Legado De Poder escrita por Merophe


Capítulo 6
VI




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Lançaram o disco da cadela bem alto pelos jardins. Luca aceitou ficar um tempo com a irmã por causa da mãe. Nunca foi um irmão presente, sempre reclamava que a menina incomodava, falava demais e ainda soltava qualquer segredo ao vento se soubesse. Foi assim que Eliane confirmou a paixão de Luca pela neta dos Bellinis, outra família aliada dos Rosa Azul. A moça era dois anos mais velha e já havia atingido a maioridade. Luca esperava ansiosamente o momento de se livrar das proibições da mãe e seguir seus próprios desejos. Planejava se casar com a moça fora de Monte dos Reis para evitar que a mãe interferisse. O único que parecia concordar era o pai, que, mesmo assim, só servia para ouvir e nada mais. Raramente dava sua opinião sobre a escolha do filho, preocupando-se mais em manter a barriga cheia e produzir dinheiro falso.

Rosalba resmungou algo enquanto a retiravam do conjunto bistrô após o calor do sol. Eliane impunha limites também para a sogra. Embora criticasse a sogra, Eliane acabava cuidando muito bem dela.

Senhora culta apenas por distração, Eliane só conheceu o passado da sogra após se casar com Pasini. Antes, já sabia que a mãe do pretendente sofria de Alzheimer em estágio não tão avançado. Embora tenha tido contato algumas vezes com a nora, preferia passar mais tempo com o filho. Pasini era o único filho de Rosalba; o marido tinha outros filhos espalhados pelo mundo, o que sempre a fazia desconfiar de traições frequentes. Era um caso de traição aberto, mas ao contrário de Rosalba se vingar diretamente no marido, eram as amantes que recebiam a punição.

Era filha de um militar e aprendera a ativar explosivos facilmente. Um dos seus casos mais conhecidos foi a Chuva de Sangue; ninguém sabia se o incêndio vinha da parte do céu ou da terra, tamanha era a fumaceira que apareceu na cidade. Em conhecimento de uma das amantes, soube-se que esta tinha um filho menor. Rosalba desconfiou que fosse mais um filho do marido e nem teve piedade da criança. Na noite seguinte, o apartamento explodiu, a amante e o menino foram levados de maca com queimaduras no corpo.

Estava pagando os pecados em vida com a demência cada vez pior; até mesmo Pasini considerava as palavras da esposa.

Levaram a senhora para dentro da mansão. Eliane espiou do átrio a menina correndo atrás do irmão. Armou o leque vermelho ao ver a cadela latir com a mão levantada de Luca, segurando o disco. Percebeu a mãe os observando, mas só deu importância para espiá-la quando o seu informante surgiu de repente no átrio. Luca achava desnecessário Kadu ficar constantemente na mansão. Sabia que já fora vigiado muitas vezes pelo rapaz; Eliane não confiava no próprio filho.

— Não preciso de você hoje.

Kadu já achou estranho ela continuar muito tempo no sol; tinha receio de perder um pouco da cor. Eliane sabia onde o marido estava, então não seria preciso pedir favores ao rapaz. Pasini saiu mais cedo para visitar um de seus restaurantes. Apesar de ter alguns estabelecimentos por Monte dos Reis, os negócios eram principalmente gerenciados por outras pessoas. Não envolviam atividades ilícitas, apenas não se considerava um grande administrador. Para isso, contava também com a esposa; aliás, ela até aprendia a administrar os próprios negócios com base nos hábitos do marido.

Ela era dona de lojas de roupas, mas os estabelecimentos não estavam em seu nome. Uma das lojas estava no Brasil; ela arrumou alguém para administrá-la e se passar como dona do local. Contrabandeava tecidos da Índia e da China – tecidos de qualidade – e os levava clandestinamente para o país, com a intenção de evitar o pagamento de impostos.

Eliane espiou os filhos novamente, Pedrina estava se levantando da grama, o vestido rosa ficou com uma mancha na parte das costas por causa da queda. Parou de usar o leque, estava mais preocupada com o que estava acontecendo em Monte dos Reis. Estava sendo esperado que a partida da herdeira para Monte dos Reis pudesse acontecer após o final de semana. Lorenzo deu pouco tempo para a chegada e se mostrando receptivo ao oferecer a mansão para a hospedagem.

Eliane não confiava de forma alguma em Lorenzo; os Valentinis também eram fundadores dos Rosa Azul, representando uma chance para ele tomar de vez o poder de Caius na máfia. Mas e se essa não for a verdadeira intenção? Precisaria também estar esperta.

— Esqueça o que eu disse.

Kadu não entendeu a mudança imediata da patroa, levou um susto quando ela bateu o leque na palma.

— A herdeira dos Marqueses está prestes a chegar em Monte dos Reis. Meu marido me avisou. — Voltou-se para os filhos para verificar se o rapaz ainda estava observando. — Procure estar atento para saber das novidades.

 

 

Parecia que um carro havia estacionado. Patrícia ouviu uma movimentação e saiu para o átrio, confirmando o veículo parado na escadaria. Não teve motivos para desconfiar do homem que saía do carro, estava apresentável com óculos escuros e abotoando o terno slim marinho. 

Davide tinha chegado a Monte dos Reis na noite passada. Ele estava na Irlanda participando de uma reunião do banco do qual era sócio, juntamente com mais três pessoas. Filho mais velho do senhor Bellini, Davide morava na mansão com o pai e a sobrinha. A menina preferiu ficar com a avó, já falecida, em vez de ir embora com a mãe para os EUA. O pai, portador de esclerose múltipla, já não enxergava muito bem e dependia constantemente de alguém para mudar de posição. A filha mais nova tinha um marido médico que possuía uma clínica em Washington. Davide já conversou com a irmã para transferir o pai para o país e receber os cuidados do genro.

Entre os Rosa Azul, os Bellinis eram especialistas no comércio de armas, fornecendo armamentos para outras máfias fora do país e mantendo boas relações com diversas gangues criminosas pelo mundo. Havia rumores de que Rose, a irmã de Davide, se relacionou por alguns anos com um colombiano conhecido pelo pai. Ninguém sabia se era uma história verídica, mas o compromisso sério quase deu certo com Vincenzo. Tommaso, como era conhecido, tentou fazer tudo para desenrolar a união da filha com o chefe dos Marqueses. No começo, Vincenzo até aceitou conhecer a moça de cabelos ondulados castanhos, mas preferiu uma moça simples da cidade dos tiras, na qual lhe concebeu uma herdeira. Rose deixou o país após o primeiro casamento, foi para a Argentina e teve a filha ainda no país. O marido nunca soube que a família da esposa era envolvida no crime. Ele vivia fazendo esculturas e colecionando animais empalhados, o que muitas vezes assustava a menina. Rose não se adaptou ao trabalho simples do marido. Achava completamente sem valor esculpir imagens e ornamentos de igrejas, residências e mansões. Nem sequer moravam em um bairro nobre, e o marido mal imaginava que a esposa fosse rica.

O casamento não deu certo; Rose constantemente cobrava do marido uma vida melhor, até que ele chegou ao ponto da raiva e a mandou embora. Encontraria a felicidade em outro lugar. Aproveitando-se da ausência do marido durante o trabalho, Rose saiu do país. Falou com o pai quando ainda não tinha manifestado os sintomas iniciais da doença. Levou somente a menina, desprezando até as roupas baratas. Voltou a viver no luxo, criou a menina na Itália, que adquiriu a naturalidade. Anos depois, casou-se novamente com um médico de Washington, onde foi morar definitivamente.

Davide seguiu para o escritório, um lugar mais particular escolhido por Lorenzo, onde a esposa não costumava entrar com frequência. Davide recebeu um resumo conciso do que estava acontecendo em Monte dos Reis. Na ligação da noite anterior, Lorenzo abordou principalmente o problema de Caius e mencionou que estaria afastado da Sociedade por um tempo.

— A mãe de Caius morreu na cidade? — Davide aparentava ainda estar espantado após ter ouvido a explicação de Lorenzo na noite passada.

— Caius tinha voltado para Monte dos Reis quando o avisaram da morte.

Davide afagou o queixo liso e passou a mão no cabelo escuro para constatar a eficiência do produto em manter o penteado para trás.

— Não é apenas a situação de Caius que estamos resolvendo, também há um segredo de Vincenzo que eu resolvi desvendar.

Precisava que alguém assumisse o lugar de Caius até que a investigação e o caso fossem concluídos. Inicialmente, a ideia de encontrar o herdeiro de Vincenzo partiu de Caius. Isso ocorreu quando começaram as investigações do assassinato da mãe, fazendo-o temer que sua identidade de Monte dos Reis fosse descoberta. O filho perdido de Vincenzo já era conhecido por alguns na Sociedade; ele chegara afirmando que a mãe da criança, ao descobrir que ele fazia parte de uma máfia, fugiu com a criança. Lorenzo apenas conhecia essa versão. Por isso, logo recorreu a Enrico, acreditando que este saberia onde o filho de Vincenzo poderia estar. Apesar dos esforços de Enrico para manter em segredo a identidade do herdeiro, a revelação acabou por chegar a Monte dos Reis.

— Todos estão de acordo?

Lorenzo desviou o olhar para as mãos unidas na escrivaninha, relembrando que o embate com Eliane na Fortaleza de Prata já indicava uma discordância por parte dela.

— Não temos outra opção. Sabe que só pode ser aceito alguém das três famílias.

— Então, fique você.

— A herdeira está sendo convencida a vir para Monte dos Reis.

— Acha que pode ser uma boa ideia? — Davide se aproximou da escrivaninha e apoiou o cotovelo sobre ela.

— Ela é uma Marquese. A única que se encontra mais perto de Monte dos Reis.

 

 

Enrico ouviu o ruído das louças na sala de jantar e avistou a empregada cuidando da mesa posta para o almoço. Por enquanto, não tinha notícias da filha, mas sabia que a bandeja levada para o quarto voltou intacta, o mesmo ocorrido na noite passada. Mandou alguém bater na porta do quarto quando se sentou à mesa. Retornaram dizendo que a garota nem tinha respondido. Até tolerou a ausência da garota para se reunirem na hora sagrada da refeição. Foi para a sala de estudo após deixar algumas migalhas do ossobuco. Preparou a bíblia de bolso, com o terço marcando a última leitura devocional para a programação da rádio da tarde.

Não mandava alguém saber da garota ou levar alguma coisa para o quarto por preocupação, Gigi já sabia. Enrico sempre continuava sendo um covarde quando queria pedir desculpas. A porta não recebia resposta quando batiam, e ela também não pegava o que mandavam para comer no carrinho de alimentos. Não precisava de nada enviado por Enrico; só ouvia o carrinho sendo levado de volta, e quando chamavam, era porque havia chegado mais outro horário de refeição. Desde criança, ele tinha o hábito de trocar amor e preocupação por coisas materiais. Deixava presentes para a garota para satisfazê-la, suprindo-a mais com coisas do que com o afeto que nunca teve facilidade em expressar. Entendia que o jeito tímido dele era falso, mostrava vergonha e medo sem necessidade, mas ele nunca aprendia a se revelar de verdade, mesmo sabendo que a garota não gostava dele. Fazia de tudo pela garota, talvez na esperança de fazê-la mudar de ideia sobre quem ele era.

Atencioso demais com a Bíblia, mas fazia o oposto do que era ensinado na palavra de Deus. Sua devoção à santa era movida pelo medo do inferno. Ele mentia para a filha, talvez até mesmo tendo a roubado de alguém.

Enrico havia se arrependido de verdade do passado. Sabia que era misericórdia de Deus quando decidiu ficar com a menina, uma chance de arrependimento pelo que havia feito com tantas outras. Precisou aprender o mais duro da vida, que era se afastar da máfia, criar a filha do amigo, para entender o que era e como valia uma vida. A conversão e o arrependimento ainda não pareciam ser o suficiente. Se possível, também preferiria ter resolvido os erros, levando todas aquelas que havia enganado de volta para suas casas e deixando-as com suas famílias, como se nunca tivesse as enganado com a promessa de uma vida boa. Era impossível não se lembrar do passado quando o passado e o presente estavam ligados um ao outro. Não consentia que a filha fosse embora para Monte dos Reis. E se outro a enganasse e fizesse a mesma coisa que ele havia feito?

Não aguentaria ver a filha seguir pelo mesmo caminho que as outras foram obrigadas a seguir por ele. Mesmo reconhecendo que não tinha sido um bom pai, ainda assim demonstrava cuidado como podia. Preocupava-se de uma forma que a garota até odiava e não acreditava.

Enrico fechou a bíblia com o terço na página. Encontrou-se com o mordomo chegando na sala.

— Ela já abriu a porta?

Dentro das cobertas, Giane ouviu quando a empregada bateu na porta. Permaneceu em silêncio até a mulher se cansar e ir embora. Não tinha noção do horário, as cortinas de cor vinho ainda estavam fechadas desde a noite passada. Parecia que finalmente teria um momento de paz. Escondeu-se sob o edredom grosso, desejando adormecer completamente, mas rapidamente abriu os olhos, achando que a sensação de alguém sentando nos pés da cama era uma ilusão causada pela fome. Não era alguém que trouxesse comida consigo; considerava-se íntimo demais para se sentar nos pés da cama e permanecer mais do que o necessário para servir uma refeição e partir. Escutou o nome completo ser pronunciado e não teve mais dúvidas sobre quem estava ali.

Enrico costumava chamar a garota pelo nome que escolhera quando a trouxe consigo, sempre que queria discutir algo relacionado a ela. Ele não tinha preferência por nomes, mal tinha vontade de ser pai. Vincenzo não havia dado nenhum nome para a filha, e Enrico nem sabia se a mãe da menina concordara em esconder a criança. Ele escolheu o nome da menina pelo significado de ‘Deus perdoa’, durante o tempo de sua conversão.

As mãos dele se esfregaram por causa do climatizador ligado. Cruzou os braços, escondendo as mãos nas axilas revestidas pelo casaco marrom de tricô. Teve logo um desagrado pelo ambiente escuro do quarto, sendo ainda tarde.

— Vim saber se você está bem.

Giane não permitia que ele entrasse no quarto; além disso, Enrico nunca gostava de ser muito invasivo com a garota. Ele entrou sem permissão porque ela não havia aceitado nada que mandavam da cozinha.

— Preciso que você me responda.

Enrico sabia que a garota não estava dormindo. Deu uma olhada no corpo coberto da filha, percebendo que ela estava fingindo para evitar conversar com ele.

— Eu sei que você não deveria conversar comigo, deixei de dizer muitas coisas.

Giane quis responder com a verdade: ele sempre deixara de lhe dizer tudo. Não agia como um homem sincero, parecendo que a filha não merecesse uma consideração. Era cansativo ouvir as desculpas indiretas dele; ela sabia que algum bem material apareceria para compensar o mal-estar entre eles.

— Andei pensando em te deixar sair mais um pouco, talvez queira ir para algum lugar.

A garota não se surpreendeu com a proposta, era uma forma de redenção dele. Afastou o edredom do rosto com as mãos para respirar melhor.

— Tenho uma mansão em Monte dos Reis.

‘É só isso o que você faz comigo.’

Enrico teve que interromper para ouvir o resmungo da garota.

— Eu entenderia se você me explicasse o que eu faço com você.

— E você entenderia?

Enrico recuou um pouco com o sobressalto da garota.

— Sempre tento conversar, mas parece que você não gosta.

— Desde quando você se interessa em conversar comigo?

Não deu tempo de esconder a queda das lágrimas. Mesmo com os olhos embaçados, ela percebeu Enrico encarando o seu choro. Deitou-se na cama, puxando de volta o edredom para cobrir metade do rosto. Para Enrico, não era novidade a forma como ela sempre fugia, começando assim as discussões entre eles.

— Eu não sei onde estou errando.

Não foi um desabafo direto para a garota; Enrico lembrava-se da santa e falava com ela com intimidade. Ele encontrava consolo ao desabafar com a Virgem Maria. Ela entendia dos problemas; sabia que o julgamento da garota estava errado. O coração de Enrico não era o mesmo de antes; ele pensava em se aproximar da filha e mudar o convívio ruim. Era a única pessoa que o entendia. Mas também era difícil deixá-la ver o seu coração nesses momentos em que havia discussão. Ficava numa confusão. Não era o pai verdadeiro da garota, então o que poderia exigir dela? Nunca foi capaz de dar o que ela realmente precisava, porém isso foi antes de se arrepender. Tentava demonstrar que havia mudado, que era por vontade própria que queria melhorar as coisas. Nada adiantava para a garota; para ela, ele continuava sendo o mesmo de anos atrás: sempre falso, incompreensível e sem amor. Só sabia dar presentes, fugindo sempre das palavras. Ele era tudo isso. Aceitava os pensamentos da filha sem contrariar, pois não via valor em se mostrar verdadeiro para alguém. Enrico não mudara para ser aceito pelo mundo.

Parecia sempre humilhante com a filha, como se sua fala mansa pudesse resolver um pouco da situação. Era exaustivo não ser compreendido, não ser respeitado às vezes. Ambos necessitavam da verdade um do outro.

Ao retornar ao salão de estudo, ele entrou em comunhão silenciosa com a santa em seus pensamentos. Se ele não tivesse decidido cuidar da garota, nada disso teria acontecido. Ela teria uma família diferente, um pai que não a desapontaria. Mas não se podia desrespeitar um amigo, nem ignorar o chamado de Deus. Apesar de ter pensado várias vezes em se livrar dela e de não ter se adaptado à mudança de vida, Enrico não entregou a menina para o orfanato da igreja. Repensou deixá-la na mansão sendo cuidada por outros, o que foi um erro desde então.

Sabia que era um homem fracassado; não sabia se aproximar da filha e nunca lhe dizia a verdade por completo. Estava enganando Lorenzo também: não havia revelado o segredo de Monte dos Reis, nem o pai verdadeiro, tampouco o seu passado errado. Apenas contara a verdade sobre a mãe. A garota sempre procurou saber sobre sua mãe, o motivo de não morarem juntos e de não serem uma família. Enrico sabia que, se ela descobrisse a verdade sobre sua mãe, procuraria por ela e o deixaria sozinho. Se ela tivesse mais informações, escolheria viver com a mãe. As discussões sobre a identidade da mãe sempre terminavam assim. Enrico também se calava, temendo que a garota fugisse de casa.

Jamais teria coragem de dizer a verdade; não era tão simples como Lorenzo imaginava. Era sua filha, a única pessoa que Enrico tinha. Não seria fácil se separar tão rapidamente, mesmo sabendo que não era sua filha de verdade e tendo a enganado por tanto tempo.

Não estava sendo honesto com ninguém: nem com a filha, nem com Lorenzo, que acreditava que a moça já estava compreendendo que deveria ir embora para Monte dos Reis. Ele não se via como um homem digno de servir a Deus; preferia viver falhando, pecando, complicando ainda mais as coisas. A santa era obrigada a escutar as mesmas coisas, a dar respostas para situações sem saída, e por mais que ele afirmasse que não merecia ajuda, as respostas sempre vinham, trazendo esperança.


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Notas finais do capítulo

Olá, queridos leitores de 'Legado de Poder'! Estão preparados para mais um capítulo cheio de emoção e mistério? Neste capítulo, a situação entre Giane e Enrico atinge um novo nível de tensão, com Enrico enfrentando o dilema de revelar a verdade do passado para sua filha. Como ele convencerá Giane a seguir para Monte dos Reis? Quais serão as soluções que ele encontrará? As respostas estão chegando, e mal posso esperar para compartilhar com vocês! Não percam!



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