Elizabeth caminhava para casa após um longo dia de trabalho como professora. A luz do entardecer banhava a cidade, criando sombras suaves pelas ruas. Ao abrir a porta de casa, notou uma atmosfera carregada de emoção.
Pequeno Jack dormia em seu berço, enquanto Alien, estava no quarto dela, encarando um papel com lagrimas escorrendo pelo rosto. Um misto de preocupação e reconhecimento tomou conta de Elizabeth. Ela se aproximou silenciosamente, observando sua filha reviver emoções que ela própria conhecia muito bem.
— Alien, querida, o que está acontecendo? Elizabeth, perguntou suavemente, tocando o ombro da filha.
Alien surpreendida, secou as lagrimas e olhos nos olhos de sua mãe...
— É só... é difícil, mãe… murmurou Alien, tentando sorrir apesar da tristeza evidente. Elizabeth sentou ao lado dela, compreendendo que algo mais profundo estava acontecendo.
— Eu sei querida, eu sei como é... Você escreveu uma carta? Elizabeth perguntou, percebendo o papel a frente de Alien. Um aceno silencioso foi a resposta.
Elizabeth recordou os tempos em que jovem, ela mesmo escrevia cartas para Jack durante sua estadia nos territórios do Norte.
Cada palavra era uma ponte sobre a distância, uma tentativa de superar a saudade que apertava o coração. Era como reviver seu próprio passado através dos olhos da filha.
— Às vezes, as palavras são tudo o que temos para enfrentar a distância. Você está com saudades dele, não está? Elizabeth indagou, envolvendo Alien em um abraço carinhoso. Alien assentiu, as lagrimas voltando a fluir.
Elizabeth, compartilhou sua história de seu próprio tempo de espera, um ano doloroso e de muitas noites em que as palavras, eram um consolo, uma conexão com o amado distante.
— Alien! A saudade faz parte do amor, mas o amor também é a força que nos sustenta. Naquela época, eu descobri que Jack sempre voltava, e isso fazia cada carta valer a pena.
Mae e filha compartilharam memorias, lágrimas e risos, enquanto Elizabeth oferecia palavras de conforto e sabedoria. Ela sabia que a dor da distância, era uma jornada que moldava o coração, mas também entendia… que no final, o reencontro tornava cada momento de espera mais significativo.
— Alien, querida... o amor é mais forte do que a distância. Vou te contar uma coisa, minha filha... Jack sempre voltava para mim, como seu amado voltara. Não deixe a saudade obscurecer a alegria do que vocês compartilham. Escreva suas cartas, deixe suas emoções fluírem, mas nunca duvide do poder do amor que os une. Um amor quando é verdadeiro, ele ultrapassa e vence quaisquer obstáculos.
Elizabeth abraçou sua filha, e ali deixou que todas as lagrimas caíssem até que ela se sentisse melhor. Ela sabia o que era essa dor da distância, mas também a força do amor que réstia a ela.