Fúria dos Deuses escrita por Neline


Capítulo 3
O Elmo me salva, 4° integrante e cão de 3 cabeças.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!

Enjoy ;*



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Passei as mãos pelo bolso rapidamente torcendo para que encontrasse Contracorrente, mas acho que com o desespero, meu bolso parecia 5 vezes maior. Foi ai que lembrei que o Elmo estava na minha bolsa. Abri o zíper rapidamente e vi que Chuck parecia estar achando graça do meu mal jeito todo. Eu não costumo ser atrapalhada, mas quando alguém quer te matar há algumas exceções. Puxei o boné dos Yankees e o coloquei. Olhei para baixo e não via mais meu corpo. Parece bom.

 

- Elmo da invisibilidade. Então sua mãe deu ele pra você. – Não era uma pergunto. Ele se aproximando, exatamente na minha direção e eu comecei a correr. Tentei achar meu bolso, mas como ele estava invisível ficou meio difícil encontra-lo.

- Achei! – Eu exclamei colocando a mão no bolso e puxando a caneta. Agora sim você resolve aparecer! – Eu ralhei baixinho com a Anaklusmos, desejando que ela tivesse aparecido antes. Senti uma mão no meu ombro e me virei de imediato, soltando um grito involuntário.

- Será que dá pra ficar quieta? – Eu vi que era Serena e soltei um suspiro aliviado.

- Você também quer me matar? Quase me dá um ataque cardíaco! – Eu falei, tirando o elmo. – Por que não me avisou que Ele era filho Dele? – Eu falei pensando o quanto isso soava confuso, mas soaria mais confuso ainda se um raio cruzasse o céu azul da Califórnia no meio do colégio.

- Eu tentei, mas você é mais rápida e essas pernas de cabra não foram feitas para correr. Então eu sai atrás de vocês, mas ele tem uma velocidade incrível! – Eu percebi que ela estava esbaforida. Olhei em volta e vi o pátio da escola e a movimentação nunca me pareceu tão agradável. As paredes azuis pareciam ainda mais acolhedoras que o chão de mármore claro e a grande figueira no centro do pátio fazia uma grande sombra onde vários alunos estavam conversando. Haviam quatro corredores paralelos e apenas um pequeno, onde ninguém parecia ir, que estava quase deserto. Quase porque os quatro Illuminatis estavam nele. Eles conversavam e riam, como se Chuck nem tivesse tentado me matar. Foi ai que eu contei, ok, temos o Chuck, aparentemente filho de Zeus (era tão bom poder falar isso no meu cérebro sem ouvir trovões(, Nate, filho de Afrodite, Georgina, filha de Ares e mais uma garoto. Ele parecia alienado da conversa e mais tímido do que os outros. Parecia doce e não combinava com o resto. Fiquei feliz em ver July cruzando o pátio e vindo na minha direção.

- July! Preciso que você me fale uma coisa. – Ela me olhou um pouco assustada pela minha recepção. Será que eu costumo ser algum tipo de monstro mal humorado e antissocial. Pior que costumo... – Quem é aquele? - Eu apontei para o garoto e todos do grupinho olharam para mim. Apenas continuei com um pequeno sorriso no rosto enquanto ela se virava para mim.

- O nome dele é Dan Humphrey. Ele é meio quieto, tímido. Não combina muito com os amigos. – Ela falou e eu percebi certo brilho nos olhos dela. Ops, parece que alguém admira alguém. E esse alguém começa com Ju e termina com Ly. Adivinhou quem é?

- Atena. – Serena falou e eu fiz sinal para ela parar.

- Que Atena? – July perguntou. Droga, por que a Serena está fazendo isso?

- Deusa da Sabedoria. – Ela disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Como nos livros da sua mãe? Ah. Meu. Deus. – Ela disse e eu percebi que ela deveria gostar dos livros da minha mãe mais do que eu imaginava. Agora pensando bem... será que os livros dela contam sobre a vida dela e do papai? – É tudo verdade? – Balancei a cabeça negativamente

- Sim. – Serena falou sorrindo e eu a olhei com fogo nos olhos. – Não se preocupe, o Oraculo descreveu ela como uma grande parceira. Além do mais, ela sabe mais sobre deuses do que você. Pode ser um bom reforço.

 

Fui para a aula e durante a aula de física tentei explicar toda a história para ela e ver se ela se amedrontava ao perceber que ela estava se enfiando em algo realmente perigoso, o que tornava ela uma idiota, mas ela não pareceu muito preocupada. Ao contrário, se empolgou ainda mais. Mas ficou um tanto surpresa com a história dos idiotas e do rei deles querer me matar.

 

- Então você é tipo, uma das forças mais poderosas do universo? – Ela murmurou em tom baixo.

- Não sei. – Dei de ombros. – Mas sei que não preciso aprender a nadar nem estudar para as provas de álgebra. – Eu sorri assim como ela.

 

Sai da escola fugindo da Serena. Podem me chamar de suicida se quiserem, mas eu queria ver se o Chuck vinha atrás de mim. E se dessa vez traria amiguinhos. Andei pelo mesmo caminho de sempre e sorri ao ver uma sombra se aproximando.

- Resolveu me seguir? – Eu perguntei e ele pareceu ignorar minha pergunta.

- Por que não trouxe a cabrinha com você? Deixar as coisas muito fácil faz elas perderem a emoção, sabia? – Ele disse acariciando minha bochecha.

- Oh, que pena. Fico triste por tornar minha morte tão entediante para você. – Eu disse fazendo um pequeno biquinho e ele deu um meio sorriso.

- Eu acho que vou deixar meus amigos brincarem com você. – Ele falou e eu vi dois cachorros e cerca de 6 cabeças. Não, são 5. Ah, espere, u estava certa, são 6. Dois cachorros com cinco metros de altura, três cabeças e espuma escorrendo pela boca. Olhei para o Chuck e ele mantinha um meio sorriso enquanto se escorava na parede. Pense B., pense. O livro da minha mãe dizia algo sobre um cachorro de três cabeças. Acho que o nome dele era Cérbero, ele guardava o portão do mundo inferior e gostava de... bolas de borracha vermelha. É. Eu não tenho um bola de borracha vermelha. Droga. Mas dois deles? Senti o chão tremer e canos de agua saíram do chão novamente, virando para os cães e jogando agua neles. O que apenas deixou eles mais furiosos.

 

Eles começaram a correr na minha direção e eu apenas pulei. A água pareceu me impulsionar e o salto me deixou encima de um dos animais. Um pouco desajeitada, coloquei a mão no bolso e puxei Anaklusmos enquanto segurava nos pelos do cachorro. Destampei a caneta com a boca e cravei ela na criatura com os olhos fechados. Um grunido tão doloroso se ouviu que tive pena do animal por um minuto.

 

- OUCH! – Gritei ao cair de cerca de 5 metros em um punhado de areia. Minhas costas doíam e decidi não pensar em como minhas costas estariam amanhã. Olhei para o lado e vi que matar o amiguinho do cachorrão não o deixou contente. A espuma em sua boa escorria de um jeito violente. Apanhei a bolsa do chão e praguejei baixo ao ver que todos os meus cadernos estavam molhados. Peguei o elmo e desejei que aquela água toda não desarrumasse meu cabelo, colocando-o.

O cachorro começou a farejar e eu andei lentamente em sua direção, vendo ele se mexer freneticamente estendi Contracorrente e ela fez um corte de fora a fora na lateral do animal, transformando ele em areia.

 

Olhei para os lado e estava tudo silencioso. Chuck não estava mais lá, nem o cano e muito menos a água. O vento espalhava a areia e eu fitava tudo. Eu realmente fiz isso. Olhei para o chão e vi um pedaço de papel prata. Peguei e percebi que não era papel, era prata solida. E nela estava talhado:

 

“Você se saiu melhor do que eu imaginava. Vai ser divertido brincar com você, mas acho melhor se preparar. Eu não caio nesses truques velhos e não tenho o cérebro de um cachorro do inferno.

 

Bass”

 

Sorri para o nada enquanto a placa sumia em um raio de luz. Andei pela rua olhando para o céu.

- Vai ter que fazer melhor que isso, raiozinho de araque. – Ouvi um trovão. – E você também, deusinho neurótico. – Ouvi outro raio e sorri despreocupadamente enquanto todos me olhavam como se eu fosse um tipo de aberração. Na verdade eu era, não que eles precisassem saber disso. Isso ia ser mais divertido do que eu imaginava. Mesmo que minha ideia de diversão não envolva sangue, acho que posso mudar as regras dessa vez.

 


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Deixem reviews amores, o próximo capitulo vai ter um ladinho romântico, que tal?

XOXO. Neli ;*



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