True Tears escrita por Ane Viz
Notas iniciais do capítulo
No último capítulo (parte que antecede a este Poc):
Andamos juntos sem nos importarmos com as mãos entrelaçadas e chegamos ao saguão de entrada. A próxima coisa que senti foi um cabelo ruivo se jogar em mim. Ri sabendo que era a Gina. Abracei apertado minha amiga. E sua voz suave falou, mas não comigo.
-Obrigada Malfoy.
Não por isso Weasley. Ergui o rosto e ele piscou para mim sumindo no corredor.
Boa leitura!
Dedico este capítulo a Jenny Karine! Ei Jenny, obrigada pelo seu super apoio. Adorei te ver por aqui, mesmo! Muito bom saber que ainda acompanha a fic. E não se preocupe logo postarei mais na sua. Beijos!
Capítulo 37: Exatamente como você é.
Draco´s Pov:
When I see your face
There's not a thing that I would change
'Cause you're amazing
Just the way you are (Bruno Mars)
Saí deixando as duas sozinhas e andei pelo corredor indo até o salão comunal da sonserina. Queria pensar e decidir como agiria de hoje em diante. Estava com um sorriso bobo preso no meu rosto e nada poderia tirá-lo. Parei em frente ao retrato falando a senha e entrei vendo Crabble e Goyle sentados comendo algumas tortinhas de abóbora. Balancei a cabeça e subi para o dormitório sem fazer ruído. Ao entrar vi Pansy sentada na minha cama olhando para a parede e Blásio de costas para a porta tentando a fazer sair do quarto. Franzi o cenho sem entender o que acontecia.
-Vamos Pansy deixa isso para lá. – Ele falou com a voz baixa num tom persuasivo. – Não se meta nisso.
-Ele é meu, Blásio. – Gritou nervosa. – Aquela sangue-ruim vai se ver comigo.
-Quem é seu? – Perguntei num falso tom curioso.
Ela se engasgou e levantou da minha cama.
-Oi Draquinho onde estava? – Falou se aproximando e colocando a mão em meu peito.
-Oi Pansy. – E respondi com a voz cortante. – Não te interessa.
-Draco, eu não sou qualquer uma não!
-Eu falei que era? – Questionei arqueando a sobrancelha. – Não temos nada, e não vamos ter.
-O quê?
-Não estamos juntos Pansy – falei passando a mão no cabelo – e não vamos ficar. Aquele beijo não significou nada, ok?
Vi lágrimas surgirem em seu rosto e ela passou correndo. Blás andou até mim e deu uma batidinha em meu ombro como se dissesse “Relaxa cara, daqui a pouco ela esquece.” Mas eu sabia que não seria tão fácil assim. Olhei para porta e saí do quarto descendo e vi a morena sentada na poltrona mais afastada de todas. Caminhei até ela e me abaixei a sua frente. Seus olhos negros encontraram os meus e abaixou o rosto querendo me impedir de lhe ver chorando. Uma de suas características que considerava como qualidade, ser forte.
-Pansy, não fique assim, certo? – Falei baixo. – Desculpe, não devia ter falado daquele jeito. - Ergui seu queixo. - -Sabe que me preocupo, mas não posso fazer nada se não sinto o mesmo.
-Deixa para lá. – Secou o rosto. – Vamos almoçar?
Sua pergunta me deixou desnorteado. Passamos tanto tempo com aquela briga idiota? Apontei para o quarto e pedi para esperar um segundo. Voltei lá para cima e desci junto com Blásio e fomos os três conversando calmamente. Ela passou os braços pelos meus ombros e os do nosso amigo. Podia ver que estava se segurando para ficar forte e dei um pequeno sorriso de incentivo. Apesar das nossas brigas ela é minha amiga. E por mais que ás vezes pegasse no meu pé sabia que era por gostar de mim. O ciúme dela é muito irritante e seu grude acaba causando brigas.
O salão quando entramos já estava basicamente lotado, olhei com o canto dos olhos para a mesa da casa dos leões e me preocupei ao ver o testa rachada e a cenoura ambulante sozinhos. Eles não estavam com uma cara muita boa. Será que esses idiotas ainda estão brigados com a Mione? Aquilo me irritou e se continuassem assim iriam se ver comigo. Coloquei comida no meu prato e me servi de suco de abóbora. Respondi as perguntas sem dar muita atenção até que a voz de alguém chamou o Potter num tom alto fazendo todos pararem para escutar o motivo de tanta agitação.
- Harry, é a Hermione!
Na mesma hora ele se levantou com um sorriso enorme no rosto e abriu os braços a pedindo um abraço silencioso. Vi-a retribuir o sorriso e correr em sua direção. Usei a minha força toda para não ir até lá e o empurrar para longe dela, mas não podia de jeito nenhum. Ela precisa deles. Pensei mesmo sem vontade de aceitar o fato. Hermione os ama. Fiz uma pequena careta de desgosto pela cena e pela minha conclusão. Argh ciúmes do Potter e do pobretão Weasley. Voltei a olhar para eles e vi o Potter empurrar com o ombro do Weasley que sorriu fraco para ela recebendo outro de volta. O cicatriz a puxou pela mão para sentar ao seu lado. E então os olhos castanhos encontraram os meus.
-Draco? – A voz da Pansy me trouxe de volta.
-Hã?
-Vamos a Hogsmead no final de semana juntos? – Perguntou apontado para si mesma e para o Blás que olhava segurando o riso para mim.
-Acho que ele vai ter companhia – olhou a castanha – só falta convidar. – Sorriu malicioso. – Certo Draquinho?
Olhei torto para ele e me levantei indo a mesa da grifinória. Senti minhas mãos tremerem quando todos começaram a olhar em minha direção. Ótimo! Pensei sarcástico.
-Gina, Luna como estão? – Perguntei como se fosse algo normal.
Os cochichos aumentaram, mas as duas sorriram.
-Bem. – Falou a loira.
-Bem, - disse a ruiva que parou por um minuto – e você Draco?
-Sem reclamações. – Olhei para a castanha. – Podemos conversar?
-Ah... – Ela corou e eu sorri. – Tudo bem.
Mione levantou e o pobretão segurou seu braço.
-Vai com ele?
-Não se meta nisso, Weasley.
-Rony, - Potter falou com a voz baixa – deixa a Mi decidir.
-Obrigada Harry. – Sussurrou e saiu do salão sob cochichos e expressões chocadas.
Passei a mão por seu ombro e a guiei para os jardins e nos sentamos embaixo da árvore perto do lago negro. Apoiei minhas costas no tronco e olhei para ela calmamente. Seus olhos encontraram os meus e vi suas bochechas corarem adoravelmente. Achei melhor começar por um assunto que agora estava resolvido de certa forma. A briga dela com seus melhores amigos e o reencontro com as amigas. Lembrei da cena de quando chegamos e ri a fazendo dar um pequeno sorriso ainda sem jeito.
-Como foi com as garotas? – Indaguei curioso. – Já teve suas explicações?
-Ah... – Suspirou. – Nada, acredita? – Riu balançando a cabeça. – Só me fizeram um interrogatório. – Rolou os olhos.
-Não é estranho – comentei e a puxei pela cintura para se apoiar em mim – elas estavam preocupadas.
-Eu sei. – Respondeu com a voz pequena. – Só preciso de um tempo para mim.
-É, e teve. –Concordei. – Agora precisa voltar ao normal sabe - tudo. – Sorri de lado e sussurrei. – Que tal começar no sábado?
-Como?
-Aceita ir comigo a Hogsmead este sábado, Srta. Granger?
-Hmm... – Respondeu olhando suas vestes. – Pode ser.
-Pode ser? – Perguntei incrédulo.
Ela riu e se virou para mim arqueando a sobrancelha. Sua expressão ainda era divertida e seus olhos brilhavam de malicia. Estava implicando comigo.
-Se é assim. – Dei de ombros. – Chamo a Pansy.
-O quê? – Gritou se levantando.
Abri um sorriso e me aproximei roubando um beijo. Virei não sem antes vê-la tocar os lábios com os dedos e sorrir. Entrei sem me importar com os comentários das pessoas ao meu redor. Esbarrei no corredor com o cicatriz e o cenoura. Em meio a nós três uma ruiva apareceu empurrando o irmão e o amigo para trás. Podia ver que os recriminava pelo olhar. Potter abaixou a cabeça e o ruivo continuou me encarando. Notando que nada mudaria ela decidiu agir antes de se meterem em encrenca.
-Não se metam nisso.
-Hmm... Gina?
-Sim Draco?
-Acho que Hermione vai precisar de sua ajuda para sábado. – Sorri de canto vendo os olhos da garota a minha frente brilhar. – Está lá fora perto do lago.
Assentiu e saiu correndo para o lado de fora. Virei o rosto olhando atentamente para os dois. Vamos lá a pior parte já foi.
-Podemos conversar, nós três, civilizadamente.
-Certo. – Respondeu e percebi que poderia dar certo.
-Sala precisa, pode ser?
-Vamos logo. – Retrucou o ruivo andando a frente.
Caminhamos perto e sem demora estávamos em frente à entrada da sala precisa. Lembranças dos dias que passei ali a mando de Voldemort voltaram à minha mente, e me forcei a ignorar. Mentalizei uma sala com três poltronas e nada mais. Entrei sendo seguido por eles, me sentei e esperei os dois fazerem o mesmo. Pigareei de leve.
-Sei que não gostam de mim – comecei devagar – e eu também não gosto de vocês.
-Qual é? – Gritou o Weasley. – Precisamos mesmo ouvir isso?
-Olha Malfoy...
-Escutem simplesmente, por favor, ok? – Levantei nervoso. – Ela... – Travei na hora, porém me forcei a continuar. – Ela ama vocês e precisa ter vocês por perto. – Passei a mão por meus cabelos. – Gosto dela, de verdade, eu...
-Espera aí. – Falou o Potter. – Está tentando conseguir uma trégua pela Mi?
-Exatamente.
-Não prometo nada, - começou o cenou... Quero dizer, Weasley. – mas vou tentar. – Levantou e apontou para mim. – Por ela.
Assenti e me virei para o testa racha... Potter. Sabia que a decisão final seria a dele. O que decidisse querendo ou não o ruivo iria aceitar. E, infelizmente, a opinião dele teria um grande peso para Hermione. E se quisesse que tudo desse certo precisaria da colaboração deles. Sim, isto é um fato.
-Se fizer qualquer coisa que a machuque está ferrado. – Deu as costas. – Vamos Ron.
Observei ainda parado assimilando a resposta. Bom, não era um não então está bem. Sabia que isso era um ‘sim’ a minha pergunta. Será que vai dar certo? Sai de lá descendo para procurar algo que pudesse fazer. Hoje meu horário a tarde era vago. Voar seria uma boa ideia. Conclui sentindo uma vontade enorme de sentir a liberdade de voar. Já até sei aonde vou. Conclui ansioso. Corri para o dormitório e agradeci a Merlin por estar vazio. Peguei a vassoura querendo poder logo aproveitar o tempo. Iria voltar antes do jantar e pronto. Sem problemas, sem reclamações.
-Draquinho?
Derrapei parando perto da entrada e olhei para a morena que veio para mim. Sorri vendo que ela estava melhor.
-Ei Pan. – Cumprimentei. – O que está fazendo?
-Nada, e você?
-Voar. – Ergui a vassoura para ela ver. – Quero aproveitar enquanto ainda está claro.
-Vai treinar?
-Sim, mas sem o time.
-Te vejo depois.
Concordei e sorri abertamente ao estar sozinho no corredor. Simplesmente falar ‘quadribol’ fazia Pansy desistir de me acompanhar. Um pequeno artificio que descobri durante o nosso segundo ano. Os corredores estavam silenciosos porque a maior parte dos alunos na escola estava em aula. Segui silencioso para a saída fui saudado por uma brisa balançando meus cabelos. O tempo começa a esfriar, com um aceno convoquei um casaco. Cantarolei durante o percurso completo. Subi na vassoura pronto para alçar voo quando uma voz repreensiva chegou aos meus ouvidos.
-O que pensa estar fazendo Malfoy?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Olá,meus amores!Saudades de vocês!Queria agradecer a LSofia, Marina, loris, Kriss, MyLittleWatson, Margaridaramalho, Chanandler Bong e Jenny Karine. E queria agradecer muito a Jenny Karine pela linda recomendação!*-*
Aguardo ansiosa a opinião de vocês! E quero saber se desejam um capítulo bônus para o dia dos namorados.
Beeeeeijos, e até o próximo capítulo!
P.S: Desculpem a demora em responder, mas logo responderei cada um deles.