Não Pare a Chuva escrita por sheisbia


Capítulo 12
Capítulo 12 - O plano


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews, por favor *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/86736/chapter/12

    Depois de acidentalmente discutir com o Tom e mais acidentalmente ainda machucá-lo, ele decidiu que ficaria um dia sem me ver. Acontece que esse dia durou um pouco menos que uma semana, mas claro, não apenas por minha causa, mas Tom estava ocupado estudando para suas últimas aulas. Afinal, todos nós estávamos perto de entrar em férias, mas ele seria especialmente antes. Ainda iria demorar um pouco, mas Penny programou de passar suas férias nas praias do norte, mas decidiu trocar o rumo da viagem quando Julie propôs de irmos todos na casa isolada de sua tia, nas montanhas. Julie havia convidado apenas Penny, eu e a Olívia, mas certamente Georg convidaria mais pessoas e isso me preocupou um pouco. De qualquer maneira, eu já havia planejado algumas opções para as férias.
    — Sua mãe concorda? — Ele perguntou sério.
    — Ainda não falei com ela, mas ela não pode me privar disso.
    — Sim, claro. Mas antes de tudo quero que combine tudo com ela.
    —  Eu sei — suspirei. — Mas tudo bem, ainda resta tempo. Tenho muita coisa pra fazer por enquanto.
    — Até parece!
    — É sério — eu ri.
    — E o que tem de tão importante assim?
    — Bem... — abaixei a cabeça, pensativa. — Isso é meio pessoal!
    — Pessoal?
    — Claro! — eu abaixei a cabeça com um riso baixo enquanto podia-se ouvir um grande barulho ao fundo. — Meus amigos chegaram.
    — Eu notei, eles estão barulhentos... como sempre.
    — São os mesmos, ou quase. O Bill tá aqui, quer falar com ele?
    — Desculpa, Nin, não vai dar tempo. Um outro dia.
    — Tudo bem.
    — Eu tenho que desligar agora, até logo, querida.
    — Até mais, pai.

    Eu desliguei o celular e o guardei no bolso. Logo em seguida Bill, Penny e Julie entraram na sala. Aquele dia estava absolutamente lindo, com um sol maravilhoso que deixava toda a casa bem clara. A brisa atravessava a janela e fazia um barulho quase inaudível devido à zona.
    — Quem era? — Penny perguntou.
    — Meu pai. Eu estava combinando algumas coisas para as férias.
    — Pensei que ia passar as férias com a gente — disse Julie, fazendo uma cara chorosa.
    — Eu vou, não se preocupa — sorri bem segura. — Mas e então, eu preciso falar uma coisa. Bill, presta atenção! Vocês vão me sequestrar!
    — O quê?! — uma expressão assustada tomou conta do rosto dos três.
    — Sinceramente, eu não acho que você vale muito, Nin. — Disse Bill, rindo.
    — Sem graça!

    Eu me levantei do sofá e bati no ombro do Bill, fiquei encarando todos enquanto ria.
    — Bom, vocês sabem que hoje eu vou jantar com a minha mãe e o namorado dela, mas eu não quero. Minha mãe não sabe cozinhar e vai ser bem tedioso, tenho certeza. Então eu decidi que vocês vão me ajudar a sair com uma ótima desculpa — expliquei tudo com um sorriso no rosto, enquanto eles permaneciam iguais.
    — Isso é sério? — indagou Julie.
    — É claro que é, olha a cara dela — disse Penny, apontando. — Eu aposto que tem mais coisa.
    — Não, por enquanto só isso. Pelo menos a parte de vocês é só essa.
    — Por que você simplesmente não dá uma chance pro cara? Você ainda nem conhece o...
    — Porque eu não quero — eu interrompi o Bill. — Podem me ajudar ou não?
    — S-sim — disse Julie. — Mas como?
    — Bom, eu tive uma ideia bem simples...

    Eu sorri, certa de que tudo estaria dentro dos padrões do meu pequeno plano. Por mais idiota que isso pudesse parecer, não era. Eu tinha um motivo realmente importante para não me aproximar de alguém que pudesse substituir o meu pai e isso me assombrava. Eu não queria a amizade dele, então apenas conhecê-lo já estaria de bom tamanho. Fora que esse jantar tinha absolutamente tudo para dar errado sem precisar da minha ajuda. Nos últimos dias minha mãe havia decidido que não iria cozinhar nada pois simplesmente não conseguia, por isso decidiu que iria ser um jantar fora.
    — Esse é o seu plano? — questionou Penny quando terminei a explicação, com um ar de sarcasmo. — Acha que vai dar certo? Não é meio tosco?
    — Não.
    — Certeza?
    — Sim.
    — Mas... Por que você simplesmente não diz que não quer participar do jantar ou que tem outras coisas pra fazer? — perguntou Julie.
    — Pra Nin as coisas complicadas são mais fáceis — disse Bill com um sorriso no rosto.
    — Parem de reclamar, que coisa chata! — eu disse, emburrada.
    — Certo, vamos te ajudar. Mas o que exatamente eu ganho com isso? — perguntou Penny.
    — Meu amor, carinho e atenção pelo resto da vida — eu disse, tentando fazer a expressão mais meiga possível.
    — Isso não é muito tentador. Que tal dinheiro?
    — Nada favorável.
    — Pizza?
    — Caro. Você tá mesmo recusando meu amor e carinho?
    — Dá pra comprar pizza com amor e carinho? — os outros dois riam.
    — Não.
    — Então estou!
    — Certo, eu pago uma pizza depois de tudo, obesa!

    Finalmente entramos num — péssimo — acordo. Passamos a tarde assim, rindo e nos divertindo na minha casa. Um pouco mais tarde, quando o céu ainda estava tingido de roxo e não totalmente escuro, minha mãe chegou em casa com um sorriso no rosto que denunciava toda a sua felicidade, uma felicidade que estava me incomodando há algum tempo. Não entendam mal, eu realmente gostava de ver minha mãe feliz, mas eu tinha medo dessa felicidade me afetar de algum modo. Sim, um tanto egoísta pensar só em mim, mas eu não sabia como controlar esse medo ainda.
    Eu me arrumei bem básica, porém bonita, certa de que não demoraria muito naquele lugar. Saímos de carro quando recebi uma mensagem no celular, era da Penny.

"Nikky, não vou poder ajudar, aconteceu um acidente. Boa sorte"

    Irritada? Não, eu fiquei bem calma pra falar a verdade. Tentei me convencer de que era uma piada ou algo do tipo, mas sem muito sucesso. Esperei até chegarmos no restaurante para tomar alguma providência... Ou seja, ligar pra ela e pedir uma explicação satisfatória. No mínimo.
    — O Chris vai chegar logo, vamos nos sentar — minha mãe disse, escolhendo uma mesa.
    — Er... Mãe, eu acho que vou no banheiro antes.
    — Certo.

    Eu me afastei, com o celular na mão e, assim que entrei no banheiro, disquei o número da santa criatura. Penélope.
    — E agora? — eu fiquei me perguntando ao telefone.
    — Me desculpa Nikky, eu não sabia que o Gustav iria me deixar aqui com essa... bem... essa coisa.
    — E o Bill? E a Julie? — eu definitivamente não estava nervosa.
    — Parece que o Bill vai aí com o Tom. Relaxa, daqui à pouco você vai sair daí!
    — Com o Tom? Isso era pra me acalmar?
    — Qual o problema?
    — Nada. Esquece, eu dou um jeito sozinha.

    Desliguei o telefone e um sorriso surgiu involuntário no meu rosto.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ANTES DE TUDO, até agora o máximo que conseguimos chegar de reviews em um cap foi 9, vamos me ajudar pra chegar em 10? *-* Eu sei que eu demorei, não me matem :( Eu tô com uns problemas de nota na escola, então já viu... Mas prometo que não vou demorar mais tanto assim, ok? E o cap não foi muito interessante, calma, ainda tem o próximo HAHAH Beijos.