Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 24
Capítulo 25




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Chegando a um dos quartos da casa, Oliver diz, enquanto trancava a porta.

- Você devia usar pijamas mais curtinhos, gosto das suas pernas.

- Só das pernas? – ela pergunta.

- Não. Mas eu não sou o único homem dessa casa.

- Tecnicamente você não é um “homem”.

- Tecnicamente, não. – ele ri.

Ele empurra Eleonor pra trás, prendendo-a na parede.

- E o que levou você a tão educadamente aceitar o meu convite?

- Não sei bem, é uma coisa espontânea. – ela sorri.

- Espontânea? Muito interessante.

Ele posiciona as mãos na cintura de Eleonor.

- Você acha?

- Eu acho muitas coisas.

- Tipo?

- Eu achar que você fica muito melhor sem essa camisola do que com ela, por exemplo.

- Você acha?

- Não sei, nunca vi. – ele sorri maliciosamente.

- Bem, só tem um jeito de descobrir. – ela ri.

- Pois é.

As mãos de Oliver descem um pouco mais, até as bordas de sua camisola, e ele a puxa pra cima de uma vez só, lançando um olhar analítico a ela.

- Decepcionado? – ela pergunta.

- Um pouco. – ele ri. – Você dorme de lingerie.

- Isso é um problema?

- De certa forma. Mas nada com o qual eu não possa lidar.

As mãos dele voltam aos quadris dela, e os braços dela se enroscam ao redor do pescoço dele. Depois disso, os lábios dos dois não se soltam mais.

Oliver guia Eleonor lentamente até a cama atrás dos dois, Oliver solta os lábios de Eleonor por um momento pra dizer.

- Tente não fazer muito barulho, o quarto de Katrina é aqui em cima. – ele aponta pro teto.

- Vou me esforçar. – ela ri.

- Boa menina. – ele sorri, sarcástico.

Ele desce até o pescoço dela, depois até seus ombros, e descendo.

E é dessa forma, que os dois passam sua primeira noite juntos... Nenhum dos dois está muito ciente do que está fazendo... Mas, fazer o que?

Na manhã seguinte...

Eleonor acorda, com a pessoa sem camisa de Oliver deitada ao seu lado, ele usa apenas uma calça preta, possivelmente a que usava na noite anterior... Ao contrário dela... Que está nua...

- AH~! – ela se atira na parede de trás, arrastando o lençol.

Poucos segundos depois, os outros arrombam a porta, e contemplam a cena com cara de “MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA AQUI?!”.

Oliver está simplesmente em estado de choque... Nada saía de sua boca naquele momento.

- Oliver! O que foi que você fez?! – Vivaldi pergunta aos berros.

- ... Eu... Não sei... – Oliver diz, uma expressão de pânico se formando em seu rosto...

Katrina chega na porta, arrumando seu roupão.

- O que aconteceu? eu... MEU DEUS DO CÉU!

- Eu sei! – Oliver grita.

- Eleonor... Me diz que você está usando alguma coisa embaixo desse lençol... – Katrina diz.

Eleonor faz que não com a cabeça, e a mesma expressão de Oliver.

- O que foi que VOCÊS fizeram?! – Gerrard berra.

- Eu não sei! Eu não lembro! – Os dois berram.

- Eu só me lembro de tomar um suco de maça estranho na cozinha ontem e... – Eleonor começa.

- Suco de maça estranho... – Dominik diz.

- Dominik... – Yuri começa. – Você tem alguma coisa a ver com isso?

- Mais ou menos...

Oliver o olhou com tanta raiva que se durasse muito mais Dominik morreria só com o olhar.

- Dominik. – Boris diz. – Corre.

Dominik dispara pelo corredor.

- VOLTA AQUI PRA EU ARRACAR A SUA CABEÇA E FAZER UM TAPETE COM A SUA PELE! – Oliver berrou.

- Não é um bom motivo... – Dominik diz.

- VOCÊ ESTÁ MORTO DOMINIK!

Eleonor amarra o lençol e grita do corredor.

- Quer ajuda?

- Quero!

Eleonor dispara no corredor atrás dos dois.

- Dominik~! Quando eu te pegar você vai querer que o Oliver tivesse feito um tapete com você!

Todos olham tristemente na direção do corredor... Dominik ia sofrer... Pobrezinho...

Eleonor não estava com raiva por ter dormido com Oliver, MAS POR QUE ELA NÃO CONSEGUIA LEMBRAR! Maldita droga!

Depois de caçar Dominik pela casa, Oliver e Eleonor entraram em um momento muito desconfortável, da mesma forma que dormir com um amigo(a), e no dia seguinte ter que ficar olhando pra ele/ela durante o trabalho...para no corredor atrás  corredor.

Entre parênteses o que eles realmente gostariam de dizer...

- Então... – Eleonor diz. – Você se lembra de alguma coisa?

- Não... (Talvez seja melhor assim...).

- Nem eu... (Droga!)

- Quer... Simplesmente esquecer esse incidente?

- Claro (Que não)... Oliver.

- Sim?

- Não sei se quero esquecer sem lembrar antes... (Na verdade eu sei, e não quero).

- ... Não sei se é uma boa ideia... (Na verdade eu sei, e não é...)

- Por que não? (Você não gosta de mim?)

- Não acho que a minha situação atual vai melhorar... ( Na verdade eu sei, e não vai... Já está difícil olhar pra você sem ter uma ideia do que eu fiz antes... Imagine depois que eu lembrar.)

- Ah... (É. Você se arrepende... Com certeza você não gosta de mim...)

- Pois é... (Já estou atormentado... E meu cérebro não está ajudando...).

- É melhor deixar pra lá então... (Mesmo que eu não concorde com isso).

- É. (Pelo menos assim eu não tenho os detalhes...).

Pois é... Fim do momento verdade.

Depois disso os dois passaram o dia em silêncio, mas o mundo não gosta tanto assim de Oliver, e assim flashes da noite anterior passam por sua mente de uma vez só... E isso enquanto ele TENTAVA calcular as finanças da casa.

- Meu Deus do céu... – ele joga as costas no encosto da cadeira. – Por que isso só acontece comigo...? – ele lamenta.

Ele pensa na própria sentença.

- Melhor que só aconteça comigo, mesmo...

Oliver já não sabe o que está pensando... Se gosta de Eleonor, se simplesmente está atormentado, se aquele irmão imbecil dele está rindo histericamente em algum lugar por saber o que ele fez.

- Oliver. – Katrina chama.

Ele pula suavemente na cadeira.

- Sim mestra?

- Não precisa me chamar de mestra. – ela diz.

- Sinto muito pela minha grosseria naquela noite. – ele se desculpa, virando-se para Katrina.

- Não é por isso que eu estou aqui. – ela diz. – Oliver, eu sei que você gosta da Eleonor.

A saliva de Oliver não desce na garganta e ele engasga.

- Oi? – ele pergunta, em meio a um acesso de tosse.

- Oliver, todos nessa casa sabem que vocês se gostam, MENOS VOCÊS.

- Mas...

- Oliver, como sua amiga, eu acho que você devia parar de ser uma besta. E eu digo isso com todo o carinho do mundo.

- Er...

- Sério Oliver, faça alguma coisa ou alguém fará.

- Como assim?

- Seu irmão, ele tem um interesse muito grande nela, e se você não ficar com ela, ele ficará.

- Ela não ficaria com aquela criatura ensandecida.

- Por vontade própria, não. Mas como você sabe que ele não iria drogá-la?

- Eu não sei... Ela... Quer dizer, eu não... Eu não sei.

- Fique logo com ela, ela não vai esperar por você pra sempre. Ela não tem para sempre.

- Eu sei disso... Mas...

- Era só isso que eu tinha a dizer. Eu só estou falando, você não tem que ficar com ela se não quiser.

Katrina sai do ambiente, e de novo Oliver está lá, pensando no que fazer a seguir... Droga de falta de experiência em qualquer coisa emocional...

- Eu... Gosto dela... Como mulher?

Ele recosta na cadeira, que inclina para trás, tirando duas das pernas do chão.

- De quem? – Eleonor pergunta, parada na porta.

A cadeira de Oliver vai pra trás, e ele cai no chão.

- Ai... – ele reclama.

- Tudo bem? – ela pergunta.

- Tudo... Meu irmão está pensando em vir aqui hoje. – ele fala, sentando no chão.

- Eu não quero sair com ele de novo... – ela diz, com os olhos vidrados.

- Eu imagino que você tenha medo dele... Mas tem alguma coisa estranha com ele hoje... Ele está triste, isso é muito raro. – um minuto de silêncio. - Ele está aqui. 

Chovia forte do lado de fora, um clarão ilumina a janela.

- Agora?

- Ele está na porta...

Oliver levanta e desce, parando no final da escada.

Vivaldi abre a porta, Dietrich está sentado no chão, encharcado e aos soluços.

- Qual o seu problema, Dietrich? – Oliver pergunta.

- Eu... Eu quero morrer... – ele soluça. – Me mate... Eu sei que você me quer morto... Me mate de uma vez.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demara pra postar, estou em época de bimestral na escola e não tenho tempo de escrever, por isso n me queimem em praça pública >



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