Em coma - capítulo 32 

Nathan balançou a cabeça afirmando que sim. Lágrimas escorriam no rosto de Edward.

— Calma, filho, ela vai ficar bem, ela está inconsciente ainda, mas além da febre, ela teve muita dor, foi uma dor enorme, nós fizemos a cirurgia e a cauterização, tudo sem anestesia, fora que ela está toda machucada com hematomas que Charles provocou. Vá deitar Edward, assim que minha esposa acordar eu serei o primeiro a te chamar. Disse Nathan...

Edward concordou e saiu. Em sua cama ele soube que ela obrigou Carson a fazer a cirurgia dele primeiro e que ela ficou sentada mais de três horas de sua cirurgia em oração e muito preocupada com você, e enquanto isso seu ferimento jorrava sangue fazendo uma poça aos pés dela. Mas ela é a mulher mais forte e determinada que eu conheço, ela vai levantar rápido, disse Frank.

Wynn e Bill tinham saído para mexer com todas as papeladas possíveis para o julgamento daqueles bandidos, eles enviaram por Gab, Ned e Frankison para que levassem direto para o coronel Collins, para um julgamento o mais rápido possível, já que Bill e Wynn não poderiam estar na linha de frente por questão de serem próximo à vítima então eles decidiram arrumar todo o pelotão de pessoas competentes que fariam justiça por eles, seria incluído no processo a tentativa de homicídio de Elizabeth e Jack Júnior e a tentativa de estupro. Além disso, a prisão de Grace, Viola e Júlia por tentativa de sequestro e cúmplice da tentativa de estupro, perseguição a menor, e de vários outros crimes, todos com testemunhas e documentos escrito de próprio punho para ameaçar Elizabeth. Iria lutar muito, tanto Wynn e Bill queria que eles pagassem por seus crimes em longos anos na prisão.

Quatro dias depois, Elizabeth abriu os olhos, sentia se estranha, mas sentia -se protegida. Seu corpo todo doía, mas um calor emanava em suas costas; lentamente ela conseguiu virar metade de seu corpo e ali deitado dormindo bem encostadinho nela estava Nathan, tão lindo, um cacho de seu cabelo preto caindo sobre o olho esquerdo. Seu Nathan, seu marido, será que ela estava sonhando, aqueles braços envolta de sua cintura enlaçando seu corpo numa espécie de proteção.

Foi como uma mágica, ele abriu os olhos e sorriu ao vê-la acordada, deu um beijo em sua cabeça e fez uma oração e após isso abaixou a cabeça e beijou seus lábios com doçura, mas com uma paixão, foi um beijo de bom dia, como ela sempre quis. Elizabeth se afastou um pouco para recuperar o ar, Nathan foi contando tudo que aconteceu, inclusive todas as prisões feitas aqui, em Hamilton e Hope Valle, mais uma vez ele beijou seus lábios, sua testa, sua bochecha não podia se conter de tanta felicidade ao vê-la acordada e sorrindo.

Nathan levantou da cama deitando -a com maior cuidado, era como uma flor que se mexesse muito poderia perder suas pétalas, ele saiu da cama, se arrumou, colocou sua jaqueta e após deixá-la bem e vestida suficiente, contou o que havia acontecido com Edward, e o que ele prometeu, e como seu marido ele não poderia faltar a palavra.

Edward entrou o mais rápido que pode no quarto de Elizabeth. Ele olhava para o chão parecido um menino sem rumo que se perdeu da irmã mais velha.

Na sala, como a porta estava aberta, todos viram a cena, Bill olhou para todos e disse baixinho:

— Vejam o medo dele... ele parece um menino pego fazendo alguma coisa errada pela irmã mais velha.

Henry comentou:

— Gente, vamos ser bem sincero, Elizabeth tem todos nós em seus dedos, até eu me sinto daquela forma perto dela e todos sorriram.

Dentro do quarto, Edward continuava olhando para baixo e falando baixinho...

— Beth, como você? Você está com muita dor?

Elizabeth continuava meia sentada encostada na cabeceira da cama, olhos para o colo, sem olhar em nenhum momento para Edward. Nathan ia entrar quando Wynn o segurou com um meio sorriso no bolso, todos estavam se perguntando se ela estava com algum problema com ele, e que eles não soubessem, Frank segurou Nathan enquanto Wynn apontava;

Edward, fazendo uma cara de piedade, com as mãos juntas parecendo pedindo desculpas, olhos baixos e cara vermelha, dizendo:

— Por favor, Beth, fala comigo...

E mais uma vez um silêncio constrangedor continuava no quarto. Quando ele começou a se virar para sair do quarto se ouviu uma voz:

— Então, é assim que você me chama? Disse uma voz forte de Elizabeth.

Na sala todos olharam espantados para ela. O olhar dela mudou de cor e o olhar era severo. Charlote, que segurava o pequeno Jack no colo ria baixinho, ela sabia o que aquilo queria dizer.

— Eu te disse para virar homem, Edward foi para isso?

Edward olhava para baixo decepcionado consigo mesmo.

— Eu sei que não consegui te proteger de Charles, mas eu...

— Edward Monclay, eu dormi mais de quatro dias para ouvir isso? Eu mandei você virar homem e não deixar um louco tentar te matar e ficar me deixando preocupada? E foi só aumentando sua voz... E aí você... cara de pau vem e me chama de Beth? Eu não acredito nisso? Eu só queria meu irmão de volta seu idiota e não um monte de tripa caindo dele... E lágrimas rolaram no rosto de Elizabeth.

Edward olhou para ela, e andou o mais depressa que pode indo direto para os braços dela, os dois choravam dizendo quanto medo eles sentiram ao ver o outro machucado, Edward contou que ele estava apavorado por ver o tanto de sangue que ela perdeu.

— Agora eu tenho três irmãos mais velhos, você acha que eu iria morrer assim? Além disso, ganhei três pais, Wynn, Bill e Henry, uma filha e um marido, bem acho que os outros podemos colocar como primos e ria. Eu agora tenho uma família Edward.

— Nós sempre estaremos com você irmãzinha, foi dizendo Frankison e Lee ao entrar no quarto. Muitas lagrimas rolavam até Bill estava abraçando Charlote muito emocionado, enquanto Nathan carregava o pequeno Jack, e Elizabeth não conseguia para de ri.

— Vocês são, minha verdadeira família, eu amo cada um de vocês.