Renato apressou-se querendo saber se o caçula estava bem.

Não era ajuda como quem vai escatimar. Tinha verdade nele.

Hugo mantinha o rosto tranquilo como brisa fresca de outono. Ele regular de idade com seu irmão corroborava para Tadeu ter aquele quentinho no coração.

Quando Renato se aproximou, o garotinho não poupou elogios ao ‘salvador’, mesmo deixando-o vermelho.

— Foi nada — replicou, modesto.

— Foi sim. Valeu, Hugo. De verdade — o mais velho agradeceu.

        Só quando Hugo voltou a companhia da mãe, Renato percebeu o sorvete ao chão. O outro nem ligou. Só por estar ali, com duas pessoas legais, seu dia não escureceu mais cedo.