Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 13
12 - Carros


Notas iniciais do capítulo

Olá, voltei.
Não tenho nada pra falar, além de que: tenho vários capítulos prontos, então, isso depende dos reviews de vocês, certo? Cadê os reviews, tem poucos :( riariaria



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- Ah, Becky... Eu tenho alguns assuntos pra resolver, mas Tom e Andressa te levarão para casa, está bem?- Gustav disse, mas parecia que não concordava com o que dizia.

- Vai ser divertido, fofinha.- Disse Andressa. Olhei para ela assustada. Eu sempre me assustava quando ela me chamava de fofinha. Um apelido carinhoso, mas eu ainda não havia me habituado a ele.

Assenti com a cabeça. Tom voltou pouco tempo depois e nos chamou. Quando estava saindo, olhei para trás e sorri sem graça para Gustav, e ele retribuiu, só que com um sorriso radiante.

Estava a noite, e alguma coisa dentro de mim parecia tremer de medo. Engoli em seco, tentando afastar a sensação esquisita, e segui Tom e Andressa, felizes e lindos, até o carro dele.

Quando vi o carro, não sei o que aconteceu, mas travei. Minhas pernas pararam, me impediram de continuar, eu congelei, meu coração acelerou, e eu não queria entrar no carro.

Andressa percebeu meu medo e voltou para ver se eu estava bem.

- Fofa, você está bem?- Ela perguntou preocupada, fazendo Tom se virar também. Eu assenti com cabeça e obriguei meus músculos a funcionarem e continuarem a andar.

Cambaleando, cheguei até o carro. Andressa preferiu ir atrás, pois estava com muito sono, então, fui na frente com Tom.

Entrei no carro, coloquei o cinto, mas nada disso me confortou. Eu sabia que podia confiar em Tom e Andressa, eu só não entendia o que estava acontecendo.

Mas eu entendi assim que chegamos a rua, cheia de carros com os faróis acesos. A luz de um deles se transformou em uma luz muito maior na minha mente, e eu coloquei as mãos sobre os olhos para me proteger, mas a luz não era a que eu estava vendo... Era uma lembrança. Só a luz, mais nada.

Mas a luz parecia aumentar ainda mais, ela vinha na minha direção, e eu afastei as mãos para proteger meu rosto, mas então, tudo ficou escuro...

E de repente, eu abri os olhos, e estava gritando e me debatendo no banco do carro de Tom. Tom e Andressa se debruçavam sobre mim e tentavam me acordar e acalmar. Eu parei, ofegante e com lágrimas nos olhos e me endireitei no banco.

- O que foi isso?- Perguntei, respirando fundo para me acalmar. Tom tinha parado o carro no acostamento, Andressa tinha descido e aberto a porta do passageiro. Eu pedi licença a ela, e saí do carro. Não sem antes captar o olhar de compreensão que os dois trocaram.

- Amora, nós não sabemos se podemos te contar... Vamos te levar o Gustav, ele vai te explicar, ficar com você e você vai melhorar, certo?- Andressa veio e passou o braço pelo meu ombro. Tom veio também e, do meu outro lado, passou o braço pela minha cintura. Juntos, eles tentaram me empurrar delicadamente para o carro, murmurando palavras compreensivas dizendo que tudo ficaria bem.

Mas eu me debatia, chorava e gritava, eu não queria entrar no carro. Eu estava com muito medo.

- Becky, confie em nós. Entra, nada vai te acontecer, nós vamos te proteger.- Disse Tom. Cansada, parei de me debater. Também não suportava ver as pessoas paradas na rua nos olhando com curiosidade. Então, fui para o banco traseiro do carro e Andressa foi junto.

Durante todo o percurso, evitei olhar pela janela. Andressa me abraçava e também tentava evitar. Ela ligou para Gustav e explicou apenas que eu não estava bem e que eles estavam me levando para casa. Quando desligou, ela apenas me disse:

- Quando nós chegarmos, ele já vai estar te esperando.

Assenti com a cabeça. Algum tempo depois, mais calma, minhas lágrimas pareciam secar aos poucos. Percebendo isso, Tom perguntou:

- Becky, não quero que você fique mal, mais... Você já não andou de carro? Quero dizer, com Gustav?

- Sim, mas... Eu não vi luzes fortes, e também estava muito claro.

Tom murmurou um “ah” de compreensão. Ele parou o carro, desceu, abriu a porta para mim e avisou que tínhamos chegado.

Com cuidado e sendo apoiada pelos dois, eles me ajudaram a subir até o apartamento.

Quando entramos, Gustav, Amanda, Bill e Georg nos esperavam aflitos. Os três estavam sentados, mas Gustav andava de um lado a outro da sala com o telefone na mão.

Quando o vi, não sei de onde tirei forças, mas eu corri e me atirei nos braços dele, o abraçando com toda a força que me restava e me sentindo completamente protegida. Ele retribuiu o abraço, com igual ou maior intensidade, irradiando toda a proteção e amor de que precisava.

Recomecei a chorar, agora por estar com ele. Ficamos alguns segundos apenas assim, todos em silêncio, até que eu me afastei um pouco de Gustav para perguntar o que tinha acontecido comigo.

- Me conta o que houve.

Contei a ele sobre a luz forte, depois a escuridão, depois sobre como eu havia acordado gritando no carro, e ele parecia compreender tudo.

- Você ainda está traumatizada.- Ele passou a mão no meu cabelo, em seguida, limpou minhas lágrimas.

- Com o quê?

- É por isso que você perdeu a memória, Becky.- Ele disse, com aquele tom de voz que indicava que ele não diria mais nada, pois eu teria de descobrir sozinha.

Não consegui dizer mais nada. Mas Gustav, como sempre, me entendeu e passou o braço pela minha cintura, me levando até o quarto.

Deitei na cama e concentrei meus esforços em não chorar mais. Gustav me olhava de um jeito triste.

- Becky, me desculpa.- Disse ele de repente, me pegando de surpresa.

- Desculpa porque, Gustav? Você não me fez nada.

- Não, desculpa por ter te deixado sozinha, por não estar com você agora pouco. Eu queria muito, mas me desculpa.

- Gustav, a culpa não é sua!- Sentei e olhei bem pra ele.- A culpa não é de ninguém. Eu estou bem, juro.

Ele não pareceu se convencer, mas suspirou e abaixou a cabeça. Quando levantou, ele me olhou aquele jeito que tirava meu fôlego. Se aproximou mais e quando estava prestes a me beijar, a memória de nós dois no banheiro pareceu se destacar entre as outras e eu me afastei dele bruscamente.

Ele não entendeu nada, o que me fez corar, mas eu disse que estava muito cansada para isso.

Ele pareceu ficar chateado, mas me deu um beijinho na testa, e saiu, mas antes, disse:

- Eu estou aqui com você. Se estiver com medo, é só me chamar e eu te protejo de tudo.

Quando ouvi a porta fechar, suspirei profundamente. Gustav as vezes pode ser tão fofo e incrivelmente romântico que me faz ficar suspirando.


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Notas finais do capítulo

Bom, isso é só uma pista do que aconteceu pra que a Becky perdesse a memória. Vão tentando adivinhar *e deixando reviews, né*
Então... reviews, né, rere
Beijos :*