A Minha Maneira escrita por angelicola


Capítulo 36
Acabou?


Notas iniciais do capítulo

DEIXEM REVIEWS NO FIM DE TODO CAPÍTULO, POR FAVOR. QUERO SABER SE VOCÊS TÃO GOSTANDO E TAMBÉM TER NOÇÃO DE QUANTAS PESSOAS ANDAM ACOMPANHANDO A HISTÓRIA.
BEIJOS E OBRIGADA!!



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— Faz comigo? - Rodrigo perguntou quando arrastei uma cadeira para sentar-me ao lado dele e beijei seu rosto.

— Claro. Achou que eu ía fazer o trabalho com o aluno novo? - falei sarcástica.

— Não sei... vi ele indo na sua mesa. Mas mesmo assim eu não ía deixar você fazer essa experiência com ele, você é minha namorada! - voltou seus braços por minha cintura, abraçando-me - Então vai querer fazer o trabalho em casa ou na sua?

— Tanto faz... em casa, pode ser?

— Você é quem decide. Hoje ou amanhã?

— Vamos fazer hoje e amanhã, o que você acha?

— Tudo bem, e não pegou a sua apostila pra gente fazer as páginas 18 e 19 né?

— Pera aí, vou lá pegar! - grudei meus lábios dos seus e levantei-me, antes que a professora percebesse o clima.

 

...

 

A aula logo acabou e descemos pro intervalo. Rodrigo foi pra cantina comprar nossos salgados e avistei Bia e Rafa indo em direção ao banheiro e apressei meu passo para alcança-las. Do nada, senti uma mão quente grudar meu braço e logo percebi aquele ser levantar-se.

 

— O que você quer Henrique? - soltei-me.

— Calminha, o que aconteceu com a Déborah doce que o Rodrigo tanto fala?

— Como assim? Ele fica falando o que de mim pra você?

— Você tem um namorado super apaixonado hein? O que será que ele vai achar se ficar sabendo sobre a nossa ficada?

— Ficada? Aquilo não foi nem uma ficada pra sua informação... agora sai da minha frente e me esquece, seu idiota.

— Acho melhor você começar a me tratar bem hein? Eu tô te avisando.

— Vai pro inferno!

 

Sai de perto dele e entrei no banheiro, onde Bia e Rafa assistia a ceninha de chantagem. Minha vontade era de sair chutando tudo o que eu via pela frente, mas respirei fundo pra não fazer nenhuma cagada.

 

— Agora vi que ele não presta mesmo Débby. - Bia confessou surpresa.

— Acho que é melhor eu contar logo o que aconteceu pro Rodrigo, senão é capaz do Henrique inventar alguma coisa de mim... agora que os dois andam amiguinhos demais pro meu gosto.

— Vai contar ainda hoje? - Rafa perguntou.

— Não sei... Não sei nem como explicar, pra falar a verdade.

— E cadê ele agora?

— Na cantina... - pausei - Porra, na cantina! Depois eu falo com vocês.

 

Rodrigo estava a minha procura perguntando para algumas garotas que apontavam na direção do banheiro. Fui rapidamente ao encontro dele e peguei meu salgado de suas mãos.

 

— Ei Débby. Bora matar aula comigo e com os meus amigos, agora?

— Seu novo amiguinho vai?

— Que novo amiguinho?

— O Henrique...

— Não... por quê a pergunta?

— Não é nada... bom... preciso conversar com você... - desviei o olhar pro chão.

— EI RODRIGO. BORA CARA! - seu amigo, Felipe, gritou a beira da quadra.

— PERA AE! - Rodrigo o respondeu - E aí, vem ou não? - voltou o olhar para mim.

— Ai ok, eu vou. Mas preciso conversar com você sobre algumas coisas...

— Tá, depois você fala!

 

Rodrigo segurou minhas mãos e puxou-me em direção da quadra onde seus amigos estavam nos esperando - já subindo o muro.

 

— Onde tá a Dona Tereza? - Rodrigo perguntou, inseguro, enquanto subia no muro.

— Ela deve tá na cozinha, tá tudo liberado. - Jean respondeu - A Déborah vai com a gente pro ginásio?

— O que vocês vão fazer no ginásio? - perguntei no topo do muro, de quase 2m de altura.

— Alguns moleques do 2ºA que faltaram, vão competir futsal contra uns moleques do Sul... você vem?

— Não sei não Rodrigo... - olhei novamente pra quadra e lá estava o bendito, quer dizer, maldito Henrique nos observando, quase gelei no lugar.

— Pula rápido. - Felipe chamou minha atenção, e logo pulei com a ajuda de Rodrigo, que já estava do outro lado do muro.

— Acho que vou pra casa mesmo Rodrigo. Então passa em casa 14h30 pra fazer a experiência?

— Tá bom, se cuida.

 

Ele grudou seus lábios nos meus e saiu correndo com Jean e Felipe. Cortei caminho por uma rua de trás da escola e fui caminhando até minha casa. Meus pensamentos ficaram afastados enquanto isso, quando lembrei-me de Henrique na quadra. Ele poderia até nos dedurar, e a diretora Tânia ainda nos avisou que ficaria de olho em mim e no Rodrigo, se Henrique dedurar estamos ferrados. Eu não quero mudar de escola se minha situação piorar.

 

Era a hora marcada pra fazer a experiência e Rodrigo chegou perguntando:

 

— O que você queria falar comigo mesmo?

 

Entrei em choque. Senti que não era a hora e nem o momento certo de contar tudo. Essa é a combinação certa de fracasso. A verdade era que eu não tinha coragem de confessar.

 

— Não é nada... - murmurei.

— Sério mesmo?

— Vamos começar logo essa experiência né?

— Então vamos.

 

...

 

O dia seguinte amanheceu denso, eu já não gostava nadinha de ver o tempo tão deprimente. Rodrigo acabou nem passando em casa pra irmos à escola, então fui sozinha mesmo. Pensei em ligar pra ele mas encontrei Jean e Felipe próximos ao portão da entrada e perguntei:

 

— O Rodrigo não vai vim pra escola?

— Liguei pra ele agorinha mesmo e ele tinha acabado de acordar... atrasado... na 2ª aula ele vem, não se preocupe. - Felipe explicou.

— Valeu. E como foi o campeonato? Quem ganhou?

— Ahh, claro que o time dos meninos do 2ºA. De 3 a 1. Aqueles moleques do Sul não são de nada.

— Hmmm...

 

...

 

Quando a 2ª aula chegou, nada de Rodrigo entrar na sala e 10 minutos depois pedi ao professor de Física pra ir ao banheiro - claro que eu não ía mijar - então desci e encontrei Rodrigo e Henrique saindo da sala da diretora, um encarando o outro e com as faces avermelhadas.

 

— O que aconteceu, Rodrigo? - ele mal me olhou nos olhos, pegou sua mochila já pendurando-a no ombro e saiu andando sem me dar atenção.

— Não é nada... depois eu falo contigo. - murmurou sério e num tom de voz frio. Meu inconformismo estava em alta.

— Dá pra falar direito comigo? - ele continuou andando e o impedi, entrando em sua frente - EI!

— Eu tenho que ir embora.

— Primeiro fala direito comigo. O que aconteceu?

— Quer saber? - o modo que ele falava, seu jeito de me olhar me machucava. Ele segurou meu braço fortemente levando-me para uma parte distante do pátio, e me soltou - Você acabou de perder a minha confiança...

— Do que você ta falando?

— Pára de bancar a sínica garota. Eu... eu não acredito que você fez isso comigo. Eu nunca imaginei que você poderia esconder esse tipo de coisas de mim...

— Rodrigo...

— Ele me contou tudo. - interrompeu-me.

— O que ele falou pra você?

— Você sabe muito bem.

— O que ele falou pra você? - repeti lentamente, com os olhos cheios d' água, prestes a escorrer meu rosto.

— Sobre o beijo no jantar, que você provocava ele... - falou alto - Agora, levei suspensão de três dias por ter caído na porrada com aquele idiota por sua causa. - pausou - Você me traiu! - abaixou seu tom de voz, botando as mãos na cabeça e bagunçando o cabelo.

— Eu? Você pensa que esqueci do beijo que a Luana te deu? Pensa que esqueci? Do mesmo jeito que ela te beijou à força, aconteceu entre eu e o Henrique... ele te falou que me beijou à força, falou? - ele empurrou-me com su corpo contra a parede e segurou em meu rosto e pescoço um tanto agressivo. Eu nunca tinha o visto assim.

— Chega. ACABOU!

 

(...)


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Notas finais do capítulo

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