Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 8
7 - Feitos Um Para O Outro


Notas iniciais do capítulo

Oi gemt *-*
Gostaria de agradecer a YasminC que recomendou a fic! ^^ muito obrigada mesmo, eu adorei *-*
Sobre o capítulo.. Enfim, vocês conhecerão o Drake From Guetto. E tia Mandy do meu s2, doeu fazer isso com você, mas você sabe que eu te amo, né, best? *-*
Enfim...



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 Becky POV

 Se me perguntar o que eu pretendia fazendo isso, eu responderia “respostas”. A principal razão de eu ter decidido procurar Drake.

 Mas, obviamente, eu não fazia ideia de como encontrá-lo.

 Após Gustav sair, corri para o quarto e revirei tudo, em busca de alguma coisa que me dissesse onde Drake poderia estar. Afinal, se eu tive alguma coisa com ele, alguma lembrança deveria existir, certo?

 Errado. Quando comecei a ficar cansada, e o quarto bagunçado, resolvi parar. Ajoelhei-me no chão no meio do quarto e olhei para a parede coberta de fotografias. Bati o olho em uma foto, e me levantei para examiná-la melhor.

 Peguei-a da parede. Parecia um galpão abandonado, com paredes feias, mofadas e descascadas, e grama mal cortada na frente. Encostados em uma parede, havia uma menina – que após alguns segundos, percebi que era eu – e um garoto estranho. Era Drake.

 Tive uma sensação estranha, e de repente, senti que deveria sair de casa.

 Já havia tomado banho, então só troquei de roupa e saí. Quando estava prestes a sair de casa – Gustav me devolveu meus documentos e chave do apartamento –, o telefone tocou. Olhei para o aparelho por alguns segundos, pensando se deveria ou não atender. Mas quando pensei que poderia ser Gustav, fiquei mais feliz e resolvi atender, no terceiro toque.

 - Alô?- Falei baixinho.

 - O quê? – Disse a pessoa. Tive de aumentar a voz, até que a pessoa entendesse.

 - Quem é?

 - Ah, Becky. Sou eu, Gustav.- Ele parecia nervoso, como se estivesse tentando evitar que um desastre acontecesse ou coisa do tipo. – Você está bem?

 - Ah... Eu estou ótima. Mas o que foi? Está estranho.

 - Rebecca... Eu quero que você tome cuidado. Não saia de casa, e não deixe ninguém entrar aí, ok?

 - Mas o que foi?

 - Drake descobriu que você saiu da Clínica. Ele ameaçou a Mandy e ela acabou contando. Ela não está bem agora. Temos certeza de que ele vai atrás de você. – Houve uma pausa. – Olha, eu tenho que ir, mas promete pra mim que vai se cuidar, por favor. Por mim.

 Respirei fundo, pensando nos olhos castanhos lindos de Gustav. Drake estar me procurando era ainda melhor, me pouparia de todo trabalho. E eu me cuidaria, com certeza. Eu só não sabia se Drake me faria mal, mesmo eu me cuidando.

 - Prometo. Pode ficar tranquilo.- Ele suspirou, se despediu e desligou.

 Respirei fundo e saí de casa. Ao passar pela portaria, vi que o porteiro dormia. Melhor assim; sem testemunhas.

 Ao pisar na rua, senti o vento gelado batendo em meu rosto. Sorri, como se tivesse respirado liberdade. E, de certo modo, eu estava mesmo livre.

 Eu não sabia para que caminho seguir, mas decidi seguir minha intuição. Deixei que meus pés me guiassem sozinhos, por um rumo que eu não conhecia, nessa minha fase pós-Clínica, mas antes, conhecia.

 Acho que mais ou menos meia-hora depois, perto de uma rua estranha, que parecia meio abandonada, meu coração disparou, e minha intuição me disse para entrar ali.

 Cautelosa, entrei na rua a passos lentos, e parei em frente a casa mais estranha. Tinha as paredes parecidas com a foto, a grama parecia não ser cortada há anos e as janelas estavam quebradas. Era assusadora.

 Aproximei-me a abri o portão enferrujado, que rangeu. Tentei me esgueirar entre a grama mal cortada e cheguei a porta. Respirei fundo e toquei a maçaneta gelada. Abri a porta, dando batidinhas com a outra mão.

 Estava vazia. Estava muito escuro, eu não enxergava nada. Quase nada. Vi um vulto se movendo pelo canto do olho e me virei assustada. Comecei a cogitar fantasmas, mas afastei a ideia ridícula e e fui até a direção do vulto.

 Num piscar de olhos, alguém pulou na minha frente e disse “bu”. Levei um susto e gritei, desesperada. Mas a pessoa começou a rir, e mesmo sem olhar, eu reconheci a risada, e um arrepio gelado percorreu minha espinha, me paralisando. Abri os olhos cuidadosamente e vi exatamente quem eu procurava. Drake.

 Ele tinha um sorriso estranho. Como se não tivesse vontade nem paciência para sorrir, mas fizesse para tentar persuadir quem o via sorrindo. Uma mistura de cansaço, ódio, humor negro e... Saudades. Seus olhos eram intensamente verdes, mas abaixo, havia grandes olheiras. Tinha o cabelo loiro e liso, caindo nos olhos, mas ele não parecia se importar. Sua pele não era tão clara, mas ele estava pálido, o que acentuava ainda mais suas olheiras.

 - Rebecca. Até que enfim.- Ele disse numa voz rouca. Ele tinha a voz de um garoto de 15 anos em fase de amadurecimento da voz.

 Continuei o encarando, incapaz de me mover. Eu mal conseguia respirar direito. Ele aumentou o sorriso ao continuar falando.

 - Nem precisei ir atrás de voê. Você veio pra mim. Como uma boa menina.- Ele deu dois passos até mim, mas eu recuei. Ele arqueoou as sobrancelhas.- Olha, que amor. Está com medo de mim, Rebecca?

 Não consegui dizer nada. E nem havia o que dizer. Minha garganta se fechou, e eu senti imensa vontade de correr para os braços de Gustav.

 - Bom... Aposto que você já sabe o que eu fiz com a Amanda. - Balancei a cabeça, querendo que ele contasse. Ele suspirou e continuou. – Ah, não foi nada demais. Eu apenas esperei que ela saísse para o trabalho, sozinha como sempre, e a abordei. Ela tentou desviar e dizer que não ia dizer nada, e que iria chamar a polícia, mas eu tratei de calar a boca dela. A puxei para a casa de um amigo, que por sorte mora perto dela, e colouei minha faca no pescoço dela. Ela começou a chorar e soluçar, mas contou que você estava morando com... Enfim, é isso. Estou melhorando nesse negócio de tortura.

 Pensei em Gustav, sorrindo com seus olhos castanhos me encarando, tímidos. Pensei porque tinha ido até ali.

 - Rebecca, não vai dizer nada?

Respostas, respondi a minha própria pergunta. Só então percebi que Drake não me chamava de Becky, como todos os outros. Apenas de Rebecca.

 - Eu só vim para tentar descobrir algumas coisas sobre o meu passado. – Disse, finalmente. – E pensei que você poderia me revelar alguma coisa. Ninguém quis me ajudar.

 Preferi usar esta frase porque de alguma forma eu sabia que ele se sensibilizaria. E acho que funcionou. Seu sorriso se tornou mais calmo e triste, e seus olhos brilharam.

 - Ah, Rebecca. Claro que eles não te ajudaram. Eles nunca te ajudaram. Só eu te ajudei.- Ele deu mais dois passos até mim, mas dessa vez, me forcei a não recuar. – Sempre. Sempre fomos nós dois. Eu demorei tanto pra encontrar alguém como você. Alguém que me entedesse. – Ele tocou meu rosto com as maõs geladas e o puxou para o seu, de modo que não tive outra opção a não ser olhar em seus olhos. – E eu também. Sou o único que te entende. Só eu. Ninguém mais. Fomos feitos um para o outro.

 Senti seu braço em volta minha cintura. Ele se aproximou mais e deu um beijo em minha bochecha. Conti um tremor violento e imagnei que aquilo passaria logo.

 Drake se afastou, mas puxou minha mão para o andar de cima. Meu coração parecia querer saltar pela boca. Subitamente, desejei ter ouvido os conselhos de Gustav.


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Notas finais do capítulo

Pronto, Drake From Guetto na área. Ele realmente acha que é o único que "salva" a Becky, na falta de melhor termo. Já deu pra ver algumas das coisas que ele apronta, tipo o que ele fez com a Amanda, certo?
Enfim, deixem reviews lindos *-* ou não, mas deixem reviews *--*
Beijos :*