Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo leve pra vcs ♥️



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Sinto vontade de ter uma relação mais íntima com Peeta, porém existe um certo constrangimento. Da última vez que ele me beijou sem ser de uma forma casta, meus peitos vazaram leite, foi uma vergonha que nunca imaginei passar ainda que eu tenha rido e ele levado numa boa. Eu e ele nos beijamos de forma não-inocente, é claro, mas nunca por tempo o suficiente, porque fico com medo de acontecer de novo.

Queria poder falar com alguém sobre isso, mas não consigo encontrar coragem. Delly seria alguém que me escutaria e não falaria nada a respeito, porém como eu posso puxar esse tipo de assunto? 

— Quer mais cookies? — Delly oferece, com um sorriso. — Está tudo bem, ela está dormindo. Quer? 

Assinto, agradecendo. Violeta dorme serenamente, com Butter em sua barriga, dormindo também.

— Tem alguma coisa que queira conversar? — ela pergunta, segurando minha mão. Vejo em seus olhos uma certa preocupação. — Se você se sentir confortável. É sobre sua mãe?

Nego, mordendo o cookie de forma robótica. Deve ser muito difícil ter eu como amiga, porque sou muito complicada e inconstante. Suspiro.

— Peeta e eu não dormimos juntos desde o quinto mês de gravidez. Eu quero… eu quero fazer, mas como eu faço? Da última vez eu lactei, foi vergonhoso.

Delly me surpreende e ri. Então me dá um abraço. Eu fico assustada com sua reação. Parece que é algo realmente comum.

— Parece uma adolescente, Katniss! Céus, está tudo bem falar sobre sexo, ainda mais quando você é casada e tem um bebê. Violeta tem oito meses. 

Assinto, sem graça.

— Por esse motivo eu… queria que nós dois nos relacionássemos de novo de… outra forma. 

Delly escuta com atenção, mas sem ser de forma sem vergonha. É uma boa amiga.

— Você precisa se sentir bem com isso e querer realmente se relacionar dessa forma. É o que você quer? — assinto. — Então tudo o que precisa é falar. Se for difícil usar palavras, demonstre. Peeta é quase um santo, de tão respeitador e querido. Posso dormir com Violeta se você quiser, só deixe algumas mamadeiras comigo, já que ela não usa fórmula. Tenho legumes, vou oferecer para ela também. Só veja se você tirou leite, para não acontecer de novo, ou ter menos chance. Está tudo bem.

Pela primeira vez, eu concordo em deixar Violeta dormir uma noite inteira com uma pessoa que não seja Peeta. Fico emocionada. Tenho passado um dia inteiro por semana na floresta, caçando, e tem sido ótimo. Agora começar a conciliar com noites para fazer amor com Peeta? Finalmente sinto que as coisas estão ficando em seu devido lugar.

É bom que ele se prepare, porque ficaremos acordados a noite inteira.

(…)

Tomo um longo banho, hidrato meu cabelo e sozinha tiro pontas duplas que estavam me incomodando. Consigo acertar porque estou acostumada em cortar o cabelo de Peeta.

Olho meu corpo no espelho. Meus peitos ainda estão grandes, eu consigo amamentar exclusivamente no peito, conciliando apenas com a introdução alimentar, mas não sei por quanto tempo mais vou conseguir fazer isso. Não me sinto confortável com Peeta tocando neles enquanto ainda amamento, me soa desrespeitador com nossa filha, ainda bem que ele concorda com isso, embora nenhum de nós tenha falado sobre isso. Minha barriga retornou para o lugar. Algumas estrias que apareceram na base das minhas costas ainda estão aqui, mas não ligo para elas. São detalhes em meu corpo que demonstram algo alegre que me aconteceu.

Meus braços ainda estão um pouco fora de forma, retornei recentemente para minhas longas caminhadas semanais e exercícios. Ainda que não voltem, eu estou bem com isso. Não fico insegura com a aparência do meu corpo, porque Peeta gosta. Se não gostasse, eu simplesmente saberia, mas ele faz sempre questão de me elogiar olhando nos meus olhos. Sorrio com esse pensamento.

— Meu bem? Vi Delly no jardim da casa dela brincando com os meninos e Violeta, ela disse para eu não me preocupar. Está tudo bem? 

Escuto a voz de Peeta no andar debaixo. Me sinto ansiosa. Meu estômago se remexe de ansiedade, é um sentimento estressante, mas não é por algo ruim. Suspiro, fechando os olhos, então desço as escadas, usando meu melhor pijama: um vestido até metade das coxas, marcando minhas curvas. Ele para, depois de deixar as chaves em cima da mesa ao lado da porta. 

O sorriso que se abre em seu rosto é aos poucos, se dando conta da pequena surpresa que resolvi preparar. Ele se vira apenas para tirar seu casaco. É um dia frio de novembro. Peeta vem até mim, no primeiro degrau da escada.

— Que horas temos que buscá-la? — pergunta, sentindo o cheiro do meu pescoço. Fecho meus olhos, segurando a respiração, com meu coração batendo rápido de antecipação.

— Temos a noite inteira. 

Mal termino a última palavra e ele me coloca em sua cintura, subindo comigo. Gargalho, e ele também, me segurando com seus dois braços, me apertando contra ele. Deixei música tocando, músicas que gostamos de escutar, o que torna o clima melhor. Não temos que nos preocupar com Butter, pois a gata está agarrada com Violeta, além de amar os filhos de Delly. Estamos sozinhos por uma noite inteira pela primeira vez desde que ela nasceu, é um sentimento completamente novo. 

Antes que chegássemos ao nosso quarto, Peeta me pressiona contra a parede do corredor, e eu já chamo seu nome, me aproveitando de cada movimento do seu corpo contra o meu.

— Onde eu posso tocar você? Tenho tanto para explorar de novo. Posso? — gemo baixo, com sua fala. Fecho meus olhos, pondo força para enlaçar de uma vez minhas pernas em sua cintura. Peeta beija meu pescoço, minha clavícula, passeando a língua. Fico arrepiada da cabeça aos pés. — Melhor do que eu me lembrava. Eu amo você, Katniss.

Deixo que ele faça o que quer com meu corpo. Sinto pouco depois o lençol da nossa cama. Sinto vontade de beijar sua boca, mas ele me deixa na beira da cama para colocar a boca dele em outro lugar. Gemo, me arqueando na cama quando sua boca demonstra que me ama, sem me dizer. O sentimento quase se torna insuportável de aguentar.

Peeta acaba comigo apenas com sua língua. Chego quase no máximo, então ele se afasta, beijando minhas coxas, meu joelho, me encarando, com um sorriso enorme, o rosto vermelho. Sorrio, ofegante, mesmo sem ter feito muita coisa.

— Eu amo seu cabelo solto assim. 

Ele diz, então se afasta para tirar suas roupas. Começo a puxar meu vestido, mas ele me impede. Faz com que eu me sente, então ele mesmo puxa.

— Hoje é só sobre você — ele sussurra, apertando meu quadril. — Vou agradecer de uma forma diferente por você ser… simplesmente você. 

— Peeta, por favor… — gemo, subindo na cama, quando seus dedos alcançam a parte mais quente de mim. Grito seu nome, enfiando as unhas em suas costas. Ele nem treme, apenas sorri, com o rosto enterrado em meu pescoço, posso sentir seus dentes me deixarem pequenas marcas na área, e ele com o maior sorriso de todos. — Eu quero você. Por completo.

Se afasta para ver meu rosto. Nem posso imaginar como está meus olhos, implorando por ele em mim, tão fundo que eu não saberia dizer o que sou eu e o que é ele. Devo estar com um olhar patético, desesperado… completamente apaixonada. Mas tudo bem, porque realmente estou. Parece que percebe o que eu quero, porque me beija com um sorriso enorme no rosto, o que me faz sorrir também.

Me deito, com um braço em seu pescoço enquanto minha outra mão está em seu quadril. Faz praticamente um ano desde que estivemos juntos dessa forma, então tento me preparar, mas não acho que vai ser um problema. Ele me encara, com um sorriso delicado. Ergo a cabeça para beijá-lo, então ele nos encaixa, se deslizando para mim devagar, o que me faz gemer em sua boca. Ele também geme, interrompendo o beijo para encostar sua testa com a minha.

É tão bom que podemos ficar parados, dessa forma, que é o suficiente. Mas eu quero mais. Ele quer mais. Sinto espasmos por antecipação, o momento é maravilhoso. No seu primeiro movimento eu já estou gritando seu nome de novo, ainda bem que fechei as janelas e temos privacidade aqui, ainda mais com Violeta fora de casa.

Não me importo com o suor, não me importo com absolutamente nada, me abro mais para que ele deslize com ainda mais facilidade, então ele aperta uma das minhas coxas, prendendo mais ao redor de seu quadril. Eu escorrego pela roupa de cama, enquanto arqueio o corpo, para que nossos corpos se toquem em todas as partes possíveis. Ele chama por mim e eu chamo por ele.

Não dá para saber onde ele termina e eu começo, bem do jeito que eu mais gosto. Suspiro, alegre, puxando seu cabelo para mais um beijo, depois que ele marca minha clavícula com seus dentes. Estamos exaustos, estamos cansados, mas nossas forças vão se recarregando. Vibro de alegria quando sinto seu prazer me encher com força, como um raio encontrando o chão de areia da praia. Rebolo mais, enquanto ele vem e volta para mim mais devagar, ele grita meu nome, prendendo minhas mãos no alto da minha cabeça, mantendo mais alguns movimentos dentro de mim. Eu quase me sinto ficar rouca. É rápido, de tanto que queríamos fazer isso. Mas aconteceu na hora certa que tinha que acontecer.

Peeta cai ao meu lado, tão descontrolado como eu, sorrindo tão idiota quanto eu. Lágrimas salpicam meus olhos, pela alegria e pelo prazer que finalmente pude sentir depois de um bom tempo. Fez muita falta esse tipo de conexão, mas eu também não me apressei ou me desesperei para sentir porque sei que não é o fator mais importante para nós dois. Não é isso o que prova nosso amor um pelo outro. Somos mais do que isso.

— Eu nem estou cansada — falo, deslizando meu indicador por seu peitoral, olhando bem em seus olhos, ainda com as pupilas dilatadas. — E como temos a noite toda… 

Ele ri como um diabo, se divertindo do meu comentário, me agarrando pela cintura. 

— Quer mudar de posição? Eu gosto quando você fica por cima de mim — sorrio. Senti saudade de seus comentários completamente desinibidos. Ele tem evitado por causa da bebê, mas eu senti saudade. — Eu gosto que você mande em mim na cama. Você sabe.

— Mas hoje eu quero que você dê as cartas — respondo, baixo, sentindo minhas bochechas coradas. Sopro seu pescoço, antes de deixar um beijo, sentindo ele se arrepiar. — Acha que pode?

No instante seguinte ele está pressionando meu corpo contra a cama, e eu rindo e suspirando ao mesmo tempo. 


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Notas finais do capítulo

Pessoal, quero agradecer pelo carinho e o apoio de vocês em tudo. Agora começa a faculdade pra mim, meu primeiro último dia é na quarta-feira e eu tenho muita coisa agora para estudar, eu preciso entregar minha monografia ((que teoricamente eu nem comecei a escrever)) e tenho tido muita dificuldade, principalmente porque eu não quero trabalhar no campo que estou me formando – licenciatura em história. Por isso vou tentar o mestrado logo agora, já que eu consigo me ver mais pesquisando do que trabalhando “de verdade”, mas isso tem me causado uma angústia enorme, já que o que eu achei que seria não é. Quebra de expectativa é muito triste, ainda mais depois de tanto tempo se dedicando com tantas forças. Escrever é meu hobbie, que eu espero muito um dia se tornar minha vida, porque é a única coisa que me deixa realmente feliz. Não sei como vai ficar as atualizações, infelizmente, e logo na semana que vem vamos buscar marcar a tão temida perícia e torcer para o benefício da minha mãe dar continuidade. To triste demais com tantas coisas, ansiosa e insegura tbm. Não sei quando volto, mas saibam que eu vou voltar, certamente no meu aniversário, 28/03, porque eu tenho muito apego em datas, ainda que meu aniversário não seja algo que eu esteja ansiosa ou feliz, porque vou completa 24 anos com um quase diploma que me deixa tão chateada quanto se eu não tivesse nenhum. Estarei durante a semana concluindo a seleção da herdeira, e isso tbm está partindo meu coração kkkkkkkkkk eu lido muito mal com o encerramento de ciclos. Mas eles são necessários. O tempo passa, as dificuldades também, mas vai ter um propósito para tudo e a gente precisa aproveitar as situações de algum modo. Um forte abraço, muito carinhoso em todos vocês ♥️ até logo



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