Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

É... chegou ao fim.
Espero que gostem do epílogo.
Obrigada por lerem.



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Acordei, no entanto não abri os olhos.

Passei minha mão pela cama e notei que ele não estava mais lá.

Abracei seu travesseiro e senti seu perfume inebriante.

Quando abri os olhos e olhei para o relógio vi que eram quase 09h30min. Eu havia ficado até tarde trabalhando em um importante projeto de arquitetura.

Levantei-me, fui até o banheiro e lavei meu rosto. A água fria me despertou ainda mais. Ouvi risos e gritinhos vindos do andar de baixo.

Era inverno, e quando olhei para a janela, pude ver a neve caindo.

Vesti uma camisa xadrez de Lucas por cima da minha camisola e saí do quarto.

Passei pelos outros quartos, no entanto as camas já estavam vazias.

Desci até a sala de estar, mas não os encontrei.

Mais risos vinham da cozinha e assim que entrei lá os vi.

_Mamãe! – disse Vincent correndo até mim e me abraçando.

Seu cabelo negro estava cheio de farinha assim como suas mãos.

_Hey,- passei a mão por seu cabelo e peguei-o no colo. Depositei um beijo em sua bochecha e ele fez o mesmo. - Acho que tem alguém aprontando aqui.

Alice desceu do colo de Lucas e com toda sua delicadeza veio até mim.

_Mamãe, estamos fazendo biscoitos para você- disse ela sorrindo.

Seu nariz estava sujo de uma mistura de farinha e chocolate.

_É mesmo?- perguntei a ela, dando um beijo em sua testa.

Depois de colocar Vincent no chão novamente, me dirigi a Lucas e beijei-o.

Ele pousou suas mãos em minha cintura e sorriu.

_Eu não sei se os biscoitos ficarão bons- ele sorriu seu sorriso torto mais lindo- mas eles insistiram.

Eu sorri e passei as mãos pelo seu cabelo.

Lucas continuou.

_E eu não resisto aos pedidos deles, você sabe.

Beijamos-nos novamente.

_É claro que sei. Mas e então, quanto tempo mais terei que esperar para comer estes biscoitos?- perguntei para Vincent e Alice que brincavam pela cozinha.

_Logo, logo os biscoitos ficarão prontos.- disse Alice.

Vincent veio correndo até mim, e em seguida foi até Lucas. Este o pegou em seus braços. Vê-los lado a lado era como olhar Lucas pequeno e depois mais velho.

Vincent tinha a mesma pele branquinha, os mesmos olhos verdes hipnotizantes e, o cabelo era negro como o do pai.

Seu sorriso era divertido e contagiante.

_Papai, acha que a mamãe vai gostar dos biscoitos?- o menino perguntou.

_Ora, mas é claro- respondeu Lucas, como se fosse óbvio- Você tem alguma dúvida?

Vincent riu.

_Sabe por que ela vai gostar? Porque fomos nós que fizemos, com muito amor. Não é, Alice?

A menina sorriu, sentada em uma cadeira, com uma boneca de pano que havia sido presente do tio Jacob, como as crianças o chamavam, e balançou a cabeça afirmativamente.

Meia hora depois, os biscoitos ficaram prontos.

Fiz chocolate quente para todos nós, com Lucas em minha cola. Ele dava beijos rápidos e carinhosos em meu pescoço, e suas mãos descansavam em minha cintura.

Sentamo-nos à mesa.

Os biscoitos estavam deliciosos, mas nada era mais delicioso do que ver meu sonho realizado. Eu havia me casado com o homem que amava, este havia me dado dois filhos lindos. Dava-me carinho, amor e me deixava segura.

Ele me confortava quando eu me sentia triste, ria comigo quanto estava feliz.

Nós havíamos conquistado coisas juntos, passado por problemas e saído deles. Juntos.

Se algum dia nós tínhamos sido ele e eu, hoje éramos nós.

Seríamos nós para sempre. E então você me pergunta: como você sabe que é para sempre?

Sim, eu seu que é. Simplesmente por olhar nos olhos de Lucas e perceber que quando ele me olha e sorri, há um brilho diference que parece nunca se apagar.

Um brilho que estava lá desde a primeira vez que o vi e estaria lá para sempre.

Eu sabia que seriamos nós para sempre, pois eu havia sido feita para ele, e ele para mim. Completávamos-nos. Havíamos nos tornado um só.

Alice e Vincent saíram da mesa assim que terminaram de tomar o chocolate quente e comer os biscoitos.

Lucas segurou minha mão e passou um dedo sobre a aliança.

_Às vezes, eu penso que não se passa de um sonho, sabia?

Eu sorri.

_Do que está falando?

_De você. Eu ainda penso que te ter do meu lado não passa de um sonho. Anna, eu te amo mais que tudo.

_Eu também te amo. Você é o homem da minha vida.

Beijamos-nos. Foi um beijo calmo. Ouvi risadinhas e como se alguém fingisse ter enjôo.

Quando abri meus olhos e nos separamos, parados a porta da sala de jantar, estavam Vincent e Alice.

Vincent fingia estar enjoado, já Alice dava risinhos.

_Muito bonito, não senhores?- brincou Lucas- Não deviam espiar o papai e a mamãe.- ele tentava não rir, no entanto não conseguia ficar sério.

_Hey, Lucas, o que acha que devemos fazer com eles?- eu perguntei.

_Acho que devemos fazer cócegas.

Lucas me lançou um olhar brincalhão. Pusemo-nos a correr atrás dos dois. Eles corriam, gritavam e riam.

Vendo minha família daquela maneira, feliz e unida, era a maior alegria que eu podia ter. Eu sabia que problemas viriam, que as crianças cresceriam.

Eu sabia que a vida ainda nos pregaria mais peças, como sempre fez, e que teríamos que enfrentar muitas coisas.

Mas estaríamos juntos, sempre.

Amando-nos, nos desentendendo, nos entendendo novamente, gritando, se beijando.

Eu colocaria Lucas para dormir no sofá algumas vezes e em todas elas acabaria saindo do quarto e descendo até a sala, pedindo desculpas e fazendo amor.

Eu o acordaria à noite, com medo das tempestades e ele me abraçaria. Nós nos levantaríamos no meio da madrugada para acalmar nossos filhos que teriam pesadelos.

O tempo iria passar para nós dois, ficaríamos velhinhos e seus olhos ainda teriam aquele brilho que me deixava maluca.

Amaríamos-nos para sempre. E quando um dia nossos netos, bisnetos nos pedissem para que contássemos uma história, contaríamos a nossa história.

Contaríamos sobre nossas brigas, sobre as lágrimas derramadas e sobre os gritos dados.

Mas também contaríamos sobre os beijos, os sorrisos, as palavras bonitas e as juras de amor.

A nossa história não termina aqui. Não, ela está apenas começando.

Ela é a prova de que de apostas podem surgir grandes amores. E o resto? O resto é só blábláblá.


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Notas finais do capítulo

E eu declaro,encerrada a fic "Apostas, amores e blábláblá"
Obrigada,mais uma vez.
Nathália