Promessas escrita por Kathe Black


Capítulo 5
Capítulo 5 : Algo inesperado




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Capítulo 5

Meses depois

        Saímos da universidade para um sorveteria que ficava na rua de trás do nosso campus, resolvemos seguir a pé. Ficamos na parte da frente, embaixo da cobertura, aproveitando o clima agradável de Seattle nessa tarde.

     - Não me lembro de ter vindo aqui antes. – comentou Hope. – Mas já gostei, voltarei mais vezes. – é claro que não era bem da sorveteria que ela tinha gostado.

    - Cuidado, foi nessa de passar meu número que eu quase cai em cilada. – lembrei a ela do meu encontro trágico com Nahuel, que resultou em eu indo para casa a pé.

     - Você foi avisada. – Jared me lembrou do aviso de Jacob

    - Como se eu fosse acreditar que por trás daquele rostinho lindo, havia uma pessoa desequilibrada.

       O encontro não durou uma hora, Nahuel quis me beijar e eu recusei, ele se irritou dizendo que não tinha vindo só conversar, e quando eu entendi o que ele queria dizer eu disse não. Ele foi embora e me deixou sozinha. A questão era, ultimamente, eu não tinha dado sorte com homens, principalmente levando em consideração a minha animação transparente, que acontece sempre que encontro com uma certa pessoa, que parece não notar a minha existência. Pedia aos céus para encontrar uma outra pessoa que me tirasse o foco de Jacob, eu não podia estar me apaixonando por alguém que é exatamente o oposto do que desejo para um companheiro.

     O som de risos tão familiares me tirou de meus pensamentos, me fazendo acordar para a realidade ao meu redor. Olhei para a calçada, e vi uma cena que jamais pensei ser possível. Meu pai abria a porta de trás do seu carro, enquanto uma mulher loira saia do banco do passageiro. Uma garota de no máximo quatro anos saia do bando de trás. Engasguei com aquela cena. Quando o vi segurar a menina nos braços e beijar o rosto dela.

     - Sério, amor, você vai amar o sorvete daqui. – dizia a mulher loira.

     - Renesmee?? – Jared segurava o meu braço. – Vamos embora daqui. – ele pedia

     Eu me desvencilhei dele, me levantando e sendo vista pelo meu pai. Ele congelou quando me viu.

     - Olá, Edward. – falei ríspida, a mulher me olhou com curiosidade. Entrelaçando o braço no dele. Jared me alcançou, agarrando a minha cintura. – Esta tudo bem, Jared. – ele entendeu que eu não ia fazer um barraco ali.

    - Quem é você? – Hope se aproximou, ficando do meu lado esquerdo. Eu olhei a mulher de cima abaixo, estava muito bem vestida, roupas de marcas de luxo eu conhecia de longe. Havia um belo anel com uma pedra de rubi em seu dedo, e uma aliança em sua mão. Quem é a menina?

     - Tânia Denali, e essa é minha filha Kate Cullen. – minha visão embaraçou devido as lágrimas. Eu as enxuguei, trincando os dentes. – Quem é você? – ela réplica a minha pergunta.

    - Renesmee Cullen, a filha mais velha desse aí.

    - Filha, esse não é o lugar apropriado para conversar...- ele começou a falar, passando a menina para os braços da mãe.

   - Não chega perto de mim. – estiquei meu braço, o empurrando e dando alguns passos para trás. Eu me virei e saí o mais rápido possível que conseguia. Ouvi quando Edward pediu para que Jared desse passagem para que ele viesse atrás de mim, Jared não permitiu que ele me seguisse

      Eu não sabia direito para onde estava indo, Hope estava no meu encalço, e eu sabia que ela não me deixaria sozinha. Uma Ferrari vermelha reduziu a velocidade quando passou ao nosso lado e então, eu pude ver quem era o motorista.

    - O que aconteceu? – ele perguntou, estacionando e saindo do veículo rápido para me seguir.

   - Ela viu o pai com Tânia Denali. – a maneira como ela falou deixava claro que minha amiga sabia. Parei de andar. – Desculpa amiga, não sabia como te falar que vi seu pai com outra mais de uma vez.

   - Você devia ter me dito! – esbravejei

   - Tive medo da sua reação, mas eu juro que queria te contar. – ela s se justificou. Levei as mãos ao topo da minha cabeça.

   - Minha mãe. Como vou falar isso para a minha mãe?! – girei no lugar.

  - Vem comigo. – ele esticou a mão, sua voz era calma. – Por favor, você precisa esfriar a cabeça e eu sei onde você pode fazer isso. – encarei sua mão, tentando decidir se iria ou não. – Confia em mim, só dessa vez ok?

     Entrei no carro dele.

     - Volta e avisa ao Jared que eu estou bem. Depois eu ligo pra minha mãe. – digo e ela se limitava a acenar positivamente e volta para onde deixamos Jared a algumas quadras.

 

 

       Ele estava me levando para Forks. E não sei exatamente como eu me sentia com relação a estar saindo da cidade sozinha com ele. Ao menos, pude ficar em silêncio com meus pensamentos durante toda a viagem. As horas de viagem se passaram que eu só me dei conta quando ele estacionou em frente a pousada da cidade, que aliás, pertencia a ele.

     - Prefiro ficar na reserva. – murmurei

    - Claro, mas antes você vai precisar de roupas.- ele aponta para a loja em frente - Saíamos de Seattle de qualquer jeito.

    - Quanto tempo acha que vou ficar aqui?

    - Ao menos um dia, só quero que esfrie a cabeça. Sua mãe já está passando por coisas demais, procure uma maneira menos cruel do que simplesmente jogar a verdade de qualquer jeito na cara dela. – ele tinha razão.

     Ele tinha um quarto só dele ali, era o maior de todos com direito a cozinha completa e banheira bem espaçosa. Olhei todo quarto assim que entramos, depois me sentei na cama, recolheu meus joelhos para bem próximo ao meu rosto, os segurando nessa posição.

     - Não acredito que ele fez isso. Ele tem outra filha!- Jacob não parecia surpreso. – Você sabia! – acusei

    - Você me deu a dica, achei estranho a conversa sobre a contabilidade não estar batendo. Então, verifiquei e vi que não tinha nada errado, tivemos até um lucro maior nos últimos meses, a questão é que a parte do lucro do seu pai, não estava indo totalmente para a conta conjunta que ele tem com a sua mãe. Ele estava enviando para a conta de Tânia, acredito que para dar a outra filha o mesmo padrão de vida que você e a Claire sempre tiveram.

    - Isso só pode ser um pesadelo.

   Jacob se senta ao meu lado, um olhar enigmático. Seu rosto não demonstra qualquer emoção. Eu ajeito a minha postura, encarando aqueles olhos escuros eu consigo me tranquilizar ou pelo menos mudar o foco dos meus pensamentos. Ele secou uma das minhas lágrimas, tocando meu rosto de forma gentil.

     - Vai ficar tudo bem. – ele prometeu – Quando você estiver calma, quando sentir que já pode conversar sem querer quebrar nada, eu te levo de volta e você conversa com a Bella. E com seu pai.

    - Não quero nem ouvir o nome dele! – falei furiosa, desviando o olhar do dele. Jacob segura meu queixo, me fazendo olhar pra ele novamente.

   - Não precisamos falar nada, se não quiser. – ele responde. – Vista esse vestido. – ele aponta para uma das peças que comprei na loja a frente. – Vou te levar para se distrair.

      Ele me levou para uma boate no centro da cidade. Eu não conhecia ninguém ali, e isso facilitava as coisas pois não precisava ficar conversando com ninguém. Eu não queria conversar com ninguém. Jacob me puxou para dançar, e eu me lembrei da primeira vez que seu braço tatuado me envolveu para que meu corpo colasse no dele durante a dança, dessa vez eu permiti que ele fizesse isso. Seu braço em volta da minha cintura, minhas costas coladas em seu peito, minhas mãos na nuca dele, e a boca dele bem próxima ao meu pescoço, sua barba mau feita encostava naquela região, me causando arrepios. Ele pareceu perceber e se divertia com isso.

    Quando seu lábios encostaram no lóbulo da minha orelha, me sentir como uma garotinha que nunca havia beijado ninguém prestes a dar o primeiro beijo. Eu me virei em sua direção, ele colocou as duas mãos no meu rosto, talvez se certificando que eu queria. Eu acabei com a distancia entre nossas bocas e senti sua língua invadindo a minha boca. Quando aa carícias ficaram quentes demais para estarmos em local público, voltamos para o quarto dele. Havia uma certa urgência no nosso beijo, e na forma com as mãos dele mapeadas todo o meu corpo.

     - Isso não deveria acontecer. – ele sussurrou, enquanto eu beijava seu pescoço e me sentava sobre ele na cama. O ouvi gemer e apertar forte minha bunda. – Renesmee. – ele gemeu meu nome, mudou nossas posições me fazendo ficar deitada.

    Não me lembro de mais nada a partir daí. Tudo não passava de imagens distorcidas nas minhas lembranças, quando acordei eu vestia apenas a camisa dele, nem de calcinha eu estava. Seu braço estava sobre o meu, e eu estava deitada sobre o outro braço dele, com o meu quadril colado nele. Pelos sinais doloridos do meu corpo, pelas marcas roxas em alguns pontos, eu tinha tido uma noite quente com ele e nem se quer me lembrava.

      - Que droga! – xinguei, baixo para que ele não ouvisse. – O que eu fiz?! – questionei com muita dor de cabeça, olhando pro teto

     - Sexo, a noite quase toda para ser exato. – ele responde ainda de olhos fechados, depositando alguns beijos no meu ombro.

      - Ta falando sério? – ele abre os olhos, alarmado.

      - Você não lembra da nossa noite de ontem? Qual a última coisa que você se lembra?

     - De ter vindo até aqui com você, de estar com vontade. E só. – ele respirou aliviado.

      - Por um momento acreditei que você fosse falar que não queria que tivesse rolado.

      - Querer eu queria, mas também queria ter lembranças. – fiz um biquinho. – Nunca alguém me deixou com o corpo dolorido assim. – ele riu, safado.

     - Sempre que quiser, só me chamar. – ele passou por cima de mim, esfregando seu corpo novamente no meu para poder sair da cama.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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