Fique Acordado escrita por Heart


Capítulo 2
Capítulo 1 - O cofre


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem do capitulo *--*



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                                                 Capítulo 1

 

 

Eu tinha um guia. Ele cuidava de mim e sempre dizia que eu não merecia estar naquele lugar, mas que eu tinha uma missão para sem cumprida. Nas primeiras semanas em que eu ia para esse lugar foram um tanto quanto tranqüilas em comparação do que estava por vir .

O que mais me assustava era ver as pessoas sendo mortas, gritando por socorro e algumas dessas eu conhecia, mas o pior de tudo eram as criaturas assassinas que de alguma forma se divertiam e riam dos gritos de desespero de todos, no fundo isso me irritava .

Toda vez que eu dormia, eu acordava chorando, gritando ou com algum machucado por menor que fosse. Aquilo tudo era tão real, meus pais achavam que eu estava enlouquecendo pois toda noite eu gritava e aparecia com um arranhão a mais. Mamãe me levou aos melhores médicos da cidade mas nenhum dele resolveu o problema, um médico até recomendou minha internação em um hospital psiquiátrico, mas minha mãe se recusou a me internar.

 

                                                               _

 

 

Caí no sono quando eu estava na fila esperando para consultar meu sétimo médico psiquiatra. Eu estava presa dentro de um cofre com várias cobras e uma voz falou:

 

- A chave para fugir? Está atrás de você.

 

- Quem me trancou aqui? Me tira daqui! SOCORRO! – comecei a gritar e bater na porta do cofre.

 

- Não adianta, ninguém vai te ouvir daqui eu quer... – tudo ficou em silêncio.

 

- Olá, tem alguém ai? Socorro!

 

- Não grite Sam, não grite. Eles vão te ouvir!

 

- É você? O meu protetor? – perguntei gritando e chorando com medo das cobras que já estavam se enrolando no meu pescoço.

 

- Já disse que não sou seu protetor e que não é pra você gritar! Agora saia daí.

 

- Não tem como, me tira daqui! Por favor... – falei perdendo o ar.

 

- Use a chave, use a chave...

 

- NÃO TEM CHAVE NENHUMA!

 

- Não grita, você quer morrer agora? O que o elfo disse?

 

- Elfo? Que elfo? Quebra esse cofre! – falei chorando.

 

- O QUE ESTAVA AQUI!

 

- Ah, ele disse que a chave está atrás de mim, mas eu não acho na... – O Protetor me interrompeu.

 

- Mexa nas suas costas... E reze para que eu esteja errado.

 

Realmente, eu senti um relevo, algo estava embaixo da minha pele.

 

 

-Me ajuda! A chave está dentro de mim...Por favor! –gritei

 

 

-Geralmente as pessoas pedem ‘pelo amor de Deus’ nessa hora e não ‘por favor’,e já disse pra você falar baixo.

 

-Não acredito em Deus –falei baixo tentando não pensar nas cobras que estavam em minha volta – Preciso sair daqui,estou ficando sem ar, e não vai ser Deus que vai destrancar a porta.

 

 

 - Que bom nem ele acredita em você pelo jeito... Agora vamos, tem que ter alguma coisa ai que possa te ajudar .

 

 

Na hora em que ouvi isso me desesperei ainda mais,de que outro jeito eu poderia pegar a chave se não cortando a minha própria pele ? E para meu pavor , o Protetor estava certo,uma cobra tinha um bisturi na boca para me ‘ajudar’ .

 

 

 - Achei um bisturi, não vou conseguir fazer isso... – falei baixinho para o Protetor

 

- Você deve mat... – e tudo ficou em silêncio.

 

- Protetor? Você está ai? – ninguém respondeu – Protetor! Cadê você? – novamente não ouvi nada. – Isso não tem graça... De repente as cobras começaram a me morder, não pensei duas vezes e comecei a cortar a cabeça de todas as cobra que eu via, como se não bastasse eu as esfaqueava até o sangue começar a espirrar no meu rosto.

 

Eu estava coberta de sangue, o oxigênio daquele cofre estava acabando e eu não tinha coragem de cortar a mim mesma. Um estrondo imenso de corpos caindo em cima do cofre e no chão me assustou demais.

 

 

 

- PROTETOOOOOOOOOR! CADÊ VOCÊ? – gritei aos prantos e batendo nas paredes do cofre.

 

Eu tinha que me acalmar, mas eu estava presa e prestes a cortar minha própria pele para tirar um objeto de dentro de mim, eu tinha que fazer isso, mas não posso me esquecer de que tudo que acontece aqui, tem efeitos quando eu acordar, e porque eu não acordo? Respirei fundo e comecei a cortar as minhas costas, e para a minha ‘sorte’ a chave estava em um lugar muito acessível das minhas costas, mas em compensação era o lugar mais dolorido. Experimente fazer uma tatuagem logo abaixo da sua caixa torácica e no lugar onde você pode sentir a sua coluna. A dor vai ser imensa, agora multiplique essa dor por dez e você consiguirá ter uma ideia da dor que eu estava sentindo.

 

Eu sentia meu sangue correr por minhas costas, os cortes para conseguir tirar a chave dali deveriam ser muito fundos, senão a chave não passava. A cada corte que eu dava eu gritava ainda mais, as veias do meu pescoço saltavam, minha garganta doía por causa dos gritos causados pela dor inimaginável que os cortes causavam. Eu fiz de tudo para a chave sair sem eu precisar por a mão dentro do corte, mas foi inevitável, pus dois dedos dentro do corte para puxar a chave e a dor foi ainda maior, enfim consegui pegar a chave.

Abri o cofre, sai ajoelhada e parei para respirar um pouco, eu estava sem fôlego e as lágrimas corriam pelo meu rosto, mas tudo que eu sentia era raiva, raiva de quem me fez passar por isso, raiva de quem me fez passar por isso. Quando olhei pra frente vi uma mulher morta, isso já não me assustava mais, você pode até me achar fria, mas eu estava vendo essas coisas desde meus sete anos e agora já tenho dezoito, eu só pensava em como sair dali e onde o protetor estava. Quando me levantei vi uma sombra no corredor que ficava depois de uma

porta, a criatura era muito grande e meu instinto foi correr pra longe dele.

 

Não consegui ver quem era ou o que era, eu sei que ele falava um idioma que eu nunca tinha ouvido na minha vida e o jeito que ele falava me assustava, a única coisa que consegui ver foram as duas enormes e afiadas espadas nas mãos dele. De repente, duas criaturas começaram a me puxar, gritar meu nome e segurar meus pulsos e pés. Quando olhei para trás a criatura que estava me seguindo sumiu. Me lembrei do bisturi que estava no meu bolso, guardei pois eu sabia que precisaria, então consegui soltar uma mão minha, peguei o bisturi e só consegui fazer um arranhão na testa dele pois uma outra criatura me segurou.

 

 

- Segura ela! Alguém traga a maca e a camisa de força, AGORA! – um homem de branco gritou.

 

- Samantha minha filha, calma por favor! – minha mãe chorava.

 

Eu enfim acordei. As criaturas que estavam me atacando eram os médicos, caramba, o que eu fiz?

 

- Preciso fazer pontos aqui, ela cortou as costas com um bisturi. O Dr. Geller foi atingido na testa. – o médico falou. - Senhora, preciso falar a sós. – e ele afastou minha mãe de mim, mas eu consegui ouvir.

 

- Entenda, ela está machucando a si mesma, ela representa um perigo de vida para ela mesma, e logo vai representar para toda a sua família. A internação agora é inevitável.

 

- Ela vai melhorar doutor? – minha mãe perguntou aos prantos.

 

- Tenho certeza que sim. – ele finalizou.


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Notas finais do capítulo

meus dedos estão aqui caindo de tanto escrever,e cade os reviews crianças ? ou vocês mandam reviews,ou pagam a cola pra mim colar meus dedos na minha mão de volta #FAIL' -q
espero que tenham gostado amores :*