A primeira vista escrita por Lia_S


Capítulo 3
Noite do dia 1 ou Uma aventura não programada


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo leitor ( até tu fantasma que chegou até aqui)

Cá estamos com mais um capitulo do nossa fanfic. ( É aqui que as coisas começam a esquentar).

Sobre o vicio da Sara, é citado na série que ela havia parado de fumar a algum tempo antes de aparecer em Vegas... e isso vai ser importante na nossa história.

Tentei manter a relação deles 'estranha' como TODOS veem durante a série. Espero que gostem desse capitulo!



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O resto da tarde passara como flash: Sara participou de outras três até as 7 da noite, mas em nenhuma delas deixou de pensar no Doutor... quer dizer, Grissom. Apenas assistir a deixava mais cansada que seu próprio trabalho com Dr. Renner. O 1º dia tinha acabado e parecia que tinha caminhado uma maratona.

Ao sair da última palestra, o local já estava quase vazio, Sara já estava a caminho da porta de saída, perto de pegar seu maço de cigarros, quando se encontrou com Grissom segurando um mapa. Ele novamente sozinho, contudo, dessa vez com uma mala que não tinha papeis, mas com pinças, potes e algumas outras coisas que ela não reconhecia muito bem.

— Oi, Grissom – Ela disse chegando-se mais perto dele, escondendo os cigarros antes que ele pudesse ver. Ninguém mais poderia saber desse vicio.

— Sara... – Ele falou sem citar seu sobrenome, com a etiqueta formal dizia. A jovem mulher notou que o rosto dele se iluminara ao falar seu nome, mesmo que não tivesse dado um real sorriso– Oi.

— O que faz aqui? Achei que já estaria descansando depois de um dia cheio – Ela o perguntou dando um pequeno sorriso.

— Vou coletar alguns espécimes.  Olhei no mapa e um parque aqui perto que pode ter uma alguns insetos que ainda não tenho na minha coleção... quer vir comigo?

Aquilo com certeza não era o tipo de passeio que ela conhecia. A ida até a Golden Gate era algo ‘normal’ comparado com ao convite de Grissom. Por um minuto, Sara Cogitou em negar o convite já que ele negara o seu mais cedo, assim como ele tinha feito com ela, mas sua curiosidade chamou mais alto.

— Sim... – Ela acenou com a cabeça. Mesmo que ele tivesse ignorado seu convite mais cedo- Não se importa de que eu leve a minha bolsa certo? – Perguntou já que dentro estava seu maço de cigarros. – Se você estava tentando se guiar pelo mapa ia demorar a noite inteira pra chegar. Ainda bem que terá a melhor guia de São Francisco.

Ele dobrou o mapa enquanto se dirigiam ao tal parque. Era mais ou menos uns 20 minutos de caminhada até lá. Ela tinha ido lá uma ou duas vezes no máximo, mas por ser um ponto turístico, era muito fácil de se encontrar. Seus pais provavelmente já deveriam ter ido ali, antes de todo o caos que havia se seguido.

Ambos caminharam lado a lado em completo silencio. Não daquele tipo de silencio constrangedor, mas um silencio onde havia um certo sentimento no ar. Sara virou-se por um momento onde pode observar os detalhes do rosto do homem, mesmo com pouca luz: seu nariz era delicado, e seus lábios finos eram bem desenhados. Não havia pintas ou manchas em sua pele que era ligeiramente bronzeada. Ele era bonito com certeza.

— Chegamos. Mas como dá pra ver está fechado – disse Sara parando no jardim do parque que já estava fechado. Por um momento ela pensou que ele fosse embora, mas ele foi até um banco perto.

—Eu sei... Mas o jardim tem tanta coisa quanto a floresta. Muito obrigada por me trazer aqui – Ele falou deixando sua mala sobre um banco e pegando uma lanterna de cabeça e enquanto ela se aproximava curiosa para saber o que estava fazendo– Sabe colocar uma dessa?

— Acho que sim- Sara pegou o objeto e colocou em sua cabeça um pouco relutante. Ela havia usado apenas uma vez aquele tipo de coisa, quando a luz faltara no necrotério – Assim?

— Perfeito – Ele disse chegando mais perto e ligando sua lanterna e estendendo seu braço e ligando a de Sara – Pronta pra caçar alguns insetos?

Sara acenou com a cabeça e andou até um arbusto com o homem, que havia colocado um par de lentes especiais sobre os óculos que ficaram parecidos com microscópios. Aquela era a primeira vez que fazia aquele tipo de coisa mas algo dizia que iria ser bem divertido.

Calmamente, Grissom começou a olhar folha por folha do arbusto em completo silêncio e depois começou a falar algumas curiosidades sobre entomologia. Sara, sem qualquer noção do que estava fazendo resolveu copiar o que ele fazia, esperando que encontrasse qualquer coisa que fosse útil o suficiente. Aquilo seria quase como uma aula particular.

— Sara, poderia me passar um dos potes por gentileza? – Ele perguntou quebrando a calmaria. Imediatamente, a jovem se levantou e pegou um dos potes e o abriu, e entregou para o homem sem a tampa. Assim que ele pegou, seus dedos tocaram levemente sobre sua mão- Obrigado  - Ele respondeu com os olhos focados na aluna.

Sara pode sentir um leve choque quando seus dedos se tocaram e seus olhares se cruzaram. Poderia ser estática, assim como quando ela uma vez encostou em um corrimão de metal em um shopping, mas havia algo mais. Algo que a fez que ela quisesse segurar por mais tempo e não soltar tão cedo do frasco, mas ela largou e focou nas plantas.

— O que tem ai? – Ela perguntou tentando achar o inseto que ele havia encontrado, ao mesmo tempo que abria um sorriso envergonhado.

— Escaravelho de menta azul... ou Chrysochus cobaltinus -  Ele pegou o inseto delicadamente com a pinça, jogando a luz sobre ele o fazendo brilhar.

— Uau... ele parece uma joia – Ela falou se aproximando da pinça olhando o pequeno animal na ponta da pinça. – Ele lembra um pouco do seu amiguinho de hoje cedo.

— Talvez sejam primos – Grissom disse analisando o inseto admirado pela beleza. Sara, no entanto, não entendeu muito bem se aquilo era um comentário irônico ou uma brincadeira, ela então ficou em silencio. Ele colocou o animal no pote e devolveu pra ela.

— Ele combina com seus olhos – Sara falou sem pensar duas vezes. Ela estava flertando com ele diretamente. E ela nem o conhecia bem para aquilo, mas foi tão rápido que não pode se controlar. Ele pode sentir suas bochechas corarem.

 – Forre o frasco com a folhas desse arbusto para nosso novo amigo- Ele pediu quase sussurrado. Parecia que ele não havia entendido o que ela havia dito – Escolha as mais verdes e mais bonitas.

Sara pegou o pote sem tocar nas mãos do doutor, mas não conseguiu. Dessa vez com outra tática, ela se afastou, evitando o contato visual direto pegando as folhas, em silencio por um pouco tempo até que ele voltasse a falar.

— Sara, pegue mais pote na mala, por favor – Ele pediu praticamente entrando no meio do arbusto-Achei um Dissosteira pictipennis aqui no chão. E não quero perder.

— E isso seria um... – Sara disse enquanto pegava o pote em sua mala. De relance, a moça viu um pedaço de papel com um telefone em um guardanapo pendurado em um bolso, com um nome que já havia visto mais cedo no mural: Terri Miller, a antropóloga que ela assistira a palestra na parte da tarde. Pois é... ele tinha uma pretendente ao final das contas. E ela estava sentindo... Ciúmes?

— Gafanhoto da California... – Ele disse segurando o inseto com suas próprias mãos colocando no pote que havia trazido.– Sua Coloração marrom ajuda a se camuflar com chão árido... você está bem? - Assim que fechou o pote ele olhou para Sara, que sabia que ele notara sua drástica mudança de humor.

Sara sabia bem que seu rosto do nada estava diferente demais de quando eles chegaram ali, cerca de 2 horas atrás. Ela odiava não saber blefar e esconder o que sentia como a maioria das pessoas que conhecia. Ela sentia tudo... e as vezes isso explodia dentro dela. E ela não sabia o que fazer com aquele sentimento nunca havia sentindo tão rápido por alguém.

— Estou sim – Ela respondeu ficando com a cabeça baixa coçando o pescoço. E depois olhando para longe, tirando a lanterna de cabeça – Quer Saber, eu acho que preciso de um pouco de ar.

— Acho que não está – Seu tom de voz baixo, onde Sara pode notar um certo carinho. Grissom tirou a sua lanterna e a guardou – Vamos, Eu te levo pra casa.

Ambos guardaram toda a parafernália que Grissom havia trazido junto com os insetos que encontraram. Eles foram andando lado a lado, em completo silencio. Sara, mesmo de cabeça baixa podia sentir que ele estava preocupado com ela, com seus olhos azuis e encarando as vezes.

Em 20 minutos, eles já estavam na porta da casa de Sara, que não era longe do hotel.

— Aqui estamos.- Ela disse parando na sua garagem. – Se você continuar nessa mesma calçada por mais 3 quarteirões e virar a direita estará no hotel.

— Tem certeza que não quer que eu fique? – Ele questionou o olhando para ela colocando as mãos nos bolsos – Você não parece nada bem.

— Não. Eu... Eu estou bem – Ela deu um sorriso amarelo que não enganava ninguém. Nem ela mesma. Contudo, ela não o queria ali por perto sem entender sua mudança de humor repentina.

— Qualquer coisa, ligue para o hotel e peça pra falar comigo. – Ele estava sério, mas sua voz tinha preocupação em seu tom.

— Claro. Boa noite, Dr.Grissom – Ela disse virando de costas e entrando em sua casa após pegar sua chave em sua bolsa e entrando em casa.

Ela não viu, mas ele ainda esperou do lado de fota por 10 minutos para poder ter certeza que tudo estava bem. Enquanto isso, Sara tomou um banho e se deitou na cama, notando que aquela era a primeira vez que não havia fumado durante um dia todo em 3 anos.


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Notas finais do capítulo

E ai meu povo? Gostaram?

Só depois de mais de 10 anos ( sou meio devagarkkkk ) percebi que Grissom toca apenas em pessoas que ele se sente confortável. E vocês já tinham reparado nisso?



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