The Strawberry and the Sky escrita por Yuushirou


Capítulo 1
一 The Sky in the Urahara Shop


Notas iniciais do capítulo

Re-upando este projeto meio antigo, agora com a ajuda da Mi-chan! Muuuuito obrigado, Mi-chaaan ♥



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Desde o descobrimento de Kurosaki Ichigo como um Shinigami, Urahara Kisuke já não podia mais desfrutar plenamente dos dias de tranquilidade que havia adquirido em sua vida dupla de Shinigami cientista e mero vendedor de artigos e acessórios potencialmente perigosos – mas muito úteis – em Karakura. Era uma questão de tempo Aizen Sousuke tornar a pôr suas garras de fora e todos finalmente descobrirem quem ele realmente era e Kisuke tinha a impressão de que o momento estava próximo. Se havia algo em que Aizen era muito bom era em esperar o momento certo de agir, e a transformação de Kurosaki Ichigo em um Shinigami substituto parecia ser o presságio. Por enquanto, o ex-Capitão da 12ª Divisão da Seireitei deixaria seu mais novo cliente de cabelos laranja e uma marra que já conhecia bem brincar um pouco de Shinigami, fazendo pequenos serviços aqui e ali que deveriam ser de responsabilidade de Kuchiki Rukia, temporariamente impossibilitada de exercer a sua função. Por hora, não deveria haver mais nenhuma novidade sobrenatural naquela cidade tão pacata.

Bem...

Ele achou que, por enquanto, nenhuma novidade mais aconteceria em Karakura, se não tivesse a ver com Kurosaki Ichigo e Hollow. Uma deliciosa ilusão, destruída em uma bela tarde, quando seus três fiéis assistentes, Jinta, Ururu e Tessai, iniciaram a realização de uma faxina geral no Urahara Shop enquanto o próprio Urahara conversava com Yoruichi – ainda um gato preto falante – na varanda. Eles perceberam algo que se parecia com uma reiatsu se aproximando da loja, deduzindo inicialmente que deveria ser algum dos colegas de Rukia, talvez aquele Kurumadani Zennosuke, que não era um freguês frequente, mas que uma vez perdida ou outra aparecia por lá para ver alguma coisa. No entanto, algo parecia diferente e Kisuke decidiu interromper a sua conversa com Yoruichi. Se levantou, caminhou com calma na direção da entrada da Urahara Shop e parou alguns poucos metros antes dela para visualizar quem seria o cliente da vez, ao que o gato Yoruichi, quieto e atento a tudo, observava a cena deitado na posição de esfinge. O que eles viram foi um garoto com um pacote atado às costas, provavelmente uma mochila. Possivelmente uma alma jovem recentemente separada do mundo dos vivos e que se encontrava perdida?

Não...

Havia algo singular nela. Sua reiatsu era notável, mais intensa do que a de uma alma comum, podendo até ser confundida com a reiatsu de um Shinigami. Aparentava ter cerca de 13 ou 14 anos em termos humanos, exibindo cabelos pretos um pouco desalinhados, embora fosse possível perceber, pelas pontas da franja, que ele era penteado para um dos lados. Seus olhos eram verdes e seu vestuário refletia o estilo dos habitantes dos primeiros distritos do Rukongai: roupas simples, porém limpas e bem-acabadas. Suas expressão e postura ofegante transmitiam a sensação de alguém que acabara de enfrentar uma verdadeira maratona para chegar até ali.

— Oh! Um ilustre visitante! Bem-vindo à Urahara Shop! – disse ao recém-chegado, com o seu mais simpático sorriso.

Algo naquele menino era diferente, mas, ao mesmo tempo, soava tão familiar... O gato Yoruichi não pôde deixar de estreitar os olhos felinos ao estranho visitante.

Yo! – disse o garoto, dando alguns passos à frente – Você é Urahara Kisuke?

— O primeiro e único! – respondeu Urahara, alargando ainda mais o sorriso enquanto abria o seu leque – E você é...?

— Aaa, finalmente...!

O menino suspirou, e quando estava prestes a dar mais um passo à frente, provavelmente para se apresentar, foi surpreendido pela chegada do que até então deve ter sido o responsável por fazê-lo correr uma possível maratona por Karakura: um Hollow. Não deu tempo nem de ele exclamar algo como "Você de novo?!", pois o monstrengo, que tinha a aparência de uma serpente com uma máscara de crânio de serpente, avançou para dar o bote. Apesar do peso da mochila nas costas, o garoto conseguiu saltar para desviar e, após alguns instantes, respondeu com um:

— Hadou no Sanjuuichi: SHAKKAHOU!

Uma esfera vermelha feita de reiatsu condensada, disparada da palma de sua mão, atingiu o Hollow em cheio. No entanto, não foi o suficiente para destruí-lo.

— Shaaaaaaaahhhh...!!! – exclamou a criatura após a poeira se dissipar, partindo novamente para cima do garoto.

— Aah, droga...!! – ele praguejou ao ver o Hollow vindo na sua direção novamente.

Nake, Benihime.

Um feixe de luz carmesim rasgou o chão em uma linha reta, atingindo em cheio a serpente-Hollow e desintegrando-a instantaneamente. Uma vez que a poeira novamente baixava, era possível ver Urahara Kisuke com uma expressão mais séria, segurando a sua Zanpakutou apontada ainda na direção do recém-destruído monstro, enquanto a outra mão mantinha o chapéu listrado em sua cabeça evitando que o objeto voasse.

— Oya... – suspirou enquanto abaixava a sua arma – Não esperávamos receber um visitante como você.

Não era nem um pouco comum uma alma não-Shinigami que soubesse usar Kidou, ainda mais uma tão jovem. Arfando, o garoto se aproximou novamente, demonstrando a intenção de, enfim, se apresentar adequadamente.

— Obrigado! Eu... - mas não houve tempo hábil para dizer mais alguma coisa. Simplesmente, perdeu a consciência e desabou ali mesmo, no chão.

A conclusão de Urahara depois de assitir toda aquela cena foi simples e imediata: a julgar pela desenvoltura que parecia ter com Kidou, o garoto provavelmente já havia utilizado outros anteriores para afastar ou despistar a serpente voadora irritante, mas ela sempre se reerguia para continuar a perseguição. Naturalmente, cada Kidou utilizado, somado à falta de tempo para descansar, o peso em suas costas e o fato de não ser um Shinigami treinado, foi esgotando gradualmente as suas energias até que, com a utilização deste último, seu limite fora finalmente extrapolado.

 

 

— AAAAAAAAAAHHHHH...!!!

O grito de horror provavelmente teria poder suficiente para acordar, em completo pânico, toda uma vizinhança. Urahara rezou internamente para que as paredes de sua humilde casa pudessem ser capazes de abafá-lo efetivamente, ao que se aproximava calmamente da porta de correr de onde o jovem visitante fora colocado para se recuperar.

— Um-uum... Ótima reação...! – disse Tessai debruçado sobre o garoto enquanto assentia satisfeito e erguia um polegar para o dono do estabelecimento – Ele está ótimo, Tenchou*!

— QUE ÓTIMA REAÇÃO O QUE? SAI DE CIMA DE MIM, SEU TARADO! – berrou o menino, aplicando-lhe um soco certeiro.

— Bem! Parece que finalmente o nosso mais novo visitante acordou! – disse o ex-Capitão, conseguindo desviar a atenção do garoto de Tessai, já tendo notado-o preparado para acertar o suposto tarado com mais alguns socos, os dois punhos erguidos de maneira desafiadora.

O garoto virou o rosto para Urahara, o homem que aparentemente ele tanto procurou em Karakura.

— Ei, Urahara! Quem é esse pervertido?! – indagou, indignado, apontando para Tessai – Que tipo de primeiros-socorros são esses?!

— Tsukabishi Tessai! – respondeu Kisuke com bom humor, adentrando finalmente o quarto e se sentando ao chão, próximo do confuso e irritado jovem visitante – Um ajudante meu.

Enquanto isso, o gato Yoruichi estava na janela, sem tirar os olhos âmbares do garoto com quem Urahara conversava. Uma jovem alma que sabia usar Kidou... Era de seu conhecimento que a Academia Shinigami ultimamente tivera uma boa safra de guerreiros formados, onde muitos já podiam ocupar o posto de Vice-capitão e até Capitão, como o prodígio Hitsugaya Toushirou por exemplo, mas, este em particular não parecia ser um desses casos. O garoto não se vestia como um Shinigami, e não se comportava como um. Mas, não era apenas isso que intrigava: suas feições lhe pareciam muito familiares. A cauda felina agitava-se acompanhando os seus pensamentos.

— Muuuuito bem – disse Urahara, fechando o seu leque em um único movimento – Você ainda não se apresentou, meu jovem.

— Hã...? Ah! Verdade! – o menino arrumou a própria postura, ficando sentado sobre as pernas dobradas, as mãos apoiadas nas coxas, e se curvando um pouco para a frente para se apresentar: — Shiba Sora. É um prazer.

E o tempo pareceu ter parado naquele quarto.

Kisuke teve o seu sorriso congelado. Tessai, que estava sentado ajoelhado também, não movia mais nenhum músculo. E Yoruichi parou imediatamente de sacudir a cauda.

— Ehh...“Shiba”? – indagou Urahara assim que finalmente conseguiu ter alguma reação, quebrando o silêncio constrangedor.

Sora, que pareceu não ter entendido bem a reação de todos, decidiu completar:

— Filho de Shiba Kuukaku, próximo da sucessão!

Se a primeira resposta daquele garoto foi suficiente para distorcer a noção de tempo daqueles que estavam presentes no quarto, a segunda quebrou o espaço em mil pedaços. Agora, os dois homens e o gato pareciam flutuar numa espécie de vácuo, ou quem sabe, sendo sugados por algum buraco negro. Maravilhoso. O fenômeno de sentir o próprio cérebro derretendo.

Sora olhou de um para outro, e depois vice-versa. Então, ficou impaciente:

— E aí, ninguém mais vai dizer nada?! Que que foi?!

— N-... Nada... Nada não! – pigarreou Urahara, ao que, finalmente, conseguiu voltar a pronunciar alguma coisa enquanto arrumava a própria postura e tentava soar simpático e natural: – Peço desculpas... Em que posso ajuda-lo, Shiba Sora-kun? O que o trouxe ao meu humilde estabelecimento?

Mas Yoruichi, o gato, que acompanhava o tempo todo o proprietário da Urahara Shop, decidiu se mover, os pelos totalmente eriçados em um gesto de choque, indagando:

— Kuukaku teve um filho?!

 

 

— AAAAAAAH! O GATO FALOU! - gritou Sora, apontando para o felino ao recuar até o fundo do quarto.

"Oh, ótimo... Como se as coisas já não estivessem estranhas e conturbadas o suficiente para os dois lados, Yoruichi-san resolve abrir a boca", pensou Kisuke. Que bom que, aparentemente, ninguém da vizinhança foi capaz ainda de escutar a voz de uma criança a berrar “tarado” e “o gato fala”.

Yoruichi suspirou, observando a cena com uma expressão que mesclava tédio e impaciência.

— Perdoe-me, Sora-kun...! – disse Urahara – Pelo meu gato intrometido, haha!

— Kisuke – o gato o interrompeu – Não precisa dar rodeios. Não com este menino.

E ele andou até a mochila que o garoto Shiba trouxera nas costas, agora disposta a um canto do cômodo onde Sora fora posto desacordado, apoiando uma das patas sobre ela e dizendo-lhe:

— Meu nome é Shihouin Yoruichi. E eu gostaria de saber o que é este pacote que trouxe consigo. Nós não o abrimos em respeito ao seu estado de inconsciência, mas, sinto uma fonte de reiatsu aqui.

— “Shihouin”... – e o menino se pôs de pé – SHIHOUIN? Você é Shihouin Yoruichi?!

— Isso mesmo, garoto – respondeu o gato, agora se sentando ao lado do pacote, sem tirar a pata do mesmo e estreitando novamente os olhos da cor de âmbar – Gostaria de ouvi-lo. E então...?

— Hã... Sim. O pacote! – Sora foi até a mochila para abri-la, retirando algo que lembrava um tubo de dentro, completamente enfaixado – A minha mãe me pediu para entregar isto. Ela apenas me disse que eu deveria entregar à Urahara Kisuke, que eu não deveria abri-lo e que você saberia o que fazer.

E entregou o tal tubo enfaixado nas mãos do Shinigami cientista, que o recebeu muito sério, movendo os dedos como que para sentir melhor a sua textura e peso. Em verdade, Urahara já tinha uma ideia do que se tratava, embora ainda se sentisse surpreso, mas não tocaria no assunto por já ter entendido que, pelo menos por enquanto, o jovem Shiba não precisava – ou não deveria mesmo – saber nada a respeito. Era um segredo confiado por Kuukaku a ele.

— Poderia explicar melhor essa história de Kuukaku ser sua... Mãe? – continuou Yoruichi, ainda intrigado e irritado.

— E você, o fato de ser um gato, e não uma... Uma pessoa?! – retrucou Sora.

— Opção! É muito mais fácil ser um gato!

— Heeh, mesmo...?

— Shiba Sora, quantos anos você tem?

É claro que Yoruichi não esperaria ouvir algo como "Tenho 13 anos!" ou "14!", que era o que ele provavelmente teria se fosse humano, afinal, o tal Sora havia nascido na Soul Society. Ele era uma alma, e possuía uma reiatsu elevada, o que significava que sentia fome, podia viver até 10 vezes mais que um humano a depender do quanto conseguisse elevar essa reiatsu e, principalmente, tinha um grande potencial para se tornar um Shinigami.

— Eu? Quase 100 — ele fez uma pausa e então resolveu especificar: — 99 e meio.

Urahara e Yoruichi se entreolharam. Então, ele havia nascido há praticamente um século. Com certeza poderia se tornar um Shinigami se assim quisesse. Crescera inicialmente com uma expectativa curta de vida e, à medida que sua reiatsu foi se desenvolvendo, começou a envelhecer muito mais lentamente do que se fosse uma alma comum e, principalmente, se fosse um humano. E outra: ele havia nascido em torno de 10 anos depois de os dois terem fugido da Soul Society acompanhados dos atuais Visored. Quem poderia ter sido o pai daquele garoto?!

O gato observava bem a fisionomia e o jeito do menino. Ele realmente se comportava como um Shiba, e algo em sua aparência lembrava Kuukaku, especificamente os olhos verdes e as reações irritadiças. Quanto às técnicas de Kidou, foram ensinadas pela própria Kuukaku ou, talvez, por Koganehiko e Shiroganehiko. No entanto, ele era mais alvo que a maior parte dos membros da Família Shiba e seu cabelo era mais escuro, sendo completamente preto. Claro, não significava que todo Shiba deveria ser um pouco mais corado ou queimado do sol e ter cabelos mais puxados para o tom castanho simplesmente por ser um Shiba, mas, por algum motivo ele lhe lembrava mais alguém. Yoruichi só não conseguia puxar da memória quem. Uma hipótese lhe passou na cabeça, mas o gato riu internamente e logo a descartou por lhe parecer muito improvável.

Sora novamente começou a ficar incomodado com os olhares e nenhuma fala de nenhum dos presentes e perguntou:

— De novo esse silêncio? Sério que sou tão estranho assim? Eu não deveria existir, é isso?

— Ora, claro que não! – Urahara riu se sentindo sem graça por não saber dar uma resposta plausível a nada do que estava descobrindo aos poucos – Não leve por esse lado, por favor. É que nós conhecemos Kuukaku-san de longa data e, como não temos contato há algum tempo, diria que a sua vinda foi uma grande e agradável surpresa. Não há nada de estranho ou errado em você ou na sua existência.

Não era apenas Yoruichi que estava tentando, de maneira silenciosa, desvendar quem seria o outro progenitor daquele garoto. Apenas ninguém estava com coragem o suficiente para perguntar àquela criança quem era seu o pai, devido a situação já estar bastante constrangedora. Mas não tinha problema, pensou o gato. Cedo ou tarde, chegaria a hora em que teria que apresentar Kurosaki Ichigo à Soul Society.  Seria naquele momento que iria fazer uma visita à casa dos Shibas e arrancaria as respostas da própria Kuukaku, pessoalmente!

Sora suspirou, cruzando os braços, e como se adivinhasse as interrogações internas dos presentes, anunciou:

— Para sua informação, caso seja isso que estejam se perguntando: é, eu sou filho do empregado! E eu não vejo problema nenhum nisso!

Sendo amigos de longa data de Shiba Kuukaku, Urahara, Yoruichi e até mesmo Tessai, já haviam tido algum contato com Shuu Mahiro, um membro da mesma família dos gêmeos grandalhões Shiroganehiko e Koganehiko e que igualmente servia aos Shiba, só que em uma posição mais inferior. Era nítido o interesse do rapaz na sua senhora, mas a reciprocidade por parte dela não. Os olhos felinos de Yoruichi se estreitaram novamente: a explicação não lhe convencera. “Algo deve ter acontecido para Kuukaku ter atribuído a responsabilidade de um filho a um subalterno. É mais provável que este garoto seja fruto de alguém mais... Poderoso. Sua aparência sequer lembra algo de Mahiro...”.

Sentindo um clima de tensão entre o animal e seu jovem convidado, Urahara procurou se antecipar:

— Oya! – exclamou, juntando as mãos – Mas que descortesia da minha parte! Eu não o ofereci nada para comer! Você deve estar com fome, Sora-kun! Tessai, por favor!

— Irei imediatamente providenciar chá e biscoitos, Tenchou! – disse o homem, ao que se levantava para providenciar o lanche.

O estômago de Sora roncou sonoramente.

— Aaa, eu adoraria...! Obrigado!

O gato Yoruichi lançou um olhar para Urahara de quem dizia "Precisamos conversar mais...", e se retirou de perto da mochila trazida pelo garoto Shiba.

— E, também, Shiba Sora-kun – continuou o ex-Capitão – Há algumas coisas que precisarei fazer com o material que trouxe para mim. Você deverá retornar com ele, mas precisará ficar alguns dias aqui em Karakura. Seria interessante confeccionarmos um Gigai para você!

O menino pendeu a cabeça para um lado, como um cão curioso.

— Que que é um Gigai?

— Um corpo artificial – respondeu Kisuke – Assim, você poderá interagir diretamente com este mundo e com os seres que vivem nele.

E ele deixou o quarto momentaneamente, deixando para Tessai a tarefa de cuidar do jovem e faminto Shiba por enquanto para se unir à Yoruichi do lado de fora, ambos novamente sentados à varanda do Urahara Shop. Intrigado com tudo aquilo, o gato comentou:

— Kisuke, essa história está mal contada.

— Ora, é só um Shiba que não conhecíamos ainda...

No entanto, ao que o animal a seu lado transbordava impaciência, Urahara resolveu mudar o semblante e um olhar muito mais sério podia ser visto sob a penumbra do seu chapéu.

— Tem razão... É um legítimo Shiba, mas... Uma alma tão jovem que consegue utilizar Kidou com essa facilidade. Claro, o que vimos foi um Kidou de baixa complexidade, mas... Ele o fez sem recitar os versos. Não é algo comum de se ver por aí quando não se é um Shinigami.

— Preciso ter uma conversa séria com Kuukaku – continuou o gato – A depender do que aconteceu e o que a levou a envolver o nome de Shuu Mahiro nisso, essa história poderá gerar problemas para o próprio Sora. E quem sabe não pode haver algum fator ainda mais grave envolvido.

Fez uma pausa, e então finalmente pareceu relaxar a postura, voltando a assumir a posição de esfinge.

— Outra coisa, Kisuke: vamos escondê-lo do Ichigo, por enquanto. Algo me diz que será melhor que os dois não saibam ainda da existência um do outro. Uma coisa de cada vez.

— Oya, e como faremos isso?!

— Você está mesmo me fazendo essa pergunta...?

— Hã... Hirako-san...? Não sei se ele aceitaria...

— Dê o seu jeito! Eles devem algo a você, não é?

— Hai, haai... Como quiser.


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Notas finais do capítulo

*tenchou (店長): gerente de loja



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