Hale Mccarty escrita por AndyMListing


Capítulo 4
3. Alone


Notas iniciais do capítulo

Leiam a N/A no fim após a leitura ok? E nao esqueçam depois dos comentários.



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***

Estávamos no carro voltando para casa e não conversamos nada a viagem toda. Olhava pra fora da janela vendo as arvores e pinheiros correndo com a paisagem em branco do gelo.

 

- Então... Hã. Carter. Seu nome é diferente dos seus pais. – ele tentou começar um assunto para quebrar o clima tenso que pairava sobre o carro.

 

- Eles não são meus pais, são meus tios. Eu não conheço meus pais, moro com os dois desde que me entendo por gente.

 

Olhei para ele e o vi se remexer no banco desconfortavelmente pela própria pergunta.

 

- Desculpe. – ele pediu.

 

- Não tem problema, você não sabia e não foi mal intencionado.

 

Mais uma vez o silêncio reinava.

 

Comecei a sentir o frio perpassar meu corpo e comecei tremer, mesmo com o ar condicionado quente ligado.

 

- Você está congelando, deveria usar uns casacos melhores ao invés de usar o que está usando.

 

- Estou acostumada à baixa temperatura. – disse sem me importar.

 

- Aqui. Usa meu casaco. – ele retirou um casaco grosso do banco de trás do passageiro me oferecendo.

 

Tomei em mãos e vesti. Não tinha porque não aceitar, ele estava tentando ser gentil e as pessoas nunca eram gentis comigo.

 

Continuei olhando as paisagens e uma coisa havia chamado minha atenção para uma placa.

 

Atenção. Não cheguem perto das proximidades da floresta.

 

Acabei por ficar curiosa, o carro continuou andando e minha cabeça acompanhando enquanto nos afastávamos.

 

- O que tem lá? – Perguntei apontando com a cabeça.

 

- Não é um lugar seguro. Dizem que tem ursos marrons. Até então semana passada meu pai havia comentado que quase fora atacado por um enquanto fazia camping. Ele adora aventuras e trabalha com isso, e bom, por sua imprudência quase morreu.

 

- Nossa! Deve ter sido uma péssima experiência. – comentei surpresa.

 

- E foi. – ele respondeu – Pronto. Chegamos.

 

Ele estacionou em frente a sua casa. Abri a porta do carro saindo, e ele fez o mesmo.

 

- Obrigada pela carona. – agradeci. Retirei o casaco lhe entregando.

 

Ele aceitou acenando com a cabeça.

 

Entrei em casa e retirei meu tênis all star (minha tia odiava a idéia de ver sapato sujar sua casa), adorava o estilo deles e gostava apenas dessa marca, a única coisa triste é que eles já estavam muito surrados, já os tinha mais de dois anos.

 

Retirei meu casaco e pendurei na entrada.

 

Olhei em volta no hall, na sala e nenhum sinal que minha tia estivesse em casa. Acho que estava completamente sozinha.

 

Subi correndo para o quarto e guardei meu material. Fui até a cozinha ver o que tinha para comer, abri a geladeira e nada. Em cima da mesa havia um bilhete:

 

Fui às compras, vou demorar a chegar, espero encontrar a casa limpa e em ordem.

 

Suspirei. Então as coisas estavam em cima das minhas costas outra vez.

 

***

 

Eu estava exausta, não agüentava nem mais sentir o cheiro dos produtos químicos de limpeza.

 

O relógio marcava quatro e quinze da tarde.

 

Não pensei duas vezes em subir para meu quarto e descansar. Do jeito que estava acabei por adormecer na cama.

 

Novamente os desconhecidos – que já não eram mais tão desconhecidos assim – invadiram meu sonho outra vez. Eu podia ver claramente seus rostos agora, seus olhos e sua beleza incomum.  O mais estranho que eu podia ver sete pessoas, não cinco.

 

Eu estava feliz ali com eles, e todos sorriam também felizes.

 

Todos estavam em frente da casa, que se encontrava dentro da floresta. Eu já me sentia familiarizada com eles. Era minha família. Minha família. Família...

 

Acordei assustada com minha tia entrando no quarto muito furiosa.

 

- Acorda . – berrou puxando a coberta de cima de mim acabando de vez com o sonho perfeito.

 

Dei um pulo da cama. Eu não sabia o que havia feito de errado daquela vez. Eu tinha limpado a casa por completo como ela pediu. – pedir não, pedir seria com jeitinho e, por favor – mandou. Não. Devia ser outra coisa.

 

- O que há de errado? – perguntei um tanto quanto assustada e receosa ao fazer.

 

- O que há de errado? Você é igualzinha a sua mãe. Lerda. Você fez a janta por acaso?

 

Ela não havia pedido para fazer janta alguma, não sabia que ela ia demorar tanto assim fazendo compras.

 

- Não, mas...

 

- Mas... Mas... E precisava escrever um bilhete pedindo? – ela responde como se pudesse adivinhar o que eu estava pensando - Chega de conversa. Seu tio está quase chegando, é bom que você faça logo tudo rápido e direito. E não quero que queime nada.

 

Sem nem me deixar argumentar saiu do quarto batendo a porta com força.

 

Olhei para o relógio novamente. Já eram sete e vinte da noite? Eu havia dormido tudo aquilo?

 

- E anda depressa – berrou da escada.

 

Corri rápido para atendê-la.

 

 

Rosalie Pdv

 

O que faziam com a garota era exploração e maus tratos dos piores. Não conseguia acreditar que poderia ter pais que pudessem fazer tal coisa.

 

Continuei a observar ao longe. A pobre adolescente era infeliz ali, e isso mostrava claramente.

 

Ouvi passos atrás de mim, e não me importei de ver quem era, pois já sabia, apenas continuei na minha posição.

 

- Preocupada de novo? – ouvi a voz de Emmett sussurrar em meu ouvido enquanto ele lançava seus braços em volta da minha cintura abraçando por de trás.

 

- Você sabe Emmett, estou apenas curiosa. A menina me deixou intrigada.

 

Continuei de costa para ele sem deixar de desviar os olhos da casa.

 

- Você realmente acha que o cheiro do sangue dela é semelhante ao meu quando era humano?

 

- Se é uma coisa que ficou gravada em mim Emmett foi você. – o senti sorrir feliz. – E você mesmo ouviu o Edward, não só ele diz que o sangue é muito semelhante ao seu, como ele achou que o cheiro lembrava a mim também.

 

- Você não acha isso tudo muito estranho? Primeiro a Alice começa a pirar com as suas visões, ela ficou brava por não ter visto nada, depois essa menina chega à cidade e tem certa semelhança conosco. Você não acredita que seja só uma coincidência? – desta vez ele virou para frente e me encarou franzindo a testa.

 

- Eu não acredito nisso, não em coincidências. – afirmei.

 

- Rosalie...

 

- Escuta-me Emmett, tirando você, Carlisle e Esme, todos acham que eu sou fútil, egoísta, arrogante e outras coisas mais. E eu concordo, mas se tem uma coisa que você tem que saber é que eu realmente me preocupo com essa garota, não sei o motivo realmente, ou talvez sim. Ela pode não ter nada especial, mas eu me importo.

 

Coloquei minhas mãos frias sobre seu rosto congelado quase tão semelhante ao meu e olhei dentro dos seus olhos.

 

- Não sei o que houve hoje comigo, mas ela me lembrou tanto você, que eu quase pude sentir com ela o que sentir com você naquele dia. – declarei.

 

Emmett ficou por um instante calado, depois em seguida esboçou um sorriso aberto mostrando suas covinhas que eu tanto amava.

 

- Eu sei que você não é tudo isso que o Edward diz. Eu conheço você Rosalie e não é o Edward que dorme e vive ao seu lado, sou eu. – eu havia entendido a parte de dormir. – Se você está preocupada é porque se importa, e admiro seu coração, por mais que não bata é tão grande, caloroso e bonito, tanto quanto você é para mim. É por isso que eu te amo. – ele me abraçou passando conforto. - My Angel. – ele disse finalizando em meu ouvindo.

 

Era assim que ele sempre me chamava, sempre. Era como ele me via desde quando eu o salvei do urso. 

 

Olhava-me no espelho e a única imagem refletida que eu podia enxergar era de uma matadora, não de uma heroína. Anjos não tiram vida para fazer você se tornar um monstro, ele salva.

 

Emmett se aproximou selando nossos lábios. Eu sabia que eu era tudo aquilo que todos falavam. Mas Emmett me amava com todos os defeitos, e amava muito. Eu havia tirado a sorte grande no dia que eu o encontrei.

 

Nós dois nos completávamos, Emmett era tudo e um pouco mais o que eu estava procurando a vida toda.

 

Ele envolveu seus braços em meu ombro e me acompanhou para irmos pra casa.

 

 

Andy Pdv

 

Minha tia me fez trabalhar a noite toda para a janta de hoje. Eu não consegui parar um minuto sequer para descansar. Enquanto eu estava na cozinha tentando não arruinar nada, ela estava na sala deitada vendo seus programas favoritos na TV.

 

Enquanto a batata assava, fiquei parada olhando a janela que tinha visão voltada pra os arbustos e árvores do lado oposto da rua. A neve lá fora caia, e os flocos brancos deixavam vestígios na rua molhada, úmida e deserta.

 

O vento e a janela embaçada dificultavam minha visão, foi quando virei meu rosto surpresa para as arvores, e quase tinha a nítida impressão que havia vistos olhos amarelos. Cheguei mais próxima, e afastei as cortinas. Nada. Não havia nada.

- Pra que você tanto olha para rua? Presta atenção no que faz menina. – virei meu rosto para voz irritadiça da minha tia e continuei cozinhando.

 

Enquanto isso eu espiava para fora da janela, que estava vazia apenas por sua noite fria. Talvez fosse apenas fruto da minha imaginação. Balancei a cabeça enquanto tentava limpar esses pensamentos.

 

***

 

Não demorou muito para que meu tio Royce chegasse em casa. Ele estava bêbado como sempre. Havia acabado de lavar toda a louça e jantado, quando olhei por cima do ombro e minha tia lançou um olhar.

  

É melhor que você suba.

 

Não esperei nem que ela lançasse um segundo olhar, porque eu já estava pisando no ultimo degrau da escada de cima. Entrei no meu quarto fechando a porta bem devagar. Entrei no banheiro para tomar um banho e fazer o dever de casa de literatura.

 

Ouvia ruídos no corredor de baixo, eu sabia exatamente o que eles eram. Em casa nunca havia tido o conceito do respeito e pudor. Meus tios nunca se preocuparam muito com esse tipo de coisa. Eu era a coisinha insignificante que não valia nada.

 

Acendi o abajur e abri meu fichário na matéria com o livro na pagina vinte e nove. Sentei-me ao lado da janela do quarto e comecei a escrever. Eu sempre gostara de escrever a vida toda, era um passatempo. Tinha meu próprio diário que era meu único amigo. Era com ele que eu podia contar meus maiores sonhos, temores e tristezas.

 

Porque era só isso que minha vida era marcada. Tristezas. Quem sabe um dia eu pudesse ver uma luz na escuridão que me cercava.

 

Passei quase a noite toda naquela meditação. Quando olhei o relógio, já marcava que era onze e meia.

 

Espiei de curiosidade a rua, sabendo que não encontraria nada ali que não fosse o branco do gelo.  Vi as arvores se mexerem com o vento e os arbustos também. Por um momento rápido levantei da cadeira assustada ao mesmo tempo em que meu tio abria a porta.

 

- Aí está você. – ele falou com a voz arrastada.

 

Ele veio andando até chegar a mim e se apoiar, ele quase levara um tropeço no pé da cama. Não conseguia nem se agüentar em pé por causa da bebida.

Ele estava fedendo a álcool.

 

- Então... Fiquei sabendo por sua tia que você não ajudou na casa novamente. – ele falou perto do meu rosto, quase cuspindo por não conseguir desenrolar a língua.

 

- Onde ela está? – perguntei ficando assustada se apoiando na mesinha do criado mudo derrubando meu abajur no chão, fazendo a única claridade do quarto ir embora.

 

- Ela está dormindo. – olhei para baixo e vi na escuridão ele retirar a fivela do cinto.

 

- O... O... Q-que vai... F-fazer? – estremeci, sabendo exatamente o que iria acontecer.

 

- Estou exausto e nervoso, sua tia não conseguiu fazer meu estresse diminuir, mas quem sabe você possa fazer. E também tem pessoas que devem saber o seu devido lugar.

 

Quando me preparei para pular na cama e correr ele me segurou pelo pulso e me deu um tapa no rosto.

 

Senti uma dor na cabeça, fazendo tudo em minha volta girar. Ele me batia com aquela fivela de couro. Eu queria gritar, mas minha voz estava embargada pelas lágrimas. Minha garganta doía.

 

Eu tentava falar. Para. Por favor. Quase em sussurros.

 

Ele parou logo depois que a campainha tocou e um baque forte na porta se fez.

 

Ele olhou assustado para o corredor e correu, rapidamente voltou para meu quarto.

 

- É melhor ficar ai e não fazer nenhum barulho. Nem pense tentar bancar a espertinha. – ele me ameaçou. E voltou para ir atender a porta.

 

Minhas pernas e braços apresentavam marcas vermelhas. Meu corpo doía. Era sempre a mesma coisa.

 

Toda sexta a noite ele bebia e chegava em casa no mesmo estado. Minha tia virava as costas para o problema enquanto eu levava a dor sozinha.

 

Tentei me esforçar para chegar perto da minha cômoda, e vestir um casaco de frio. Estava apenas com meu pijama, e a rua fazia um frio de atormentar.

 

Meu corpo doía, mas peguei a primeira coisa que consegui e vesti. Cheguei perto da porta e ouvi a voz do meu tio discutir com alguém no andar de baixo.

 

Os cacos de vidro estavam espalhados no chão. Aproximei da janela e a abri. O vento frio cortava meu rosto, mas eu tinha que ser corajosa ou iria sofrer pela minha vida toda.

 

Enxuguei o rosto com a manga da blusa e sentei na janela. A altura não era muito favorável, mas já havia passado por coisas piores. Preparei-me para pular e caí no chão batendo meu corpo violentamente na queda. Não sei se era o frio que fez doer, ou foram às surras.

 

Levantei-me e fui andando em direção a estrada.

 

Eu estava sozinha

 

Sozinha.

 

***

N/A: Mais um capitulo XD

Gente to me empolgando nessa fic. Sério! Nunca me senti tão bem escrevendo.

É o seguitne vcs devem ta com uma tremenda da duvida. Tio Royce? (calma, não é o Royce que a Rosalie matou.) NOP u_u. Até pq nao tem COMO. Vocês vão saber depois... (hahaha mente maligna). A conversa que a Rosalie teve com o Emmett vcs tbm só vao entender o que ela quis dizer sobre o cheiro familiar só la na frente da fic tbm, nao pensem que eu to fazendo uma mistureba na historia nao ok? Eu tenho tudo planejado Bele?

Eu tenho uma comunidade no Orkut, se quiserem entrar, está lá no meu perfil. E se quiserem seguir via twitter tbm pode ir la no perfil e pegar o link e dar um FOLLOW. E outra coisa. Vou dar um tempo na fic, preciso terminar os capitulos das outras que eu deixei pela metade. XD

Sem mais demandas.

Quero meu comentario viu?

Kisses

P.S: Emmett e Rosalie ama vocês. >>>> Mas só se deixarem Reviews. Ou mando meus demolidorzinhos preferidos (Existe outros?)Destruir a casa de vcs. u_u Agora de verdade

Fui.

 


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