Os dias iam se passando e estavam sendo um saco. O Ed parecia um guarda costas, pra todo lugar que eu ia ele vinha atrás, me ligava de quinze em quinze minutos pra saber onde eu estava, o que estava fazendo, e com quem eu estava. Isso tinha que para se não eu mesmo ia arrancar a cabeça de James com minhas próprias unhas. E isso tudo por causa dele.

Tava no meu quarto tocando guitarra, e mais uma vez meu celular toca.

– Alô?

– Oi Bella, sou eu.

– É de novo.

– Você ta bem.

– É a quinta vez que você me pergunta isso em menos de uma hora. Ta na hora disso acabar Ed, você parece àqueles namorados chatos e possessivos.

– Eu pareço um namorado pra você?

– É daqueles bem chatos e irritantes. E que eu não conseguiria ficar mais de uma semana. Mais o que você que dizer com isso?

– Nada, esquece e desculpa por me preocupar com você.

Disse ele com uma voz derrotada.

– Ed, não fica chateado. É que ta ficando chato isso de você ficar atrás de mim e me ligando de minuto em minuto Ed.

– Mais é que o James...

– Esquece o James ta legal. Eu o vejo todo dia na aula de artes ele não faz nada, se ele quisesse me matar ele já tinha feito. Acredita em mim, ele não bate nem numa barata.

– Você que pensa, o soco dele doeu pra caramba.

É mesmo, ele já tinha brigado com o James.

Fiquei em silencio por um momento.

– Promete que vai parar?

– Você não gosta que as pessoas te protejam não é?

– Não, eu só não gosto de depender dos outros, só isso. Eu sei me virar sozinha, ou pelo menos tento.

– Você é doida só pode ser isso.

– É brigada. Sou deficiente acho.

– Acho que é por causa disso que eu gosto de você.

Bem que podia ser outro tipo de “gostar” né?

– Que bom você gostar de mim por que eu sou louca. Legal da sua parte.

Falei como se tivesse sido ofendida.

– Besta. To indo minha mãe ta me chamando.

É, nossos pais tinha chagado a três dia atrás.

– Ta bom, tchau, beijo.

– Beijo, te mais.

O Ed. até concordou em parar de ficar me ligando e me seguindo, mais com uma condição: ele mudou o horário dele e agora fazia aula de artes comigo. Dizendo ele que se o James tentasse alguma coisa ele já estava por perto.

E mais um dia chato e chuvoso na pequena Forks tinha chegado. Fomos pra escola, aconteceu à mesma coisa de sempre, ou seja, eu e Emmet dormimos em praticamente todas as aulas, o Nerd do Jazz prestou atenção em tudo. Eu tirei nota baixa em química, e inglês, o Emm tirou nota baixa em tudo e o Jazz tirou dez em todas as matéria. E como a família Cullen eram todos estudiosos, todos os três tiraram notas boas. Fim de semana chegou, mamãe e papai estavam ocupados trabalhando e não tinha nada pra fazer.

Estava no meu quarto tentando dormir ate que bateram na porta.

– Entra.

Ouvir a porta abrir e logo em seguida se fechar, nem fiz questão de olhar quem era logo em seguida o lado da minha cama se afundou.

– Oi filha?

– Ah, oi mãe, é você.

Levantei ajeitando os cabelos e me sentando ao lado dela.

– Podemos conversar?

– Claro mãe.

Pra muitos essa frase dita pelos pais é o pavor em pessoa. Pra mim também.

– É que eu e seu pai estamos sempre trabalhando, e você e seus irmãos ficam sozinhos a maior parte do dia e...

Então eu a interrompi.

– Mãe, fica tranqüila ta. É chato esse negocio de vocês trabalharem o tempo todo, mais eu Emm. e Jazz. Estamos bem.

– Eu só queria pedir desculpas pra vocês.

– Pelo que mãe? Agente sabe que a senhora e o papai sempre estão trabalhando pra deixar uma herança bem legal pra gente.

Falei rindo pra descontrair.

Minha mãe deu um pequeno sorriso de lado.

– Mãe, o que esta acontecendo?

– Nada querida, ta tudo bem.

– Nada não, quando a senhora vem com essas conversas de pedir desculpa, e não rir das minhas idiotices e porque tem alguma coisa sim.

– Filha, eu sei que você detesta quando eu tenho que viajar e você têm que ficar com seus irmãos e...

Olhei pro canto da parede tentando segurar o choro.

– Por favor, diz que você não vai viajar.

– Filha, por favor.

– Você sabe que eu odeio quando você viaja mãe. Você prometeu que não ia mais viajar.

– Mais filha eu tenho que ir.

– Você prometeu.

Disse saindo do meu quarto e entrando no banheiro, e comecei a chorar. E vocês devem se ta perguntando por que eu to chorando.

É que não é muito legal quando minha mãe viaja. Primeiro: na maioria das viagens ela sempre levava o papai junto pra ajudar nas exposições e na galeria. Segundo: essas viagens demoravam meses. Terceiro: eles sempre viajavam pra bem longe de Forkls, ou seja, tipo pra Paris, Japão, Brasil e Austrália. E quarto: EU tinha que fazer tudo em casa, e acreditem o Emm. e o Jazz. aproveitavam de mim. Eles me faziam de escrava, eu tinha que lavar, passar e cozinhar para aqueles idiotas.

Mais não era só por isso. Eu sentia falta da minha mãe às vezes. Não era mole morar numa casa onde tinham três homens e uma mulher. E às vezes eu nem via mãe direito. Eu não os culpo, por isso que eu to dentro do banheiro chorando.