Alguma mudança querido?”

 

“Não, nenhum sinal.” Ele mentiu, não poderia falar que o espirito de Hermione estava li falando com ele.

 

“Tenho fé de que tudo vai ficar bem.” Ela sorria maternalmente para eles, quase como se pudesse vê-la ali em pé.

 

“Eu também tenho, mas agora eu preciso voltar para a escola.”

 

“Tudo bem.” Eles se depediram e Draco foi embora.

 

Em Hogwarts a diretora interrogava Blaise Zabini, pelo paradeiro desconhecido de Draco:

 

“Senhor Zabini, eu não perguntei se são amigos de infância perguntei onde ele está, e nem adianta me dizer que ele foi pra Hogsmeade, pois ele não entregou uma declaração para ir. Vamos estou esperando uma resposta.”

 

“Diretora McGonagall eu realmente adoraria ficar aqui e conversar mais, mas estou com tempo curto, e realmente não sei onde o Draco se meteu, não o vejo desde cedo.”

 

“Mas é claro que não o vê desde cedo, alguns alunos me contaram que viram vocês saindo do castelo hoje de manhã e que apenas o senhor retornou.”

 

“Mas esse povo daqui além de serem fofoqueiros, agora dão pra ter sair falando bobagens? Que fique claro que saimos sim, mas eu precisei voltar para falar com uma colega, não tenho culpa se os seus espiões não viram mais ele.”

 

“Não tenho espiões aqui senhor Zabini, apenas me contaram. E é bom o seu amigo aparecer, a situação dele aqui não está nada bem.”

 

“Pode deixar que se eu o encontrar eu mandarei lembranças.”

 

“Lembranças não, mande um aviso. Quero vê-lo na minha sala o mais rápido possivel, e mais uma coisa, eu não gosto do seu tom para comigo então sugiro que mude logo de comportamento se não quiser levar uma detenção.”

 

“Pode deixar senhora.” Ele falava com um tom de descaso.

 

“Diretora estava me procurando?” Era Draco que acabara de chegar, e estava atras da diretora.

 

“Draco, porque não diz pra diretora onde estava?” Blasie lhe avisava.

 

“Ora como assim , eu estive nos jardins  o dia todo.”

 

“Pois não me diga Malfoy, sei perfeitamente que o senhor não estava em Hogwarts, não tenta me enganar.”

 

“Professora então prove que eu não estive aqui.”

 

“Eu não tenho que provar nada aqui, já o senhor queira me acompanhar até minha sala eu tenho alguém que gostaria muito de falar com você.” Eles caminharam até a sala, subindo pela gargula. Assim que entraram Drª Stevens estava esperando por eles.

 

“Obrigada, diretora.” A diretora apenas assentia com a cabeça.

 

“Doutora Stevens vou deixa-los a sós.” McGonagall saiu de sua sala dando privacidade.

 

“Draco Malfoy, bem que me disseram que você era um garoto dificil de lidar.” Ela o analisava com o olhar.

 

“Eu não sei com quem você anda falando, mas me parece que suas fontes estão muito mal informadas.”

 

“Perfeitamente, minha fonte é segurada do que fala. Já você. Vejo que está lidando muito bem com o incidente da senhorita Granger.”

 

“Isso não lhe interessa, como eu lido com as situações ou pessoas.”

 

“É aí que você se engana meu caro, estou aqui exclusivamente para lidar com você.”

 

“Está me dizendo que veio aqui para cuidar de mim.”

 

“Eu jamais disso isso, disse apenas que estou aqui para lidar com você.”

 

“Então você me vê com um caso a se lidar.”

 

“Você deveria saber que tem muitos bruxos por aí, que querem sua cabeça senhor Malfoy, seu total descontrole e falta de experiencia deixa muita gente irada.”

 

“Primeiro quero saber do que estamos falando.”

 

“Senhor Malfoy, desde que seu pai foi para Azkaban, ficou a seu cargo cuidar dos negócios da familia, seu pai tinha muitos negocios acontecendo por aí, a empresa está afundando, como você acha que os acionistas e investidores estão se sentindo, quando você deveria ter assumido o controle, e não abandonado a empresa a própria sorte?”

 

“Estou pouco me lixando, se meu pai tinha negócios problema dele, eu não preciso disso, minha conta bancaria é o suficiente para eu viver luxuosamente até mesmo na imortalidade.”

 

“Eles pouco se importam se você tem dinheiro ou não, elas querem saciar essa sede de vingança. Muitos bruxos investiram pesado na empresa, eu não estão tendo retorno.”

 

“Quero que eles se explodam.”

 

“Se não tomar cuidado o unico aqui a ser explodido será você meu caro, visto que eles culpam você por isso.”

 

“Vou considerar isso uma ameaça.”

“Considere como quiser, agora temos pendências a resolver.”

 

“Eu não tenho nada a resolver com você.”

 

“Mas é claro que tem, sou sua psicologa, e receio ter que puni-lo por não ter comparecido na nossa reuniãozinha.”

 

“Eu não preciso de reuniãozinha nenhuma, Hermione e eu resolvemos nossas diferenças, e caso não tenha percebido ela não está nenhum pouco habilitada para resolver qualquer questão que seja.”

 

“Isso é apenas uma questão de tempo.”

 

“Se me der licença eu tenho coisas mais importantes para resolver, do que perder meu tempo aqui, já deu o recado agora pode parar com esse joguinho.” Draco mantinha a voz seca, levantou-se para ir mas Stevens o bloqueou impedindo a passagem e com sua voz persuaziva lhe disse:

 

“Considere-se avisado Malfoy.” Dizia ela o encarando.

 

Ele apenas a tirou do caminho para sair da sala. Enquanto andava sem rumo pelo castelo pensava furioso:

 

Eu não acredito nisso, como aqueles patifes tiveram coragem de fazer isso. Pouco me importo com os negocios de familia, temos uma fornuta que nos possibilita viver muito bem, porque agora toda essa droga de responsabilidade. Meu pai é mesmo uma anta, se achou que um dia eu iria assumir seu lugar. Eu não quero nada disso. No momento quero apenas viver em paz, ajudar Hemione. Essa é a chance para retribuir o que fizeram por mim ano passado. Em pensar que ela só está com esse problema por minha causa, se eu tivesse dado logo um geito na Pansy, nada disso aconteceria, mas agora não posso me distrair com eles. Hermione não tem muito tempo, preciso agir rápido.

 

Já anoitecerá quando Draco resolveu parar de andar. Ele estava nos jardins, fazia frio naquela noite. Uma noite linda, o céu estava claro, iluminado pelo luar. Uma noite bela e fria. Draco resolveu deitar-se na grama, estava hipnotizado pelo luar. Ele sentiu um calafrio percorrer seu corpo, achou que era devido ao vento. Não havia percebido que era Hermione que estava deitada ao seu lado, também com olhar fixo na lua. Ele só percebeu que estava acompanhado quando ela falou em seus ouvidos:

 

“Vocês tem algo em comum.” Ele sobressaltou-se com a presença repentina dela. Agora ele não só podia ouvi-la, mas também vê-la, parecia tão real, que se conteve para não tocá-la para constatar se era real.

 

“Como chegou aqui?” Ela apenas deu de ombro. “Por que acha que temos algo em comum?”

 

“Os dois são belos, mas frios.” Ela indicava lhe tocando o peito, fazia referencia ao coração.

 

“Eu não sabia que se rendia a meus encantos Hermione.”

“Não estou encantada, apenas estou dizendo a verdade.”

 

“Não sou frio como pensa.” Ele parecia ignorar o que acabava de lhe dizer.

 

“Você sempre demonstrou frieza Draco.”

 

“Talvez eu sempre me escondesse, veja, eu fui criado para odiar, destruir, fui criado para não sentir nada por ninguém ou algo qualquer.”

 

“Mesmo assim, não justifica.”

 

“Não estou me justificando, mas também nunca foi uma questão de escolha. Minha família é fútil, veneram o sangue puro, o dinheiro, a popularidade e o respeito. Eu não sei como nunca pude perceber que também era assim.”

 

“Sua família não é completamente fútil, eles amam você. Ano passado aqui mesmo, em Hogwarts eles demonstraram amor por você.”

 

“Mas é apenas isso.”

 

“Por que se acha diferente deles?”

 

“Eu não sou, mas estou tentando. Ultimamente eu ando experimentando coisas novas, coisas das quais eu sempre me privei como sentimentos. Já sentiu paixão Hermione? Ela me queima por dentro, eu sinto que estou a ponto de ferver.”

 

“Uma vez eu achei que amava, mas nunca tive certeza se realmente era amor.”

 

“Eu não sei dizer o que é amor.”

 

“Uma vez procurei definições para amor, e a melhor definição que encontrei foi a de um escritor trouxa, ele dizia:

 

 Amor é um fogo que arde sem se ver,

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

 

É um não querer mais que bem querer;

É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É um cuidar que ganha em se perder.

 

 

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

 

E Draco completou:

 

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

 

Hermione lhe deu um pequeno sorriso.

 

“Quem diria que Draco Malfoy sabe recitar Camões.”

 

“Eu sei tantas coisa que você nem se quer imagina.” E não disse mais nada, o momento era por si só um dialogo completo, mesmo estando em silêncio. Ele também não percebeu quando ela se foi. Se foi sem dizer nada.

 

Ele sentou-se, confuso, ela simplesmente foi embora. Ele se levantou, olhou em volta para ter certeza de que ela não estava mais ali.

 

“Boa Noite Hermione.” Disse ao vento. Parecia meio louco, ali falando sozinho.

 

“Falando sozinho  Malfoy.” Era Gina que aparecerá ali de repente.

 

“Claro que não Weasley. Estou apenas pensando em voz alta.”

 

“Pois parecia que estava falando com alguém, eu vi você pouco, falando sozinho.”

 

“O que eu fazia não é da sua conta, e por que está me espionando?”

 

“Não estava espionando você. É que ainda estou tentando entender porque Mione e você estavam namorando.”

 

“Essas coisas não são feitas para se entender.”

 

“Desde quando é tão sensível assim? Bem que a Murta-Que-Geme disse que você às vezes era sensível.” Gina esboçava um sorriso presunçoso no rosto.

 

“Aquela fantasma chorona não sabe de nada. O que faz aqui?”

 

“Estou procurando Harry, ele está aborrecido por causa da Hermione.”

 

“Sei, eles foram namorados?” Gina caiu na gargalhada.

 

“Eu nem consigo imaginar uma coisa dessas, eles são tão amigos, que são como irmãos.” Ela agora tentava abafar o riso.

 

“Nunca se sabe.”

 

“Está por acaso com ciúmes do Hermione?” Ela ria novamente.

 

“Weasley você é desagradável de se conversar.” Ele fazia menção de ir, mas voltou-se novamente para ela. “Diga ao Potter que eu sinto muito pelo que aconteceu com a Hermione.” Ele agora parecia penalizar-se.

 

“Você já soube do estado dela? Ainda não soubemos de nada, estamos a escura o dia todo.” Ela agora parecia preocupada.

 

“Se eu sei, é claro que sei. Pra ser sincero fui visitá-la hoje.” Gina estava tão surpresa que não acreditava.

 

“O que? É mentira.”

 

“Não. Estou falando sério, estive no St Mungus, até conheci a mãe dela.”

 

“E como ela está? Sabe se volta logo?”

 

“Na verdade a situação dela é um pouco complicada. Ela está inconsciente, e os medi-bruxos não sabem quando ela vai acordar.” Draco omitiu o detalhe de ele ver o fantasma de Hermione perambulando pelo castelo. Gina ficou chocada com a noticia.

 

“Isso é terrível, não acredito que esteja acontecendo.”

 

“Eu também não. Foi horrível, vê-la naquela situação, ela parece dormir eternamente.” Draco estava emocionado ao se lembrar de tudo o que tem acontecido entre eles.

 

“Você está chorando?” Gina estava incrédula com o que via.

 

“É claro que não. Sou Draco Malfoy, e jamais choro por alguém ou algo.”

 

“Vou fingir que acredito.” Ela agora estava voltando pro castelo. Depois de alguma  distancia voltou-se para ele: “Seu segredo está guardado comigo Malfoy.”

 

Draco tratou logo de voltar também antes que perdesse o jantar.

 

(Para os erros perdão. Para os fracassos uma nova chance, Para os amores impossíveis, o tempo.)[ Marta Sanfelicce] 

 

Os dias passaram voando diante da espera. A espera da família, que aguardava que Hermione acordasse, para que pudessem se abraçar e serem felizes. A espera dos amigos, que viviam angustiados, procurando por maneiras de acordá-la. A espera de alguém em especial, que passava seus dias solitários a beira do lago, conversando aparentemente sozinho. O inverno finalmente chegará, e junto dele a morte se aproximarava. O tempo corria, corria apressado, a esperança ainda era mantida. Enquanto alguém esperasse por ela, ela jamais desistiria. Havia feito aquela promessa a ele, num dia em que estava pessimista.

 

“Draco eu não agüento mais, vou desistir!” Ele a olhou severo.

 

“Nunca mais repita isso Hermione! Conheço você o suficiente pra saber que você vai sair dessa. Eu não desisti! Então você não pode desistir agora.!”

 

“Tudo bem.” Ela dizia por dizer.

 

“Então prometa? Prometa que nunca vai desistir.” Ela sentiu o peso de seu olhar, sentia que era transparente, que ele podia ver seus pensamentos, tudo.

 

“Eu prometo.” Ela confiava nele.

 

O tempo estava se esgotando. Respostas ainda não haviam sido encontradas, tudo a que eles se agarravam agora era a esperança.


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Notas finais do capítulo

Oi ( Dinovo =D )

eaí o que acharam?

Eu achei que ficou um pouco distante, da ideia que eu queria passar.

agora deixe pra mim um comentario do que VOCÊ, meu caro leitor achou? ( As vezes parece bobeira, mas um simples comentario seu, incentiva muito um autor a escrever.)

Bj's a todos e até o proximo.


PS: Não deixem de conferir minha outra fic: Até que a Sogra nos Separe!

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/97748/Ate_Que_A_Sogra_Nos_Separe