Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 12
11 - Lembrança Constrangedora


Notas iniciais do capítulo

Oi, cheguei, estou postando, vou sair, e volto mais tarde para responder aos reviews
Curtam *o*
Capítulo contém sexo, se não gosta, pule a parte em itálico.



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Segui Amanda pelo corredor apinhado de pessoas trabalhando para realizar um show perfeito. Ela estava com saltos enormes, e eu de tênis, então, quase tropecei nela quando andei rápido demais.

Ela apontou para uma porta e eu a segui. Entramos no camarim. Bill sorriu tão apaixonadamente que me deu vontade de suspirar, como naqueles filmes açucarados. Andressa estava já estava com o Tom, e tentava controlar a mão boba dele. Georg cuidava dos cabelos que até eu sentia inveja. E Gustav... Este me olhou com um sorriso triste.

Suspirei, desistindo de tentar conquistá-lo. Passaram-se duas semanas, eu me comportei direitinho, só saí de casa acompanhada de Amanda ou Andressa, e nem sequer pensei em Drake. Mas mesmo assim, ele não me perdoou.

Acho que já o magoei demais, e agora, ele não acredita mais em mim, mesmo sabendo que não me lembro de nada e que sou completamente inocente. Ele tenta, mas não consegue.

Fiquei parada na porta, me sentindo estranhamente deslocada, enquanto todos riam, conversavam e se divertiam. Gustav estava quieto, como sempre, mas por alguma razão, estava me irritando. Não sei se era o jeito dele, o modo como ele estava me tratando, só sei que eu estava com raiva dele e chateada.

Após alguns minutos, Gustav pareceu perceber como eu me sentia ali e se levantou suspirando profundamente. Riu rapidamente de alguma piada de Tom e pegou meu pulso direito, abrindo a porta e me tirando dali.

Ficamos no corredor mesmo, onde só era possível ouvir a gritaria das fãs e nossa respiração. Eu não conseguia saber onde estava pior: dentro do camarim, onde eu sentia que não pertencia àquele lugar, ou no corredor com Gustav, quando eu não conseguia nem mesmo olhar pra ele.

- Está se sentindo melhor aqui fora?- Perguntou Gustav, me fazendo virar a cabeça rapidamente pra ele, surpresa por ouvi-lo puxando assunto comigo.

- Eu não sei.- Respondi. Gostaria de ter dito que sim, para deixá-lo feliz, mas quando eu encontrava aqueles olhos castanhos me observando tão carinhosa e tristemente eu simplesmente não conseguia mentir.

- Hm. Você quer voltar ou continuar aqui?- Havia uma nota falsa em sua voz, que não consegui identificar direito, mas acho que ele queria que nós ficássemos sozinhos ali.

De repente, senti algo estranho, um calor no peito e uma súbita vontade de abraçar Gustav como um ursinho de pelúcia. Tentei me conter o máximo que eu pude, mas ao ver a expressão de curiosidade em seu rosto, frente à minha hesitação em responder, não consegui me segurar e joguei meus braços em seu pescoço, abraçando-o o mais forte que meu corpo frágil e fraco permitia.

No início, ele pareceu surpreso e não reagiu. Mas depois, aos poucos, ele pareceu sentir o mesmo calor que eu e me abraçou ainda mais forte, de modo que eu pude sentir os ossos das minhas costelas doerem. Ignorei a dor e continuei abraçando-o e sentindo seu cheirinho que agora eu descobria que amava.

Ele inclinou a cabeça para trás um pouco e eu repeti o gesto. Apenas alguns segundos para uma intensa troca de olhares e seus lábios tocaram os meus tão docemente que minhas pernas pareceram fraquejar. Após alguns segundos, abrimos a boca devagar, dando espaço para um beijo calmo e lindo. Mas antes que as coisas pudessem ficar intensas demais, vozes ressurgiram no corredor e nós nos separamos bruscamente, respirando fundo e odiando cada interrupção que sofremos desde que nos conhecemos novamente.

A porta do camarim se abriu e os meninos saíram, prontos para mais um show. Gustav me olhou sorrindo verdadeiramente agora, com um olhar que eu pude entender que dizia “depois continuamos”.

Eles se afastaram, e eu encostei na parede gelada, prendendo a respiração por dez segundos e soltando-a, tentando me acalmar. Mandy e Dessa saíram rindo juntas e pararam por um instante na porta, me observando. O olhar das duas passou de curioso para malicioso em questão de instantes. Corei, mas deixei que elas me puxassem para dentro do camarim novamente.

Conversamos e nos divertimos até que os meninos voltaram, suados e cansados devido ao show. Gustav foi o último a entrar, mas quando ele entrou... Meu coração se acelerou ao vê-lo suado e meus olhos percorreram seu corpo, fazendo-me sentir como se a temperatura na sala tivesse esquentado repentinamente. Corei novamente e desviei os olhos para o chão.

Bill, Tom Georg e Gustav foram tomar banho, e nós ficamos lá novamente. Senti vontade de ficar mais quieta, então falei muito pouco. Bocejei e feche os olhos por um instante, até que percebi que uma nova lembrança voltava a minha mente.

O show havia acabado, finalmente. Eu não agüentava mais de saudades de Gustav, tudo o que eu mais queria era voltar a beijá-lo. Gustav estava demorando para chegar, então, comecei a mexer nas roupas dele, por algum motivo que até eu desconhecia.

De repente, alguém me puxou pela cintura e me tirou do chão, me abraçando tão forte que eu perdi a respiração. Percebi que era Gustav pouco tempo antes de começar a gritar, quando ele começou a beijar meu pescoço descoberto pelo rabo de cavalo.

- Sentiu saudades de mim?- Disse ele, me colocando no chão e me virando para ele. Ele estava suado, só de regata... Senti meu corpo estremecer e não consegui disfarçar um sorriso malicioso, que não passou despercebido por ele.

- Você...- Ele me empurrou delicadamente até a parede atrás de mim, de modo que eu ficasse presa e nenhum espaço sobrasse entre nós.- Quer tentar uma coisa?- Ele sussurrou, e eu fechei os olhos para poder sentir sua respiração quente no meu rosto. Eu já estava sentindo o mesmo calor que ele, o suor dele já estava em mim e nós já estávamos tão colados que parecíamos um só.

- Depende... O que é?- Abri os olhos e o encontrei sorrindo maliciosamente, com as mãos apoiadas na parede. Tentei respirar e não consegui. Era assim que Gustav me deixava sempre. Sem fôlego.

Ele me surpreendeu me elevando e mordendo meu pescoço levemente, apertando mais seu quadril contra o meu para que eu pudesse sentir sua excitação. Eu queria muito que isso acontecesse, mas eu estava com medo de que alguém pudesse nos pegar ali.

- Gustav... Aqui não dá.- Murmurei, sem forças. Ele parou de me beijar e me olhou com uma carinha de cachorrinho sem dono que me fez desistir de dizer não na hora.

- Porque não?

- Nós podemos ser pegos e... Não temos proteção.- Quando pensei que ele tinha desistido, seu sorriso aumentou e ele se afastou, trancou a porta, voltou e começou a mexer nos bolsos da calça que ele colocaria depois do banho. Pegou uma camisinha, apontou para mim e eu suspirei, envergonhada e derrotada.

Era a minha segunda vez, eu não tinha me acostumado a isso, por isso, sempre que Gustav me olhava desse jeito eu corava. Eu tinha adorado, principalmente por ser com ele, mas em um lugar como esse, correndo risco de ser pega, eu tinha um pouco de medo.

Gustav se aproximou de mim, pegou minha mão e me puxou para o banheiro, sem tirar os olhos de mim um segundo, fazendo eu me sentir uma idiota por estar o recusando.

- Você não confia em mim?- Ele perguntou, parando e olhando tão profundamente nos meus olhos como se quisesse me hipnotizar, e de certa forma, funcionou.

- C-confio, é claro.- Ele sorriu, mais feliz quando percebeu que eu havia desistido de argumentar.

Entramos e ele fechou a porta, voltando a morder meu pescoço. Sem acender a luz, suas mãos percorreram minha cintura com a clara intenção de tirar minha blusa. Ele se afastou um pouco e olhou para baixo. Olhei também para ver o que era e me martirizei mentalmente por ter escolhido uma blusa decotada justo nesse dia.

Ele tirou minha blusa lentamente e me respeitando, sem olhar – pois ele sabia que eu morreria de vergonha se ele parasse para observar meu corpo – ele me beijou, demonstrando todo o seu fogo em apenas um beijo. E foi esse beijo que me mostrou que eu não tinha o que temer, pois estava com Gustav, o único que eu amava e que me amava.

Agora confiante e relaxada, retribuí o beijo com a mesma intensidade. Ele adorou e aprofundou o beijo e começou a fazer carinhos nas minhas costas até o feixo do sutiã, como se pedisse permissão. Com uma mão, fazia carinhos em sua nuca, a outra estava em seu peito e agarrava sua camisa como se isso fizesse com que ela sumisse.

Ele soltou meu sutiã e o puxou delicadamente sem encerrar o beijo. Aproveitando, puxei sua camiseta para cima e interrompemos o beijo por alguns segundos para que ela pudesse passar. Mas logo ele voltou com a chama ainda maior.

Sem consciência dos meus próprios atos, já extasiada pelos beijos de Gustav, minhas mãos desceram até a bermuda que ele usava e agilmente a retiraram, deixando Gustav só de boxer. Ele fez o mesmo, descendo as mãos da minha cintura para o zíper dos meus jeans e tirando minha calça. Tiramos os sapatos juntos.

Ele me elevou, e eu entrelacei minhas pernas ao redor de sua cintura. Entramos juntos no chuveiro e meu corpo se arrepiou ao sentir a água morna.

Fui de sua boca para seu pescoço e comecei a distribuir beijos por lá enquanto ele retirava minha calcinha e sua boxer. Ele me encostou na parede fria e puxou meu rosto para poder voltar a me beijar, enquanto fazia carinho nos meus seios. Só era possível ouvir o barulho do chuveiro sobre nós e gemidos baixos e incontroláveis.

Ele se afastou um pouco e me olhou, sorrindo e pedindo permissão. Assenti, agora feliz por isso estar acontecendo em um lugar tão esquisito.

Antes, ele pegou a camisinha, me olhou daquele jeito irresistível, rasgou o pacote e a entregou a mim. Olhei pra ele tentando saber o que ele queria que eu fizesse e entendi. Olhei para camisinha e para ele, respirando fundo e com um sorriso sem graça. Ele me ajudou. Puxou a camisinha e eu o ajudei. Ele a colocou direito enquanto eu apenas segurava a ponta para não entrar ar. Quando terminamos, evitei olhar para ele. Mas Gustav me entendia, por isso, no lugar de olhar para mim, ele me abraçou e beijou minha bochecha, depois se afastou e sorriu. Era isso que eu mais amava em Gustav, o jeito como ele era simples, fofo e sempre fazia o possível para que eu me sentisse bem.

Então, ele me elevou novamente e olhando nos meus olhos, me penetrou lentamente. Para mim, apenas de ver Gustav fechar os olhos e morder os lábios de prazer já valeu a pena ter aceitado.

Gustav aumentou a intensidade das investidas aos poucos. Mordi o lábio inferior, tentando não gemer muito alto, mas acabou não adiantando muito. Minhas unhas arranhavam suas costas, principalmente sua tatuagem de asas, a que eu tanto amava.

Senti gosto de sangue na boca, então tive de parar de morder o lábio. Gustav riu e me beijou. Um tremor percorreu o meu corpo, e pouco tempo depois, o de Gustav, e nós soubemos que já estava no fim. Ele forçou ainda mais as investidas até que chegamos quase juntos ao ápice, eu com um gemido alto e incontrolável. Gustav apoiou a cabeça no meu ombro, ofegante, e murmurou:

- Minhas costas estão ardendo... O que você fez?- E riu. Sorri, descendo de seu colo e parando na sua frente, olhando bem nos seus olhos e respondi:

- Apenas te marquei pra saberem que você tem alguém.

- Todos já sabem.- Ele me abraçou e encostou o nariz no meu. Ficamos assim por alguns instantes até que percebi que já estava na hora de ir embora e...

Abri os olhos, ofegante. Mandy e Dessa me olhavam preocupadas.

- Becky, tudo bem?- Dessa perguntou, me dando água.

- Eu estou ótima.- Respondi, sorrindo. Percebi o que estava fazendo e fiquei séria.

Gustav entrou, já arrumado e parou na porta. Ele sempre sabe quando lembro de algo.

Olhei para baixo, especificamente para meus seios para ver se eu estava devidamente coberta. Meu vestido era decotado, então puxei a jaqueta e a fechei para cobrir, sobre o olhar atento de todos.

- Becky, você está com frio?- Mandy perguntou, pondo a mão sobre a minha.

- Sim. É isso.- Olhei para Gustav, mas desviei os olhos, corando, ao ver que ele também me encarava.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso *o*
Não se esqueçam dos reviews!
Beijos :*