Fúria dos Deuses escrita por Neline


Capítulo 2
Eu controlo a força das águas e física quântica


Notas iniciais do capítulo

Amores, não demorei muito, viu?

Enjoy ;*



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Ele caminhou até a coisa de 3 metros de altura com uma espada dourada com cabo talhado em prata e detalhes em couro. A velha balançava a espada pelo chão, fazendo pequenas fagulhas saltarem.

 

A velha investiu com a espada, e Chuck apenas deu um passo para o lado, desviando do ataque e começando o próprio. A espada passou pelo braço da criatura e um tipo de liquido negro começou a escorrer. Não, aquilo não poderia ser sangue. Era algo preto e brilhante.

 

- Maldito seja, Bass. Maldita seja Jackson! – Ela virou um grande punhado de areia, que o vento levou sem dificuldade. A espada de Chuck estava limpa. Ele colocou ela no bolso novamente, e tentei imaginar como uma espada de quase um metro conseguiria entrar um bolso. Ele se virou para mim, como se nada tivesse acontecido.

- Então você é filha de Percy Jackson. – Ele abriu um sorriso torto. – Bem, isso explica o porquê de uma Benevolente vir atrás de você. – Entreabri a boca.

- Não, você está errado. Eu sou filha de Percy Waldorf. – Só havia uma explicação para aquilo. Era tudo um grande mal entendido.

- Mudar de sobrenome, é isso parece cômodo. – Ele deu de ombros e saiu andando, esquecendo-se da minha existência ali.

- Heeeeey, você tem que me explicar isso! – Eu disse correndo atrás dele pela pequena rua que ele seguia.

- Eu não tenho que fazer nada. Por que não pede para o seu pai? Ele poderá lhe explicar melhor do que eu. – Ele continuou andando, sem olhar para trás, e desapareceu como um rápido relâmpago logo  depois.

Cheguei em casa transtornada e pronta para tirar satisfações, quando ouvi uma grande discussão vindo da cozinha.

- É hora dela saber Percy! – Minha mãe gritava.

- Você sabe que se ela souber, mais deles irão a procurar! Temos que ir para um lugar seguro. – Meu pai falava em um tom mais brando, o mesmo que ele usou comigo quando disse que nos mudaríamos, ele era cauteloso.

- Los Angeles deveria ser um lugar seguro e já há uma Fúria atrás dela. É questão de tempo para mais delas aparecerem. Ela não tem treinamento, não sabe se defender. – Franzi levemente o cenho me aproximando da porta.

- Quíron me ligou hoje. – Meu pai falou, mas minha mãe o interrompeu.

- Ela não é meio sangue, ele não pode interferir. – Meu pai revirou os olhos, ele odiava ser interrompido e tinha um temperamento explosivo, era estranho ele estar calmo.

- Zeus quer a cabeça dela. – Senti todo meu sangue parar de correr.

- Ela precisa saber. Principalmente agora Percy. Blair é esperta, não por culpa sua é claro. Ela vai saber o que fazer. – Ouvir meu nome no meio de uma conversa que envolvia Zeus e cabeças rolando não foi a coisa mais confortante naquela hora.

- O que eu preciso saber? Quem é Zeus e do que diabos vocês estão falando? – Eu perguntei entrando na cozinha. Eles ficaram estáticos, me olhando como se eu tivesse virado um fantasma de repente.

- Há quanto tempo está ai? – Meu pai pediu em um tom repreensor e assustado.

- Tempo suficiente para saber que há algo errado. – Minha mãe me olhou como se raciocinasse rapidamente. Eu podia ver seu cérebro trabalhando em uma velocidade alucinante.

- Você ouviu o Oráculo Percy, é hora dela saber. – Minha mãe disse, me levando calmamente até a sala.

 

Meu pai se sentou no sofá, e minha mãe me colocou na poltrona. Eu senti como se minha vida fosse dar uma volta. Mal imaginava que a volta era maior do que eu poderia prever.

- Blair, eu não sei se existe algum meio ameno de dizer isso mas... nós somos semi-deuses. – Não consegui combater. Comecei a gargalhar, e tossir pela falta de folego,

- Ah, legal, agora é sério, o que vocês tem para me dizer. – Meu pai suspirou,

- Escute. Pode ser difícil acreditar a principio, mas ouça até o fim, afinal, você herdou a minha inteligência também, por sorte. – Minha mãe falou em um tom calmo. – Meu nome completo é Annabeth Chase. Eu sou filha de Atena e Frederick Chase. Atena, a Deusa da Sabedoria. Portanto, sou uma meio-sangue. Seu pai... ele é Percy Jackson. Filho de Poseidon e Sally Jackson. Poseidon, Deus do Mares. Bem... tudo que você já ouviu sobre deuses e mitos é verdade. Você... é a união de duas das forças mais poderosas do mundo. Inteligencia e água. – Eu fiquei séria. Realmente, parecia que eles não estavam brincando.

- Pense, você nunca aprendeu a nadar, lembra? Você respirava lá embaixo. Consegue lembrar? – Papai falou fazendo um filme da minha primeira vez na praia vir a minha cabeça. Eu realmente conseguia respirar. E eu sai de lá seca. Exatamente como hoje, na aula.

- E você raciocina melhor do que qualquer outro humano. Álgebra, física, matemática, química, geometria... você nasceu sabendo tudo isso. – Maneei a cabeça negativamente, e apenas uma pergunta me veio em mente:

- Então centauros existem?  - eles começaram a gargalhar freneticamente e percebi que era a coisa mais idiota que eu poderia ter dito, então ri junto.

-É. Eu fui treinado por um. – Meu pai disse, fazendo com que eu o mirasse assustada. Mas eu lembrei que haviam mais coisas a pedir.

- Quem quer minha cabeça? Zeus? Você quer dizer, Zeus o Deus do Olimpo? O Deus dos Deuses? Aquele Zeus? – Eu perguntei. Qual seriam as minha chances contra alguém como ele?

- Não costumamos pronunciar nomes Blair. Eles tem mais poder do que imaginamos. – Minha mãe alertou depois de ouvir um trovão e me perguntei se ele realmente tinha feito isso. – Sim, é ele. – Arregalei os olhos.

- Mas, por que? – Eu perguntei, ainda chocada.

- Você não é uma meio sangue, por não ser filha direta dos deuses, mas mesmo assim, você herdou os poderes dos seus avós Blair. – Minha mãe falou, visivelmente preocupada.

– Isso não deveria acontecer. Você não é deusa, ou semi-deusa e é tão poderosa quanto um. Na visão do Deus dos Céus, és uma ameaça ao Olimpo. – Meu pai completou.

- Eu eu não posso apenas dizer a ele que eu não pretendo atingir o castelinho de areia dele? – Mais um trovão. Meu pai riu enquanto minha mãe me olhava, repreendedora.

- Não Blair. Ele é mais teimoso do que o Minotauro cego. – Meu pai falou, revirando os olhos e mais um trovão foi ouvido.

- E o que eu posso fazer? – Eu perguntei e recebi aquele sorriso do meu pai. Era um sorriso divertido e cumplice que costumávamos trocar.

- Não morrer.

 

***********

 

Minha cabeça ainda dava voltas. Eu tinha controle sobre a agua e meu avô se chamava Poseidon. Minha vó não era ninguém menos que Atena, e Zeus queria me ver morta. E eu pensando que Chuck ia ser meu maior problema por aqui. Falando nele, o que será que ele era? Seria ele um meio-sangue, ou alguém como eu? Me olhei no espelho e decidi que estava pronta para a aula. Depois de passar um dia raciocinando e testando os meus... hm... poderes... acho que estava mais inteirada.

- Posso entrar? – Meu pai e minha mãe me pediram e eu assenti com a cabeça, cabeça que eu esperava ter por muito tempo.

- Viemos te entregar algo... – Minha mãe puxou o velho boné dos Yankees, ele nunca me deixava chegar perto dele, mas também nunca a vi usando-o. – Esse é meu elmo... Eu quero que fique com ele por enquanto... – Franzi o cenho. – Ah, é claro, é pra isso que ele serve. – Ela o colocou e desapareceu diante dos meus olhos. Um elmo da invisibilidade.

- Ah mãe, muito obrigado. É meio brega, mas ninguém vai me ver com ele. – Nós rimos e meu pai veio em minha direção.

- Eu também tenho algo para você... – Ele puxou uma caneta do bolso... – Essa é Anaklusmos.

- Contracorrente. – Traduzi o grego antigo com facilidade.

- Exatamente. Ela é uma... – Ele tirou a tampa e arregalei os olhos novamente. - ...espada. Ela é de bronze e ferirá qualquer criatura não-humana. – Ele me entregou depois de colocar a tampa, fazendo ela virar uma caneta novamente. – Ah, e tem algo legal. Arremesse-a o mais longe que puder. – Franzi o cenho. – Vamos, faça isso. – Ele pareceu animado, então, atirei ela pela janela. – Agora olhe no seu bolso. – Passei a mão e puxei algo que estava lá. Era a Contracorrente. – Ela sempre volta para o seu bolso. – Abracei papai e a mamãe.

 

Fui para a escola animadamente e com mania de perseguição. Parecia que cada pessoa que passava na rua queria me matar. Meu pai disse que era para isso que servia o déficit de atenção, para me manter atenta nas lutas. Ah, e a dislexia... bem, segundo ele, era porque eu sei lei grego antigo, e o inglês e bem diferente disso.

 

Cheguei na escola e uma linda garota loira se materializou na minha frente. Ela tinha olhos azuis, como o do rapaz loiro do grupinho. Mas os dela eram doces.

- Olá Blair! – Ela falou animadamente como se me conhecesse há anos. – Ah, desculpe. Estou com você há tanto tempo que esqueço que você não me conhece. – Ela pareceu meio triste

- Você é algum tipo de sequestradora? Quer me matar? – Calma Blair, controle sua neorose.

- Não. Seu avô me mandou aqui. Ele pediu desculpas por não poder ajudar, mas me mandou. A proposito, me chamo Serena e sou sua sátira. – O meu avô se preocupava comigo. Apenas aquela ideia animou meu dia.

- Satira... tipo... você é um bode? – Ela me olhou, como se sentisse-se ofendida.

- Algo contra? – Ela colocou as mãos na cintura e maneei a cabeça em reprovação.

 

Andamos pela escola, e procurei desesperadamente por ele. Desculpe, procurei despreocupadamente por ele. É. Avistei os quatro em um canto, conversando tranquilamente.

- Eu vou falar com aquele idiota. – Eu disse recebendo um olhar cuidadoso de Serena.

- Blair, é melhor não... – Ela falou.

- Fique tranquila, é rápido. – Caminhei pelo pátio bem devagar até chegar perto deles. Chuck veio perto de mim, antes mesmo que eu o chamasse.

 

- Então, conversou com seu pai? – Ele perguntou enquanto eu andava despreocupadamente. Dei de ombros.

- É mais ou menos... – Não iria contar tudo de uma vez.

- Bem, então bem vinda ao clube. – Ele disse com um meio sorriso no rosto. – Sabe, nós... eu a Georgina e o Nate, nós somos meio-sangues. – Ele me olhou, como se pedisse o que eu achava daquilo.

- Filhos de quem? – Eu disse, tentando parecer desinteressada.

- Hm... Georgina é filha de Ares. – Ele disse como se aquilo fosse meio óbvio, então lembrei que ela era a garota de olhos furiosos que foi atacada pelos canos d’água. É, realmente parece filha de Ares, o famoso Deus das Guerras.

- Nate é filha de Afrodite. – O garoto loiro bonito mas mau humorado e sem cérebro. É, talvez fosse mesmo filho de Afrodite, a Deusa da Beleza e da vaidade.

- E você? – Eu perguntei vendo que estávamos em um canto afastado, quase deserto se eu for sincera comigo mesma. Ele puxou do bolso a espada e analisou-a com calma. De um lado a outro.

- Eu sou filho de Zeus. Então espertinha, não sabia disso? – Ele disse, andando com a espada ameaçadoramente em minha direção.

 


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Notas finais do capítulo

Então queridos, desculpem por esse capitulo ter sido mais a revelação da Blair.

Será que Chuck vai ferir ela? O que ela vai fazer?

Vamos ver logo -q

Deixem reviews! Ah, lembrando que postei mais rápido pelas 12 reviews no primeiro cap o/ Obrigado, e continuem deixando reviews para os capitulos continuarem sendo rápidos!

XOXO. Neli ;*



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