Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 45
O Peixe Voador




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Dias depois, os heróis que compõem a Irmandade estavam devidamente transformados, prontos para mais uma batalha contra a caterva de Zeba.  Naquele momento, o chefe espadachim Barrabás desafiara Shiryu, Seiya, Serena e os demais para mais uma batalha.  Shiryu, acompanhado de Seiya, Serena, Hyoga, Ami, Shun, Minako, Rini e Koga, se dirigiam a mais um desafio dos vilões.  O que será que os bandidos do Império Subterrâneo Tube têm em mente, dessa vez? 

 

Instantes depois, os heróis estavam diante do desfiladeiro, onde Barrabás, Oyubu e os Soldados Angla os aguardavam, prontos para mais uma operação de combate.  Os heróis são cercados pela linha de frente de Tube.   

 

SHIRYU:  Barrabás...  seja lá o que estiver tramando, não vai dar certo – adverte. 

 

Do outro lado, eis que um monstro, que tinha uma espécie de perfuratriz no braço direito, no lugar da mão, empunhava sua arma, pronto para o combate.   

 

BARRABÁS:  Ao ataque monstro subterrâneo Magmadogla...  acabe com a Irmandade! – ordena. 

 

Obedecendo às ordens de Barrabás, Magmadogla dispara uma poderosa rajada de seus olhos contra os heróis, atordoando-os com várias explosões ao seu redor, mas aquilo ainda não era suficiente para os vencer.  Tornando a se levantar, os heróis partem com tudo pra cima do monstro Magmadogla e dos Soldados Angla.  Shiryu enfrentava o monstro, enquanto seus parceiros se encarregavam de liquidar com os patrulheiros de Tube.  Shiryu, que enfrentava o monstro, estava com dificuldades, pois Magmadogla era muito forte.  Num dado momento, o fere com um golpe de sua mão de broca, seguido de um agarrão, que o arremessa para o alto do desfiladeiro, e um disparo de sua mão de furadeira, em forma de míssil energizado, que o atinge e o derruba. 

 

TODOS:  SHIRYU!!! – gritam, preocupados. 

 

Em seguida, Magmadogla ergue várias rochas enormes e pesadas, e as lança contra os heróis.  Dessa vez, Zeba descongelou um monstro muito forte!  Do outro lado, um jovem motociclista vinha andando, e quase é atingido pelas rochas.  Ao ver o que estava a acontecer, desmonta da moto e corre para averiguar.  O que será que ele pretende?   

 

Do outro lado, a batalha prosseguia.  Barrabás decide recorrer a um trunfo especial de Magmadogla. 

 

BARRABÁS:  É agora, Magmadogla...  a bola mágica infernal! 

 

Magmadogla abre uma espécie de comporta em sua cabeça, que faz sair uma enorme bola vermelha brilhante.  Qual será o poder tenebroso que esse monstro possui?   

 

SEIYA:  Que bola vermelha é aquela? – indaga. 

SERENA:  Não sei...  mas seja o que for, é perigo na certa. 

 

E é mesmo!  A bola mágica infernal começa a disparar uma chuva de raios, que caem sobre os heróis, causando várias explosões, além de feri-los.  Nisso, a poderosa bola emanada por Magmadogla vai com tudo contra a Irmandade, os atingindo e fazendo-os cair ofegantes, contorcendo-se de dor.  Pior; suas transformações são anuladas, o que os torna, aparentemente, um alvo fácil para Barrabás e sua caterva.   

 

BARRABÁS:  Magmadogla...  acabe com esses imprestáveis! – ordena. 

 

Empunhando sua mão de perfuratriz, Magmadogla estava pronto para aplicar nos heróis o golpe de misericórdia.  Nisso, um objeto era arremessado contra ele.  Parecia uma espécie de barbatana de peixe, que era lançada como se fosse uma adaga.  Entretanto, o monstro consegue rebate-la com sua mão de broca.  Barrabás, ao ver aquilo, fica surpreso, pois sente que havia algum intruso nos arredores a ajudar os heróis.  

 

BARRABÁS:  Quem é? – indaga. 

 

Eis que surge um forasteiro no alto.  Mas espere...  era o jovem motoqueiro de há poucos instantes.  Retira o capacete, demonstrando certa raiva. 

 

BARRABÁS:  Maldito...  acabem com ele Soldados Angla! 

 

Com seus bastões, os Soldados Angla fazem disparos contra o desconhecido, criando várias explosões.  No entanto, ele levanta o braço, invocando um estranho poder. 

 

???:  PELO PODER DE VOLANS!!! 

 

E veste uma armadura em forma de...  PEIXE VOADOR??  Sim!  É o Cavaleiro do Peixe Voador...  ou de Volans, como dito por ele, ao se armar.   

 

???:  Enfrentem a mim...  Argo de Volans!!! 

 

Argo de Volans?  Quem será, e de onde veio? 

 

SHIRYU:  Argo de Volans...?  Espere...  já ouvi falar nessa armadura, mas...  achei que não tivesse usuário nenhum. 

ARGO:  Ao ataque! – e salta. 

 

Num salto, desce a porrada nos Soldados Angla, acabando com todos eles em pouco tempo.   

 

ARGO:  E quanto a vocês... – queima seu cosmo, invocando sua técnica – TORNADO DO PEIXE VOADOR!!!! 

 

E com um tornado, derruba os inimigos.  No entanto, ele não é um membro da Irmandade, o grupo formado da união entre os Cavaleiros de Atena e as Sailors Scouts, como forma de melhor proteger a Terra.   

 

BARRABÁS:  Maldito...  retirada! – ordena aos demais. 

 

Mais tarde, no esconderijo debaixo da casa de jogos, os heróis estavam todos reunidos, falando a respeito do ocorrido. 

 

DOHKO:  Como...?  Argo de Volans...  apareceu? – indaga. 

SHIRYU:  Sim...  foi assim que ele se identificou.  Mestre...  eu já tinha ouvido falar na armadura do Peixe Voador, da constelação de Volans, mas...  sempre achei que não tivesse ninguém a usá-la.   

MINA:  Afinal...  quem será ele? – indaga. 

SHUN:  Não creio que seja inimigo.  Se não fosse por ele ter aparecido naquela hora, não estaríamos aqui, agora – diz. 

 

Dohko parecia ter um certo pressentimento.  Se cala e abaixa a cabeça. 

 

SETSUNA:  Meu amor...  o que aconteceu? – indaga. 

DOHKO:  Minha querida...  e todos os demais...  há algo que devem saber.  Argo, o Cavaleiro de Volans...  há muitos anos...  ele foi meu discípulo.  Isso foi antes mesmo de você aparecer em Rozan, Shiryu.   

TODOS:  O quê?? 

DOHKO:  Sim!  Ele era um jovem muito corajoso e determinado, e todos os dias, treinava com garra e afinco, na esperança de um dia poder ser um dos guerreiros da Elite de Atena.  Estava disposto a tudo, até mesmo entregar a própria vida em combate, em honra à Atena, e pela humanidade, se assim fosse preciso.   

 

Nisso, lhe vêm à cabeça lembranças de quando treinava Argo nas montanhas sagradas de Rozan, na China.  Realmente, o que Dohko dissera corresponde à realidade.  Argo era um jovem que dava tudo de si nos treinos, mesmo estando cansado e ferido, não desistia por nada.  Sua determinação era ainda maior que ele mesmo.   

 

DOHKO:  No entanto, um belo dia, ele desapareceu, nunca mais deu notícias... – diz. 

HYOGA:  Mas por que ele fez isso? – indaga. 

AMI:  Isso mesmo!  Tem algo que precisamos saber melhor. 

SHIRYU (pensando):  Argo...  seja quem for, saberei melhor a respeito, e não vou descansar até conseguir conhece-lo melhor. 

 

Enquanto isso, no Mundo Subterrâneo, Zeba é informado sobre Argo. 

 

ZEBA:  Como...  Argo de Volans? – indaga.  

BARRABÁS:  Sim!  Apareceu bem quando tínhamos Shiryu e seu bando em nossas mãos. 

IGAN:  Não é possível! – diz, abismada. 

 

Pelo visto, nem mesmo os vilões sabiam que um outro guerreiro poderia surgir do nada para atrapalhar seus planos nefastos.  

 

Nesse momento, outras coisas se passavam no centro de Tóquio, dentro de um piano bar.  Lá estava o jovem Argo, cavaleiro de Volans, a bebericar.  Estava o tempo todo pensativo, e tinha um semblante de tristeza e amargura no olhar.  Ao olhar para a jovem pianista, ele vê, em seu lugar, uma outra moça, ainda mais bela, uma espécie de camafeu.  

 

ARGO:  Seiko? – indaga. 

 

Quem será Seiko?  Alguém que ele conheceu no passado?  De repente, Argo surta e arremessa o copo de bebida ao chão, quebrando-o.

 

ARGO:  PARE!!! – grita, chamando a atenção dos demais clientes do bar – Perdão...  eu não quero mais ouvir essa música... 

 

Se retira, com o coração cheio de tristeza.  Parece que a música que a pianista tocava o fez ter uma triste lembrança.  Mas qual?   

 

Nisso, Argo estava a caminhar pelas ruas de Tóquio, naquela noite.  Descia pela escadaria.  Em seguida, eis que um inimigo misterioso o ataca com uma voadora, mas ele, com reflexos rápidos, bloqueia o ataque, e entra em combate com seu oponente.  Mas esse...  sim!  Era Shiryu!  Mas por que Shiryu foi atrás dele, e entrou em combate contra Argo?  Ambos trocam alguns golpes, até que param.  Shiryu, então, sorri para ele. 

 

SHIRYU:  Incrível...  você é mesmo muito forte. 

ARGO:  Mas quem é você? – indaga. 

 

Será que ele não reconhece o Dragão, a quem salvara antes?   

 

SHIRYU:  Sou Shiryu, o Cavaleiro do Dragão, e sou discípulo de Dohko de Libra – diz. 

ARGO:  Dohko?! – indaga, surpreso. 

SHIRYU:  Sim...  e queria agradecer por nos ter ajudado ontem.   

ARGO:  Eu não sei de nada!  Não sei do que fala – tenta disfarçar, indo até sua moto.   

 

Monta em sua moto, deixando Shiryu para trás.  Mas o discípulo de Dohko não estava disposto a desistir.  Fará tudo para arrancar qualquer verdade que seja de Argo, mesmo que pra isso tenha que travar um combate total contra ele. 

 

No dia seguinte, estava num outro bar, jogando bilhar.  Era um excelente jogador, todas as bolas foram parar dentro das caçapas.  Quer dizer, quase todas.  Nisso, um desconhecido chega, e demonstrando saber também jogar bilhar, bota mais bolas nas caçapas.  Era Shiryu!  Pelo visto, não será fácil para Argo livrar-se daquele “chato insistente”.   

 

SHIRYU:  Eu gostaria de saber...  por que você nunca mais procurou o Mestre Dohko?  O que aconteceu? – indaga. 

 

Com raiva, Argo ameaça atacar Shiryu com o taco de bilhar, mas se contém.   

 

ARGO:  Pare de me perseguir, ou da próxima, eu te mato!  E estou falando sério! – ameaça. 

SHIRYU:  Não tenho medo de suas ameaças – olha frio. 

 

E pelo jeito, Shiryu está mesmo disposto a brincar com o perigo.  Instantes depois, Argo jogava caça-níquel na casa de jogos que fica bem acima do esconderijo da Irmandade.  E lá vem ele – Shiryu – novamente, encher-lhe o saco!  Aperta uma sequência de botões, fazendo uma trinca de sete, e nisso, caem as moedas da máquina.   

 

ARGO:  GRRRR  você é insistente mesmo – reclama.

 

Instantes depois, ambos estavam a andar de moto no entorno da zona portuária.  O que será que eles pretendem?   

 

ARGO:  Escute, posso propor um desafio? – indaga. 

SHIRYU:  Que desafio? 

ARGO:  Vamos correr com as motos nos confrontando.  Vence aquele que desviar primeiro dela. 

SHIRYU:  Parece muito interessante...   

ARGO:  Prometa...  se eu ganhar, você me deixa em paz e some da minha vida, OK?   

SHIRYU:  E se eu ganhar? – indaga, sorrindo de forma debochada. 

ARGO:  Duvido muito eu perder! – diz, cheio de arrogância. 

 

Parece que Shiryu terá um senhor desafio; tentar arrancar a verdade do passado de Argo, o porquê dele ter desistido de continuar treinando com o Mestre Ancião de Rozan, agora apenas Dohko de Libra. 

 

Enquanto isso, os vilões, no Mundo Subterrâneo, estavam reforçando a força da bola mágica infernal do monstro Magmadogla, para que no próximo embate contra a Irmandade, possa ser o fim dos heróis.  Será que eles terão êxito, dessa vez?  Anagumas despeja um elixir no magma, onde a bola mágica infernal estava a se alimentar de poderes.  Barrabás espeta sua Espada Subterrânea no magma, liberando uma poderosa rajada, fazendo a bola de Magmadogla brilhar. 

 

BARRABÁS:  Concluímos? – indaga. 

ANAGUMAS:  Sim! – e pega a bola no magma com um enorme alicate, e a recoloca na cabeça do monstro – agora sim, Magmadogla poderá atacar com tudo.  HEHEHEHEHEHEHEHE 

 

Enquanto isso, no porto, Shiryu e Argo estavam prontos para seu duelo de motos.  Quem vencerá?  Após colocar seus capacetes, ambos ligam os motores das motos, prontos para um de encontro um contra o outro.  Tomara que essa brincadeira maluca não termine mal!   

 

ARGO:  Muito bem...  começar! – diz. 

SHIRYU:  Esteja à vontade... 

 

Ambos saem correndo com tudo na direção um do outro.  O que será que vai acontecer?  Não quero imaginar que isso possa acabar mal...  Shiryu aumentava a velocidade, disposto a tudo ou nada, para espanto de Argo. 

 

ARGO:  Está querendo morrer? – diz, impressionado. 

 

Um violento choque ocorre.  Nisso, eis que Shiryu continuava de pé, com sua moto, enquanto a moto de Argo estava caída, mas nenhum sinal dele.  O que será que houve?  

 

SHIRYU:  Minha nossa...  o que será que houve com ele? 

 

 Shiryu desmonta e corre verificar o que houve.  Eis que encontra uma escada, que dá do cais para o mar.  Encontra Argo caído dentro d’água, lutando para subir.  

 

SHIRYU:  Argo?! – indaga. 

ARGO:  AFFF  isso...  não é isso que vai me vencer... 

 

Apesar de ainda estar atordoado pelo choque da colisão, Argo consegue subir pela escada e voltar ao cais.  Parece que ele, agora, terá mesmo que contar toda a verdade sobre seu passado para Shiryu, já que esse foi o trato deles. 

 

De volta ao cais, ambos estavam com suas motos estacionadas.  Argo estava impressionado pelo fato de ter sido vencido por Shiryu naquele racha. 

 

ARGO:  Pela primeira vez eu perco uma disputa dessa...  realmente, você não é um oponente para subestimar – diz. 

SHIRYU:  Devo dizer que você também é um exímio piloto.  Não é todo dia que se encontra alguém como você.   

 

Apesar da consternação que sentia por ter perdido para Shiryu, Argo estava surpreso por ter encontrado um rival à altura.  Nisso, eis que Argo olha para o horizonte do mar, e pega um relicário que mantinha guardado por baixo da camisa, abrindo-o.  Dentro do relicário, havia um retrato de uma moça.  Era a mesma moça que ele vira no lugar da pianista do bar onde bebera na noite anterior, a quem ele referiu-se como Seiko.  Será algum amor do passado?  Será essa a razão pela qual ele desistiu de tudo?   

 

ARGO:  Seiko... – balbucia. 

SHIRYU:  É sua namorada? – indaga. 

ARGO:  Sim...  ela era pianista, amava tocar, e eu tinha muito orgulho dela.  Pretendia ser profissional.   


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