O Recomeço escrita por Lost Satellite


Capítulo 10
Eu estarei lá minha garota.


Notas iniciais do capítulo

Olá, muito obrigada pelo reviews, estrelinhas, popularidade, muito obrigada pelo apoio. Sem vocês a fic não seria o que é hoje. Quero agradecer a Kriss Black pela recomendação que ela fez da minha fic. Obrigada a todos. Agora ta aí pra vocês mais um capitulo novinho, aproveitem acabou de sair do forno.

PS: Boa Leitura.



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“Você deve conseguir.” Tonks dizia convicta.

No castelo mais uma dia amanhecia, naquela manhã de domingo alguns alunos programavam visitas até Hogsmeade. Rony programou ficar até tarde na cama, a turnê pelo castelo à noite o deixou morto. Harry e Gina tentavam se comunicar apressadamente com a família Weasley para terem noticia de Hermione. Draco programou uma fuga. Uma loucura como havia dito Blaise quando Draco lhe contou sobre a idéia que teve enquanto dormia.

 

“Espera você está tentando me dizer que recebeu uma mensagem em seus sonhos?”

 

“É isso mesmo.” Ele não entendia porque era tão difícil para o amigo acreditar.

 

*--- Flashback---*

 

Draco dormira tão profundamente que sonhou coisa que em muito tempo não lhe acontecia. Em seus sonhos ele a via em um quarto que nunca havia visto antes, repleto de coisas trouxas, provavelmente um quarto trouxa ele deduziu. Em seu sonho ela lhe pedia ajuda. Dizia estar presa ali, e que não sabia como sair precisava de sua ajuda para salva-la.

 

Tonks observava Hermione enquanto esta andava pelo quarto tentando mexer em suas coisas, sem sucesso, era como se ela fosse um fantasma, atravessava objetos.

 

“Tonks eu não sei por onde começar.”

 

“Por que não começa pedindo ajuda.”

 

“Bem pensado, eu pareço ter ficado burra neste lugar.”

 

“Não, você apenas está preocupada. Logo vai passar.”

 

“Eu poderia pedir ajuda pra alguém no mundo dos vivos?”

 

“Não tenho certeza. Teria de ser alguém com quem você tenha uma forte ligação, e uma enorme serie de fatores.”

 

“Vamos tentar então. Eles podem me ver?”

 

“Não podem vê-la, nem ouvi-la, nem senti-la.”

 

“E como vou fazer então?”

 

“Tentar venha comigo.”

 

 Em um piscar de olhos elas estavam na sala comunal da Grifinória, estava deserto porque já era muito tarde da noite. Hermione observava para ver se via alguém, mas não havia ninguém. Foi então que o retrato da mulher gorda abriu dando passagem para alguém entrar. Era Rony que reclamava:

 

“Esse retrato, deviam trocar ele por uma porta comum. Pelo menos a porta não reclamaria.”

 

“Rony! Não fale assim do retrato, sabe que é maldade acordá-la há essa hora.”

Mas Rony não a ouviu. Ela parou de frente para ele, olhando em seus olhos, mas ele apenas caminhou atravessando por ela.

 

“Acho que ele não vai poder ajudá-la.” Tonks tocava-lhe os ombros para que procurassem outra pessoa.

 

Elas seguiram Rony até o dormitório, ele arrumava a cama para se deitar, tentando não fazer barulho para que os outros não acordassem o que foi em vão, pois Harry despertou.

 

“Rony onde esteve?”

 

“Com Luna caçando Narguilés.” Respondeu naturalmente como se fosse à coisa mais comum em todo mundo.

 

“Como é que é? Achei que não acreditasse nessas coisas.”

 

“E não acredito, apenas estava acompanhando a Luna. Eu precisava esfriar um pouco a cabeça, e também não poderia deixar Luna andando sozinha por aí, vai saber o que ela vai encontrar a essa hora.”

 

Hermione sentou-se na beirada da cama de Harry, na esperança de que o amigo a visse. Harry não a viu. Mas sentiu um arrepio quando a amiga lhe tocou o rosto. Ele olhou para a janela para ver se estava entrando vento por ela, mas ela estava bem fechada.

 

“Harry, estou aqui, sei que pode me sentir, vamos preciso de você.”

 

Harry sentia algo estranho, não sabia dizer o que era, mas sentia.

 

“Rony você está sentindo algo?”

“Sim.” Harry achava que ele também sentia aquilo.

 

“É mesmo, também estou sentindo, o que pode ser isso?”

 

“Ora Harry é sono.” Dizia ele obviamente.

 

“Não estou falando disso, é como se fosse uma... uma... uma... Presença.” Foi o mais próximo que ele chegou de descrever o sentia.

 

“Não, apenas estou com sono. Não sinto nada a mais que isso.”

 

Harry não iria discutir aquilo há essa hora com o amigo, mas dormiu intrigado com aquilo.

 

“Tonks,  Harry pode me sentir.”

 

“Sim Hermione, mas ele não sabe que é você, precisamos de alguém que possa lhe ouvir pelo menos e saber que é você.”

 

“Então eu não sei o que fazer, pois Harry e Rony são as pessoas mais importantes em minha vida, depois de meus pais. Esperava que eles pudessem me ajudar.”

 

“Tem certeza que eles são os únicos?”

 

“Não.” Elas agora andavam pelos corredores em silêncio. Enquanto andavam Hermione se lembrava de algo, alguém, não era a pessoa mais importante para ela, mas sua imagem lhe vinha à memória mesmo sem querer.

 

“Tonks, eu tive uma idéia, ou melhor, uma pessoa.”

 

“Quem?” Tonks perguntava curiosa. Hermione apenas lhe sorriu e foram juntas para a sala comunal da Sonserina. Hermione podia sentir uma ligação  aumentando conforme se aproximava dos dormitórios. Ele estava lá todo largado em sua cama, dormia tão pesadamente, que Hermione não sabia o que fazer para testar se aquilo poderia dar certo.

 

“Precisamos acordá-lo Tonks.” Tonks olhava intrigada.

 

“Jamais pensei que fosse ele, com quem você fosse tentar.”

 

“Por quê?”

 

“Obviamente por que vocês sempre se odiaram.”

 

“Não é pra tanto, sabia que estamos namorando.” Tonks não se respondeu apenas deu um olhar a ela do tipo: Ahã sei! “Quero dizer, é uma farsa, mas de qualquer forma se chegamos a esse ponto, quero dizer que talvez não nos odiássemos tanto assim.”

 

“Claro que não.” Ela sorria com a tentativa de explicação de Hermione.

 

“Tonks será que dá pra ajudar. Ele ta dormindo o que vamos fazer?”

 

Tonks ficou imaginando algo, segundos mais tarde elas foram pro quarto de Hermione novamente.

 

“Tonks isso é ridículo.”

 

“Mais funciona.”

 

“É o que eu espero.”

 

“Vamos concentre-se Hermione, você consegue.” Tonks a incentivava

 

 

“Vamos lá, vamos Hermione, você consegue.” Ela falava pra si mesma.

 

Draco estava voando, literalmente voando, sempre gostará disso, sempre foi o seu sonho, voar, era lá entre as nuvens que ele se realizava, ele não sentia nada, era tudo leve, era tudo perfeito, era tudo um sonho. E foi entre essas nuvens que a encontrou pela primeira vez em sonho, Hermione. Eles flutuavam agora.

 

“Hermione é você?”

 

“Sou eu Draco...” Seu semblante era sereno, doce, como ele sempre se lembrava. “Preciso... Ajuda... Presa... mundo... venha...” Ela falava, mas Draco não compreendia, sua voz era interrompida a todo o momento, e a calma foi substituída pelo desespero dela em tentar lhe dizer algo. “Venha... ajudar-me... corpo... voltar... tempo... rápido...” E ela desapareceu como uma nuvem de fumaça, desapareceu, e Draco caiu, caiu das nuvens, acordando assustado.

 

“Hermione!”

 

Quando acordou pode perceber que era um sonho. O sonho mais real que ele já teve em toda sua vida. Ele não consegue mais dormir, fica pensando nela, e no sonho que teve.

 

“Tonks! Quase, não consegui passar a mensagem, mas ele me viu, me ouviu.”

 

“Seria pedir muito que você conseguisse perfeitamente. É muito difícil.”

 

“O que faremos agora?”

 

“Esperamos.”

 

E foi isso que levou Draco a planejar seu plano.

 

*--- Fim do flashback ---*

 

“Eu acho que isso tudo não passa de paixão Draco, você está apaixonado é por isso que fica imaginando coisas com aquela garota, mas ela só está com você porque fazia parte do seu plano. Puramente interesse.”

 

“Não eu tenho certeza de que não é isso, eu admito estar apaixonado, e por isso vou até o fim por ela. E se tem alguma chance de ficarmos juntos, eu vou lutar pra que aconteça.”

 

“Não acha muito maluco isso, você sempre a odiou, e você só começou a pensar assim porque tem uma richa com aquele Weasleyzinho. Não quer perder pra ele também.”

 

“Talvez, mas ela vem em primeiro lugar, e não vou perder para um Weasley, eu não me chamaria Draco Malfoy se aceitasse isso.”

 

“Pois vá em frente então.”

 

“Mas você vai me dar uma forcinha?”

 

“Fazer o que, somos amigos, e eu nem sei por quê.”

 

“Sabia que podia contar com você Blaise. Você não existe.”

 

“É melhor andarmos logo então, eu tenho um encontro pra mais tarde.”

 

“Vamos.”

 

Eles foram até Hogsmeade. Sem levantar suspeita alguma, caminharam até fora do alcance da proteção de Hogwarts.

 

“Tem mesmo certeza?”

 

“Absoluta.”

 

“Boa sorte.”

 

“Valeu, lembre você não sabe de nada.”

 

“Nem precisa lembrar.”

 

Draco assentiu com a cabeça, pegou a varinha e aparatou. Sentiu uma força lhe puxando pelo umbigo, realmente aparatar era horrível.

 

“Nota para mim: da próxima vez vir de vassoura.” Dizia ele sozinho. “Veja só estou falando sozinho, era o que me faltava.”

 

Draco aparatou em Londres, tinha um destino certo para ir. A mensagem de Hermione em seu sonho, não lhe deixou alternativas a não ser fugir, não sabia por onde começar, então decidiu começar pelo começo, Hermione.

 

Entrou no ST. Mungus normalmente, mas foi quando pediu para ver a garota que o quiseram barrar. Por sorte a senhora Granger, vinha passando no momento da confusão, e autorizou para que ele visse sua filha.

 

“Qual seu nome mesmo querido?”

“Draco Malfoy senhora.”

 

“Bom Draco, ela está inconsciente, e ao menos sabemos quando vai acordar.”

 

“Eu sinto muito senhora, eu fui o mais rápido que pude para tirá-la da água.” Ele dizia amargurado.

 

“Ora então quer dizer que foi você, muito obrigada.” A senhora Granger se adiantara para abraçar o rapaz, que ficou atônito. Merlin, uma trouxa está me abraçando, mas o que é isso. “Desculpe-me por isso.” Ela dizia meio embaraçada. “Veja é aqui o quarto dela. Pode entrar, darei uns minutos pra vocês ficaram a sós.”

 

“Obrigado.” Foi tudo o que ele pode dizer.

 

Hermione estava lá, inerte. Dormindo. Não transparecia nada além de serenidade.

 

“Oi.” Draco estava receoso, ao se aproximar dela. Nunca viu ninguém em uma situação como essa. Não sabia se ela podia ouvir, sentir sua presença. “Você foi me ver ontem, no sonho não é? Preciso saber, para admitir a mim mesmo que não estou ficando louco.” Apenas silêncio, ela não podia responder.

 

Words come easy with you. To keep them coming There's nothing I won't do. And love comes easy with you ‘Cause you've got a face that makes my heart race

(Palavras vêm fácil com você Para mantê-las vindo Não há nada que eu não faça E o amor vem fácil com você Porque você tem um rosto que faz meu coração acelerar.)

 

Longe dali, Hermione estava sentada no parapeito do Big Bang. Ela observava a Londres. Depois de passar horas aguardando algum resultado ontem à noite, ela se cansou e foi para um lugar onde ela jamais imaginaria estar. Ela estava sozinha.

 

And I'll be there, my girl, ‘Til the sun doesn't rise. And I'll be there my girl When there's tears in your eyes. And I'll be there my girl To hold you when you're feeling down. ‘Cause when no one seems to care, And life ain't being too fair, I'll be there. ‘Cause when the feeling can't compare, And life ain't being too fair, I'll be there. (E eu estarei lá, minha garota até que o sol não nasça E eu estarei lá, minha garota Quando houverem lágrimas em seus olhos E eu estarei lá, minha garota Para te abraçar quando você sentir-se triste Porque quando ninguém parecer se importar e a vida não estiver sendo justa Eu estarei lá Porque quando o sentimento é incomparável e a vida não estiver sendo justa Eu estarei lá.)

 

No quarto ele ainda olhava para ela sem entender por que não acordava logo.

 

“Vamos Hermione, acorde, sai dessa, preciso de alguém para encher a paciência e você é a única pra quem eu faria isso. É um segredo viu, não conte a ninguém, mas você é a minha Grifinória preferida.” Ele sentia-se bem desabafando com ela, mesmo que ela nem estivesse ouvindo o que ele dizia. Mas algo dentro dele rugia.

 

And I'll be there, my girl, ‘Til the sun doesn't rise. And I'll be there my girl When there's tears in your eyes. And I'll be there my girl To hold you when you're feeling down. ‘Cause when no one seems to care, And life ain't being too fair, I'll be there. ‘Cause when the feeling can't compare, And life ain't being too fair, I'll be there. (E eu estarei lá, minha garota até que o sol não nasça E eu estarei lá, minha garota Quando houverem lágrimas em seus olhos E eu estarei lá, minha garota Para te abraçar quando você sentir-se triste Porque quando ninguém parecer se importar e a vida não estiver sendo justa Eu estarei lá Porque quando o sentimento é incomparável e a vida não estiver sendo justa Eu estarei lá.)

 

“Qual é Hermione, sai logo dessa, e vi você em meu sonho, era ajuda que você pedia, eu sei disso, por isso estou aqui, acorde e veja, eu estou aqui.” Ele não sabia de onde vinham tantas torrentes de emoção, raiva, carinho, impotência, ódio, por estar ali falando sozinho, já que ela não o ouvia. Sua voz agora era melancólica, mas transparecia sentimento, seja lá qual for o sentimento ele apenas sentia.

 

And I'll be there that's all I phoned to say The day you broke down mentally And you were on the motorway. So when you've given up, there's nothing left to do - My damsel in distress, I'll do my best to rescue you. (E eu estarei lá, te liguei para dizer isto O dia em que você enlouquecer e estiver na estrada Então quando você desistir, não há nada a fazer Minha donzela em perigo, eu darei o meu melhor para salvá-la.)

Hermione sentia a brisa, sentia algo estranho, algo que a aquecia, como se estivesse sendo abraçada. Mas não era possivel, no momento ela não passava de um fantasma, invisível e intocável.

Ele tinha uma lagrima teimosa que escapara de seus olhos. Por que estava acontecendo isso, logo agora, que foi capaz de sentir algo real, puro, e ter tido coragem para sentir, se permitir sentir, ela simplesmente o ignoraria pela eternidade? Ficaria ali e morreria, sem ao menos lhe dizer o que um dia sentiu por ele. Com voz embargada e irritada, ele mais uma vez tentou.

 

“Isso está errado ouviu? Errado! Acha justo fazer isso comigo? O que agora vai me castigar por todos esses anos? Eu não aceito isso Hermione Granger, ouviu bem? Eu não aceito isso!”

 

Cause when no one seems to care And life ain't being too fair I'll be there. ‘Cause when the feeling can't compare And no one seems to care, I'll be there. ‘Cause when the feeling can't compare And life ain't being too fair, I'll be there. (Porque quando ninguém parecer se importar e a vida não estiver indo tão bem Eu estarei lá Porque quando o sentimento é incomparável e a vida não estiver indo tão bem Eu estarei lá Porque quando o sentimento é incomparável e a vida não estiver indo tão bem Eu estarei lá.)

 

Ele queria toca-la, mas temia que estivesse gelada, medo que ela dormisse tão profundamente que não fosse mais acordar. Superando qualquer medo que sentia, ele tocou-lhe a mão.

 

Hermione sentiu, o calor prencher sua alma, sentiu arder a mão onde ele lhe tocava, sim ela tinha alguém que a fizesse ter razões para viver, razões que ela própria desconhecida, ela tinha ele, Draco Malfoy, era quem segurava sua mão naquele momento dificil. Ao se transportar para junto de seu corpo, ela teve certeza, certeza de que iria viver.


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Notas finais do capítulo

Ola, eaí o que acharam? Eu achei que ficou com caa de despedida esse finalzinho, mas fiquem tranquilas que ainda não acabou não, tem mais emoção pela frente. Então néh, tipo assim, só vou conseguir escrever o proximo cap, se souber o que vocês estão achando, não é chantagem, nem nada do genero, é a simples verdade, pra poder dar continuidade preciso de inspiração e nada melhor do que ler a opinião devocês para me inspirar, ok? É só deixar um review, garanto que não mata. ;)

Bj's a todos e obrigada por acompanhar.

PS: A musica chama-se I'll be there e do nosso querido-lindo-perfeito-quero-ele-pra-mim Tom Felton.

PS2: Gente agota tem também minha nova fic Dramione, chama-se Até que a Sogra nos Separe, pra quem quiser conferir, o link está aqui em baixo. Ok?


http://fanfiction.nyah.com.br/historia/97748/Ate_Que_A_Sogra_Nos_Separe