2ª Temporada: Capitulo 4

POV Bella

Liberei minha mente pra receber a mensagem:

“Bella, querida. Sou eu, seu avô! Desculpa te mandar essa mensagem a essa hora. É que o que vou te dizer pode acontecer a qualquer momento. Você provavelmente vai ficar sem poderes durante uns 2 meses. Calma, e não se preocupe! Todos os feiticeiros passam por essa fase. Mas depois de dois meses, você vai ficar mais forte do que nunca. E não se preocupe quanto a sua segurança nesse meio tempo. Belial vai te ajudar no que precisar! Tchau, Bella.”

Não! Isso não pode acontecer. Como eu vou sobreviver sem os meus poderes? Isso é uma catástrofe. Já não chega eu ter que chorar litros toda a noite por causa do Edward?! Agora também vou ter que ficar mais triste ainda! Sem poderes...hunf!

- Bella? Esta bem? Aconteceu alguma coisa? – perguntou Be. Ele parecia preocupado. Me limitei a dar um sorrisinho triste pra ele.

- Meus...meus poderes, Be! – falei.

- Oh. Bom, eu já esperava por isso! Mas veja pelo lado bom Bella, quando eles voltarem você vai estar mais forte do que nunca! – ele disse. Bom, vendo por esse lado...até que não era tão mal. Aff, mas fala serio! Dois meses? Argh.

- É...acho que tem razão! – falei.

Um mês depois...

Já tinha se passado um mês. Eu já não tinha meus poderes, e chorava toda noite pelo Edward. Poxa, como ele pode fazer isso comigo? Essa era a pergunta que habitava a minha mente a maior parte do tempo. Bom, mas o lado bom é que agora eu, a Carol e a Sandra somos melhores e inseparáveis amigas. A gente conta tudo uma pra outra (claro que eu nunca contei que eu não sou humana, neh?!). Nesse instante, eu estava deitada na minha cama. Pensando em como o Be foi legal e protetor comigo nesse tempo. Ah, eu tinha tanta pena daqueles que se atrevessem mexer com nós. Nesse um mês, o Be já matou umas 80 pessoas, das mais variadas formas. Meus pensamentos foram interrompidos por um toque de celular...o meu! Corri até ele e atendi:

- Alô. – disse.

- Bella? – perguntou a voz da Carol, que estava embaçada. Creio que ela estava chorando.

- Sim. Mas o que houve, Carol? – perguntei. Eu estava preocupada! A Carol quase nunca chora. Ela sempre esta rindo e brincando.

- Você pode vir aqui em casa? Eu...eu preciso de um favor! – ela falou.

- Claro. Já estou indo. – falei desligando o celular. Corri pro quarto do Be, e disse:

- Be, eu vou lá na Carol. – ele só assentiu e eu corri pra garagem onde estava a minha Ferrari.

Logo eu cheguei lá. A mãe da Carol já me conhecia, pois vivíamos uma na casa da outra. Corri para o quarto dela, e a encontrei chorando.

- Carol, o que aconteceu? – perguntei, me sentando na cama, a deitando no meu colo e acariciando seus cabelos para que ela se acalmasse.

- É o Diego, Bella. – ela disse entre soluços. Diego era o namorado dela, mas ele era um galinha desgraçado. Vivia traindo a Carol! Claro, que eu e a Sandra sempre a alertávamos sobre ele, mas ela gosta muito dele.

- Ah, Carol! O que ele aprontou dessa vez? – perguntei

- Ele convidou a Munique pra ir naquela boate nova. E ela aceitou. O Thomas tava junto, e ouviu. Ai ele me contou. – ela disse. Aff, aquela Munique era uma vaca mesmo!

- Se vinga, Carol. Faz ele ver que se ele não te der valor, vai te perder. E que candidatos não faltam pra assumir o lugar dele. Assim ele vai te respeitar mais, amiga. – falei.

- Você acha? – ela perguntou e eu assenti. Então ela continuou – Mas quem vai fingir ser meu “peguete” lá na boate? O Thomas não pode, porque o Diego conhece ele. E os meninos da escola também. – ela falou triste.

- Hum. É verdade! Mas e se transformássemos um garoto? Sei lá a gente pode colocar uma peruca...lentes! – falei e ela sorriu. – Quem vai ser? – perguntei

- O Thomas! – ela falou. Rapidamente disquei o numero dele.

- Thomazinho, queridinho do meu coração! Tu sabe que eu te amo, né?! – falei na minha melhor voz.

- Ih! Lá vem golpe. O que você quer coração? – ele pediu. Ele tinha essa mania de chamar todas as meninas de coração.

- Ah, Thomas! Mas tu sabe que eu te amo muito mesmo, né? E que eu faria qualquer coisa que você me pedisse também, né? – perguntei

- Hum. Sim, coração! Eu também faria qualquer coisa! – oba. Consegui o que eu queria.

- Ah! Que bom. Então vem aqui na casa da Carol, pra eu e ela fantasiar você pra se passar pelo namorado secreto da Carol e fazer ciúmes no Diego. – falei meu plano infalível pelo telefone.

- Ah não! Esquece, coração. Eu faço qualquer coisa menos isso. Eu sou amigo do Diego, caramba. – ele disse.

- Então tchau! Já vi que você não me ama! – disse e desliguei

- Ah, que droga! – falou a Carol.

- Eu vou tentar o Bê! – falei discando o numero do celular dele.

- O que foi, Bella? – ele perguntou. Hunf! Ele devia ganhar o titulo de “o Homem mais Gentil do Mundo” (ironia off)

- Argh, Be. A educação manda lembranças! Ah, mas você faz um favor pra mim? – perguntei

- Se for pra fingir ser o namorado da Carol, esquece. – ele disse. Aff, odeio quando ele já sabe o que eu vou dizer. Desliguei na cara daquele mal educado duma figa.

- O Be também não quer, Carol. – falei triste.

A Carol ficou pensando um momento. Depois sorriu e foi pro Closet dela pegar uma roupa que o Diego tinha esquecido aqui. Eu olhei pra ela sem entender nada, mas ela sorriu e esticou a roupa pra que eu pega-se.

- Você vai fingir ser o meu namorado secreto! – falou ela como se acabasse de ter a melhor idéia do mundo. Aff, mas eu é que não vou me vestir de homem.

Meia hora depois, a Carol me convenceu a fazer isso por ela. Claro que ela fez chantagem emocional pra mim aceitar. Eu estava me vestindo, quando ela volta com um amarrador de cabelo e um boné. Coloquei rapidamente. Ai eu olhei pra baixo, e vi que faltava algo.

- Vai pegar uma meia, Carol. – ela me olhou sem entender mas foi.

Ela voltou com uma meia, eu enrolei e coloquei na calça pra parecer que eu pelo menos tinha um....! Ela me olhou e deu risada. Ela também já estava pronta. Usava um vestido vermelho curto e uma sandália vermelha também. A gente foi na minha Ferrari rosa. Claro que a Carol que dirigiu, porque não ia pegar muito bem se eu dirigisse.

A boate estava lotada. Procurei rapidamente com os olhos pelo Diego e pela Munique. Mas acho que eles ainda não tinham chegado. De repente me deu uma vontade louca de fazer xixi. OMG! E agora?

- Carol, eu preciso fazer xixi. – falei pra ela. Ela me olhou seria e depois explodiu numa gargalhada. Aff!

- Vai no banheiro...dos homens! – ela disse rindo

É, não tinha jeito mesmo né?! Fui para o banheiro dos homens, que para o meu azar estava lotado. Fui pra uma das gabines e fiz xixi. Quando eu sai do banheiro eu vi que os homens simplesmente chacoalhavam o treco deles e saiam SEM LAVAR AS MÃOS! Que nojo.

- Ará. Eu sempre soube que os homens não lavavam as mãos! – eu disse um pouco alto demais. Todos me olharam como se eu fosse louca. Muitos me olharam desconfiados, então pra descontrair eu cocei o saco. – Que foi? – fiz uma voz grossa. Eles pararam de prestar atenção em mim. Eu lavei as mãos e sai.

Rapidamente fui até a Carol. Ela me olhou e apontou pro Diego e pra Munique que vinham até nós.

- Carol! Que cara é esse? – perguntou o Diego furioso

- Own, Diego! Bom esse é o...Bil! Como vai Munique? – ela perguntou

- Bem, obrigada. – ela falou grossa.

- Cara, larga a minha namorada ou você vai apanhar aqui! Munique, vai fazer alguma coisa com o Bil, vai! – ele mandou. A Munique me deu um sorriso malicioso que eu não gostei nada!

- Então Bil, você esta solteiro? – ela perguntou roçando a perna na minha. AI QUE NOJO. Rapidamente me afastei.

- Sim! – falei simplesmente e vi que aquela vaca foi se aproximando de mim. OMG! Eu não ia beijar uma mulher. Não, Not, Nunca! – Amigah! Você viu aquela piruá ali? Que escândalo aquela roupa de diva!  - eu me fingi de gay e ela me olhou com nojo e saiu dali. Ainda bem!

Eu vi que o Diego e a Carol se aproximaram de mim rindo. Fizeram as pazes pelo visto. Ainda bem, assim eu posso ir pra casa e tirar essa roupa horrenda. Eles se sentaram na mesa que eu tava e o Diego me olhou e disse:

- Mano, você viu o jogo de ontem? Cara, o Fernando fez um golaço. Mas se o André tivesse... – parei de prestar atenção no que ele falava quando percebi do que ele falava. OMG! O Diego quer falar comigo sobre FUTEBOL? Não. Olhei pra Carol com um olhar que diz “ME SALVA!”  ela deu de ombros. Ótimo! Voltei a prestar atenção no que ele disse, mas só entendi isso: - Não acha? – ótimo!

- Hã...claro! – falei, mesmo sem ter noção do que ele falava.

- Ah, eu sabia. O Thomas disse que o Robson não era bom o bastante mas em 2005 ele fez o gol da vitória e... – parei de ouvir de novo. Aff! Homens. Eu não entendo qual é a graça de ficar correndo atrás de uma bola! OMG! UMA BOLA. Só uma bola! Homens são seres estranhos. A Carol me salvou perguntando se a Heloisa não ia ficar preocupada comigo. Eu não tinha nem noção de quem era essa, mas assenti e sai da mesa.

Eu não ia ficar a noite toda devarde em um canto. Muito menos ir pra casa. Então eu aproveitei que o banheiro feminino estava vazio, entrei e me tranquei em uma gabine. Rasguei a calça de modo que ficasse só uma espécie de saia curtíssima, rasquei as mangas da blusa, fazendo um tipo de regata preta e pulei a janela do banheiro indo até a farrari e pegando a minha bolsa e botas de cano alto que eu tinha no carro. Voltei pela janela, e me maquiei. Embaracei um pouco os cabelos dando um ar mais sexy e sai do banheiro. Todos os homens me olhavam com desejo, as mulheres com inveja. Eu já estava acostumada. Mas vi uma coisa que estragou totalmente a minha noite...