Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 7
6 - Você Não Tem Culpa


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial e grandãao *---*
Ainda não respondi aos reviews, estou com preguiça q
ENFIM
Tem música: http://www.youtube.com/watch?v=TV6k_56JhWg
Nach Dir Kommt Nichts - não vou nem falar o nome da banda, porque eu tenho certeza de que você não é poser e sabe de quem é, certo? q
Escolhi essa música porque é perfeita, combinou com o capítulo, e eu chorei com ela hoje, porque tão falando que o Senhor Schäfer tá namorando. Falei demais, e vou começar a chorar, vai...



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 Gustav POV

 

Meu maior pecado

Entrou pela porta

Estou severamente machucado

E ansioso por você

Eu sinto

Obcecado e perdido

Esquecido, como se nunca tivesse nascido

Rasgue seu diário

Eu não me encontro se eu me procurar

 

 

 Becky é tão incrivelmente linda dormindo. Nem ao menos parece que ela envelheceu, ela continua com o meu rosto angelical de quando tinha 17 anos.

 Ela acabou dormindo sem me contar a outra lembrança. E, do jeito que ela agia, tenho certeza de que não é nada bom. Se ela lembrou do...

 Eu não tive coragem de deixá-la sozinha no quarto, com medo de que ela tivesse mais alguma lembrança que a atormentasse e eu não estivesse lá para ajudá-la.

 Mesmo depois dos três infernais anos, Becky me parece ainda mais frágil e pequena do que antes. Frágil... E quando você pensa em tudo o que ela já fez, a fragilidade dela some e dá lugar a uma coisa assustadora, a qual você pensa que ela nunca seria capaz de fazer.

 Quando conheci Becky, a primeira coisa que me veio a cabeça foi “que garota meiga”. Ela tem aquela carinha de anjo, um jeito fofo e tímido, seu sorriso é tão encantador que todos ao seu redor sorriam junto. Acho que me apaixonei à primeira vista.

 E depois, ela conheceu... E ele estragou as nossas vidas, trouxe a escuridão quando tudo era luz e felicidade. Não só pra mim, mas para Andressa, Amanda, Tom, Bill e Georg. Éramos como uma família. Somos a única família que a Rebecca tem. Já que a verdadeira praticamente a abandonou.

 E mesmo depois de tudo o que ela passou, ela continua linda, pequena, frágil, meiga. A minha Becky, não a Becky versão do Drake. Mas eu temo que ela volte a fazer tudo o que fazia antes.

 Na lembrança que ela teve de Bill... Eu fiquei feliz por ela ter chorado e se assustado com o que fez. Ela estava arrependida. Nós não tivemos coragem de denunciá-la e deixamos que ela fugisse com Drake. Não por muito tempo, pois ele a forçou e voltar e tentar me matar. Foi quando tivemos que interná-la.

 Bill foi levado para o hospital. Além da nossa preocupação com ele e Becky, tivemos que nos preocupar com Tom, que adoeceu no tempo que Bill ficou na UTI. Ele estava realmente mal, e ficamos preocupados que... Se Bill morresse, Tom morresse também.

 Mas naquela mesma madrugada, recebemos a notícia de que nenhum órgão de Bill havia sido atingido, mas que ele tinha perdido muito sangue e precisava de transfusão e alguns dias para se recuperar dos ferimentos e da dor. Amanda nos dispensou e disse que ficaria cuidando de Bill. Ela tinha ficado realmente arrasada.

 De certo modo, acho que nós dois fomos os mais atingidos nessa história – não Bill, não Becky. Amanda tentava não demonstrar sua dor, por estar cuidando de Bill, e eu não sabia como lidar com tudo aquilo, e sentia saudades de Becky. Da minha Becky.

 Mas Bill se recuperou, e junto com ele, Tom. Mas ainda havia um enorme buraco em todos nós. Ninguém tocava no assunto, ou ao menos mencionava o nome de Becky.

 Eu não percebi que Becky havia acordado. Ela me chamou baixinho algumas vezes, quando finalmente voltei a mim.

 - Gustav... O que eu estou fazendo no seu quarto?- Ela perguntou com a voz rouca.

 - Eu não quis te deixar sozinha.- Respondi.- Você está melhor?

 Ela hesitou. Depois olhou para baixo e respondeu:

 - Ah... Acho que sim. Me sinto melhor apenas por você estar aqui.- Ela ficou vermelha, e apesar de sentir vontade de fazer o mesmo, respirei fundo e sorri.

 - Becky... Você ainda não me contou sua outra lembrança.- Ela me olhou assustada, mas suspirou e começou.

 - É sobre um garoto chamado Drake...- Senti meu coração se apertar, e fechei as mãos para controlar a raiva. Justo o que eu não queria que acontecesse.- Mas é meio constrangedor... Gustav, você está bem?

 - Sim, sim.- Apressei-me a responder.

 - Bom... Eu não consigo contar isso, é constrangedor e... Dói.

 Prendi a respiração. Era uma das lembranças em que Drake fez mal à ela, eu sabia disso. Fechei os olhos, tentando afastar a imagem das minhas mãos apertando o pescoço daquele desgraçado e seus olhos se reviravam, enquanto ele ficava roxo...

 - Gustav!- Abri os olhos. Suspirei.

 - Olha, você tem que me contar sobre as suas lembranças, Rebecca. Eu preciso saber de todas, principalmente as relacionadas a Drake. Certo? Respire fundo e me conte.

 Ela fez o que eu pedi, mas quando abriu a boca, não conseguia dizer. Então, ela apenas afastou os lençóis e puxou o vestido para que eu não pudesse ver nada além do que ela queria – como se eu nunca tivesse visto nada antes. De qualquer jeito, meu coração disparou ao se lembrar da nossa primeira vez, que também foi a primeira vez dela.

 Mas ela apontou para uma marca na coxa, a que ia do joelho ao interior da coxa, e eu soube que era a lembrança... Eu tenho vontade de matar sempre que eu lembro daquilo.

 Aproximei-me dela e a olhei, pedindo permissão. Ela assentiu levemente com a cabeça. Toquei a cicatriz e Becky tremeu violentamente. Ela estava vermelha, e parecia com muita vergonha de que eu tivesse tocado nela.

 - Você lembrou...

 - Você conhece essa história?- Ela perguntou, assustada.

 - Conheço.- Suspirei.- Olha, eu vou te contar o que aconteceu depois, mas é só dessa vez, certo?- Ela assentiu, com um sorriso discreto no rosto. Puxei aquela memória da cabeça...

 

 Eu estava preocupado. Primeiro porque Becky e eu tínhamos brigado, e ela foi para a casa das meninas. Segundo, fazia dois dias que não nos falávamos, e eu estava com saudades dela, por mais que não quisesse admitir.

 Eu estava com Bill, Tom, Georg e David, quando ela me ligou com uma voz estranha, pedindo para que eu fosse até o apartamento de Amanda e Andressa urgente.

 Eu não pensei duas vezes, e saí sem dar satisfação a ninguém. Quando cheguei, toquei a campainha, e ouvi a voz dela pedindo que eu entrasse.

 Quando entrei, ela não estava na sala. Fui até o quarto que era dela, e a encontrei sentada na cama, com os cabelos molhados, um vestido curto e... Um corte gigante na perna e sangue em todos os lados.

 - Becky, o que aconteceu?- Gritei, me aproximando. Ela não chorava, mas pela sua cara, dava pra ver que ela fazia todo o possível para ignorar a dor.

 - Desculpa, Gustav, desculpa, por favor...- Ela murmurou, deixando as lágrimas escaparem.

 - O que foi, Becky?- Perguntei, mas ela continuou murmurando desculpas.- Becky, para, você está me deixando nervoso. Fala. O que aconteceu? Você se cortou?

 No lugar de responder, ela balançou a cabeça. Ela não parecia chocada, parecia apenas preocupada, tentando achar um modo de me contar.

 - Gustav, me promete que não vai brigar comigo? Dói...- Ela pôs uma mão entre as coxas, sem encostar no ferimento, e a outra sobre o ventre.

 - Rebecca, fala. Eu te prometo que eu não vou ficar bravo com você, mas me conta.

 Ela hesitou, e desviou os olhos. Limpei uma lágrima e me sentei ao seu lado, abraçando-a de lado.

 - Foi o Drake... Ele me... Gustav, desculpa, a culpa não foi minha...

 - O que o Drake fez?- Fechei os olhos, tentando controlar a raiva.

 - Ele... Primeiro, nós estávamos bem, e depois... Quando eu o rejeitei, ele... Ele me...- Abri os olhos, e meu coração pareceu querer saltar pela boca. Eu sabia o que ela queria dizer.

 - Contra a sua vontade?

 No lugar de responder, ela apenas fechou os olhos, e se encolheu.

 - Dói, Gustav. Faz isso parar...

 Eu sentia que estava tremendo, de tanta raiva, mas tentei ignorar e pensar só na Becky. Ela precisava de mim mais do que aquela desgraça que se denomina Drake.

 - Vamos a um hospital.

 - Não, não, Gustav! Não posso ir à um hospital, vão perguntar quem fez isso...- Ela me olhou assustada, mas eu a interrompi.

 - E mesmo depois de tudo o que ele te faz, você ainda o protege?

 - Você não entende...

 - Não, eu realmente não entendo, Rebecca. Eu não entendo porque você me trai com ele, porque você usa drogas, e porque você mudou tanto desde que você o conheceu! Sinceramente, eu não acho que você me ame tanto como diz.

 Ela continuou me encarando, e chorando cada vez mais. Tive de desviar os olhos, para não ficar com o coração apertado e voltar atrás.

 - Rebecca, eu te amo. Muito. Mais do que tudo. E você sabe disso, porque eu sei que você me trai com aquele... E mesmo assim, eu continuo com você. Porque eu simplesmente não consigo te deixar. E agora você faz isso?

 Ela soluçou baixinho, e eu voltei a observá-la. Eu não sabia se eu chorava junto, ou se eu pedia perdão. Abri a boca, mas ela falou, numa voz fina e quase irreconhecível.

 - Desculpa, Gustav. Eu nunca quis fazer isso com você, e eu não sei o que aconteceu comigo. Mas eu não posso fazer nada contra o Drake. Ou ele...- Sua voz falhou, e ela olhou aterrorizada para o ferimento, como se aquilo pudesse se tornar algo maior.

 Algo dentro de mim me disse que era melhor ficar em silêncio. Respirando fundo, puxei o rosto de Becky na minha direção, limpei as lágrimas e dei um beijo na ponta de seu nariz, vendo seu sorriso aparecer, apesar da dor que transpassava por seu rosto.

 - Tudo bem, Rebecca. Nós estamos bem. Agora vamos cuidar de você, está bem?

 

Depois de ti não há nada

Amaldiçoou o nosso primeiro dia

Depois de ti não há nada

Tudo novo acaba comigo

Depois de ti não há nada

Não quero isto

Você é,você foi,

E nunca será

tudo novamente.

Odeio-te

 

 Becky parecia não saber o que pensar. Olhava para os lençóis, estática. Aos poucos, ela virou a cabeça na minha direção e me olhou assustada.

 - Eu te... Traí?

 Abri a boca, mas antes que eu pudesse responder, ela já estava chorando.

 - Gustav, desculpa, por favor! Eu não sei o que eu fiz, nem sei quem é Drake, mas desculpa, por favor!

 - Becky, pára.- A puxei para um abraço.- Você não tem que me pedir desculpas. Passou. Você não é mais a mesma de antes.

 Quando ela se afastou de mim, desejei não ter dito nada.

 - Não sou mais a mesma?- Ela perguntou, franzindo as sobrancelhas.

 Hesitei, pensando em uma boa resposta.

 - Você vai descobrir com o tempo, Becky.

 Ela relaxou, mas pelo olhar dela, soube que estava disposta a fazer de tudo para descobrir sobre seu passado. Até mesmo ir atrás de Drake.

 O que me preocupou.

Me deixe

Abandone-me

Finalmente

Odeio-te

Depois de ti não há nada


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Notas finais do capítulo

Bom, amanhã, meu dia de putaria, eu respondo os reviews *--*
Eu sonho com o Gustav brigando comigo. Sonho mais com ele brigando, do que beijando, viu. Acho mais fofo ele bravo s2
Sou meio masoquista q. Eu imagino o Gustav agarrando meu braço, me sacudindo e gritando comigo *---* JESUS, deu até calor (666' *abana*
Algumas coisas ficaram mais claras, já deu pra perceber o que o Gustav sofreu. Só um pouco.
Deixem reviews liiindos e... Volto na semana que vem - ou não - com mais um capítulo, eee! nnnnnn
Beijos :*