POV Bella

Não foi fácil perder Jake, eu não o amava como ele me amava, mas eu gostava dele, como meu amigo, e não entendo porque ele não quer mais me ver.

Mas eu vou superar, afinal eu tenho Edward ao meu lado.

Quando cheguei em casa meu pai estava sentado no sofá assistindo televisão, ele havia pego uma de suas raras folgas hoje.

“Olá pai.” Falei.

Fui até a cozinha, de repente eu tinha ficado com uma fome enorme.

“Oi Bella, chegou cedo.” Ele falou sem tirar o olho da tela.

Eu peguei um macarrão velho que achei na geladeira e coloquei no microondas, enquanto esperava o macarrão esquentar, fui até a sala e sentei no braço do sofá.

Charlie estava vendo o canal de esportes, como sempre.

”Sua mãe ligou. Ela vai se mudar para Phoenix amanhã.” Ele falou indiferente. Dei de ombros.

Comi a travessa inteira de macarrão, é claro que fiquei com um baita enjôo depois de comer aquilo tudo.

Fui para o banheiro e vomitei.

Tomei um banho e escovei os dentes, tudo o que eu precisava era relaxar.

Quando eu já estava melhor Charlie apareceu no meu quarto.

“Bella, amanhã é feriado e nós iremos almoçar na casa da sua avó em San Francisco, são quase duas horas de viajem então iremos sair cedo, lá pelas nove horas ta bom?” Ele perguntou.

Eu realmente estava com saudade da vovó Swan. Mamãe não gostava dela por isso nunca íamos visitá-la, mas agora eu posso.

“Claro papai, posso levar Edward para ela conhecer?” Perguntei fazendo uma carinha de anjo.

Charlie sorriu.

“Pode sim filha, avise pra ele estar aqui as nove em ponto!” Charlie falou e então saiu do quarto.

Liguei para Edward e ele adorou a idéia. Fui dormir sorrindo, sem nem me lembrar de Jake.

(...)

“Você tem certeza de que tinha que virar a esquerda papai?” Perguntei a Charlie, estávamos tentando achar a casa da vovó.

Charlie não vinha para cá a anos e ele achava que tinha errado o caminho.

Já estávamos em San Francisco, minha avó mora na beira da praia, a casa dela é muito legal.

“Senhor Swan...” Edward foi interrompido por um Charlie irritado.

“Só Charlie...” Meu pai falou.

“Ok, Charlie. De acordo com o meu GPS é pra você virar a direita no próximo cruzamento para chegar até a tal rua das conchas.” Edward falou segurando seu GPS.

Charlie bufou e ficou dizendo que não acreditava em GPS e teríamos que virar a esquerda e não a direita.

Mas quando chegamos no cruzamento vimos uma enorme placa apontando para a direita, onde estava escrito Rua das conchas, 48.

Meu pai engoliu o orgulho e virou à direita.

E então conseguimos chegar à casa da vovó Swan, um pouco atrasados, mas conseguimos.

“Vovó!” Falei, indo abraçá-la.

E então eu a abracei e senti seu cheiro de menta e grama recém cortada.

Vovó tinha os cabelos brancos e era alguns centímetros mais baixa do que eu.

“Isabella! Há quando tempo!” Vovó Mary falou com os olhos marejados. “Você cresceu, esta tão linda!”

Minha avó adorava me mimar.

“Vovó, este é Edward.” Falei apontando para Edward, ele sorria, e isso o deixava ainda mais charmoso. “Meu namorado.”

Mary Alice abraçou Edward sorrindo.

“Olá querido, nossa Isabella eu nem sabia que você já tinha um namoradinho!” Eu corei, ela apertou as bochechas de Edward. “Ele é tão bonitinho.”

Puxei Edward para perto de mim.

“Deixa ele respirar vó!” Falei.

“Esta tudo bem Bells.” Edward falou.

Vovó fez uma cara feia, ela não gostava que me chamassem por apelidos. Não me perguntem o porquê, não faço a mínima idéia.

E então entramos na aconchegante casa da vovó, la dentro encontramos Thayse, minha tia, Renata, minha prima, filha de Thayse, que hoje deveria ter uns quatorze anos. Também tinha Mathews, irmão mais novo de Renata, que estava muito entretido com um jogo de videogame. Ele tinha uns onze anos.

Cumprimentei todos e fomos até a sala conversar enquanto o almoço não ficava pronto.

“E então Bella, como vai a vida lá em Los Angeles?” Thayse perguntou.

Suspirei.

“Uma maravilha.” Falei enquanto observava a perseguição de carros no jogo que Renata e Mathews jogavam. Era tudo tão rápido, eu estava ficando meio tonta então parei de olhar para  a televisão. “Vou interpretar a Giselle” Falei sorrindo.

“Nossa isso é ótimo!” Thayse falou empolgada, ela era bailarina quando era jovem, mas por causa de uma lesão no joelho ela foi obrigada a parar de dançar.

“E isso não é o melhor de tudo,” Falei. “Edward vai ser Albrecht!”

“Que legal Bella. Quando vai ser a apresentação?” Ela perguntou.

“Passando dois sábados, no outro.” Me aconcheguei no colo de Edward, estávamos sentados no sofá. “Estou super nervosa.”

“Não se preocupe, você vai arrasar como sempre. Vou assistir ok?” Ela falou enquanto observava as crianças jogando.

“Obrigada tia.” Falei.

E então vovó avisou que o almoço estava pronto, fomos todos até a sala de jantar.

“Meu deus vovó!” Falei espanta ao ver a quantidade absurda de comida na mesa, dava para alimentar um batalhão inteiro com aquilo ali. “Você quer me engordar né? Só pode!”

Meu estomago revirou, só de olhar para aquele tanto de comida já estava me deixando enjoada.

“Isabella, pensa que eu não sei que aquela tal de Renée cozinha pior do que minha irmã Brenda?” Ela perguntou, realmente tia Brenda não cozinhava nada. Era um desastre culinário e bem, minha mãe também. “É por isso que esta tão magrinha querida! Temos que recuperar o tempo perdido.”

Edward, é claro, não pode deixar de rir, eu o fuzilei com o olhar.

“Dona Mary Alice!” Falei, não, gritei. “Pensa que eu não estou por dentro do seu plano pra me engordar e me fazer ser uma velha cheia de pelancas solteirona? A senhora quer é me ver solteira!” Falei e todos riram.

“Amor,” Edward falou. “mesmo se você for uma velha cheia de pelancas eu ainda vou estar com você.”

Todo mundo falou algo tipo “onw que fofo.”

E então eu beijei Edward, quem ligava se a minha família estava ali olhando? Eu o amo e isso não é segredo pra ninguém.

Beijar Edward era como tomar chocolate quente no inverno e mergulhar em uma piscina bem gelada no verão.

Pude ouvir Mathews dizendo “Que nojo” e Thayse tapando seus olhos, eu apenas sorri.

Na volta para casa, eu e Edward fomos no banco de trás e todos estávamos exaustos.

 Vovó conseguiu nos segurar em San Francisco até as dez horas da noite.

Eu nunca tinha percebido do quanto eu sentia falta de uma tarde em família.

Deixamos Edward em casa e fomos para a nossa. Quando chegamos lá tivemos uma surpresa.

O telefone tocava, o que era raro, ninguém nunca ligava para nós, até porque geralmente Renée que atendia e bem, ela espantava a todos.

Charlie atendeu, e um minuto depois, deixou o telefone cair no chão com uma cara de espanto.

“O que foi papai?” Perguntei.

“Sua mãe, o avião que Renée havia pego para Phoenix caiu.” Ele falou, branco.

Não pensamos duas vezes antes de sair correndo de casa até o aeroporto. Lá nós conseguiríamos informações.

E o pobre coitado do telefone ficou lá caído no chão sem ninguém para juntá-lo.