Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 35
Oyubu em perseguição




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Dias depois, algumas coisas se passavam num lugar deserto.  Barrabás estava a tramar mais um de seus planos de combate.  Qual será a insanidade que ele pretende cometer dessa vez? 

 

BARRABÁS:  Monstro subterrâneo Lemdogla... – chama um dos monstros de Tube. 

 

Eis que Lemdogla, o monstro em questão, aparece, rugindo.  Barrabás, por sua vez, empunha a Espada Subterrânea. 

 

BARRABÁS:  Ao ataque! 

 

Lemdogla, usando uma lente vermelha, que serve de terceiro olho, emana um poder que interage com a Espada Subterrânea, criando um raio que faz com que todas as rochas ao redor se desintegrem por completo.  Da sala do trono de Zeba, os demais observam atentamente. 

 

ANAGUMAS:  Se usarmos simultaneamente a Espada Subterrânea e a lente do monstro subterrâneo Lemdogla, podemos fazer até mesmo a luz do sol se extinguir completamente – diz. 

 

Meu Deus!  Então o plano dos bandidos é esse; extinguir o sol da nossa galáxia!  Será que eles chegarão a realizar tal intento?  Dessa vez, o Tube está pensando grande mesmo.   

 

ZEBA:  Vamos aumentar o poder, e fazer desaparecer todas as coisas da Terra – diz, de forma ameaçadora. 

IGAN:  A grande Espada Subterrânea...  tem todo esse poder? – indaga, surpresa. 

 

Parece que Igan não sabe mesmo todos os poderes assombrosos que possui a nova arma de combate de Barrabás. 

 

Nesse momento, Haruka Tenoh, a Sailor Urano, e seu namorado, Shura de Capricórnio, faziam um giro de moto, e passam por um ferro-velho.  No entanto, eis que um dos carros que ali estavam, em estado de penúria, lhe chama atenção; um Mitsubishi Colt 1982, pintado como sendo um carro de corrida.  Ao ver aquele carro, a Princesa do Vento fica surpresa. 

 

HARUKA:  Shura, meu amor...  aquele carro... – e desmonta da moto. 

SHURA:  O que foi, minha querida brisa? – indaga. 

HARUKA:  Tenho certeza...  é esse o carro!  Fui a mecânica responsável por ele, nos tempos em que era preparadora de carros de corrida – e se recorda dos seus tempos de corrida. 

 

FLASHBACK 

 

Haruka era a preparadora oficial daquele carro em questão, dirigido por um jovem piloto chamado Shinya.   

 

HARUKA:  Shinya...  ligue o motor! 

SHINYA:  OK! – e liga, ficando surpreso com seu funcionamento – Beleza! 

 

Graças ao trabalho conjunto entre Shinya e Haruka, o piloto em questão viria a vencer o torneio.

 

HARUKA:  Muito bem, Shinya!  Você é um piloto e tanto...  graças a você, vencemos. 

SHINYA:  Não...  foi graças a você, que o montou e o preparou para mim.  Você o montou, eu o dirigi...  fomos campeões! 

 

FIM DO FLASHBACK 

 

HARUKA:  Há dois anos, me dediquei a este carro como preparadora, e Shinya, meu amigo de infância, venceu o torneio.  Esse carro faz parte da minha vida...  mas por que ele está nesse estado tão lamentável? – indaga, sem nada entender. 

SHURA:  Será que o seu amigo não sofreu um acidente?  Esses vidros quebrados, a lataria toda amassada e dilacerada...  está com cara que foi um acidente, e dos graves. 

 

Aquilo deixa Haruka arrepiada.  Imaginar seu amigo de longa data se envolver num terrível acidente é a última coisa que ela gostaria que acontecesse. 

 

???:  Oi, tia Haruka – chama a voz de um menino, com roupa escolar. 

HARUKA:  Nayu...  ah, este é meu namorado, o Shura – apresenta Shura ao garoto – você sabe me dizer por que seu irmão abandonou este carro? 

NAYU:  Ele sofreu um acidente... – diz, com voz triste. 

 

Nisso, imagens em flashback do acidente sofrido por Shinya, durante uma corrida.  Seu carro colidiu e raspou num carro adversário, e com a colisão, ele sofreu diversas fraturas, uma delas na perna, que exigiu implantar uns pinos para correção.   

 

HARUKA:  O quê?? – indaga, assustada. 

NAYU:  Quando soube que já não havia esperança de recuperação...  foi embora para outra cidade.  

 

FLASHBACK 

 

Shinya estava a viver noutra cidade, desde o acidente que causou a destruição de seu carro, e praticamente, o fim de sua carreira.  Alguns homens assistiam a uma corrida pela TV, e Shinya, ali presente, furioso, desliga a TV e arremessa o controle remoto. 

 

SHINYA:  Desliguem isso! – grita, mostrando indignação e desgosto. 

 

FIM DO FLASHBACK 

 

HARUKA:  Que coisa terrível...  

NAYU:  Mas eu sei onde o mano está.   

 

Um dia, Shinya estava em sua nova casa, assistindo TV, e se surpreende ao ver uma antiga corrida da qual foi campeão.  Fica nostálgico, mesmo sabendo que não poderia mais correr como antes.  Eis que Nayu, seu irmão, chega da escola, e sorri ao ver o irmão mais velho relembrar os tempos em que corria. 

 

SHINYA:  Nayu...  por que você veio até aqui? – indaga. 

NAYU:  Shinya...  você gosta mesmo de carros, não é? 

 

Aquilo o deixa envergonhado e frustrado, desligando a TV em seguida.  Se levanta e sai capengando, com a ajuda de muletas, já que estava com uma perna imobilizada a gesso. 

 

NAYU:  Mano...  por favor, volte comigo a Tóquio.  Esforce-se e volte a correr – pede – você vai conseguir, eu tenho certeza. 

SHINYA:  Ora, cale a boca!  Não sabe de nada! – grita de forma ignorante. 

 

Mesmo sabendo das limitações de seu irmão, Nayu quer que Shinya volte a correr, pois sabe que seu irmão ama corridas, mesmo estando como está. 

 

NAYU:  Tia Haruka...  ajude meu irmão!  Faça ele correr novamente...  se você falar com ele, sei que ele voltará a ser como antes, ele vai te ouvir. 

HARUKA:  Nayu...  não posso garantir que isso vá acontecer, mas posso falar com ele.  Agora, se ele vai voltar a correr ou não...  só depende dele. 

SHURA:  Minha amada está certa.  Cada um é responsável pelas decisões que toma na vida.  Se o seu irmão voltará ou não a correr, cabe somente a ele decidir. 

 

No entanto, Shura e Haruka resolvem fazer algo pelo Mitsubishi Colt que fora de Shinya.  Ambos levantam o capô e verificam o motor.  Aparentemente, tudo estava em ordem com os motores do carro, apesar dos estragos na vidraça e na lataria.  Instantes depois, Haruka, Shura e Nayu estavam dentro daquele carro, com a jovem Sailor a dirigi-lo.  Entretanto, o que eles não imaginavam é que, mais adiante, iam dar de cara com o perigo.  Eles passam, coincidentemente, pela mesma região onde Barrabás e o monstro subterrâneo Lemdogla estavam a fazer o teste com a Espada Subterrânea e a lente do monstro, capaz de apagar até o sol.  Será que os bandidos terão êxito em seu plano macabro, e ainda mais ousado que todos os anteriores?   

 

Barrabás, por seu turno, ouve o barulho do motor do carro que fora do piloto de corridas Shinya, amigo de longa data de Haruka.   

 

BARRABÁS:  Vem vindo alguém...  escondam-se! – ordena. 

 

Barrabás, Oyubu e Lemdogla se escondem em meio à vegetação.  O carro de Shinya, ocupado por Haruka, Shura e Nayu, vinha o tempo todo em ziguezague, já que, embora os motores estejam intactos, os freios do mesmo estavam seriamente danificados, além de outros componentes internos, como as velas.   

 

HARUKA:  AAAAAAA  meu Santo Deus...  esse carro...  ele está com problemas nos freios...  e nas velas... 

SHURA:  Nossa...  eu sabia que não foi boa ideia sairmos dirigindo esse carro... não no estado que se encontra... 

NAYU:  Tia Haruka...  tio Shura...  eu estou com medo... 

HARUKA:  Segure-se firme, Nayu...  não tenha medo... 

BARRABÁS:  Aqueles não são Haruka e Shura? – indaga, escondido atrás das rochas, ao lado de Oyubu. 

 

Nisso, sem perceber, ambos passam por cima da perna do monstro Lemdogla, que urra de dor, e sua lente se solta, indo cair dentro do carro onde os heróis estavam, mas eles não notam nada. 

 

BARRABÁS:  A lente foi parar dentro daquela lata velha...  sem a lente, não podemos apagar o sol.  Oyubu...  atrás deles! – ordena. 

 

Rapidamente, Oyubu, com sua super velocidade, sai correndo atrás do carro onde Shura e Haruka estavam.  Instantes depois, parece que eles conseguem manter o carro estável. 

 

NAYU:  Que bom...  recuperamos a estabilidade – diz. 

HARUKA:  Sim!  Tomara que o Shinya aceite voltar a correr... 

 

Nisso, eis que Oyubu aparece a correr do lado deles, para susto de Nayu. 

 

NAYU:  AAAAAAAAA  olhem!!! 

SHURA:  Oyubu! 

HARUKA:  Que diabos ele faz aqui? 

 

Haruka pisa fundo no acelerador, mas aquilo não é nada para Oyubu, que é um exímio velocista.  O vilão continua a correr atrás dos heróis, até que consegue ultrapassa-los, e mais adiante, os ataca com violentas rajadas, para faze-los parar, e recuperar a lente de Lemdogla.  Nisso, eis que os heróis estavam cercados por Barrabás, Oyubu, Lemdogla e os Soldados Angla. 

 

BARRABÁS:  Um carro imprestável como esse...  vou reduzi-lo a cinzas num piscar de olhos – ameaça atacar. 

 

Mas é surpreendido por explosões, que o atordoam.  Eis que Shiryu, vestindo sua armadura, num salto, se atraca com Barrabás, enquanto no encalço chegam Seiya, Serena, Ikki, Rei, Dohko, Setsuna, Saga e Hotaru. 

 

BARRABÁS:  Seus miseráveis... – brada, furioso. 

SHIRYU:  Deixem aqui conosco e vão – dizendo para Shura e Haruka. 

HARUKA:  Certo! 

 

Os heróis entram em confronto com a patota de Barrabás, para dar a Haruka e Shura a chance de levar embora o carro que Shinya tanto amava pilotar, mas o motor começa a dar sinais de esgotamento. 

 

HARUKA:  Ah, essa não...  por que foi achar de morrer agora? – protesta. 

 

Levanta o capô, e vê que uma fumaça espessa saía do motor. 

 

HARUKA:  Funciona, vamos... – e bate o capô de volta, fazendo o carro sair em disparada, sozinho. 

SHURA:  Opa...  nada disso! – tentando controlar o carro. 

NAYU:  Tia Haruka... 

 

Haruka corre na direção do carro, para reassumir o controle, e consegue embarcar de volta.  

 

BARRABÁS:  Não deixe eles escapar...  atrás dele! – manda Oyubu voltar a persegui-los. 

 

Oyubu volta a perseguir Haruka e Shura, enquanto Lemdogla, de seus olhos, dispara rajadas e flashes para atordoar os heróis. 

 

BARRABÁS:  Vocês não podem com a magnífica Espada Subterrânea – ataca com rajadas de sua arma, os atordoando.   

 

Enquanto Shiryu e seu grupo caem para trás, Barrabás e Lemdogla aproveitam para ir atrás de Oyubu, que saíra em perseguição a Haruka e Shura, no intento de recuperar a lente do monstro, para o plano macabro que eles pretendem levar a cabo.   

 

SHIRYU:  Espero que Shura e Haruka tenham conseguido – diz.

 

Enquanto isso, Shura, Haruka e Nayu já estavam longe dali, mas o perigo ainda não passou.  Oyubu estava a persegui-los novamente, querendo de volta a lente do monstro Lemdogla.  Nayu, por sua vez, olha para trás, e vê o servo de Barrabás a segui-los novamente. 

 

NAYU:  Ele vem vindo! – diz. 

SHURA:  Mas por que ele insiste em nos perseguir?  Que sujeito mais chato esse... 

 

Eis que o motor morre novamente.  Também, não se pode esperar que um carro todo caído funcione igual um carro recém-saído de fábrica.   

 

NAYU:  Por favor, tia Haruka...  depressa...  antes que ele volte... 

 

De seu esconderijo, Lua e Artemis entram em contato com Haruka. 

 

LUA:  Parece que há algo neste carro que interessa aos bandidos.  Se continuar assim, vocês correrão sério perigo. 

ARTEMIS:  Haruka, Shura...  abandonem este carro! 

HARUKA:  Não podemos...  ele é muito importante para o meu amigo de longa data, o Shinya – diz. 

NAYU:  Isso mesmo, não vamos abandona-lo!  Nós o levaremos ao meu irmão, custe o que custar. 

 

Eis que Shura, Haruka e Nayu empurram o carro para fazer pegar, mas Oyubu já estava perto, mais um pouco e o vilão ia alcança-los.  Será que conseguirão escapar dele?  Eis que o motor finalmente volta a pegar. 

 

HARUKA:  Funcionou...  vamos agora! 

 

Todos embarcam no carro, que volta a andar.  No entanto, Oyubu consegue alcança-los.   

 

SHURA:  Maldito demônio... – brada. 

NAYU:  É ele de novo! 

OYUBU:  O que acham de serem perseguidos pelo homem mais rápido do mundo? 

 

Agarra-se à porta, no entanto, devido ao péssimo estado de conservação do carro, a porta já estava meio frouxa, e acaba se soltando.  Oyubu vai ao chão.  Mas aquilo não ia segura-lo por muito tempo, logo ele ia alcançar Haruka, Shura e Nayu novamente.   

 

NAYU:  Ufa...  conseguimos – suspira. 

 

Mais adiante, uma ladeira, e das bem íngremes.   

 

NAYU:  Tia Haruka...  cuidado! 

 

Haruka tenta manter o carro o mais nivelado possível, embora seja difícil nivelar uma lata velha daquelas, no péssimo estado de conservação que se encontra.   

 

HARUKA:  Essa não, o breque não funciona...  segurem-se todos! 

SHURA:  Essa agora...  

NAYU:  Nós vamos bater...  SOCORRO!!!! 

 

Em outra parte, um telefone toca na casa de alguém.  Mas esse...  SIM!  É Shinya, o amigo de longa data de Haruka, com quem formou uma equipe de corrida, até a ocasião de seu acidente que o fez desistir de ser piloto.  Apesar da dificuldade em se levantar e andar, já que a perna continua fraturada, consegue alcançar o telefone.   

 

SHINYA:  Alô...  como?  Haruka e Nayu...  EM PERIGO?? 

 

Quem será que descobriu o número dele, e entrou em contato com Shinya, deixando-o a par do que se passava com seu irmão caçula e sua ex-parceira de corridas?  Só podem ter sido Lua e Artemis.  Será que Shinya, mesmo cheio de limitações, arriscará a própria vida para ir até onde seu irmão e sua amiga de longa data estão?   


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