The Namikaze Sage Mother. escrita por Dragão Mors


Capítulo 1
1-Introdução- Yako Namikaze.


Notas iniciais do capítulo

Linha do tempo um pouco diferente do manga, quis que Konoha fosse mais velha do que ela é no manga, no manga tem só 60 anos na época do Naruto clássico LOL. Acho isso muito pouco para uma suposta vila tão antiga, mas ñ tem muito o que fazer graças a idade dos personagens... queria deixar ela uns 100 anos mais velha, mas é impossível. Então fiz o que pude.

Hashirama fundou a vila aos 19 anos, morreu com 53. Teve filhos aos 20 e netos aos 49. Foi Hokage por 34 anos.
Tobirama é 5 anos mais novo que Hashirama, morreu(não sei se mato ou não ainda.) aos 60. Tobirama foi Hokage por 12 anos.

No manga acho que o Tobirama e o Hashirama morrem la pelos 40 apesar de não ser confirmada idade eu julgo pela aparência.

Diferente do manga aqui Hiruzen nasce já na vila(no manga ele já tinha 8 anos quando foi fundada) e assume o cargo aos 30, nesse período a vila já existe a 46 anos. (Danzo, Kagami e os outros 2 velhos do conselho tem a msm idade dele, com meses de diferença.)

Yako nasce no ano 25 da vila. Sakumo tem a mesma idade dela.
Tsunade a primeira neta ano 30, Nawaki é 10 anos mais novo que ela.(os Sanin tem a msm idade dela, com meses de diferença só.)



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Nunca imaginei que fosse possível renascer em uma história como nos animes de Isekai, mas aqui estou no mundo de Naruto uma história que eu acompanhei quando era criança até meus 18 anos mais ou menos. Esse mundo não é exatamente idêntico ao manga e ao mesmo tempo não é tão diferente assim.

 Yako Namikaze é alguém que eu nunca ouvi falar nem se quer em filler do anime ou jogo, porem o sobrenome é algo que reconheço afinal o único personagem que tem esse sobrenome era Minato Namikaze o quarto Hokage e pai do protagonista da história. Porem até o momento não existe nem sinal do personagem, até por que eu nasci muito anos antes de se quer esse personagem nascer.

 Nós Namikazes somos uma família que se mudou para Konoha uns 2 anos após sua fundação, meus avós e pais vieram para cá após as outras vilas se formarem e causar problemas com os nômades dos mares e mercadores ao mesmo tempo vendendo por ai de cidade em cidade de país em país. Graças a união dos ninjas eles começaram a ter poder para eliminar todo tipo de gente que não gostavam. Não éramos e nem somos ninjas, porem sabemos lutar e usar chakra, éramos poderosos e não nos queria passando pelos seus mares

 Meu controle de chakra é extremamente refinado para a minha idade pois treino desde que nasci basicamente e além disso tive a sorte de nascer com o sentido extra de sensor. Na verdade, ser sensor é algo comum na família, mas a minha habilidade é particularmente mais forte. Não tenho certeza se é por que sou assim esmo ou se é resultado de eu ser uma alma de outro mundo. Antigamente era até desagradável chakra era como algo alienígena no meu corpo, hoje é mais normal, mas ainda sim sempre sinto quando uso, o que é anormal, já que para os outros nesse mundo chakra é como um musculo, você sabe que tem, sabe mexer, mas não é algo que você sinta.

—Mãnhe! Terminei de cortar as madeiras vou brincar! – Avisei já saído de casa.

—Yako-chan volte antes de anoitecer! -Minha mãe gritou de volta.

 Animada fui para as bordas da vila onde é basicamente floresta. Usando henge me transformei em um gavião e voei rapidamente até o rio Naka, antes de descer eu dei duas voltas ao redor para ter certeza que não tinha ninguém indesejado por perto e desci.

—Sakumo! Eu trouxe o material -Gritei animada. Tirando do selo duas espadas cegas que fiz.

—Yako! Vamos começar – Ele gritou acenando. Logo começamos o aquecimento. Apesar de não querer ser ninja treino sempre que posso pois nesse mundo não saber se defender é um erro. Sakumo é meu único e melhor amigo.

—Agora vou te ensinar um novo kata para praticar. – Sakumo disse animado.

 Depois de o Sakumo me ensinar os novos katas para treinar com a espada curta eu lhe ensinei Fuuton. Fuuton, Suiton, Doton e Katon eu aprendi sozinha. Acho que tenho afinidade com estilo vento e água pois foram os primeiros que aprendi faz uns anos e foi totalmente intuitivo. Já fogo e terra deram mais trabalho tive que espremer cada memoria que tinha do manga e combinar com meu sexto sentido. Já o raio foi foda, não consegui aprender sozinha de jeito nenhum. Sakumo me ensinou.

 Um ano depois quando fiz 9 anos o 1º Hokage morreu, não foi dito nem como nem o porquê. Talvez esse mistério todo seja para esconder algo.

 O clima na vila mudou uma semana depois quando Tobirama assumiu o posto de Hokage. Foi uma puta festa. Fiquei animada ao ver ele ao vivo e me lembrei do porquê eu tinha uma paixonite no personagem quando era adolescente. Ao vivo o cara é ainda mais bonito! Nem parece que tem quase 50 nas costas. No meio da multidão pude soltar meu lado fangirl adormecido a há anos e gritar à vontade.

 Depois da festa me preparei para dar um presento para o Sakumo, já que ele vai se graduar como genin. Usando henge me tornei uma aranha e produzi muita seda durante um ano fazendo todo santo dia um bocado, depois de tentativas e erros finalmente cheguei num ideal mês retrasado. Fiz o suficiente para fazer várias peças de tecido.

—Yako-chan está fazendo presente para o seu namoradinho? -Minha mãe disse ao me pegar colocando a cor cinza na peça.

—Mãnhe! Que isso o Sakumo não é meu namoradinho! Ele é só meu amigo. -Disse morrendo de vergonha. Que horror eu sou uns 30 anos mais velha que ele!

—Sei... - Minha mãe ficou falando bobagem até dar a hora de ir para a loja e eu só revirando os olhos.

 É estranho ter outra mãe. Tento não pensar muito sobre isso, mas sinto falta da minha original, não só dela, mas da minha família. Aqui nesse mundo a família é diferente é unida e ao mesmo tempo não é. Meus pais são mais preocupados com trabalho que comigo e desde criança sou encorajada a ser independente. O mais estranho é que é assim com todos. A coisa mais comum é ver criança de 4 anos já andando sozinha por aí na vila, crianças de uns 6 anos mais ou menos já ajudam em casa com alguma tarefa tipo limpar, fazer comida e até ajudar no trabalho.

Quando se é ninja é pior. Ouvi do Sakumo que é normal crianças de 2 anos já começarem a treinar taijutsu... Isso é bizarro. Com 4 já começam a aprender sobre chakra e se tiver talento já são ensinados o básico do controle e até alguns jutsus... extremamente bizarro isso.

 Usei chakra e o famigerado Kage Bunshin para fazer corte das peças e terminei de costurar em poucos dias. Testei varias vezes contra facas, shuriken e kunai para ter certeza de que tinham uma boa resistência ao corte. Apenas armas reforçadas com chakra passam pelo tecido, mas isso pode ser resolvido com o Sakumo imbuindo a roupa com chakra também.  Aproveitei para também adicionar selos por dentro da roupa, fazendo dois selos de inventario em cada manga, assim ele poderia guardar coisas sem precisar carregar pergaminhos.

 A outra parte do presente foi bem mais complicada, é um projeto de anos e anos de experimentos. Ao longo de cinco anos consegui por as mãos em cromo, vanádio, níquel e bastante ferro, alumínio... entre outros com dinheiro que fiz ajudando minha mãe com a loja. Minha sorte é que minha família se tornou mercadores ao se fixar na vila, afinal já estava acostumada fazer isso antes enquanto viajavam pelos mares. Fazer as cotas de malha demorou duas semanas.

 O processo é complicado e só pude aperfeiçoa-lo finalmente ano passado. Uso estilo fogo e vento para controlar a temperatura, resfriando e aquecendo conforme o necessário. Uso chakra puro para manipular a forma fazendo pressão e força, porem o estilo raio é fundamental para mim sentir o marial e também de certo modo controlar a temperatura. Funciona quase como uma alquimia maluca. Fico feliz por possuir uma enorme reserva de chakra suficiente para durar o dia inteiro trabalhando com chakra. Tudo é feito de átomos no fim e em tudo existe eletricidade.

Pela primeira vez na vida fui para a academia ninja. Estava uma loucura, cheio de criança gritando feliz e mostrando bandanas da folha para os pais. Eu tive dificuldade em achar o Sakumo no meio da multidão, pois era muita gente no meio do caminho. Quando finalmente vi o cabelo cinza bagunçado que to acostumada, sai correndo.

—Sakumo! Oi! - Gritei.

— Yako! – Ele gritou de volta me achando.

—Parabens! – Disse animada lhe entregando dois papéis. Ele me olhou confuso, mas logo percebeu que eram selos de inventario e entendeu.

— Vamos para um canto mais vazio. -Ele disse indo para perto de umas arvores onde ninguém ficava. Logo que abriu os selos ficou surpreso. – Você que fez? Incrível! Isso é seda pura!

Eu ri lisonjeada, esperei ele terminar de olhar cada peça de roupa e depois examinar a cota de malha.

—Presta atenção. Essa aqui conduz eletricidade eu fiz para você testar jutsus de Raiton com ela, mas toma cuidado pois ela pode acabar sendo ruim contra outros usuários de Raiton ou em certas ocasiões. Eu não a usaria em dias chuvosos por exemplo, pois ia ser uma merda tomar um raio com ela. Apesar de conduzir bem eletricidade, ela é bem resistente ao calor. Já a outra é o contrario ela não conduz bem a eletricidade. Acho que é uma boa ideia contra usuários de Raiton, mas não tenho certeza do quão eficiente é, só sei que da um trabalho desgraçado para usar Raiton nela. Ambas são super-resistentes a ataques de lâminas comuns e até reforçadas com chakra, precisa ser muito bom com chakra de vento, raio ou uma força bruta incrível para furar essas belezinhas. -Expliquei orgulhosa.

— Não vejo a hora de testar! – Sakumo disse.

 Fiquei feliz por ele. Sabia que ele no futuro viraria um grande shinobi. Logo o Hokage chegou e fiquei animada de ver o Tobirama de perto fazendo um discurso para o pessoal. Não só eu como todo mundo ficou maluco com o Hokage ali.

 Sakumo e eu passamos o mês seguinte animados com as cotas de malha que eu fiz, ele testou ambas de varias formas, primeiro treinando em casa mesmo, depois comigo, depois em missão com sua equipe. Eu ia tomando nota de tudo já tendo em mente melhoras. Porem para a nossa tristeza a primeira grande guerra ninja começou meses depois. Isso mudou tudo. Nos dois primeiros anos ainda conseguimos manter um certo contato, pois foram focados no treinamento do time dele para a guerra, apesar de ele treinar todos os dias por várias horas ainda consigamos nos ver. Porem quando ele fez onze anos ele começou a fazer missões fora da vila e foi ficando cada vez mais difícil nos vermos, pois as missões podiam durar de dias a meses.

 Sem o Sakumo por perto eu foquei todo o meu tempo em ajudar meus pais com a loja e a testar novas maneiras de melhorar minhas habilidades. Eu tinha bastante tempo para isso, pois não tinha amigos além do Sakumo, já que era estranha demais para as crianças civis e eu não tinha muita vontade de interagir com muitos ninjas. As crianças de clã são chatinhas e não gostam de se misturar muito fora do clã e quando fazem isso é para vantagem politica dos pais. As sem clã acham não querem perder tempo com civis. Por um lado, isso é ótimo para mim já que se torna a desculpa perfeita para ficar enfurnada em casa fazendo experimentos ou brincando na floresta.

Um dia quando voltei para casa vi meu pai é um dos raros momentos que meu pai está em casa e parecia ser ficar mais de uma semana.

— Ainda lembra como fazer o básico de fuinjutsu? -Ele perguntou e eu revirei os olhos, mostrando para ele.

 - Claro! -

 -Vejo que melhorou muito desde a ultima vez! Seu controle de chakra está ótimo, vejo que praticou bastante.

 Logo ele sentou comigo no chão da sala animado olhando meu trabalho com fuinjutsu. Nessa ate usamos duas coisas intensão e imaginação. As palavras escritas servem para expressar em linguagem isso. Quanto melhor a pessoa se torna nessa arte ela precisa de menos palavras para expressar a intenção e imaginação, porem quando se é novo tem que colocar cada palavra e intensão com cuidado pois se algo de errado na melhor das hipóteses o selo não funciona, na pior ele até funcionar... errado... e isso pode variar entre criar uma bagunça e se tornar mortal.

—Parabens! Yako-chan vejo que esta pronta para aprender o estilo Namikaze. – Meu pai disse animado me abraçando e esfregando minha cabeça brincalhão.

 E foi assim que sai da vila pela primeira vez.

 O mundo fora da vila era maravilhoso e terrível ao mesmo tempo. Era incrível ver as vilas parecia uma viagem no tempo o modo que as pessoas vivem parece ainda mais antigo que o pessoal da vila da folha. La na vila tem água encanada, esgoto e já existe eletricidade faz uns quatro anos. Fora da vila tudo parece parado numa época medieval e mais rudimentar. Assim como era um terrível bagunça com bandidos para todos os lados. Na vida real um bando de homens armados com facas e espadas não parece tão bobo quanto em vídeo games. Apendi a rapidamente usar Suiton com Raiton para lidar com eles, molhando todo mundo e finalizando com um choque poderoso. Era horrível ter que lutar, mas era necessário. Pelo menos assim eu não precisava encostar em ninguém.

 Papai e eu íamos de vila em vila vendendo utensílios e ferramentas, assim ganhávamos dinheiro. As pessoas compravam com gosto pois era tudo de boa qualidade e num preço razoável, mas logo aprendi que não é só isso que fazíamos. Logo aprendi o real significado do sobrenome Namikaze.

—Vamos mergulhar quero ver quanto tempo aguenta la embaixo. – Meu pai disse apontando para o fundo do mar. Mergulhei junto dele nas águas cristalinas, quando ele percebeu que eu aguentei vários minutos ele ficou esperando quando deu meia hora ele sinalizou para subirmos. -E achando que ia te surpreender com o mar. – Ele disse rindo.

—Sempre gostei de brincar de ficar debaixo da água la no rio Naka. Depois que aprendi a usar o estilo vento aprendi o truque usar ele para fazer ar(oxigênio) direto nos pulmões. -Contei a verdade. Meu pai riu mais.

—Não acredito nisso! Hahahaha e eu achando que sua mãe exagerava quando me contava dos seus experimentos malucos. -Ele soava incrédulo e orgulhoso ao mesmo tempo.

 Com meu pai aprendi a procurar metais e pedras preciosas no mar. Descobri que nosso clã não só é especialista nos estilos vento e água como também em raio. Aprendi a usar a Suiton para me movimentar no mar como se voasse, Raiton para detectar coisas ao redor isso era especialmente útil para achar metais. O Futon aprendi a usar para movimentar um pequeno barco com uma vela sobre a vela, não precisei aprender a respirar debaixo da água pois já tinha feito isso em casa. Aprendi a ler correntes marítimas e a sentir o mar, assim come ler as correntes de ar e sentir os céus.

 Em um ano voltamos a terra apenas quatro vezes para vender materiais e comprar suprimentos. A única coisa que eu realmente detestei era ter que comer peixe praticamente sempre.

—Você aprende rápido – Meu pai disse orgulhoso. – Nossa família viveu no mar e do por séculos e séculos. Antes das pessoas dos países de terra começarem a se aventurar nessas águas, antes até dos Uzumakis criarem Uzushio. Quando te ensinei fuijutsu eu te disse que aprendemos essa arte com os Uzumakis, nós somos amigos dos Uzumakis filha em troca do conhecimento deles nós demos parte do nosso sobre os mares e os céus. Se algum dia algo acontecer a mim e sua mãe procure pelos Uzumakis. -Ele disse sério olhando com seus olhos cinzentos o céu ensolarado.

 Eu assenti com um sentimento estranho na barriga.

— Sinto que está preparada. A última parte da viagem é algo que você terá que fazer sozinha. Isso é algo que fazemos desde os tempos ancestrais. Explore todos os mares e procure por um tesouro precioso para chamar de seu e com sorte ouça a voz dos ventos e das ondas. Volte quando sentir for a hora certa. -Ele disse colocando sua mão em meu ombro. Depois de dar um último abraço ele partiu.

 Ficar só era algo enlouquecedor depois de um tempo.

 Eu achava que gostava de ficar sozinha, pois passa a maior parte do tempo sozinha em casa ou na floresta com meus experimentos, mas estar realmente só era algo totalmente diferente após algumas semanas eu estava desesperada para conversar com outra pessoa. Eu não aguentava mais ver apenas o oceano para onde eu ia, eu tentava me distrair mergulhando a procura de qualquer coisa. No desespero de entrar em contato com aguem cheguei ao ponto de tentar me comunicar com um grupo de orcas que vi caçando. Foi totalmente desengonçado e tão eficiente quanto falar com um pombo, até eu entender meu erro e tive uma epifania. Eu estava usando os sentidos errados. Quando eu parei de usar os olhos e ouvidos e passei a sentir com chakra tudo mudou.

 Em Konoha eu tinha o habito de usar o henge para me transformar em animais, observá-los e imita-los. Foi assim que aprendi a voar como um gavião, correr como um lobo, raposa ou cervo, escalar como um gato ou esquilo, ouvir como eles, ver como eles ser como eles. Aqui no mar a experiencia foi mais profunda que apenas imitar, foi como se algo tivesse estalado em mim e eu passei a sentir todos a minha volta. Foi incrível e assustador ao mesmo tempo. Sentir por quilômetros e quilômetros a fio todo o tipo de ser e ser capaz de enxergar de algum modo seu chakra.

 Não sei por quanto tempo fiquei flutuando na água, mas quando me dei por mim as orcas estavam me cercando. Elas não estavam sendo agressivas, apenas curiosas. Quando pensei em tentar me comunicar com elas eu senti suas mentes, era uma experiencia surreal. Não era como telepatia onde as pessoas falam como se fosse um telefone de uma mente para outra. Não. Era muito mais profundo que só fala, eu podia sentir seus sentimentos, intenções e compreender o que a mensagem que queriam passar sem ter que falar.

 Sem pensar duas vezes eu me meti com tudo nessa experiencia, senti como se tivesse renascido uma terceira vez e estava reaprendo a usar meus sentidos. Explorei o mar com as orcas por um tempo, elas me ensinaram a caçar, ouvir e cantar como elas, cada grupo de família tinha seu estilo especifico de sons e eram únicos. Ouvir como elas quase que como ver pelo som. Aprendi a entender as correntezas pelo ponto de vista delas. Então eu decidi aprender com os tubarões, eles me ensinaram a enxergar com a eletricidade, conviver com eles era totalmente diferente das orcas, assim como a maneira que eles caçam ao invés de usar a audição especial das orcas optam por usar um seu sexto sentido elétrico junto de seus outros sentidos. Com enguias e arrais aprendi a usar a eletricidade para me defender e atacar... cada criatura tinha uma lição interessante a me ensinar.

 Depois de ouvir e aprender com muitas vozes rodando pelos mares senti que estava na hora de voltar. Usando energia natural para me proteger eu nadei do fundo em formada de tubarão subindo com tanta velocidade que praticamente voei aos céus ao irromper a superfície então em um instante passei de tubarão para gavião e voei de volta a konoha.

 Ao chegar em Konoha senti que nada mudou na vila ao mesmo tempo que parecia que tudo tinha mudado.

 Apresentei meu documento aos guardas e entrei. Segui para casa andando lentamente olhando curiosamente ao meu redor.

 - Yako! -Minha mãe gritou animada feliz em me ver de volta. Ela parecia muito mais velha do que da ultima vez que eu a vi.

—Mãe! Quanto tempo? – Perguntei incerta e confusa a abraçando.

—Já fazem quatro anos! Vamos fazer uma festa... -Ela disse animada começando a falar sobre festa e me contando os acontecimentos.

 Infelizmente meu pai e Sakumo não estavam na vila para participar, apenas nós duas aproveitamos. Comi muita carne, arroz e feijão, além de vários doces. Acho que nunca comi tanto assim nessa minha vida nem na outra. Eu realmente senti falta da comida gostosa.

 No dia seguinte para surpresa de todos um ninja chunin ou jounin bateu na porta. Estranhei, mas atendi.

— O Hokage pede para comparecer em seu escritório. Venha comigo. -Ele disse. Estranhei, mas eu o segui pensando o que diabos o Hokage queria comigo, afinal nem ninja eu era e também não sou ninguém importante. Ao chegarmos ele bateu na porta e o fui convidada a entrar.

—Yako Namikaze. Prazer em conhece-la sou Tobirama Senju. -Tobirama se apresentou.

—Prazer Hokage-sama. – Cumprimentei ainda sem entender direito.

—Fico feliz que tenha voltado. Gostaria de confirmar umas coisas. Foi você mesma que fez essas roupas e equipamentos? -Ele disse tirando uma blusa cinza e cota de malha de um pergaminho. Reconheci na hora eles como sendo do presente que dei a Sakumo na graduação da academia, logo senti meu coração apertar. – Não se assuste, Sakumo está bem. É apenas desgaste de tanto uso. A qualidade do produto é impressionante queria encomendar algumas peças...

—Ah. -Suspirei aliviada ouvindo com atenção o que o Tobirama queria. – Hokage-sama vou precisar de um tempo para fazer essas roupas. Não é algo que eu posso produzir em larga escala pois é demorado e cansativo, mas posso fazer uma quantidade boa...

 Expliquei a situação o melhor que pude e inventei umas desculpas no meio. Não quero ser obrigada a produzir coisas para a vila toda. Para o meu desprazer Tobirama sabia negociar como um vendedor experiente no fim de tudo o assunto degringolou de tal maneira que acabei concordando em mostrar para ele como eu fazia e em troca além de pagamento ele me ensinaria jutsus... Demorou até eu perceber isso e fiquei perplexa. Fiquei corando igual uma idiota na rua de vergonha e felicidade.

 E foi assim que comecei a frequentar o distrito dos Senju. As casas deles são super maneiras, bem estilo japonês tradicional, quase me senti no Japão ali.

Vi Tsunade, Jiraiya e Orochimaru pivetes pela primeira vez e foi algo interessante. Esse tipo de coisa faz me lembrar que estou dentro da história de Naruto. Eles já têm uns 10 anos e a Tsunade está toda feliz com o irmão mais novo que nasceu. Ver um Hiruzen jovem também é esquisito ele é tipo uns dez anos mais velho que eu.

—Por aqui. -Tobirama abriu uma daquelas portas de correr de papel e me chamou pra entrar.

Tentei disfarçar meu deslumbramento com a casa deles, sempre amei esse tipo de construção, até na minha outra vida. Logo chegamos em um quarto espaçoso cheio de pergaminhos com anotações para tudo que é lado e ao passarmos por ele chegamos em um outro quarto espaçoso, só que dessa vez vaziu.

— Pode trabalhar aqui. Precisa de algo?

—Não. -Disse já tirando tudo que precisava dos meus selos que tatuei nos braços, uma coisa que resolvi fazer nesses anos de reclusão no mar. Meu coração batia a mil enquanto eu tentava não olhar para o Hokage. G-zuis! Por que um cara que está nos 50 como ele parece estar nos 30? Comecei a trabalhar logo para tirar os pensamentos pervertidos da cabeça, mas era difícil esquecer o Hokage que me olhava com olhos de águia. Ele prestava tanta atenção que me dava a impressão de que seus olhos vermelhos iriam virar um sharingan a qualquer momento só para ver os detalhes melhor.

—Fascinante... Então é assim... Interessante... – Ele murmurava de tempos em tempos.

 Já era quase final do dia quando terminei uma cota de malha completa. Me surpreendi com o quão rápido eu fiz, especialmente por que fiz do zero fazendo desde a liga. Isso me fez perceber que o que eu pensei que fosse perfeição estava longe disso, eu só não sabia que podia melhorar.

—Seu controle de chakra é impressionante. Nunca considerou se tornar ninja? -Ele quis saber interessado.

—Obrigado. Não. Apesar de gostar de aprender a lutar, usar armas eu não tenho nenhum pingo de interesse em ser ninja. – Respondi sinceramente apesar de deixar de fora outros motivos... Nem pensar eu não sou nenhuma protagonista de manga, plot armor não vai me proteger no campo de batalha e o principal não tenho um pingo de vontade em seguir uma profissão que atrela a um mestre que tenho que obedecer cegamente.

—Uma pena, seria uma ninja incrível. – Tobirama disse.

—Acho que não, sou muito impulsiva para isso e gosto de seguir meus desejos. – Disse em tom de brincadeira e ri.

—Hm. Como faz as roupas de seda? -Ele perguntou curioso.

—Essas dão mais trabalho. Para fazer seda de aranha eu me transformo em aranha com um henge. Kage Bunshin não ajuda muito nisso pois o que eles fazem se dissipa junto... então eu preciso fazer pessoalmente... -Disse explicando o processo fazer as proteínas, os olhos de Tobirama brilharam cheios de interesse.

—Não sabia que henge poderia ser usado assim... faz todo sentido afinal é uma técnica que serve para se transformar realmente em algo... – Ele começou a murmurar sozinho novamente. – Me mostre seu henge. – Ele pediu curioso.

E foi assim que fiz meu segundo amigo humano nesse mundo o Hokage Tobirama.


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Notas finais do capítulo

Na versão "original" nesse mundo se Yako não fosse uma pessoa reencarnada a vida dela seria diferente a única coisa igual seria o Minato.



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