Capítulo 14: Decidindo o futuro

Unknown pov.:

Eu fecho meus olhos e consigo sentir os lábios dela colados aos meus. Sei que foi por pouco tempo mais foi realmente incrível para mim. Queria poder tê-la em meus braços de verdade. Sem medo de enfrentar o que se passa em minha mente, mas nada na vida é fácil. E eu não sei até que ponto estou disposto a lutar por ela. Hermione Jane Granger. A sabe de tudo de Hogwarts. A dona dos olhos castanhos mais lindos de todo o mundo.

Fitá-la se tornou meu melhor passa-tempo. Vejo o dia acabar e a noite começar e meu pensamento esta no mesmo lugar. Como se estivesse focado e sem a mínima vontade de mudar seu curso. Apoiei minha cabeça em minhas mãos e fitei o professor a minha frente. Como eu queria estar com ela. Mantive meus olhos voltados para o professor que com um aceno de varinha fez aparecer algumas palavras no quadro sobre o conteúdo da aula.

Desviei meus olhos para o lado e meu amigo anotava a tudo sem parar. Balancei a cabeça me repreendendo. Deveria estar fazendo o mesmo. Suspirei e fechei meus olhos por um momento tentando clarear minhas idéias. Ao abrir novamente meus olhos peguei a pena e molhei no tinteiro e deixava a pena deslizar pelo pergaminho num trabalho preguiçoso. Em segundos tudo estava anotada e ainda assim eu não sei dizer qual foi o assunto da aula.

O arrastar das cadeiras para trás chamou minha atenção e eu lancei todo o meu material da aula dentro da mochila e joguei-a por meus ombros de uma força despojada. Levantei da cadeira e ouvi alguns suspiros um sorriso formou-se em meus lábios e segui o caminho até a porta. Andava distraído pelos corredores da escola e algumas vezes eu respondia algumas perguntas dirigidas a mim.

-Hey, espera cara.

Eu continue andando sem olhar para trás sabia que era comigo, mas eu não estava com vontade de falar com ninguém.

-Qual é? Está surdo M...

Ele parou o meu sobrenome antes de terminar por eu ter me virado lentamente. Ele queria me irritar só podia ser isto. Fitei-o e ele pareceu não saber o que falar. Dei de ombros e segui para a minha próxima aula. Passei os olhos por todo o trajeto e nada de encontrá-la estava começando a me irritar até ouvir a voz dela um pouco acima do normal. Parei diante do local observando a cena.

Um rapaz estava de costas para mim e de frente para ela. Ele parecia estar tentando irritá-la. Aqueles cabelos? Eu conheço. Claro, só podia ser ele.

-Cale a boca Granger.

A voz dele soou fria e irritada.

-Argh. - Ouvi-a resmungar e virar as costas indo na direção oposta a dele e vindo na minha.

Nossos olhares se encontraram por um momento e eles pareciam temerosos. Ela pensou que soltaria alguma gracinha. Sim, esta era a idéia que ela tinha de mim. Passei a mão pelos meus cabelos e rumei para a minha sala até eu atravessar a porta podia sentir olhares curiosos sendo lançados em minha direção. Por Merlin, não posso ter privacidade?Sentei ao lado do meu amigo que apenas deu-me um aceno de cabeça e o professor entrou na sala.

A aula parecia nunca acabar. Outra vez eu estava perdido em meus pensamentos. Porque ela me olhou daquele jeito? Apertei a pena com força fazendo-a soltar um estalo e quebrar-se ao meio. Bufei irritado por ter de pegar outra. Não que eu tivesse problema com dinheiro, porém não posso ficar saindo por aí o tempo todo. Olhei o quadro e tinha algumas informações sobre o que estudaríamos.

Nada mais normal. Primeiro dia de aula é sempre entediante. Um pedaço de papel pousou em minha mesa e eu abri lentamente. Eu não sabia de quem era, mas uma coisa eu tinha certeza. Não era de quem eu queria. Terminei de abrir o papel e o coloquei sobre a mesa e no mesmo instante meu amigo se aproximou para ler também. Respirei fundo e olhei o conteúdo.

Hey M.,

O que foi aquilo com a Granger?Nem eu nem a ninguém entendeu nada.

C.

Era só o que me faltava. Este cara achando que eu iria falar com ele sobre a minha vida. É claro que todos estranharam. Eu tinha de ter falado algo, mas seu olhar temeroso e triste calou-me. Eu peguei o papel e rabisquei uma resposta qualquer.

Hey C.,

Nada não cara. Eu ia falar, mas sabe como esta garota é louca, né?

M.

Foi à resposta que menos me daria problemas. Ainda mais depois do que houve. Digamos que tínhamos história para contar. Soltei um riso baixo e joguei o papel na mesa do garoto curioso que me olha com a sobrancelha erguida. O tempo da aula se passou sem mais nenhum imprevisto e a única coisa que eu queria era sair dali antes de ser bombardeado por mais perguntas das quais eu não tinha resposta ou não queria responder.