Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 24
Para sempre sua


Notas iniciais do capítulo

Decidi não deixar vocês esperando muuuito. Além do mais, vou viajar amanhã, e não faria uma crueldade dessas com vocês.
Aí está. O último capítulo.Ainda tem o Epílogo, então não entrem em pânico.



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Por sorte, não havia trânsito no caminho até o aeroporto. Pedi ao motorista do táxi que fosse o mais rápido que pudesse. E assim ele o fez. Eu senti medo de que o mais rápido que ele pudesse ir fosse pouco.

Senti medo de que quando eu chagasse no aeroporto o avião já tivesse partido. Medo de que eu tivesse deixado meu amor se ir para sempre.

Aproximávamos-nos do aeroporto, que estava extremamente movimentado, quando o motorista se virou para mim, e me informou de que não seria possível estacionar. Então ele teria que me deixar ali.

Paguei-o e desci do carro.

Corri. Corri como nunca havia corrido em toda a minha vida. Minhas sandálias machucavam meus pés, então as tirei e continuei a andar agora com os pés descalços, procurando por algum sinal de Lucas.

Nada. Eu estava começando a me preocupar. Fui até área do check in e perguntei a uma atendente se ela havia visto um rapaz com as descrições de Lucas. Para meu total desespero, ela me disse que sim, que o tinha visto. E que ele já havia ido, seu vôo partira há 10 minutos.

Perguntei a ela qual era o próximo vôo à Londres. Ela me olhou desconfiada.

_Londres?- me perguntou. - O rapaz a que me referi embarcou para Tóquio.

Senti um alívio percorrer toda a extensão do meu corpo. Não era Lucas. Ele ainda não havia ido.

Agradeci a mulher e continuei procurando por ele. Eu estava tão distraída que acabei por quase ser atropelada por um táxi. O carro parou. Um rapaz alto, cujos cabelos eram negros e os olhos verdes, saiu do banco de trás.

Era ele. Ele estava ali. Bem à minha frente.

_Anna?- ele pareceu surpreso, feliz.

Eu sorri. Me aproximei e encarei seus olhos. Como era bom o fazer. Ele sorriu, e parecia não cabei em si. Eu também me sentia assim. Era como se somente de estar perto dele eu me sentisse completa.

_O que faz aqui?- ele me perguntou, tocando meu rosto.

_ Me perdoe. Me perdoe por ser tão orgulhosa, por ser tão egoísta.

Meu coração palpitava, eu não sabia de ria, se chorava, ou se simplesmente me atirava em Lucas e deixava que um beijo falasse por mim.

_ Me perdoe por demorar tanto tempo para perceber que eu te amo. Me...- Ele me interrompeu, colocando um dedo sobre meus lábios.

_Eu não entendo. Você me pede perdão quando eu deveria o fazer? Eu é que te peço. Me perdoe?

_ Lucas, eu te perdôo. Eu já te perdoei porque te amo, mais que tudo e quero ficar com você, passar o resto da minha vida ao seu lado. Eu quero poder acordar todas as manhãs e ver seu sorriso, seus olhos. Eu quero bagunçar a nossa cama toda noite. Eu quero fazer ninar nossos filhos que terão seus olhos verdes. E eu quero repetir quantas vezes forem necessárias que eu te amo, até você entender. Não me deixe. Por favor?

Ele me beijou. Sentir seus lábios nos meus foi a melhor sensação que eu pude sentir. Suas mãos em minha nuca, seu perfume. Sentir Lucas ali, tão perto de mim, me fez subir às nuvens.

_Eu nunca vou te deixar. Mesmo que os anos passem, mesmo que não estejamos mais juntos. Anna, eu estou em cada batida do seu coração, assim como você. Eu estou onde quer que você vá. Meu amor, vou ficar para sempre com você.- ele disse quando separamos nossos lábios.

Eu ri. Ele riu. Era como se um turbilhão de sentimentos nos preenchesse. Era tanto, que não sabíamos o que falar, ou simplesmente o que fazer.

_Eu te amo, sabia?- ele me disse e selou nossos lábios em um beijo doce, um beijo que ele nunca havia me dado.

Lucas me pegou em seu colo, e girou-me. Parecíamos dois bobos, dignos de filmes de romance. Não estávamos nos importando para o que parecíamos. Naquele momento foi como se o mundo todo tivesse deixado de existir. Foi como se só restássemos ele e eu.

Quando nos separamos novamente, Lucas me perguntou, segurando minhas mãos e sorrindo, seu melhor sorriso torto:

_Como sabia, que eu estaria aqui?

_Jacob.- respondi.

_No fundo, eu sabia que ele faria a coisa certa.

Eram aproximadamente 23:15. O baile já estava acontecendo.

_Anna, o que estamos fazendo aqui ainda?

_Porque? O quer fazer?- eu sorri maliciosamente.

_Temos um baile para dançar, se esqueceu?

Logo, entramos no táxi que quase havia me atropelado, e nos dirigimos até o local que acontecia a festa.

Dançamos a noite toda. Sim, todas as músicas. Sem exceções. Algumas pessoas nos olhavam e sorria. Outras cochichava. Nada disso importava. Eu estava com meu amor. E assim pretendia ficar pelo resto da minha vida. O sentimento parecia ser recíproco, notava-se isso pelos olhares e beijos que Lucas me dava.

Eram três horas da manhã. Nós ainda estávamos na pista. Não havia mais ninguém dançando.

Somente em alguns cantos, restavam alguns que haviam bebido demais, outros esperando por suas caronas.

Minha sandália estava posta em um canto do balcão. A gravata de Lucas estava afrouxada em seu pescoço, e a manga de sua camisa desabotoada e arregaçada.

O DJ parecia cansado, mas nós não parávamos de dançar.

Ele colocou uma música lenta, eu não prestei atenção. Não era possível prestar atenção em algo que não fosse os olhos de Lucas, ou seus lábios, ou seu cabelo.

Eu encostei minha cabeça no seu ombro, deixei que ele me guiasse.

Enquanto dançávamos, pensamentos invadiram minha mente. Tudo o que havíamos passado, vivido.

Aquilo que aprontamos no colégio...

“_Não estou mentindo Anna. Fiquei com ciúmes ao ver você com ele. Eu gosto de você.

Meu coração saltou quando ouvi isso. Era belo demais e romântico demais para vir de um garoto como ele. Quer saber de uma coisa? Ele estava me confundindo. Dizia palavras bonitas, mas fazia gestos que não me agradavam. Ele definitivamente estava me deixando louca.

_ Então prova.- pedi de um jeito que eu nem sabia que era possível vindo de mim.

Ele se aproximou ainda mais de mim, fazendo com que nossos corpos se colassem. Seu hálito de menta roçava em meu rosto. Ele tomou meus lábios em um beijo, calmo, mas que foi se tornando preciso e desesperado. Deixei meu material cair, mas não me importei. Essa não era eu. O que estava acontecendo comigo? Me agarrando num corredor de colégio, matando aula para fazê-lo. Definitivamente eu não era mais a mesma Anna de antes. Lucas havia conseguido transformar a filhinha cuidadosa de um pai descuidado em rebelde.”

Cada palavra que ele me disse no jardim de casa...

“ O restante da tarde , passamos assim. Suas mãos acariciavam meus cabelos, seus dedos percorriam o contorno da minha boca. Lá ficamos, até que um pingo de água caiu em meu rosto, seguido de vários outros.

Eu me levantei rapidamente , mais Lucas me puxou de volta para mais um beijo.

_Lucas , nós vamos nos molhar ! - foi tudo o que eu consegui dizer antes de sentir sua boca na minha novamente.

_E daí ? Só quero ficar com você.

Essas palavras me fizeram sorrir. Então, esqueci-me de quem era, de onde estava e do que estava acontecendo. Só queria Lucas. Tê-lo em meus braços, seus lábios nos meus.”

Cada gesto seu que me faziam sonhar...

“Passei por eles e esbarrei em Lucas.

_ Anna? Está tudo bem? - ele perguntou vindo atrás de mim.

_Me deixa Lucas. - encarei-o com os olhos molhados por lágrimas.

Virei-me e continuei a caminhar, mas fui impedida pois ele segurou meus braços fortemente.

_Não adianta pedir, não vou te soltar enquanto não me disser o que está acontecendo.Talvez eu possa ajudar.

Como ele pôde fazer uma coisa dessas comigo e ainda por cima conseguir ser tão fofo?”


Fui tirada de meus devaneios por Lucas.

_No que está pensando?- me perguntou.

_Em você. Em nós dois.

Ele soltou uma de suas mãos de mim, mexeu no seu bolso, e tirou de lá uma caixinha envolta em veludo vermelho.

_Me lembrei que tenho um presente para você. Feche os olhos.

Assim o fiz. Ele tomou minha mão e logo senti deslizar algo pelo meu dedo.

Abri meus olhos e deparei-me com um anel, fininho, de prata, com um pequeno diamante em cima.

_Oh, meu Deus, Lucas. É lindo! – beijei-o.

_Posso te pedir uma coisa?- ele me perguntou passando sua mão pelo meu rosto.

_Claro. O que quiser.

_Quer ser minha?

_Eu já disse que sou sua. Só sua.

_Anna, quer ser minha para sempre? Pro resto das nossas vidas?

Eu sorri. Será que ele não percebia que era o que eu mais queria? Que eu sonhava com aquilo todas as noites?

_É tudo o que eu mais quero.

Nos beijamos. Foi um beijo diferente. Um beijo com gosto de eternidade. De para sempre.

Eu posso te dizer que aquela noite foi uma das mais especiais de minha vida. Sim, pois muitas outras vieram.



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Notas finais do capítulo

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