Caçadores urbanos e o mistério do filho proibido escrita por Tynn, WSU


Capítulo 9
Capítulo 8 – Sobreviva




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Os passos descalços de Eduarda eram hesitantes no corredor vazio. A garota caminhava enquanto sentia uma mistura de emoções dentro de si: tinha curiosidade em desvendar o barulho que a acordara de madrugada e sentia-se culpada por bisbilhotar. Ela parou diante da porta dos pais e reparou uma poça vermelha no tapete. A porta estava entreaberta e tudo o que Eduarda tinha que fazer era aproximar o olho mais um pouquinho da abertura para saber o que acontecia ali dentro. E assim o fez. Ela viu seu pai estava sentado na beirada da cama com uma expressão de dor, sua mão segurava um amontoado de pano encharcado de sangue sobre a sua barriga; a outra mão repousava em cima de uma adaga de prata. Ela vislumbrou a silhueta da mãe de costas para a porta, abrindo com pressa uma caixa de primeiro-socorros e procurando algo específico. O clima de tensão dentro do cômodo era quase palpável. De repente, Eduarda viu os olhos castanhos do pai fitarem os seus. Ele esboçou um sorriso para tranquilizar a filha, mesmo diante da dor que sentia. Com a mão ainda segurando a adaga, ele fez um sinal de silêncio sob os lábios. Porém, o sorriso não conseguiu se manter por mais do que 5 segundos, e logo o homem de cabelos esbranquiçados exibiu uma expressão dolorida na face. Apesar de ainda jovem, com seus 36 anos, os fios brancos de Helder já ocupavam toda sua cabeleira. Eduarda sentiu vontade de chorar descontroladamente quando viu a expressão de dor, mas não podia quebrar o segredo que o pai queria guardar. Ao ver que sua mãe achara o medicamento e se preparava para virar, Eduarda afastou-se da porta e pôs-se a correr pelo corredor. As lágrimas rolaram como um rio pelo seu rosto, não havia razões para guardá-las mais; ela corria o máximo que era capaz pelo corredor, mas ele não tinha fim. A porta do seu quarto ficava cada vez mais distante apesar do esforço que fazia com as pernas. Eduarda despencou em um buraco infinito, subitamente, caindo no vazio do próprio universo. Gritou tão alto quanto pôde até ficar sem voz. E acordou.

A garota estava na sua cama no Quartel General dos caçadores. Ela suava frio, aquele pesadelo novamente viera assombrar suas noites de sono. Eduarda puxou os óculos da escrivaninha e colocou sobre o rosto, dessa forma conseguiria ver as horas no celular: 11:32. Então ela havia adormecido novamente depois da conversa com Carlos. Eduarda sentou-se na cama e colocou as sandálias azuis nos pés. O sonho... Sabia muito bem porque aquelas memórias voltaram a visitá-la. Desde que Carlos falara sobre uma adaga capaz de matar fantasmas, Eduarda não conseguia parar de pensar no seu pai. Ele desapareceu quando Eduarda tinha 10 anos, um dia depois da noite que o viu ferido em casa segurando uma peculiar adaga prateada. Nunca chegou a falar com a mãe sobre o assunto, afinal lembrava-se muito bem do pai pedindo para ela manter aquilo em segredo. Não queria preocupar Madalena, sua mãezinha. Cerca de 4 anos depois de Helder sumir, Madalena apareceu com um novo namorado. Ele era professor universitário, uma boa pessoa, mas com piadas péssimas. Não demorou muito para que se casassem. E agora Eduarda tinha um padrasto chamado Roberto que morava bem longe, na cidade de Corsário, lá na Bahia. A mãe se mudou também depois de um tempo. Eduarda resolveu ficar em Recife para terminar a graduação de Ciência da Computação na UFPE, parecia ser a escolha mais lógica, até que conheceu Carlos e toda a história das assombrações. Bem, agora ela era uma caçadora. Foi no meio desse devaneio que sentiu o celular vibrando na cama. Ela puxou o aparelho e leu o nome na tela: Madalena.

— Oi, mãe — disse ao atender. — Como a senhora está?

— Eu estou ótima, Dudinha! Estava agora mesmo fazendo um bolo de rolo e me lembrei de você, é seu bolo favorito! — A mulher tinha a voz excessivamente contente e Eduarda percebeu que tentava esconder algo. — E você? Faz tempo que a gente não se fala...

— Mãe, faz dois dias que a gente não se fala.

— Ai, docinho, sabe como é coração de mãe, né? A saudade é imensa! — Madalena deu uma pausa antes de continuar, alterando o tom da voz. — Duda, eu tive uma sensação muito ruim ontem, não consegui nem dormir de tanta preocupação. Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

Eduarda logo entendeu o motivo da sensação da mãe. Na noite anterior, a jovem foi possuída pelo Boca-de-Ouro e quase matou Carlos afogado no rio. A sensação de remorso tentou encher o seu coração, mas ela lembrou-se das palavras do amigo. Nunca quis feri-lo de verdade. 

— Mãe, ocorreu uma coisa... Mas eu não sei como contar a você... — Eduarda sabia que certas coisas não deviam ser ditas por um telefonema e aquela era uma delas.

— Eu tinha certeza que algo aconteceu! Querida, por favor, se você estiver passando por qualquer dificuldade aí em Recife, pode vir para Corsário. A cidade é incrível e aposto que você vai se adaptar muito bem ao clima daqui. – A voz de Madalena se encheu de expectativa. — E você sabe que Roberto é professor universitário, ele trabalha no Centro Integrado Superior de Corsário, sei que conseguiria uma transferência da sua universidade para cá.

— Eu não quero sair de Recife, mãe, tenho meus amigos aqui.

— Eu entendo, querida, mas aqui você também terá companhia. Roberto mesmo vive falando de uma aluna, acho que o nome dela é Isabela, a melhor aluna de Eletroestática. Vocês seriam ótimas amigas! Se quiser, passo agora mesmo o número do whatsapp dela. — A mulher parou de falar e digitou algo no celular. — Pronto, acabei de te enviar.

— Mãe, mãe... — Eduarda abaixou a cabeça, envergonhada. — Eu consigo fazer amigos na faculdade agora. Não estou mentindo.

— Dudinha, eu sei disso, mas entenda que é uma preocupação minha de anos. A diretora da sua escola vivia me chamando para falar sobre os trabalhos em grupo que evitava, apesar de você sempre entregar a melhor pesquisa. Lógico, fazendo tudo sozinha. — Houve alguns segundos de silêncio, quando Madalena voltou a falar. — O problema é Roberto? Sei o quanto é difícil para você se adaptar a ter um padrasto, mas vocês se davam tão bem quando era mais nova! 

— Obrigada, mãe. — Eduarda sentiu um nervosismo crescente. Talvez fosse a hora de perguntar sobre a memória do seu pai. Talvez isso fosse ajudá-la a aliviar seus pesadelos. — Eu não tenho nenhum problema com Roberto. Eu adoro e fico feliz que você tenha encontrado alguém. Eu realmente fico... É só que... Eu queria falar sobre o papai. 

— Sobre Helder? — Madalena perguntou apreensiva. Pela primeira vez, ela não sabia como conduzir a conversa.

— É só uma lembrança, eu nem sei se você vai se lembrar também. É só... — Antes que pudesse continuar, Eduarda escutou um estrondo vindo da cozinha. A garota olhou para a porta aflita. – Mãe, depois nós conversamos. Eu estou ótima e obrigada por se preocupar. 

— Querida, saiba que você é uma das pessoas mais especiais que existem nesse mundo e não é conversa de mãe não, viu? Você é forte, forte como... Vixe, qual o nome daquele bichinho verde mesmo?

— Hulk?

— Sim, você é forte como o Hulk! Só que sua força não está nos músculos, Dudinha, está no seu coração. Lembre-se sempre disso, tá? Te amo!

— Está bem. Também te amo muito, mãe. Até mais.

— Tchau, tchau, linda!

O dedo indicador de Eduarda encerrou a ligação no celular. Ela sentiu os olhos marejados pelas palavras da mãe, mas respirou fundo e levantou-se da cama, decidida a ser uma versão melhor de si própria. Ela olhou para a porta e imaginou o que causara o barulho na cozinha. Podia ter sido apenas uma panela que estava em falso e caiu no chão; algum pássaro que passou voando pela janela e bateu nos vidros de temperos; podia ter sido só uma impressão sua. Ela não precisava ter medo! A garota deixou o celular sobre a cama e saiu do quarto, não percebendo quando o aparelho voltou a vibrar com o nome “Carlos” na tela.

A cozinha parecia vazia e sem sinal de invasores, se não fosse pela geladeira aberta. Eduarda olhou desconfiada para todo o ambiente, sua visão indo da geladeira para a pia, dos vidros de tempero para o microondas, tudo em ordem. Não parecia ter nenhum pássaro ou panela caída, era apenas a porta da geladeira aberta. Será possível que Carlos tenha esquecido de fechá-la antes de sair? A garota entrou na cozinha e foi até a geladeira para averiguar. Quando chegou perto, assustou-se com a cena. Alguém tinha revirado tudo o que tinha dentro do eletrodoméstico, pedaços de queijo, verduras e frascos de condimentos estavam misturados e quebrados. Ela escutou um murmúrio na porta e encarou algo que fez seu coração quase parar: um homem sem camisa, de corpo esquelético e pele azulada, estava encostado no batente da porta com um pedaço de carne crua enfiado na boca, devorando o alimento com ferocidade. Ele usava apenas uma bermuda desgastada, suas unhas eram pretas de tão podres e os olhos acinzentados.

— Então é tu que eu vou matar primeiro? — o homem falou entre mordidas na carne bovina. — Oxê, eu achava que ia ter coisa melhor para comer.

Eduarda olhou apavorada para o desconhecido. A cozinha só tinha uma passagem e ele estava exatamente nela. Todas as janelas do QG eram gradeadas, justamente para evitar invasores, mas agora Eduarda via o quanto aquela fora uma péssima ideia. A nerd sentiu as pernas tremerem de medo. Só havia uma coisa que poderia fazer.

— RAUL! THAÍS! SOCORRO! — gritou em desespero. Ela correu até a janela e tentou propagar a voz o mais alto que pôde.

A criatura cinzenta fez uma careta de escárnio. Ele deu um passo para dentro da cozinha e bateu o punho fechado na mesa de mármore, que se partiu em duas. Eduarda virou-se e encarou a entidade.

— DEIXE DE PANTIM, TABACUDA! — Ele vociferou. — Pare de abrir o berreiro, tu tá sozinha aqui. Será que além de mulher é burra?

— Quem é você? — Eduarda disse, amedrontada.

— Quem sou eu? QUEM SOU EU? — A criatura segurou metade da mesa quebrada e arremessou-a contra a parede. O objeto voou como se fosse de papel e se estilhaçou. — Eu sou aquele que todos devem temer, principalmente tu e tua cambada de caçadores. Um sibito desses querendo me afrontar! Eu sou o Corpo Seco, aquele que não foi aceito no paraíso muito menos no inferno. E fiquei sabendo que tu quer matar minha cria, meu menino, só porque ele é cabra macho!

Eduarda constatou a força sobre-humana que aquela monstruosidade tinha, era óbvio que ele queria intimidá-la com isso quando quebrou a mesa. A cada passo que dava, a caçadora sentia-se mais encurralada. Não teria como competir forças contra aquilo. A criatura deu mais uma mordida na carne e arremessou o resto no chão. 

— Vou te mostrar agora quem é o cão chupando manga!

— Eu não sei nada do que tu tá falando! — Eduarda respondeu, encostando-se na prateleira de temperos, e deu uma olhada nos potes de vidros. 

— Oxente, tu tá com medinho, é? Pois devia ter mesmo. — Ele deu um sorriso sinistro. — Eu tenho um filho arretado, um cabra que vai se tornar a maior das assombrações dessa cidade! Ah, se vai... Eu mesmo escutei a bruxa com cara de jacaré falar isso para mim e a mãe dele. Tudo o que o pivete tem que fazer é matar muita gente... Mas matar muita gente mesmo! Umas mil pessoas. Achei cabuloso demais aquela história e já queria fazer do menino um cangaceiro! Quis dar uma peixeira e fazer ele cortar a goela de gente safada...

— Ele... Ele ainda não fez isso... 

— Pare de falar, tribufu! Mulher tem que ficar calada e falar só quando eu deixar. Era assim que eu tratava minha patroa... Pois fique sabendo que a mãe do meu fio resolveu sair de casa sem me avisar. Foi na bruxa e fez uma macumba: o pirraia só vai poder matar quando completar 18 anos. Eu fiquei muito invocado, visse? Matei a fia de uma rapariga na peixeira assim que chegou em casa! E agora que minha cria tá chegando na idade para virar macho, vem tu e teus abestalhados querer se meter. Eu vou é picotar tudinho. A começar por tu.

Naquele mesmo instante, Eduarda fez um movimento ousado, era aquilo ou virar picadinho de aberração. Assim que Corpo Seco estendeu a mão para atacá-la, Eduarda puxou um pote de pimenta, que estava entre os temperos, e arremessou nos olhos da criatura. Corpo Seco gritou furioso por toda a cozinha, derrubando pratos, talheres e cadeiras enquanto se contorcia de dor. Eduarda aproveitou o momento para sair em disparada, entrando no primeiro quarto que avistou em sua frente. Ela fechou a porta e a trancou. Respirou fundo por alguns segundos, tentando se situar onde estava. Dando uma olhada rápida no ambiente, percebeu que tinha entrado no quarto de Vanessa, era o único com uma penteadeira enfeitada com detalhes em ouro. Ela olhou a janela esperançosa, mas assim como os demais cômodos, aquela tinha uma grade de ferro. Escutou o Corpo Seco gritando no meio do corredor e depois uma batida na porta.

— Tu tá aí dentro, né, donzela? Te prepara eu tô virado no mói de coentro! 

Um grande estrondo veio da porta fazendo toda a casa estremecer. Eduarda supôs que a criatura estivesse do outro lado tentando arrombá-la com o peso do próprio corpo. Dada a sua força, não iria demorar muito para isso acontecer. A garota sentiu o coração bater mais forte a cada tentativa do Corpo Seco de entrar. Sentiu uma enorme vontade de chorar, ela não era forte como Raul, não sabia feitiçaria como Natanael nem artes marciais como Thaís. Era a caçadora mais inútil do grupo. Ela sentiu mais uma batida da porta e a madeira rachou no meio. Foi nesse instante que Eduarda percebeu: a porta abria para dentro. Talvez ela pudesse colocar algo mais pesado para dificultar a entrada do Corpo Seco.

Ela olhou para o guarda-roupa, mas não seria capaz de empurrar algo tão grande, devia ter alguma outra coisa... A penteadeira com detalhes dourados! Eduarda andou até o móvel, que ficava ao lado de um enorme espelho, e começou a empurrá-lo em direção a porta. Mais um baque estrondoso e as paredes tremeram. Nem mesmo a penteadeira daria muito tempo de vantagem para Eduarda. A universitária olhou para os lados aos prantos, devia ter uma forma de sobreviver. Tinha que ter. Ela então viu algo chamativo no chão. A penteadeira escondia um trilho de alumínio até o espelho. Acoplado ao espelho, Eduarda encontrou duas rodinhas tais como uma porta de correr. Ela puxou o objeto com toda a sua força no mesmo instante em que o Corpo Seco arremessou a penteadeira longe e conseguiu entrar no quarto. Ela precisava ser rápida. Quando terminou o movimento, encontrou uma passagem que descia para uma escadaria fria e escura. Ela encarou a criatura, que agora segurava um enorme facão em uma das mãos, os olhos ainda avermelhados por causa da pimenta.

— Sua fia de uma rapariga! Olha o que tu fez!

Antes que ele pudesse avançar, Eduarda saltou pela passagem secreta, descendo as escadas o mais rápido que podia. O local era apertado e úmido, a única iluminação que vinha era da abertura mais acima. A passagem terminava em uma porta metálica com um sistema numérico ao lado. Senha? Aquilo precisava de senha? Eduarda olhou para trás e viu a sombra negra do Corpo Seco descendo as escadas, ele deslizava a faca contra a parede e xingava aos berros. Precisava pensar rápido! Ela tentou a senha usada para acessar as câmeras de segurança, mas não funcionou. Então, lembrou-se que Vanessa havia pedido dicas para criar uma senha fácil de memorizar, mas ao mesmo tempo difícil de alguém conseguir adivinhar.

— A data de nascimento ao contrário, trocando os números com uma adição de uma unidade em cada em ordem crescente... — Eduarda sussurrava para si própria. — Então, Vanessa nasceu quando? Sim, sim... Lembrei!

Ela digitou rapidamente o código e a porta se abriu com um chiado metálico, ela entrou sem pensar duas vezes no desconhecido cômodo. O lugar parecia ser apertado e abafado, fedia a mofo. Eduarda achou o interruptor e acendeu a luz, que revelou uma cena perturbadora: havia uma estante com um catálogo de todas as assombrações que já foram capturadas pelos caçadores. Não precisou de muito esforço para Eduarda entender o que aquele catálogo representava.

— Vanessa nunca destruiu os malassombros — sussurrou pensativa. — Ela faz uma coleção deles...

Diante de cada etiqueta existia um frasco de vidro contendo um líquido viscoso e preto, o ectoplasma da assombração. Eduarda não pôde passar muito tempo para recuperar-se do choque, pois um zumbido de faca na parede ficou assustadoramente mais alto. Ela correu até a porta para trancá-la, mas as mãos do Corpo Seco seguraram o objeto e ele forçou a entrada, empurrando Eduarda para trás. 

— Pensou que poderia se esconder? — Corpo Seco sorriu vitorioso. — Pelo visto tu é lesa mesmo.

— Me deixe em paz! — Eduarda gritou de súbito, arrumando coragem para confrontá-lo, mas por dentro sentia o corpo tremer. Ela encostou-se no lado oposto da sala que era ridiculamente pequena para aquela ocasião.

— Tu não tem saída. — A criatura exibiu a faca. — Já planejou o que vai ter no teu túmulo?

Eduarda observava o monstro dar passos lentos, fazendo de propósito para deixá-la mais aflita. Ela segurou-se na estante e quase derrubou o vidro posicionado na ponta da prateleira, cuja etiqueta indicava um nome conhecido. Eduarda teve uma ideia repentina, absurda, mas a sua última esperança. Ela pegou o vidro e arremessou-o no chão com todas as suas forças, espatifando-o. Corpo Seco deu um salto para trás de susto, pois a substância negra, antes presa no vidro, passou a se espalhar no solo e a emanar uma fumaça cinza, que cresceu até formar a figura de um homem elegantemente vestido de branco, de chapéu panamá e com um cigarro na boca. A assombração sorriu para Eduarda, um sorriso cheio de dentes de ouro.

— Boca-de-Ouro... — Eduarda falou, encarando a entidade. — Quero que você me ajude a derrotar o Corpo Seco!


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