Always By Your Side escrita por Sill Carvalho, Sill


Capítulo 3
Capítulo 3 - Adeus Nova Jérsei




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Na manhã seguinte, acordaram por volta das dez da manhã e logo seguiram para o aeroporto. Já no salão de embarque, Alice e Anabelle estavam tensas. Ou seria com medo?

Acho que o termo mais apropriado seria medo.

Estavam prestes a embarcar rumo a uma nova vida, em uma cidade diferente, com a família que acabaram de conhecer. Isso certamente assustaria qualquer ser humano.

A última chamada para o voo de Londres estava sendo feita.

– Alice, a Rose não vem se despedir da gente? – a pequena Anabelle questiona enquanto andava devagar, sempre segurando a mão de Alice. Esme estava ao lado sempre pronta a ajudá-las.

– É, acho que ela esqueceu – Alice pronuncia cada palavra com tristeza. Não era possível que sua melhor amiga houvesse se esquecido delas assim tão rápido.

– Não fiquem tristes meninas, vai ver ela apenas ficou presa no trânsito – Esme tenta animá-las. Alice apenas assentiu.

– Cuidado florzinha tem um degrau, levanta o pezinho – Alice fala para Anabelle ao mesmo tempo em que a ajuda.

– ALICE, ANABELLE! – Rose grita ao correr em direção onde Alice estava.

– Alice, é a voz da Rose – diz Anabelle.

– É ela, Anabelle, é a Rose e o Emmett. Eles vieram se despedir – Alice confirma, feliz em saber que os amigos não esqueceram.

– Alice! – Rose fala a puxando para um abraço. Assim que Rose soltou Alice, foi à vez de Emmett pegá-la em um abraço de urso.

– Emmett estou ficando sem ar. – Alice fala com um pouco de dificuldade.

– Ah, desculpe, pequena. – fala ao soltá-la devagar.

– Anabelle – Rose a chama pegando em seus braços e enchendo-a de beijos. – Vou sentir tantas saudades, não sei se vou conseguir ficar por muito tempo sem ver vocês. – a jovem loira revela um tanto triste.

– E nós sentiremos de vocês – Alice e Anabelle falam juntas.

– Os dois têm que nós prometer que irão nos visitar. Você sabe que não quero ir Rose, só estou indo porque não tenho escolha. Queria voltar para minha casa, abrir a porta e encontrar minha mãe me esperando e vê que tudo isso não passa de um pesadelo. – Alice fala com lágrimas nos olhos, em seguida abraça a amiga, que ainda segurava sua irmã nos braços.

– Eu prometo que irei. Vocês sabem que são minhas irmãs de coração. – a loira assegura.

– Vamos meninas, ou iremos perder o voo. – Carlisle se pronuncia e em seguida tira Anabelle dos braços de Rose para levá-la para o avião. Afinal se a garotinha fosse subir as escadas andando demoraria muito. Teria que ser degrau por degrau com muito cuidado e não tem porque fazer isso com a criança. Anabelle não reclamou de está nos braços do tio, apenas quis ter certeza de que Alice estava indo junto.

– Alice – a garotinha a chama.

– Estou aqui florzinha. Lembra-se do que te falei no hospital? – Alice questiona segurando a mão da irmã.

– Lembro – a garotinha responde.

– Sempre ao seu lado – ambas falam ao mesmo tempo, no momento em que entram no avião. Já no avião, Anabelle ficou ao lado de Alice.

[...]

Um ano depois, já em Londres...

A jovem Alice fez novas amizades, mas nem por isso havia esquecido seus amigos de longa jornada. Mas entre esses novos amigos havia dois que se tornaram seus melhores amigos, um casal de namorados, Isabella, mais conhecida por Bella e seu namorado Edward.

Alice também conheceu um belo e atencioso rapaz, e alguns meses depois acabaram se tornando namorados. Ele trouxe para a vida da jovem Alice um pouco de felicidade, algo que ela não sentia já há algum tempo.

Ele é sempre tão prestativo e pronto a ajudá-la com Anabelle.

E para a pequena Anabelle, esse ano que se passou não foi nada fácil, tendo que se adaptar a um mundo totalmente novo para ela. Fez duas cirurgias para tentar recuperar a visão, mas não obteve sucesso. Porém Alice, Esme e Carlisle nunca deixaram que ela perdesse a esperança.

No começo Anabelle não aceitava ninguém, mas aos poucos foi cedendo e começou a ficar com Esme para que Alice fosse à escola.

Anabelle recusou-se terminantemente a ir à escola. Então Alice e Esme lhe davam aulas em casa. No entanto, Carlisle estava sempre em busca da melhor escola, capacitada a receber crianças com deficiência visual.

Carlisle e Esme tentavam de tudo para fazê-las felizes. A dor da perda dos pais nunca foi cicatrizada e também nem poderia, faz pouco tempo. Esse tipo de dor leva anos para cicatrizar.

Alice e Jasper sempre que podiam levava Anabelle para se divertir. Hoje eles a levaria ao parque de diversão.

– E aí florzinha está pronta? –Alice pergunta para a garotinha, que estava sentada no colo de Esme enquanto ela lhe penteava os cabelos, sentadas no sofá da sala. Nesse momento a campainha tocou, Alice foi atender.

– Oi amor – Jasper a cumprimenta e em seguida lhe dá um beijo rápido. – Onde está a minha garotinha – questiona em tom de brincadeira.

– Estou aqui Jazz – Anabelle responde com um sorriso nos lábios. Sorriso esse que demorou muito tempo para voltar a brotar nesse rotinho lindo. E a muito custo.

Tudo isso é fruto de muito amor e compreensão.

Jasper pegou Anabelle no colo e lhe beijou ambas as bochechas. Em seguida puxou Alice para um abraço coletivo.

– Viu só, Esme? Essas são as mulheres de minha vida – fala com seu sorriso lindo estampado nos lábios depois beija Alice fazendo-a corar um pouco.

– Jazz, você beijou a Alice? – a garotinha quis saber.

– Beijei, sim – ele confirma e ambos riem.

– Tchau, Esme – Jasper se despede ao pôr Anabelle em suas costas. – Vamos da uma volta de cavalinho – ele fala para a garotinha, que sorrir em resposta.

– Tchau, tia – ambas falam ao mesmo tempo.

– Tchau meninas, tomem cuidado. E jasper, por favor, não a leve naqueles brinquedos que chacoalham demais, ela pode passar mal – Esme pede ao segui-los até a porta.

Jasper põe Anabelle na cadeirinha de segurança em seguida lhe dá um beijo na testa. Logo ele entra no carro também. Alice já estava sentada no banco do carona. E seguem para o parque de diversão.

Alguns minutos depois, já no parque, Anabelle andava entre os dois, ambos segurava em uma de suas mãozinhas. E sempre descreviam cada detalhe para a garotinha. Ela não podia ver, mas imaginaria cada coisa que estava sendo descrita.

– Alice, eu quero algodão doce – a garotinha pede com sua voz angelical, segurando na mão da irmã.

– Tudo bem. Vamos encontrar uma barraquinha – ela responde e em seguida beija a mão de Anabelle.

– Olha lá! – Jasper fala, apontando em direção a barraca de algodão doce. Os três seguem até a barraquinha, ele pega um algodão para Anabelle. Tira a embalagem que o envolve e entrega nas mãos da garotinha.

– Aqui princesa – fala no momento em que leva o doce às mãos de Anabelle.

– Obrigada, Jazz – ela responde e em seguida leva um pedaço do algodão doce a boca. Jasper olha para ela e sorrir.

– E você amor, não vai querer? – pergunta para Alice, que apenas observava a irmã.

– Claro que quero – responde após manear a cabeça, como que para espantar algum pensamento.

Então Jasper pega mais um algodão doce e entrega para Alice. Paga e saem andando. Alice tira a embalagem e em seguida um pedaço do doce e leva à boca de Jasper. Ele sorrir para ela.

– Alice, você me leva nos carrinhos que bate? – a garotinha pede em quanto se lambuza no algodão doce.

– Levo, sim, minha flor – Alice responde cheia de carinho.

Então os três seguiram para o bate-bate. Alice ficou em um carrinho com Anabelle, e Jasper ficou em outro. Anabelle sorriu muito e cada sorriso dela se refletia no rosto da irmã. Era incrível como tudo que Alice precisava agora para ser feliz era vê Anabelle feliz. Pois a cada sorriso da garotinha, ela sentia que a vida ainda valia à pena. Mesmo com toda dificuldade que têm sido cuidar de Anabelle, Alice nunca, nem uma vez, se quer perdeu a paciência, nunca falou nada para magoá-la, muito pelo contrario, sempre a amou e a protegeu demais.

Algum tempo depois, Jasper decidiu que iria a uma barraca de tiro ao alvo. Colocou Anabelle sentada na bancada da barraca e falou.

– Princesinha, eu vou descrever os bichinhos de pelúcia que têm aqui e você me fala o que vai querer, tá? – a garotinha assentiu com a cabeça.

Jasper descreveu para ela uns dez bichinhos de pelúcia. Anabelle enfim decidiu que queria uma coelha branca, que segurava uma cenoura entre as patas. O bicho era quase do tamanho dela.

Jasper pegou com o rapaz da barraca uma pistola de plástico e começou a atirar. Uma, duas, três vezes e nada.

– Jazz você é péssimo de mira – Alice falou sorrindo das tentativas frustradas do namorado. E a garotinha ria junto, já que Alice descrevia para ela tudo que ele fazia.

– Amor, você me desconcentra rindo desse jeito, assim tão perto de mim. – Jasper fala beijando a bochecha de Alice.

– Ah tá! Inventa outra, Jazz – ela rebate ainda sorrindo.

Depois de mais algumas tentativas frustradas, Jasper enfim consegue acertar o alvo. O rapaz da barraca entrega o coelho para ele e ele passa para as mãos de Anabelle. Alice desce Anabelle da bancada e seguem andando pelo parque.

– Florzinha, deixa que levo o seu coelho. No carro eu te entrego tá – Alice sugere.

– Tá bom – a garotinha aceita e entrega o coelho para a irmã.

Enquanto eles andavam, passa um menino de sete, oito anos, de idade, mais ou menos, e fala:

– Mãe, aquela menina não enxerga? – pergunta olhando de Anabelle para a mãe.

Alice olha para o garoto com os olhos fulminando de raiva e lhe mostra a língua. O menino mostra para ela o dedo do meio e logo sai em direção à montanha russa.

Anabelle estava prestes a chorar, Jasper percebeu e a pegou no colo. Ela deitou a cabeça no ombro dele e deixou que algumas lágrimas caíssem.

– Não chore princesinha – Jasper fala, afagando as costas da garotinha.

– Florzinha, você quer ir para casa? – Alice questiona com olhar preocupado.

– Quero – ela responde com a voz chorosa.

– Para de chorar minha linda senão o papai Jazz vai achar que você não gostou do passeio. E o mico que paguei naquele tiro ao alvo não serviu para nada – Jasper fala ao secar as lágrimas de Anabelle com a mão. A garotinha sorrir ao lembrar. E permanece com a cabeça apoiada no ombro dele. – Assim é bem melhor – diz ele sorrindo.

– Eu te amo Jazz. Você é o papai postiço melhor que existe – a garotinha fala e em seguida beija a bochecha dele.

– Obrigado Jazz, por fazê-la sorrir – Alice agradece ao mesmo tempo em que afaga o rosto da irmã.

– Não por isso, meu amor. Mas se querem me agradecer, a melhor forma é não me deixarem nunca – fala com seu sorriso torto nos lábios.

– Ah, quanto a isso não se preocupe. Nós iremos te importunar para sempre, não é Anabelle? – diz Alice, sorrindo.

– É, sim – a garotinha responde também sorrindo.

Jasper segurava Anabelle em seu colo apenas com uma das mãos para poder segurar na mão de Alice com a outra.

Log, decidiram ir para casa. Andaram em direção ao estacionamento onde estava o carro. Alice colocou Anabelle na cadeirinha e o coelho ao lado.

Ao chegarem em casa, Anabelle estava dormindo. Coitadinha, ela havia se cansado.

A vida das duas irmãs havia ganho um novo sentido desde o dia que Jasper entrou em suas vidas.

Jasper desafivelou o cinto da cadeirinha e pegou Anabelle em seu colo. Ela aninhou-se em seus braços como se ele fosse seu pai. Ela havia aprendido a gostar de Esme e Carlisle, mas com Jasper, desde o primeiro momento, foi algo muito especial.

Alice pegou o coelho de pelúcia e jutos entraram em casa. Esme veio ao encontro deles.

– E aí querida, ela se divertiu? – Esme questiona ao tirar Anabelle dos braços de Jasper para levá-la para o quarto. A garotinha se mexe um pouco, mas não acorda.

– Sim, tia – Alice responde.

– Olá! – Carlisle os cumprimenta ao adentrar a sala. – Está tudo bem, Alice? Estou te achando um pouquinho triste.

– Está tudo bem tio, não se preocupe – ela assegura.

– Eu vou indo, Alice – disse Jasper.

– Não Jazz, fica mais um pouquinho – Alice pede com um olhar pidão, segurando a mão direita dele.

– Não faz essa cara para mim, minha pequena. Você sabe que eu não resisto. – fala ao puxar Alice para um abraço.

– Com licença. Alice não vá dormir muito tarde – disse Carlisle ao subir as escadas.

Quando Carlisle some do campo de visão, Jasper senta-se no sofá e puxa Alice para seu colo.

– Te amo, minha pequena – sussurra próximo ao ouvido de Alice fazendo-a se arrepiar. Ele sorrir ao ver que causou arrepios involuntários em sua amada. Alice segura o rosto dele entre as mãos e o beija.

– Também te amo – fala ao separar seus lábios dos dele.

Jasper põe as mãos na lateral das coxas de Alice e sobe por baixo do vestido até chegar a sua cintura. Em seguida morde o lábio inferior dela, fazendo com que deixe escapar um gemido preso na garganta.

Jasper acaricia o corpo dela sobre o tecido do vestido

– Jazz, o tio pode ver– Alice sussurra ao pé do ouvido dele.

– Mas eu preciso de você – sussurra beijando o pescoço dela.

– Jazz, é serio. Meus tios estão em casa, para de ser assanhado – Alice fala ao sair do colo dele e sorri ao notar que ele estava excitado.

Jasper tenta puxá-la de volta para seu colo, mas ela desvia. Ele fica de pé e pega Alice jogando-a sobre o ombro.

– Onde pensa que vai me levar Jasper Hale? – questiona sorrindo.

– Para seu quarto, jovem donzela – ele responde sorrindo um tanto malicioso em quanto sobe as escadas.

– Está louco?! A tia Esme e o tio Calisle podem perceber.

– Não, não vão perceber nada minha pequena. Por que só estou te levando para você dormir. Nada mais que isso. Eu prometo que te deixo em sua caminha confortável e vou embora logo em seguida.

– Ah bom! Você me assustou – Alice fala, e ambos riem.

Jasper abre a porta do quarto de Alice e a coloca na cama.

– Pronto está entregue. Tem certeza de que quer que eu vá? – pergunta olhando para Alice, com cara de cachorro pidão.

– Tá fica aqui comigo – Alice fala batendo no colchão.

–Tem certeza? – ele questiona.

– Acho que tenho. Quer dizer, tenho sim. Eu quero ser inteiramente sua, Jazz.

Jasper não pensou duas vezes, apenas fez o que mais desejou desde que havia se tornado namorados. Tornaram-se um só. Deu e recebeu prazer.

Essa foi à primeira noite de amor do jovem casal apaixonado. Certamente muitas outras noites como está virão. Mas essa, eles jamais esquecerão.

Foi a primeira vez que ele a teve totalmente entregue em seus braços, e o prazer que ambos sentiram foi algo indescritível.

Na manhã seguinte, Jasper acordou bem cedo para não ser visto pelos tios de Alice. Mas antes de ir lhe escreveu um bilhete.

“Minha pequena, eu tive que sair cedo para que seus tios não me vissem. Mas saiba que essa foi à melhor noite de minha vida.

Te amo!

Com amor, Jasper Hale, ou como você prefere, Jazz.”


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Notas finais do capítulo

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